Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 02
near Milhundos, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
CAMINHO DE PUSSOS
- Mais um pequeno trilho que percorre terras de Arrifana de Sousa, com especial destaque para o Vale do Cavalum e algumas artérias da cidade de Penafiel;
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim junto ao edifício das Piscinas Municipais (opcional - existe parque de estacionamento gratuito);
- Percorre antigos caminhos e calçadas pelo vale do Cavalum, assim como vielas e ruas da cidade de Penafiel,;
- Ao longo do percurso existem vários pontos de referência, com destaque para a Ponte dos Moinhos e a ponte de Pussos, ambas sobre o rio Cavalum, assim como os carreiros entre mimosas na sua margem esquerda, o Parque da Cidade e o seu complexo desportivo, o antigo caminho de Pussos e as quintas adjacentes, o centro histórico da cidade, com as suas velhas travessas e vielas e os vários imóveis históricos da rua Alfredo Pereira, o Parque e Jardim do Sameiro e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos;
- Misto de calçadas, caminhos de terra e passeios pedonais;
- Trilho com características fáceis e sem declives acentuados;
- No Vale do Cavalum, além das suas características rurais, está implantado o Parque da Cidade de Penafiel, um espaço singular, muitíssimo bem projetado e que já mereceu prémios no âmbito da sustentabilidade ambiental;
- A cidade de Penafiel, com os seus 250 anos de existência, está repleta de edifícios e recantos cuja importância histórica é indissociável do seu legado enquanto cidade de referência do Vale do Sousa;
- Este trilho é um percurso acessível e que não exige especial capacidade física. No entanto, se chover, as calçadas em paralelo, assim como alguns caminhos de terra, tornar-se-ão escorregadios e lamacentos. O ideal, para desfrutar dos vários pontos de interesse, será mesmo um dia seco mas não muito quente;
- No seu todo é um percurso bastante bonito, acessível e rico em diversidade paisagística, histórica e cultural. As terras de Arrifana de Sousa, repletas de história e tradição, irão surpreender, com certeza, quem as visite!!
JARDIM DO SAMEIRO
Outros percursos realizados nesta região:
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 01
Por terras de Arrifana de Sousa: de Penafiel a Vila Boa de Quires
Arrifana de Sousa (Penafiel)
Penafiel, Rande e Milhundos
Penafiel (Vale do Cavalum)
CAMINHO DOS MOINHOS
- A LENDA DA PENA FIEL
Por volta do ano 950, existia como grande senhora da Região, uma respeitável matrona de alta linhagem, com o nome de Mumadona Dias, viúva do honrado Conde Hermenegildo. Junto do Túmulo do seu bem-amado esposo, Mumadona passava os dias, onde se confessava chorando a amargura que lhe inundava a alma, e não se cansava de prantear sua triste sorte. Também junto do túmulo falava dos seus filhos, Nuno e Arriana, dizendo que sem eles a sua vida de nada serviria. Decerto por tudo isso, quando houve a divisão dos bens deixados pelo Conde Hermenegildo, a chorosa viúva escolheu as melhores terras para os seus filhos predilectos- Arriana e Nuno. Mas os filhos recusavam dizendo:
- "Só a morte nos poderá separar de vós!"
Quando Mumadona falava a sua filha em casar ela exclama sempre que nunca iria casar! Passados uns tempos Mumadona recebeu a visita de um vizinho poderoso, D. Mendo de Sousa, senhor de muitas terras em redor. D. Mendo, deu a conhecer então a sua visita:
- "Senhora, conheceis quem sou e quanto valho. Ninguém se me pode comparar em poderio. E assim devereis considerar uma honra, senhora, para vós e para vossa casa, que eu deseje casar com vossa filha Arrifana".
Dona Mumadona, tolhida de espanto só respondeu:
- "Perdão, D. Mendo... minha filha chama-se Arriana... e não Arrifana!"
Então a teimosia começou entre os dois por causa do nome da filha de Mumadona, até que esta disse que quem ia decidir era a Arriana. D. Mendo bem relembrou que quem decidia o noivo/a dos filhos eram os pais, mas Mumadona exclamou:
- "Não, Senhor D. Mendo de Sousa... nem a vossa fortuna, nem o vosso poder me farão mudar de ideias... Quem decide acerca do seu próprio coração é minha filha Arriana!!
Foi então que Arriana foi informada da vontade de D. Mendo de Sousa, que sempre trocava o seu nome por Arrifana. Então, nisto Arriana respondeu:
- "Senhor D. Mendo, sei bem como sois forte e rico... Iria decerto encontrar em vós um esposo ideal... Mas a verdade é que jurei não casar... e não caso, nem mesmo com o poderoso D.Mendo de Sousa!"
Com isto D. Mendo foi embora. Assim tudo voltou à normalidade. Família unida e feliz. Mas como o povo diz: "Não há bem que dure sempre"... Então surgiu um mal pior... Nuno adoeceu com grandes febres e perigosas... Durante dias, noites, semanas, as duas mulheres não largaram a cabeceira do enfermo. Foram chamados os melhores físicos e curandeiros, mas tudo em vão. A vida aos poucos e poucos ia abandonando o corpo de Nuno, que tão vigoroso fora. Ele bem o sentia, elas bem o sentiam. Mas lutavam ainda apesar de tudo. Elas bem o encorajavam, mas Nuno, todavia, compreendeu perfeitamente quando o momento chegou e disse:
- "Não vos quero aflitas... É a minha hora! Quem sabe? Talvez seja o senhor meu pai a chamar-me lá do céu..."
Ele sorrindo debilmente disse:
- "Pois tendes de me perder... ides ficar sem mim, eu vos digo... Sinto que me estou a afastar da terra."
Elas exclamaram em berros aflitivos:
- "Meu filho!"
- "Meu irmão!"
Mas era bem verdade, dolorosamente verdade, Nuno falecera... Conta ainda a lenda que desde então as duas mulheres viveram em pranto chorando a morte de Nuno, e que mal chegavam as trevas da noite, a Viúva Mumadona e sua filha Arriana vagueavam por ali, como doidas, desabafando dores e saudades:
- "Esta será para sempre a terra da nossa Pena Fiel pelo nosso querido Nuno!"
- "Tendes razão filha! Para todo o sempre, esta há-de ficar a ser a terra da nossa Pena Fiel!"
Passados anos, Mumadona e Arriana acabaram por morrer a as terras foram parar às mãos de D. Mendo de Sousa, que embora velho e agastado dizia:
- "Pois Claro! Já que ela não quis casar comigo em vida, ao menos pertencem-me as suas terras, e vou dar-lhes o nome que tanto gostava: serão as terras de Arrifana de Sousa, para que perpetuem o nome dela e o meu apelido."
As terras ficaram então com este nome, até que D. José I que conhecia a história da dor da saudade pelo jovem Nuno, quis também associar-se à tradição e a 3 de Março de 1770, elevou Arrifana de Sousa a Cidade com o Nome de Penafiel.
STREET ART NO QUELHO DAS CASTANHAS (PORMENOR)
Waypoints
Panorâmica da Quinta das Lajes
A Quinta das Lajes, atualmente devoluta, era propriedade da família dos Barões das Lajes e já existia na primeira metade do século XVII. Esta quinta foi a primeira casa dos monges que fundaram o Convento de S. António dos Capuchos na cidade de Penafiel, por convite do Capitão Inácio de Andrade, então proprietário da quinta. Atualmente, a casa é o resultado de várias restruturações e acrescentos, a maior parte realizados no século XIX e início do século XX. Porém, o terreno, com casa, espaço ajardinado, quinta de exploração agrícola e respetivos anexos, estendia-se até à avenida Zeferino de Oliveira a Norte e ao rio Cavalum, a Sul, onde a família possuía também vários moinhos.
Ponte dos Moinhos
O Vale do Rio Cavalum apresenta-se com vertentes vincadas que se espraiam no encontro com as margens do curso de água, resultando num espaço plano para a exploração da cultura do milho, essencialmente. A sua água é conduzida por levadas, muitas estruturadas com granito, até aos campos e moinhos de rodízio que dela dependem. Em 1940, este curso de água tinha cerca de dezoito moinhos em funcionamento. Quatro localizavam-se na Quinta das Lages e sete junto à Ponte dos Moinhos, atualmente em avançado estado de degradação. A Ponte dos Moinhos apresenta um arco de volta perfeita com vestígios de estrutura em cavalete que liga a freguesia de Penafiel à de Milhundos, no lugar da Portela, topónimo que sugere um local de passagem obrigatória para se transporem uns montes, o que se verifica no local na subida até aos lugares de Aveleira e Castanheira de Baixo e de Cima. Na margem direita, depois da ponte, está a casa que deixou a denominação à ponte e que outrora teria na cave um moinho com quatro rodas.
Ponte de Pussos (ou ponte Nova)
A Ponte Nova ou Ponte de Pussos foi construída em 1826 com um arco perfeito e tabuleiro plano, pouco abaixo da Ponte dos Moinhos. Era particular para o serviço de carros e pública para o restante trânsito, tem um só arco mas com a largura e altura que as enchentes maiores já não poderão exceder. Esta ponte é datável do século XVII (Caminhos Antigos e de Peregrinação em Penafiel), e terá substituído uma outra, denominada Ponte Surda pelas Inquirições de 1258, nas quais se refere ainda a existência de uma estrada. A orientação desta passagem sobre o rio Cavalum sugere uma ligação aos lugares de Vilar, Santo António, Ermo, Marecos e até Entre-os-Rios. Todavia, as Memórias Paroquiais de 1758, no rio Cavalum e dentro dos limites da vila de Arrifana de Sousa, apenas referem a existência de uma ponte de pedra, que seria muito baixa e estaria construída no lugar de Cavalum, junto da qual estariam três moinhos.
Parque da Cidade de Penafiel
Integrado no vale do Rio Cavalum, o Parque da Cidade, inaugurado em 5 de Agosto de 2005, proporciona aos seus visitantes e à comunidade em geral, o usufruto de um espaço privilegiado como área de lazer e de educação ambiental/cultural. Com uma área verde de 70 074m2, consiste num espaço de recreio e lazer para a população. Este espaço verde tentou manter a topografia original do terreno, com a manutenção de alguns muros e socalcos, e integrou algumas estruturas pré-existentes, como um moinho situado na freguesia de Marecos. O Parque da cidade resulta de um projecto a desenvolver em diversas fases dispondo actualmente de um Parque Infantil, Parque de Merendas, Instalações Sanitárias, Parque de Estacionamento, Espelho de Água e Jardim de Plantas Aromáticas.
Museu do Automóvel Antigo
Localizado no Parque da Cidade de Penafiel, este espaço é utilizado não só para exposições, mas igualmente para visitas escolares de sensibilização e prevenção rodoviárias, restauro e tertúlias associadas ao desporto automóvel. O museu está aberto ao sábado e domingo, entre as 14h30 e as 18 horas.
Rio Cavalum
O rio Cavalum é um rio que nasce em Portugal no lugar de Curcil, perto da freguesia de Croca, na localidade de Casais Novos, concelho de Penafiel. Tem cerca de 17 quilómetros, atravessa o Parque da Cidade de Penafiel, é um afluente do rio Sousa e pertence à bacia hidrográfica do Rio Douro. A presa identificada como nascente do rio Cavalum, está envolta em silvados. A partir daí o Cavalum, que mais parece um pequeno rego de água, está encanado, atravessando alguns campos. Curiosamente, não é dos tempos actuais a atitude de encanar o rio Cavalum nas proximidades da sua nascente. Vários troços do rio já foram encanados no passado, atravessando subterraneamente alguns campos através de “minas” feitas totalmente em pedra.
Casa da Quinta do Laranjal
A Quinta do Laranjal é uma antiga quinta de Cavalum e que se estendia até ao rio. O cunhal da Casa do Laranjal apresenta um brasão da família Beça Barbosa, que esteve na fachada da casa que foi vendida para paço do Bispo de Penafiel, no centro da cidade.
Caminho de Pussos
Historicamente, foi um dos principais caminhos de acesso à ponte de Pussos, vindo da cidade de Penafiel e era utilizado pelos viajantes que se dirigiam para Sul. Partia do largo de Nossa Senhora da Ajuda, sob um arco situado sob edifícios dos séculos XVII/XVIII, apelidado de carreiro ou caminho de Pussos. Uma parte do seu percurso ainda é ligeiramente mais largo que um carro, havendo sítios onde a medida pouco ultrapassa a de um carro de bois. Na Ponte de Pussos caminhava-se em direção a Duas Igrejas e Entre-os-Rios, passando ao lado da fonte de Pussos, um dos mananciais de água pública de que já no século XVII usufruíam as inúmeras propriedades agrícolas do lugar.
Quinta de Pussos
Consta das memórias da cidade de Penafiel que o General Humberto Delgado, aquando da sua visita à cidade em 15 de maio de 1958, terá pernoitado em casa do Dr. Rodrigo de Abreu, proprietário da Quinta de Pussos. Essa casa, localizada para os lados de Milhundos, não teria um grande acesso - pelo que o Dr. Rodrigo de Abreu, pese embora toda a descrição óbvia que a guarida requeria, pediu licença a um amigo para que, nessa ocasião, se fizesse a entrada por terrenos de sua propriedade, localizados junto ao actual Largo de S. Bartolomeu (na ocasião seria conhecido como “Largo das Cebolas”). Com efeito, existia um caminho que ligava o Largo de S. Bartolomeu à casa do Dr. Abreu, na Quinta de Pussos. Mas acontece que parte desse caminho teria que ser percorrido a pé... Pelo que tal facto não permite confirmar se o General terá realmente pernoitado na Quinta de Pussos.
Quinta da Caturra
A antiga Quinta da Caturra irá sofrer profundas alterações num futuro próximo. Neste local vai ser implantado um novo projeto municipal, o Ponto C: uma sala de espetáculos com capacidade para 400 pessoas. Além do grande auditório, será criada uma sala polivalente para eventos de menor dimensão, assim como vários espaços que servirão de ponto de partilha para experiências artísticas. Na área envolvente ao edifício cultural, que vai preservar a imponente moradia da antiga Quinta da Caturra, vai nascer uma grande praça multiusos, com zonas verdes, zonas de lazer e um anfiteatro natural, capaz de acolher diversos eventos culturais e recreativos realizados ao ar livre. A nova praça, que vai permitir a expansão da malha urbana da Cidade de Penafiel, irá ter uma grande varanda sobre a paisagem verdejante do Cavalum.
Museu Municipal de Penafiel (palacete Pereira do Lago)
O Museu Municipal de Penafiel, situado em pleno centro histórico e comercial da cidade é num dos edifícios mais emblemáticos para a comunidade penafidelense. Dependente da Câmara Municipal de Penafiel, o Museu, é, há mais de cinquenta anos, uma estrutura permanente, alicerce da política de planificação e gestão dos recursos culturais do município, com uma intervenção ativa na preservação e promoção de valores significantes do património móvel, imóvel e imaterial. Constituído desde 1948, junto da Biblioteca, no palacete do Barão do Calvário, ficou a dever-se à persistência de Abílio Miranda, seu primeiro diretor. Atualmente instalado no palacete Pereira do Lago, na Rua do Paço, edifício recuperado pelos arquitetos Fernando Távora e Bernardo Távora. O Museu Municipal beneficia agora de uma ampla área de exposição e serviços que permite acolher visitantes e utentes com qualidade.O visitante poderá desfrutar neste espaço museológico das cinco salas temáticas da Exposição Permanente dedicadas à Identidade, ao Território, à Arqueologia, aos Ofícios e à Terra e Água, onde se privilegiou um discurso expositivo claro e moderno, apoiado em diferentes níveis de informação destinados a diversos públicos, e com recurso a numerosos e inovadores suportes multimédia, onde a interação, a pedagogia e o divertimento são a linha de força. O Museu integra quatro núcleos museológicos: O Castro do Monte Mozinho; Moinho da Ponte de Novelas; O Engenho de Sebolido; A Aldeia de Quintandona. Nos quatro núcleos o Museu faz visitas guiadas para grupos mediante marcação prévia.
Igreja da Santa Casa da Misericórdia / Museu de Arte Sacra de Penafiel
Igreja de arquitectura religiosa maneirista, tardo-barroca e neoclássica. Igreja maneirista de planta longitudinal e fachada principal axial, desenvolvida, ainda que suavemente, à moda da fachada retábulo; o alçado lateral sul, inacabado, apresenta já elementos decorativos, movimento e dinamismo próprio do barroco. No interior afirma-se o neoclássico, através dos retábulos de talha branca e dourada. A igreja da Misericórdia é um dos maiores templos da cidade, tendo funcionado como Sé Catedral do extinto bispado de Penafiel no século dezoito. Possui algumas belas pinturas sobre madeira, seiscentistas, destacando-se também o cadeiral em pau-preto e o órgão. Implantada em pleno centro histórico, em largo de pendente ligeiramente acentuado, apresenta a fachada principal voltada para o Largo Padre Américo e a posterior para a Rua da Misericórdia. A sul é flanqueada pela torre e adossada ao edifício do Centro de Convívio da Santa Casa da Misericórdia, e a norte à antiga casa do sacristão, actualmente núcleo museológico, formando no seu conjunto um quarteirão. Em frente ergue-se o edifício dos Paços do Concelho
Pelourinho de Arrifana do Sousa
Na antiga localidade de Arrifana do Sousa foi fundada uma "villa", no século IX, que viria a dar origem ao concelho de Penafiel. Segundo parece, esta "villa" teve primeiro foral anterior à nacionalidade, dado ainda pelo Conde D. Henrique, e confirmado por D. Afonso Henriques. Teve ainda foral novo, de D. Manuel, outorgado em 1519. O actual topónimo, ainda que já referenciado documentalmente a partir do século XI, só ficaria definitivamente estabelecido em 1770, quando D. José lhe concedeu o título de cidade. Conserva um pelourinho, hoje levantado na Praça do Município de Penafiel, mas que foi originalmente construído na Arrifana, junto do velho tribunal e cadeia comarcã. O pelourinho está implantado num dos extremos da praça, junto da cabeceira da Igreja da Misericórdia, sabendo-se que em finais do século XIX e início do século XX se encontrava noutro local do mesmo largo. Eleva-se sobre plataforma singela, circular, sobre a qual assenta a base da coluna, em plinto quadrangular com arestas chanfradas. A coluna possui fuste cilíndrico e liso, sendo rematada por um estreito astrágalo, a partir do qual se desenvolve o remate. Este é constituído por um tronco cónico liso, com perfil côncavo e rebordo inferior, muito alongado, de forma a atravessar uma grande bola, de cujo topo sai a extremidade do cone. Aí se crava uma longa haste de ferro, rematada em cruz de Cristo vazada, e com pequena esfera e bandeirola de catavento a meio. A tipologia do conjunto sugere construção oitocentista, provavelmente subsequente à elevação de Penafiel a cidade, em 1770.
Rua Alfredo Pereira (zona histórica)
Alfredo Pereira (Macau, 08-10-1853 / Lisboa, 29-03-1925) foi um ilustre Engenheiro Agrónomo-Silvicultor, mas que teve acção preponderante nos CTT, embora o seu nome esteja “Toponomizado” em Penafiel, não pela sua acção enquanto “Postalista” mas sim, como deputado, representando o Círculo de Penafiel. Foi também secretário, interino, do Ministério das Obras Públicas. Foi condecorado com o Grau de Comendador de Santiago, Comendador da Ordem de Santa Ana, da Rússia, Cavaleiro e Comendador da ordem da Legião de Honra, da França, da Rússia, do Japão, do Luxemburgo e da Roménia.
Ruínas da Capela de São Bartolomeu
Templo construído na base do Monte Maninho ou do Povo, também chamado de São Bartolomeu, pela transferência do orago da Capela situada no Lugar de Louredo para aqui, por volta de 1758. Em 1775 ainda não se celebrava missa na capela que terá sido desactivada antes de 1791, data em que o santo foi novamente transferido para a Capela de S.Mamede, então situada na atual Praça do Município. Em 1804, a Confraria dos Santos Passos iniciou a construção de um Calvário com as ruínas do antigo edifício, obra que não concluiu. Por iniciativa de um particular, Manuel Barbosa, de apelido o Michaela, o templo foi restaurado e rezada a primeira missa no dia 24 de Agosto de 1819, dia da festa do santo. Também a feira de S.Bartolomeu ou das cebolas, que se realizava em Louredo, foi transferida para o Largo da Devesa, em Cimo de Vila, próximo da capela que, embora descrita como pequena e pobre, dispunha de um terreiro amplo e arborizado e água em abundância para a realização da feira, onde se manteve mesmo depois da demolição definitiva do templo em 1895, tendo a imagem do santo sido recolhida no inacabado Santuário de Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos em 1894. São Bartolomeu tem altar no interior do Santuário de Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos.
Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos (Igreja do Sameiro)
Situado no ponto mais alto da bela cidade de Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos, também conhecido por Santuário do Sameiro, é um dos locais mais famosos e visitados da região. O Santuário foi construído em finais do século XIX a par do belo Parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro, num encantador estilo romântico, com a cidade a seus pés. Daqui o panorama é de excelência, desenvolvendo-se o jardim ao longo de vários patamares que enaltecem os materiais da zona e primam pelas belas cores da vegetação nos canteiros, promovendo bonitas e coloridas paisagens, num local de grande paz de espírito.
Parque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)
Sobre a Cidade e o Vale do Sousa, foi construído nos finais do século XIX início do século XX, aquando da construção do Santuário da Senhora da Piedade e Santos Passos, o Parque Zeferino de Oliveira mais conhecido por Jardim do Sameiro. O Jardim do Sameiro é um exemplo da escolha perfeita do lugar. A sua construção estratégica tira partido das melhores vistas, revelando a mestria dos nossos antepassados na arte de projetar jardins. O jardim desenvolve-se ao longo de vários patamares, acessível por escadas que conduzem até canteiros bem mantidos, limitados por sebes de buxo topiado. No interior dos canteiros, as plantas anuais dão cor e alegria ao cenário verde do buxo e das sebes em ligustrum que contornam a escadaria principal e uma panóplia de herbáceas e arbustos, tais como rosas, azáleas, rododendros e camélias.
Comments (4)
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Easy to follow
Scenery
Easy
Boa caminhada pelo vale do rio Cavalum, com algumas descobertas interessantes.
Foi divertido!!!
Obrigado, bioRAIA, pelo comentário e avaliação do trilho.
O vale do rio Cavalum reserva algumas surpresas para quem nele se queira aventurar...
Continuação de boas caminhadas!!
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Scenery
Easy
Um bom percurso pelo vale do rio Cavalum, com passagem no fantástico parque da cidade de Penafiel e também pelo parque do Sameiro. Uma caminhada muito agradável! Abraço.
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!