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Pelo Parque das Serras do Porto: Pias e Santa Justa

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Trail stats

Distance
9.55 mi
Elevation gain
1,781 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
1,781 ft
Max elevation
1,218 ft
TrailRank 
87 4.8
Min elevation
137 ft
Trail type
Loop
Time
5 hours 58 minutes
Coordinates
1539
Uploaded
December 30, 2018
Recorded
December 2018
  • Rating

  •   4.8 4 Reviews

near Campo, Porto (Portugal)

Viewed 8908 times, downloaded 239 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.

- Trilho circular, sem marcações, com início e fim em Campo (Rua da Azenha) e que percorre partes de três percursos existentes: Trilho do rio Ferreira, Trilho da Santa Justa e Trilho do Paleozóico;
- passagem pelo vale do rio Ferreira, aldeia de Couce, Capela de Santa Justa e diversos Fojos de extracção de minério, por caminhos do Parque Paleozóico de Valongo.

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- Parque das Serras do Porto
Com perto de 6.000 hectares, é composto por seis serras: Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas, abrangendo território dos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo.
Beneficia da proximidade com grandes centros urbanos mas mantem vivas características bem rurais e serranas. Os vales dos rios Ferreira e Sousa convidam a um certo isolamento em estreito contacto com a natureza, enquanto o efeito miradouro das linhas de cumeada proporciona uma excelente perspetiva do território envolvente. A vasta bibliografia sustenta de forma inquestionável a sua riqueza patrimonial, salientando-se a singularidade geológica, que nos leva a uma interessante viagem pela Era Paleozoica, as serras e os vales ribeirinhos, nomeadamente dos rios Ferreira e Sousa, os habitats e espécies de flora e fauna com estatuto especial de conservação e os vestígios arqueológicos, que nos permitem compreender a ocupação humana da região, com destaque para a mineração aurífera romana.

- PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO
A humanização deste território deverá ser entendida de uma forma ampla, como um todo, partindo, porém, das suas particularidades em torno deste conjunto geomorfológico que por si só estabelece uma unidade natural. Estas Serras (Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas) cedo despertaram o interesse do Homem, quer pelas condições naturais de defesa e estratégicas, quer pela abundância dos recursos naturais, testemunhado pelos vestígios arqueológicos que se observam neste território e evidenciam, eventualmente, uma ocupação com mais de seis mil anos. Por todo este Parque localizam-se trabalhos mineiros relacionados com a exploração do ouro, na época romana, ora através de abertura de cortas, ora em trabalhos subterrâneos, assentes num sistema de galerias e poços de secção quadrangular. As designações de fojos (a norte) ou banjas (a sul) utilizadas com frequência neste território são vocábulos diferenciadores na cultura popular local mas unificadores quanto ao tipo de trabalhos mineiros, pois correspondem a desmontes a céu aberto, normalmente estreitos e profundos, disseminados por todas as serras.

- PATRIMÓNIO BIOLÓGICO
O Parque das Serras do Porto congrega um valioso conjunto de habitats e de espécies animais e vegetais que importa conhecer e conservar. As áreas de eucaliptal e pinhal sustentam a economia da região, mas a paisagem desvenda núcleos muito representativos de habitats tipicamente atlânticos, incluindo carvalhais, galerias ripícolas, matos e matagais. Os carvalhais, com os seus carvalhos-alvarinho, sobreiros e arbustos como a murta ou o folhado, ilustram a floresta característica da região, em complemento com as galerias ripícolas que acompanham os cursos de água e são tipicamente dominadas pelos amieiros, salgueiros-negros e freixos, a que se associam muitas espécies arbustivas. Nas encostas das serras, as formações vegetais nativas mais comuns são os matos rasteiros, onde se observam os tojos, as urzes e a carqueja. Em alguns locais, evoluem para matagais, compostos por giestas, medronheiros, pilriteiros, entre outras. Ao nível das plantas aromáticas e medicinais, destaca-se a presença de tomilhais assim como de rosmaninho, que atinge núcleos de vários milhares de indivíduos na zona das Banjas. O bosquete de loureiro próximo da Senhora do Salto contribui também para a diversidade florística do território. No território ocorrem espécies florísticas com elevado interesse para a conservação e que têm suscitado uma particular atenção por parte da comunidade científica. A lista é vasta, mas destacam-se algumas espécies muito singulares: os dois únicos núcleos conhecidos em Portugal Continental de feto-filme (Trichomanes speciosum), assim como o único local conhecido em toda a Europa Continental onde ocorre a espécie Lycopodiella cernua; está também presente uma população de feto-de-cabelinho (Culcita macrocarpa), a única detetada em todo o Continente. Como exemplos de endemismos de distribuição restrita podem ser apontadas as espécies Dryopteris guanchica, Sucissa pinnatifida, Linkagrostis juressi e o emblemático martelinhos (Narcissus cyclamineus). Observam-se ainda o feto relíquia Davallia canariensis e a Silene marizii. Além das espécies protegidas, há outras que se revestem de particular interesse, como é o caso das plantas insetívoras – duas espécies de orvalhinhas, a pinguícola e o pinheiro-baboso atraem a atenção não só dos botânicos mas também do cidadão comum. Estas serras albergam também uma grande variedade faunística. Destaca-se pela sua importância conservacionista e especial relevância na área a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), que encontra nas minas resultantes da exploração aurífera romana os melhores locais conhecidos para a sua reprodução e período de metamorfose. A relevância do território para a salamandra-lusitânica, anfíbio endémico do Noroeste da Península Ibérica e com o estatuto de conservação “Vulnerável”, motivou a que fosse escolhida para figurar no logótipo do Parque das Serras do Porto. Detêm também especial estatuto a nível comunitário, conforme a Diretiva “Aves”, o falcão-peregrino, o guarda-rios, a cotovia-pequena, o milhafre-preto e a felosa-do-mato, às quais se juntam as espécies salvaguardas pela Diretiva “Habitats”, por exemplo: rã-de-focinho-pontiguado, rã-ibérica, tritão-marmorado, sapo-corredor; cobra-de-ferradura, cágado-mediterrânico, lagarto-de-água; lontra, morcego-de-ferradura-grande, morcego-de-peluche, toupeira-d’água; boga-do-Norte, bordalo, panjorca, ruivaco e, nos invertebrados, a cabra-loura e as libélulas de nome científico Gomphus graslinii, Macromia splendens e Oxygastra curtisii. Ocorrem ainda inúmeras outras espécies de fauna que enriquecem o património biológico e salientam a importância das serras enquanto refúgio metropolitano.

- PATRIMÓNIO IMATERIAL
A tradição de contar e narrar “estórias” por via oral remonta ao momento em que o homem começou a comunicar. A lenda nesta área geográfica congrega na memória a passagem real e fantasiosa das lutas de mouros e cristãos, das mouras encantadas e dos seus tesouros, da mulher que faz bruxarias, da natureza, das serras e dos rios. Um exemplo será a lenda da Sr.ª do Salto que nos fala de um “milagre” e em vencer a própria natureza pela fé. Quando um cavaleiro ao perseguir uma lebre, se depara com um precipício e ao invocar N. Sr.ª para o proteger da queda, isto é, do salto, é salvo. Hoje as “marmitas de gigante” visíveis no leito do rio Sousa são conhecidas como sendo as pegadas do cavalo. Um outro exemplo, cujo registo remonta ao século XVIII, é a lenda da Serra de Pias ou Pias de S. Martinho. Quando havia falta de chuva, importante para a agricultura e pastos, os habitantes de Aguiar, São Martinho de Campo e São Pedro da Cova deslocavam-se em procissão à serra, que depois de secarem a pia, aí existente, com panos de linho e rogações, regressavam já a chover.

Waypoints

PictographBridge Altitude 285 ft
Photo ofPonte de madeira sobre o rio Ferreira Photo ofPonte de madeira sobre o rio Ferreira Photo ofPonte de madeira sobre o rio Ferreira

Ponte de madeira sobre o rio Ferreira

PictographBridge Altitude 140 ft
Photo ofPonte de Couce, sobre o rio Ferreira Photo ofPonte de Couce, sobre o rio Ferreira Photo ofPonte de Couce, sobre o rio Ferreira

Ponte de Couce, sobre o rio Ferreira

PictographWaypoint Altitude 205 ft
Photo ofAldeia de Couce Photo ofAldeia de Couce Photo ofAldeia de Couce

Aldeia de Couce

PictographWaypoint Altitude 531 ft
Photo ofFraga do Teto Photo ofFraga do Teto Photo ofFraga do Teto

Fraga do Teto

PictographPanorama Altitude 587 ft
Photo ofPanorâmica do vale do rio Ferreira (serra de Pias)

Panorâmica do vale do rio Ferreira (serra de Pias)

PictographReligious site Altitude 1,142 ft
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Capela de Santa Justa

PictographMine Altitude 1,132 ft
Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro) Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro) Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro)

Fojo de mina romana (extração de ouro)

PictographPanorama Altitude 1,125 ft
Photo ofPanorâmica da área metropolitana do Porto

Panorâmica da área metropolitana do Porto

PictographWaypoint Altitude 1,205 ft
Photo ofMarco geodésico Photo ofMarco geodésico Photo ofMarco geodésico

Marco geodésico

PictographMine Altitude 706 ft
Photo ofFojo das Pombas Photo ofFojo das Pombas Photo ofFojo das Pombas

Fojo das Pombas

PictographWaypoint Altitude 303 ft
Photo ofPontes e Passadiços do Corredor Ecológico Photo ofPontes e Passadiços do Corredor Ecológico Photo ofPontes e Passadiços do Corredor Ecológico

Pontes e Passadiços do Corredor Ecológico

PictographMine Altitude 307 ft
Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro) Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro) Photo ofFojo de mina romana (extração de ouro)

Fojo de mina romana (extração de ouro)

PictographWaypoint Altitude 355 ft
Photo ofFraga do Castelo Photo ofFraga do Castelo Photo ofFraga do Castelo

Fraga do Castelo

Comments  (10)

  • Photo of Bermuda Rover
    Bermuda Rover Aug 23, 2020

    We did the first loop of this hike (around the Rio Ferreira and Couce village), which covers 7.5km and 2 hours (moving time).

    It is a very pleasant hike with river views along the way and some old schist ruins, that I think were once water mills. Much of that first loop is shaded. There are some inclines, including some with loose shale. Close to Fraga de Castelo, there are some rocky sections that require a bit of care to get down. I would say that the level of the first loop is moderate.

    The start of this hike can easily be accessed via public transportation. The train from Porto Sao Bento takes 28 minutes to get to Sao Martinho do Campo station and costs €1.80 each way. From the station, you need to walk for 10 minutes on the footpath alongside the railway track, and across the railway bridge, to reach the starting point.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Aug 24, 2020

    Thanks, Bermuda Rover, for the comment. I am happy to note that the sharing was effective. Good hikes.

  • Photo of Bermuda Rover
    Bermuda Rover Nov 11, 2020

    I have followed this trail  verified  View more

    We previously did the first half of this route, along both sides of the Rio Ferreira.

    Yesterday, we returned to complete the second loop of the route, up the Serra de Justa e Pias. It was a very enjoyable hike with some nice views and some Roman gold mines and rock cuts.

    This second loop does not follow marked hiking trails and signs, so it is necessary to use the app to stay on track. Also, some segments of the route are on steep trails with loose rocks, so caution is required. The last downhill segment, before rejoining the Ecological Corridor, is particularly tricky, as the loose rocks affect traction. Accordingly, I rate this loop as 'difficult'.

    A full review of our hike, with photos, can be found here - https://bermudarover.wordpress.com/2020/11/10/hike-in-the-paleozoic-park-of-valongo/

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Nov 11, 2020

    Thanks, Craig, for the comment and review of the trail.
    And congratulations for another excellent report on bermudarover.wordpress.com.
    Happy hikes!

  • Photo of HalloCharlie
    HalloCharlie Aug 21, 2021

    I have followed this trail  View more

    A rota foi feita em aproximadamente 6h30, onde ainda se fez uma extensão do percurso original - marcado no mapa - de forma a aumentar a distância do percurso.
    Toda a serra está devidamente sinalizada, com a adição de sinalização de possíveis rotas a realizar, ao longo do percurso. Isto permite também uma maior segurança, ainda que o caminhante se possa perder por alguns minutos, como foi o nosso caso.

    A paisagem é incrível, com grande destaque naturalmente para o topo da serra - que permite disfrutar de uma vista soberba - e para as partes do trilho feitas ao longo do rio.
    Destaque apenas para a dificuldade técnica do percurso. Marcaria no mínimo como moderada. Apesar da boa sinalização, existem troços oficiais assinalados nos mapas da serra - que coincidem com este trilho - marcados como fáceis, apesar de terem algumas descidas e subidas acentuadas, que podem apanhar de surpresa os caminhantes que não estejam com preparação física adequada. Da mesma forma o piso por vezes torna-se mais complicado, com descidas/subidas acentuadas e pedras soltas ou possibilidade de escorregar, com a terra. Por isso mesmo, apesar de algo óbvio, é extremamente aconselhado a levar-se bom calçado.

    A rota é uma experiência incrível, aconselho vivamente, especialmente aos caminhantes que possam viver na região.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Aug 22, 2021

    Obrigado, HalloCharlie, pelo comentário e avaliação do trilho.
    É gratificante constatar que esta partilha é efetiva, pois realmente este percurso é muito interessante pela sua diversidade. Continuação de boas caminhadas!!

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Jan 27, 2022

    I have followed this trail  View more

    Vou-me abstrair da paisagem repleta de eucaliptos, infelizmente, imagem de "marca" do Parque das Serras do Porto. Assim, tirando essa imagem, o trilho resulta muito agradável, faz-se bem e passa por pontos com bastante interesse. Foi bem agradável! Abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jan 30, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Apr 12, 2022

    I have followed this trail  View more

    Percurso com algum interesse e com algumas zonas bonitas. Infelizmente, esta serra está sobrepovoada por eucaliptos!!! Abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Apr 13, 2022

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!

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