Pela Rota do Românico: na senda da Beata Mafalda
near Perozelo, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
VALE DO TÂMEGA
- Este percurso abrange as freguesias de Peroselo, Cabeça Santa, Rio de Moinhos, Boelhe, Abragão e Luzim, conduzindo o caminhante por um conjunto de sítios e monumentos religiosos e arqueológicos que têm em comum uma ligação milenar, por velhos caminhos que a memória coletiva preservou e que o progresso foi modernizando através das redes viárias, permitindo desfrutar da paisagem envolvente e reviver memórias de labores passados assim como apreciar o património vernacular, religioso e arqueológico local, contribuindo para a sua preservação e divulgação, mantendo viva esta memória coletiva;
- Neste percurso pedestre da pré-história ao românico, seguem-se os trilhos da Beata Mafalda, filha de D. Sancho I e neta de D. Afonso Henriques, permitindo-nos conhecer alguns dos monumentos da Rota do Românico ligados, segundo a lenda, à sua vida e obra;
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim junto à capela de Santa Catarina, em Quintã (opcional);
- Percorre calçadas, carreiros, estradões de terra, ruas e caminhos rurais da serra de Luzim e do vale do Tâmega, cruzando 6 freguesias do concelho de Penafiel;
- A serra de Luzim marca o limite de duas paisagens distintas do território penafidelense, sendo atravessada por vários caminhos que confluem na zona do Menir de Luzim, monumento pré-histórico que desde sempre foi assumido pela população local como marco e símbolo deste cruzamento de itinerários;
- Ao longo do percurso existem vários pontos de referência, com destaque substancial para os monumentos da Rota do Românico: igreja do Salvador de Cabeça Santa, igreja de São Gens de Boelhe e igreja de São Pedro de Abragão. Destaque ainda para os conjuntos arqueológicos da Necrópole Rupestre da Quintã, as Gravuras Rupestres de Lomar, as Gravuras Rupestres "Pegadinhas de São Gonçalo" e o Menir de Luzim. De referir também a belíssima Praia Fluvial de Luzim;
- Misto de calçadas, carreiros, caminhos de terra e algum piso alcatroado;
- Trilho com características moderadas, tendo em conta a distância percorrida;
- Entre o km 5,4 e o km 6,8, o trilho atravessa terreno privado da pedreira. Esta situação está assinalada no mapa e foi referida na introdução, pois requer algum cuidado, sobretudo ao se transpor a rede de arame. As características do terreno também obrigam a especial atenção, visto ser necessário fazer algum corta-mato;
- Na Praia Fluvial de Luzim existe um café-bar, com ótimas instalações, onde é possível comer e beber algo como reforço, assim como descansar um pouco, enquanto se desfruta das relaxantes vistas sobre o rio Tâmega;
- O rio Tâmega nasce na província de Ourense mas percorre a maior parte dos seus 145 Km em terra lusa. Passa por Chaves e Amarante e abaixo do Marco de Canaveses antes de se juntar ao Douro em Entre-os-Rios. O seu vale é rico em património, com particular relevo para o românico;
- Este trilho é um percurso longo mas moderado, acessível, pelo que não exige uma especial capacidade física. No entanto, se chover, as calçadas em paralelo, assim como os caminhos de terra, tornar-se-ão escorregadios e lamacentos. O ideal, para desfrutar dos vários pontos de interesse, será mesmo um dia seco mas não muito quente;
- No seu todo é um percurso bastante bonito, rico em diversidade paisagística, histórica e cultural. A Rota do Românico, repleta de referências históricas e tradição, seguramente que surpreenderá quem a percorra!
IGREJA DO SALVADOR DE CABEÇA SANTA (pormenor)
Outros percursos realizados nesta região:
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Arrifana de Sousa (Penafiel)
Penafiel, Rande e Milhundos
Penafiel (Vale do Cavalum)
VINHAS (CABEÇA SANTA)
- ROTA DO ROMÂNICO
A Rota do Românico (página oficial aqui) é uma rota turístico-cultural, composta por 58 monumentos de estilo românico na região do Tâmega e Sousa, em Portugal.
Surgiu a partir da necessidade de aproveitar o potencial de qualificação cultural e turística e desenvolver de forma sustentável a região. Foi criada graças ao Plano de Desenvolvimento Integrado do Vale do Sousa, em colaboração com o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Nesta altura, a 19 monumentos inicialmente identificados juntam-se mais dois e contratualizam-se os direitos e deveres de todas as entidades envolvidas, bem como o conjunto base de acções necessárias para a sua dinamização. Graças à criação desta rota turística, os monumentos a ela pertencentes foram alvo de várias obras de restauro e de conservação.
Em Março de 2010, deu-se o alargamento da Rota do Românico a todos os municípios da sub-região do Tâmega, passando de seis para doze membros. Aos concelhos pertencentes à Associação de Municípios do Vale do Sousa, juntaram-se os concelhos de Amarante, Baião, Celorico de Basto, Marco de Canaveses, da Associação de Municípios do Baixo Tâmega, e ainda Cinfães e Resende.
A Rota do Românico recebeu, também, inúmeros prémios a nível nacional e internacional.
BOSQUE (LUZIM)
- BEATA MAFALDA DE PORTUGAL
D. Mafalda Sanches de Portugal, Ordem de Cister (1195/ ou 1196 — Amarante, 1 de maio de 1256), infanta de Portugal e rainha de Castela por um breve período de tempo, sendo ainda considerada beata pela Igreja Católica, e venerada sob o nome de Rainha Santa Mafalda.
Foi educada por D. Urraca Viegas de Ribadouro, filha de Egas Moniz IV de Ribadouro, que lhe deixou vários bens em testamento, como a posse do Mosteiro de Tuias.
Era filha do rei Sancho I de Portugal e de Dulce de Aragão, tendo recebido em herança o nome da avó, a rainha Mafalda de Saboia. Em 1215, Mafalda casou-se com Henrique I de Castela; como ambos eram muito jovens, o casamento não foi consumado, e dissolvido no ano seguinte.
Por morte de Sancho I de Portugal, Mafalda deveria receber, segundo as disposições testamentárias do pai, o castelo de Seia, com o resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo; recebia também o mosteiro de Bouças. Isto gerou uma luta com seu irmão Afonso II de Portugal, que desejando centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha direito - de facto Afonso II temia que esta pudesse passar a eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo quase o país ao meio. O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs Teresa e Sancha, tendo-se formado um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante D. Pedro (que se acolheu a Leão sob a protecção de Teresa, então rainha de Leão, e tomou algumas praças transmontanas), mas que acabaria por sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho Sancho II resolveu o problema, concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus alcaides de entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas - assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em 1223.
Mais tarde, tornou-se monja cisterciense revitalizando o mosteiro feminino de Arouca. Faleceu no mosteiro de Rio Tinto, nas proximidades do Porto. Quando o seu corpo foi mais tarde exumado para ser trasladado para a abadia de Arouca, foi descoberto incorrupto, o que gerou uma onda de fervor religioso em torno do corpo da infanta. A 27 de junho de 1793 foi beatificada pelo Papa Pio VI, acompanhando assim aos altares as suas irmãs Teresa e Sancha, já declaradas beatas no início desse século. É festejada no dia 2 de Maio pela Igreja Católica.
SEQUEIRO OU BEIRAL (LUZIM)
Waypoints
Necrópole Rupestre da Quintã
Esta necrópole medieval compõem-se por quatro sepulturas escavadas na rocha, embora as evidências apontem para a existência de mais sepulcros, indiciando um cemitério maior. Estes túmulos eram cobertos por tampas em granito, e destinavam-se a elementos destacados da comunidade. Este núcleo apresenta uma sepultura de planta antropomórfica, semi-trapezoidal com cabeceira rectangular, e um túmulo de contorno ovalado, com inacabada adaptação de uma cabeceira em arco ligeiramente peraltado, possível tentativa de reaproveitamento posterior. Observa-se ainda parte de um túmulo ovalado e de uma sepultura rectangular, com a linha dos ombros bem definida e cabeceira em arco trapezoidal. As diferentes tipologias revelam fases distintas de utilização da necrópole, podendo as sepulturas de contorno ovalado situar-se entre o séc. VIII e IX, e as antropomórficas entre o séc. IX e XI. A sua localização pode associar-se ao antigo caminho, mas também a uma eventual propriedade privilegiada, da qual se manteve o topónimo Quintã.
Igreja do Salvador de Cabeça Santa
A Igreja de Cabeça Santa data da primeira metade do século XIII e constitui um excelente documento para a compreensão da arquitetura românica portuguesa. A constante deslocação de artistas [canteiros, escultores, carpinteiros] durante a Época Medieval promoveu a repetição de modelos construtivos e ornamentais em diversos territórios. Os portais e a escultura dos capitéis de Cabeça Santa são muito semelhantes aos da Igreja de São Martinho de Cedofeita, no Porto, que, por sua vez, possui uma decoração muito próxima à da construção românica da Sé portuense e à do românico da região de Coimbra. O portal principal apresenta um tímpano com cabeças de bovídeos destinadas a proteger, simbolicamente, a entrada da Igreja. Pela sua originalidade, destaca-se a representação de um saltimbanco [acrobata] no portal sul. O conjunto artístico da Capela de Nossa Senhora do Rosário, da Época Moderna [séculos XVII-XVIII], merece especial atenção. No exterior da Igreja permanecem ainda três sepulturas escavadas na rocha e três túmulos medievais. O nome desta Igreja está, segundo a tradição, ligado à devoção da beata Mafalda à relíquia de um personagem consagrado que aí se guardaria, a Cabeça Santa. Este monumento é um excelente exemplar para compreender a arquitectura românica portuguesa.
Interseção com caminho de terra
AVISO: local onde o caminho de terra atravessa a vedação (nesta data, alguém já tinha rebentado com a rede) e continua pela serra fora, mas em terreno público.
Igreja de São Gens de Boelhe
A Igreja de São Gens de Boelhe, edificada entre os meados e o final do século XIII, constitui um dos mais belos exemplares da arte românica do Tâmega e Sousa. As paredes desta Igreja destacam-se pela sua qualidade construtiva, sendo visível um conjunto de siglas geométricas e alfabéticas, que representarão a assinatura do canteiro [pedreiro]. O portal principal apresenta semelhanças com os portais das Igrejas de São Vicente de Sousa, do Salvador de Unhão e de Santa Maria de Airães, localizadas em Felgueiras. Os capitéis do portal, com palmetas executadas a bisel, e os círculos preenchidos com cruzes, fazem lembrar os primeiros símbolos cristãos. Na fachada norte, os cachorros apresentam uma assinalável variedade de temas, que vão desde cabeças de touro a homens que transportam pedra. A tradição atribui a fundação da Igreja de Boelhe ora à filha de D. Sancho I, D. Mafalda, ora à sua avó, a rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques. Esta Igreja, tal como hoje se encontra, é o resultado de um profundo restauro, que decorreu entre 1929 e 1948.
Praia Fluvial de Luzim
A praia Fluvial de Luzim, localizada na margem direita do Rio Tâmega, na Rua da Rainha, perto da localidade de Ribeira de Baixo, é também uma Zona Fluvial e de Lazer para desportos náuticos, como moto de água ou canoagem, por exemplo. Uma das melhores zona para se banhar nas águas do Rio Tâmega é na rampa de acesso dos barcos à água, pois esta é uma zona com muita profundidade devido à proximidade da Barragem do Torrão. Nesta praia poderá aproveitar a excelente sombra para fazer um piquenique em família. Existem muitas mesas, churrasqueiras, torneira de água corrente, tudo o necessário num excelente Parque de Merendas. Além disto tem casas de banho com duche e um café/ bar com esplanada e espreguiçadeiras. Há parque de estacionamento e são permitidos animais de estimação assim como pescar.
Igreja de São Pedro de Abragão
A Igreja de São Pedro de Abragão conserva apenas, do estilo românico, a capela-mor. Em 1105 estava já documentada a existência de “Sancto Petro de Auregam”. A Igreja, do século XIII, é atribuída à iniciativa de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I e neta de D. Afonso Henriques. O exterior remete para o românico do Mosteiro de Paço de Sousa devido ao seu friso, de influências visigóticas e moçárabes [séculos VI-VIII]. No interior, os elementos que compõem o arco cruzeiro possuem afinidades com a arte românica do Baixo Tâmega, designadamente com o portal principal do Mosteiro de Travanca, em Amarante. Os achados arqueológicos, de 2006, permitiram concluir que o desaparecido portal principal de Abragão seria muito semelhante ao da Igreja de São Gens de Boelhe. A fachada principal e a nave correspondem a uma reedificação da segunda metade do século XVII. Do mesmo período é o retábulo maneirista com pinturas de Santo André, Santa Maria Madalena, São Tiago e Santa Marta.
Gravuras Rupestres de Lomar
Este núcleo de arte rupestre integra quase cem insculturas de motivos variados, talhadas num pequeno penedo granítico aplanado que se destaca do solo. Entre os símbolos representados abundam os pedomorfos, agrupados e alinhados em diferentes posições, inúmeras fossettes, e ainda alguns motivos halteriformes e paracirculares. Desconhece-se o verdadeiro significado destes núcleos artísticos, bem como a simbologia dos motivos representados. Os pedomorfos, por exemplo, muito comuns neste tipo de arte rupestre, são normalmente interpretados como a representação esquemática do pé humano, podendo associar-se à ideia de um percurso ou caminhada. Há, contudo, várias interpretações que relacionam esta arte esquemática e abstracta não só com a sacralização dos lugares, mas também com a delimitação territorial e/ou com rituais iniciáticos. Este conjunto de gravuras rupestres é essencialmente formado por sulcos alongados com comprimentos variáveis entre os quinze e os vinte centímetros, e larguras entre os cinco e os oito. As covinhas encontram-se representadas por cerca de trinta exemplares com uma profundidade máxima de cinco centímetros. Para além destes elementos, encontram-se outros interpretados como possíveis pegadas humanas, existindo ainda duas covinhas em forma de ferradura e três em alter. Existem ainda três conjuntos de gravuras, um dos quais associado a quatro sulcos alondos de evidentes contornos antropomórficos.
Mamoa e Gravuras Rupestres 'Pegadinhas de São Gonçalo'
Amplamente conhecido pela abundância de vestígios arqueológicos, o território correspondente na actualidade ao concelho de Penafiel revela-se particularmente rico em exemplares megalíticos, sendo de igual modo visíveis alguns testemunhos de Arte rupestre. É o caso do arqueossítio conhecido por Gravuras rupestres designadas por "Pegadinhas de S. Gonçalo", localizado no cimo de uma encosta sobranceira à ribeira das Lajes, junto à Mamoa da Tapada de Sequeiros, destinada a cobrir, na totalidade, a primitiva câmara sepulcral megalítica, da qual não remanesce qualquer fragmento dos esteios que a comporiam. Com efeito, a Mamoa de Luzim, como é também conhecida, foi construída durante o Neo-calcolítico definido para esta região do actual território português, de forma relativamente isolada, nas proximidades de outro arqueossítio megalítico, o Menir de Luzim. Apesar do mau estado de conservação em que se encontra, não apresentando qualquer esteio dos que formavam originalmente a câmara funerária, sendo, pelo contrário, bem visível o negativo da sua violação, ocorrida em tempo incerto, mas provavelmente perpetrada por quem buscava no seu interior algum tesouro encantado ou, muito simplesmente, material passível de utilização em construções mais adequadas às novas necessidades de um quotidiano agrícola, ainda se observam vestígios da couraça pétrea do primitivo tumulus, com cerca de 14 m de diâmetro. O pedido de classificação refere-se a um afloramento granítico com a superfície gravada com vários sulcos e covinhas. Características que chamaram, desde logo, a atenção de investigadores desde os primeiros decénios de novecentos, motivando a sua alusão, por parte de um dos maiores especialistas portugueses em Arte rupestre de então, numa conferência proferida no âmbito das comemorações do bicentenário da fundação da nacionalidade, realizadas em Lisboa, no ano de 1940.
Menir de Luzim ou 'Marco de Luzim'
Localizado de forma isolada, numa zona chá coberta com pinhal e numa encosta sobranceira ao rib.º das Lajes, este monólito granítico implantado verticalmente durante a Pré-história, apresenta forma alongada de secção subpentagonal, com uma altura de cerca de 2,5 m. Nas suas duas faces, na parte superior, encontra-se gravada a data de 1883. Junto ao Menir encontram-se as gravuras rupestres conhecidas por “Pegadinhas de S. Gonçalo”, consistindo num afloramento granítico onde se encontram insculturas pedomórficas, de forma oblonga similar a pegadas, e circulares.
Capela de Santa Catarina
A capela de Santa Catarina é um simples templo granítico da Baixa Idade Média, doada pelo Dr. Seabra e restaurada em 1995 pelo povo de Peroselo, junto do qual se encontra uma necrópole rupestre, constituída por quatro sepulturas escavadas na rocha, duas das quais já partidas. Este cemitério é atribuível à época da Reconquista, com utilização situada entre os séculos VIII e XI.
Rede de arame (transpor)
AVISO: neste ponto é necessário transpor a rede de arame que veda a propriedade da pedreira. Felizmente, é uma vedação baixa que facilmente se ultrapassa. No entanto, para evitar esta situação, o ideal é seguir a sugestão dada no ponto anterior: Terreno privado (pedreira).
Terreno privado (pedreira)
AVISO: neste local entra-se na propriedade privada da pedreira (existe uma cancela). Por opção, virou-se logo à direita, seguindo-se por um caminho junto à rede de vedação deste terreno, a qual teve que ser transposta cerca de 400 metros à frente. A opção ideal seria não ter virado para a pedreira e seguido pela estrada (avenida do Penedo da Pena), contornando a mata até virar à esquerda por um caminho de terra que sobe até encontrar este trilho no ponto "Rede de arame (transpor). Fica aqui a sugestão! (ver mapa).
Vedação (Pedreira)
AVISO: esta é outra situação que não facilita a progressão. Do outro lado desta vedação existe um caminho que atravessa a serra. No entanto, o mesmo não é acessível pois esta vedação é recente, muito alta e robusta. A solução encontrada foi caminhar cerca de 200 metros paralelo à vedação (o terreno e a vegetação permitem fazê-lo), até chegar ao ponto seguinte, "Interseção com caminho de terra".
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Scenery
Moderate
Fiz este caminho, do ponto de vista histórico é excelente com muitos pontos de interesse, sendo que em Abragão, aconselho a visitarem o Centro de Interpretação da Escultura Românica, €2 euros por pessoa, como sou fã do estilo arquitectónico e deste período da historia acabou por ser uma cereja no topo do bolo. Logo no inicio, em Quintã, achei muito mau terem colocado caixotes do lixo junto aos túmulos medievais (mesmo ao lado) e não haver nenhuma placa informativa sobre os mesmos, passam quase desapercebidos. A pior parte e menos interessante é mesmo da pedreira, um local onde parece que de repente estamos no Inverno devido ao pó que esta por todo o lado. Alguns dos caminhos antigos são de grande beleza e a vista que temos sobre o vale do Tâmega é excelente. Em Abragão visitamos a Adega Regional Zé Ernesto, fica como indicação se alguém procurar um local para recuperar energias. De resto aconselho vivamente a realização do trilho e agradeço a partilha.
Boas caminhadas
Cumprimentos
Edgar
Obrigado, Edgar, pelo construtivo comentário e avaliação do trilho.
Como este não é um percurso oficial, está sempre sujeito a mudanças e alterações no terreno. Mas, retirando a zona da pedreira (mesmo muito feia e perigosa), o percurso passa por lugares muito bonitos e com elevado interesse histórico. Ainda bem que gostou de o fazer. Os Caminhantes desenharam-no em 2013, e daí até hoje foram vários os caminheiros que já o experimentaram, mesmo sendo um trilho que implica alguns constrangimentos e tomadas de decisão de última hora. E vale bem a pena percorre-lo.
Agradeço a suas sugestões, pois enriquecem esta experiência pela Rota do Românico. Tal como o ditado "Quem conta um conto...", também num percurso se "acrescenta um ponto"!
Boas caminhadas!
Abraço
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Scenery
Moderate
Não é fácil adaptar circuitos da Rota do Românico para percursos pedonais. E esta "senda" da Beata Mafalda não foi exceção. Sobretudo quando se tem que atravessar enormes pedreiras em atividade (ou tentar contorna-las...). Mas o resultado final ficou interessante, ainda que necessite de futuros ajustes (lá está, as pedreiras não são fáceis...). Grande abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Com efeito, adaptar rotas de automóvel para percursos pedonais não é fácil e algumas vezes nem sequer são exequíveis... esta solução resultou, parcialmente, pois o troço da pedreira tem mesmo que ser revisto. Um grande abraço!
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Moderate
Trilho muito interessante, uma boa adaptação pedonal de um circuito da Rota do românico. Apenas considero que o troço junto à pedreira deve ser revisto, pois está confuso. Mas, no geral, resulta numa excelente caminhada. Grande abraço!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!