PE Serra do Cabral: TransCabral (Buenópolis x Francisco Dumont)
near Buenópolis, Minas Gerais (Brazil)
Viewed 1038 times, downloaded 40 times
Trail photos
Itinerary description
Travessia da Serra do Cabral, de Buenópolis a Joaquim Felício, predominantemente pela borda leste. O percurso é um misto de trilhas e estradinhas, na razão de 51% trilhas e 49% estradinhas. Os trechos mais longos de estradas são: de Buenópolis ao primeiro rancho (8,5km); da ponte sobre o Córrego Embaiassaia até a região da Lama Preta (20,3km); e do Rancho da Vargem do Chico até as veredas do Córrego do Barreiro (22,6km). Sendo este último trecho o que possui maior movimentação de veículos, após a passagem pelos eucaliptos. Os demais trechos são por estradinhas as vezes precárias, com pouco ou nenhum movimento de veículos.
LOGÍSTICA:
A travessia teve início em Buenópolis, mas pode ser realizada em ambos os sentidos. Todavia, recomendo da forma como foi realizada, já que as cachoeiras de Francisco Dumont serviriam como um último refresco.
Buenópolis dista cerca de 280km de BH e 150 de Montes Claros, acessos pelas rodovias federais BR-040 e BR-135. De ônibus, a principal opção é a empresa Transnorte, que possui várias viagens diárias para BH ou Montes Claros. Já o ponto final, Francisco Dumont, está a aproximadamente 380km e 115 de Montes Claros. Há ônibus da empresa Transnorte ligando a cidade a outras vizinhas, como Engenheiro Dolabela, Bocaiúva e outras, com vários horários diários.
A TRAVESSIA:
1º dia: Buenópolis a Morro do Chapéu (Rancho de Chicão)
Saindo do centro de Buenópolis, a caminhada segue em direção à Fazenda Condado e Estância das Piabas. Após as Piabas começam as primeiras subidas da borda leste da Serra do Cabral, onde deixo o estradão para seguir por uma estradinha à esquerda. Após a porteira trancada a caminhada efetivamente tem início, já que até este ponto é possível seguir em qualquer veículo.
Depois de passar por um rancho, a trilha embrenha em capão de mata, mas logo dá lugar pra vegetação de cerrado. Próximo dos 1.000m de altitude a subida fica mais suave e há alguns trechos de trilha suja antes de chegar à Vereda do Jacaré, já no Parque Estadual da Serra do Cabral. De agora em diante a caminhada é por um relevo suavemente ondulado. Após as veredas retorno para uma estradinha e sigo por ela até a Gruta de Santa Luzia. Na saída da gruta cruzo a estrada principal e sigo por uma trilha que me leva a um caminho arenoso. Desço em direção ao córrego Buriti dos Almeidas, cruzando duas cercas de arame farpado. Do outro lado do córrego a caminhada segue campos e cerrados do Cabral. Há trechos curtos por estradinha arenosas até a chegada ao Córrego Riachão, onde há diversos pocinhos e corredeiras.
De lá a caminhada segue por trilhas, que passa por alguns ranchos antes de chegar ao do Chicão, onde foi montado acampamento nas proximidades de um afluente do córrego de Pedras.
Dia 2: Morro do Chapéu x Cachoeira do Tonhão
Após uma breve subida, a trilha dá uma guinada para norte e se torna um pouco suja. Depois de alguns trechos confusos, onde a trilha se perde em meio à vegetação rasteira, interceptamos um trilho que leva ao fundo do vale do córrego Embalassaia. Do outro lado a trilha segue suja por algumas centenas de metros, tornando-se mais consolidada na parte mais alta do morro.
A trilha segue bem consolidada e por um relevo suave até uma drenagem que abastece o Córrego Bocaina. Aqui deixei o caminho batido para tomar uma trilha mais discreta em direção a uma cachoeira no córrego. No retorno tomei um pequeno atalho, interceptando a trilha consolidada mais a frente. Adiante passei por um rancho e desemboquei em uma estradinha, por onde segui até a porteira, cruzando o estradão e seguindo por uma trilha. A trilha segue até próximo da ponte sobre o Córrego Embaiassaia, de lá o trajeto é por uma estrada pouquíssimo movimentada até a Cachoeira do Tonhão, onde foi feito o acampamento.
Dia 3: Cachoeira do Tonhão x Córrego Diamante
Pela manhã fiz algumas explorações no Ribeirão Preto, indo até um poção a jusante da área de acampamento. No retorno ao acampamento, sigo pela estradinha que sobe a serra e avança em meio à plantações de eucalipto. Mais abaixo a estradinha se torna precária, transformando-se em trilha após a passagem pelos ranchos da localidade conhecida como Lama Preta. A trilha avança pelo cerrado, com alguns trechos confusos, mas, de uma maneira geral, bem consolidada. Segue cortando as cabeceiras do Rio da Areia, até chegar a um rancho na localidade de Vargem do Chico. Após o rancho a caminhada volta a ser por uma estradinha em meio aos eucaliptos, seguindo assim até a ponte sobre o Córrego Diamante. O acampamento foi montado nas proximidades da ponte, em um campo.
Dia 4: Córrego Diamante x Francisco Dumont
Saindo do córrego Diamante a caminhada segue por um longo aclive, a princípio por um trecho de cerrado e, depois, pelas plantações de eucalipto. Mais a frente, próximo a uma carvoaria, é preciso cruzar a cerca que divide a estradinha das plantações do estradão que faz a ligação com Francisco Dumont. A caminhada segue pelo estradão, que possui algum movimento de veículos, até uma estradinha que dá acesso às veredas do Córrego do Barreiro. Daí o trajeto é por uma trilha suja, às vezes não definida, até as proximidades das cachoeiras do Barreiro. Das cachoeiras até a cidade o caminho é bem consolidado, finalizando no Parque do Açudão.
OBSERVAÇÕES:
- Trilha de dificuldade moderada. Apesar da longa distância, é uma caminhada tranquila em grande parte, com exceção de alguns trechos confusos ou não demarcados de trilha. O trajeto é facilmente percorrido em 4 dias, desde que iniciado cedo, principalmente no 1º e último dias.
- O trajeto foi feito em setembro, no auge da estiagem no sertão mineiro. Ainda assim havia uma boa oferta de água ao longo do trajeto, com exceção dos trechos pelas estradas que passam em áreas mais altas, nas cabeceiras dos córregos e riachos. O calor nessa época do ano absurdo, devido à ausência prolongada de chuvas.
- O trecho inicial da caminhada atravessa área do Parque Estadual da Serra do Cabral e APAs municipais. O trecho final é por áreas particulares, mas não há qualquer restrição quanto à circulação de pessoas. NÃO FAÇA FOGO, LEVE SEU LIXO DE VOLTA e FECHE AS CANCELAS/TRONQUEIRAS QUE PASSAR. Seja gentil com os moradores locais e peça licença para atravessar as propriedades.
- Boa parte da caminhada é feita por áreas expostas, sem sombreamento. Proteja-se!
- Não há qualquer tipo de infraestrutura nos pontos de acampamento e ao longo da rota. É uma caminhada feita de forma autônoma, carregando todos os itens necessários.
- Há diversos pontos de escape ao longo da rota, mas tenha em mente que são trechos longos, que demandam várias horas de caminhada. Ressalta-se o retorno para Buenópolis, ao longo do 1º dia, para Joaquim Felício ao longo do 2º e as saídas para áreas rurais, no pé da serra, ao longo do 3º dia de caminhada.
LOGÍSTICA:
A travessia teve início em Buenópolis, mas pode ser realizada em ambos os sentidos. Todavia, recomendo da forma como foi realizada, já que as cachoeiras de Francisco Dumont serviriam como um último refresco.
Buenópolis dista cerca de 280km de BH e 150 de Montes Claros, acessos pelas rodovias federais BR-040 e BR-135. De ônibus, a principal opção é a empresa Transnorte, que possui várias viagens diárias para BH ou Montes Claros. Já o ponto final, Francisco Dumont, está a aproximadamente 380km e 115 de Montes Claros. Há ônibus da empresa Transnorte ligando a cidade a outras vizinhas, como Engenheiro Dolabela, Bocaiúva e outras, com vários horários diários.
A TRAVESSIA:
1º dia: Buenópolis a Morro do Chapéu (Rancho de Chicão)
Saindo do centro de Buenópolis, a caminhada segue em direção à Fazenda Condado e Estância das Piabas. Após as Piabas começam as primeiras subidas da borda leste da Serra do Cabral, onde deixo o estradão para seguir por uma estradinha à esquerda. Após a porteira trancada a caminhada efetivamente tem início, já que até este ponto é possível seguir em qualquer veículo.
Depois de passar por um rancho, a trilha embrenha em capão de mata, mas logo dá lugar pra vegetação de cerrado. Próximo dos 1.000m de altitude a subida fica mais suave e há alguns trechos de trilha suja antes de chegar à Vereda do Jacaré, já no Parque Estadual da Serra do Cabral. De agora em diante a caminhada é por um relevo suavemente ondulado. Após as veredas retorno para uma estradinha e sigo por ela até a Gruta de Santa Luzia. Na saída da gruta cruzo a estrada principal e sigo por uma trilha que me leva a um caminho arenoso. Desço em direção ao córrego Buriti dos Almeidas, cruzando duas cercas de arame farpado. Do outro lado do córrego a caminhada segue campos e cerrados do Cabral. Há trechos curtos por estradinha arenosas até a chegada ao Córrego Riachão, onde há diversos pocinhos e corredeiras.
De lá a caminhada segue por trilhas, que passa por alguns ranchos antes de chegar ao do Chicão, onde foi montado acampamento nas proximidades de um afluente do córrego de Pedras.
Dia 2: Morro do Chapéu x Cachoeira do Tonhão
Após uma breve subida, a trilha dá uma guinada para norte e se torna um pouco suja. Depois de alguns trechos confusos, onde a trilha se perde em meio à vegetação rasteira, interceptamos um trilho que leva ao fundo do vale do córrego Embalassaia. Do outro lado a trilha segue suja por algumas centenas de metros, tornando-se mais consolidada na parte mais alta do morro.
A trilha segue bem consolidada e por um relevo suave até uma drenagem que abastece o Córrego Bocaina. Aqui deixei o caminho batido para tomar uma trilha mais discreta em direção a uma cachoeira no córrego. No retorno tomei um pequeno atalho, interceptando a trilha consolidada mais a frente. Adiante passei por um rancho e desemboquei em uma estradinha, por onde segui até a porteira, cruzando o estradão e seguindo por uma trilha. A trilha segue até próximo da ponte sobre o Córrego Embaiassaia, de lá o trajeto é por uma estrada pouquíssimo movimentada até a Cachoeira do Tonhão, onde foi feito o acampamento.
Dia 3: Cachoeira do Tonhão x Córrego Diamante
Pela manhã fiz algumas explorações no Ribeirão Preto, indo até um poção a jusante da área de acampamento. No retorno ao acampamento, sigo pela estradinha que sobe a serra e avança em meio à plantações de eucalipto. Mais abaixo a estradinha se torna precária, transformando-se em trilha após a passagem pelos ranchos da localidade conhecida como Lama Preta. A trilha avança pelo cerrado, com alguns trechos confusos, mas, de uma maneira geral, bem consolidada. Segue cortando as cabeceiras do Rio da Areia, até chegar a um rancho na localidade de Vargem do Chico. Após o rancho a caminhada volta a ser por uma estradinha em meio aos eucaliptos, seguindo assim até a ponte sobre o Córrego Diamante. O acampamento foi montado nas proximidades da ponte, em um campo.
Dia 4: Córrego Diamante x Francisco Dumont
Saindo do córrego Diamante a caminhada segue por um longo aclive, a princípio por um trecho de cerrado e, depois, pelas plantações de eucalipto. Mais a frente, próximo a uma carvoaria, é preciso cruzar a cerca que divide a estradinha das plantações do estradão que faz a ligação com Francisco Dumont. A caminhada segue pelo estradão, que possui algum movimento de veículos, até uma estradinha que dá acesso às veredas do Córrego do Barreiro. Daí o trajeto é por uma trilha suja, às vezes não definida, até as proximidades das cachoeiras do Barreiro. Das cachoeiras até a cidade o caminho é bem consolidado, finalizando no Parque do Açudão.
OBSERVAÇÕES:
- Trilha de dificuldade moderada. Apesar da longa distância, é uma caminhada tranquila em grande parte, com exceção de alguns trechos confusos ou não demarcados de trilha. O trajeto é facilmente percorrido em 4 dias, desde que iniciado cedo, principalmente no 1º e último dias.
- O trajeto foi feito em setembro, no auge da estiagem no sertão mineiro. Ainda assim havia uma boa oferta de água ao longo do trajeto, com exceção dos trechos pelas estradas que passam em áreas mais altas, nas cabeceiras dos córregos e riachos. O calor nessa época do ano absurdo, devido à ausência prolongada de chuvas.
- O trecho inicial da caminhada atravessa área do Parque Estadual da Serra do Cabral e APAs municipais. O trecho final é por áreas particulares, mas não há qualquer restrição quanto à circulação de pessoas. NÃO FAÇA FOGO, LEVE SEU LIXO DE VOLTA e FECHE AS CANCELAS/TRONQUEIRAS QUE PASSAR. Seja gentil com os moradores locais e peça licença para atravessar as propriedades.
- Boa parte da caminhada é feita por áreas expostas, sem sombreamento. Proteja-se!
- Não há qualquer tipo de infraestrutura nos pontos de acampamento e ao longo da rota. É uma caminhada feita de forma autônoma, carregando todos os itens necessários.
- Há diversos pontos de escape ao longo da rota, mas tenha em mente que são trechos longos, que demandam várias horas de caminhada. Ressalta-se o retorno para Buenópolis, ao longo do 1º dia, para Joaquim Felício ao longo do 2º e as saídas para áreas rurais, no pé da serra, ao longo do 3º dia de caminhada.
Waypoints
Waypoint
2,939 ft
Direita - atalho cachoeira
Waypoint
2,521 ft
Córrego do Barreiro - trilha adiante
Waypoint
2,086 ft
Parque Açudão - Fco Dumont
Waypoint
2,784 ft
Porteira trancada - Início da caminhada
Waypoint
3,045 ft
Ribeirão Preto
Waypoint
3,685 ft
Direita
Waypoint
3,651 ft
Curral - manter esquerda
Waypoint
3,621 ft
Córrego Buriti dos Almeidas 2
Waypoint
3,241 ft
Rio da Areia 3
Waypoint
3,181 ft
Direita - Eucalipto
Waypoint
3,809 ft
Guinada para norte - trilha suja
Waypoint
3,525 ft
Acesso Riachão
Waypoint
2,000 ft
Buenópolis
You can add a comment or review this trail
Comments