Na Senda do Lobo Ibérico [MARIOLAS]
near Freiria, Lisboa (Portugal)
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Centro de Recuperação do Lobo Ibérico
O Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI) foi criado pelo Grupo Lobo em 1987 com o objetivo de providenciar um ambiente, em cativeiro, adequado para lobos que não podem viver em liberdade: animais vítimas de armadilhas, de cativeiro ilegal, de outros parques e jardins zoológicos. O CRLI ocupa 18 hectares de terreno, num arborizado e isolado vale. Situa-se na freguesia do Gradil, no concelho de Mafra, a cerca de 30 Km a Norte de Lisboa. As povoações mais próximas (a cerca de 1,5 Km) são o Picão e o Vale Guarda. O bem-estar dos lobos é uma das principais preocupações, pelo que as atividades desenvolvidas assentam numa filosofia subjacente a um santuário, dando aos animais condições semelhantes às do seu habitat e reduzindo a perturbação humana. Neste Centro é desenvolvido um programa cientifico-pedagógico que possibilita a realização de estudos científicos e de ações pedagógicas que informam o público sobre a bio-ecologia e o comportamento do lobo, os perigos que enfrenta e a importância da sua conservação. A observação de lobos em ambiente seminatural, proporciona oportunidades únicas e ideais para o desenvolvimento de ações de sensibilização ambiental relacionadas com a temática da conservação deste predador, e com a biodiversidade em geral. [https://www.grupolobo.pt/] O lobo-ibérico (Canis lupus signatus), subespécie do lobo-cinzento (Canis lupus), mede, em média, 70 cm e pesa entre os 25 e os 40 kg. Existem, aproximadamente, 300 lobos no território português e entre 1500 e 2000 na Península Ibérica.
Igreja de N. Sra. do Rosário
Igreja paroquial rural, de primitiva fundação quinhentista, foi alvo de posteriores campanhas construtivas, que lhe conferiram a atual aparência barroca, de alguma erudição, de certo influenciada pela contemporânea Basílica de Mafra. Integra-se no conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia, dos quais se distingue pela sua imponente fachada principal, de forte impacto cenográfico, que contrasta com a habitual feição austera. Desenvolve-se em dois registos, sendo o primeiro vazado por três arcos, separados por dupla pilastra lisa de ordem monumental com capitéis compósitos. Em cada uma das faces laterais abre-se, no piso térreo, um arco de volta inteira. Todos os arcos são encimados por janelões retangulares sobrepujados por áticas. Em 1755, terá sofrido grandes danos com o terramoto, ainda hoje visíveis no deslocamento de cantarias de pilares, pilastras, vergas e arcos consolidados da fachada principal, que permanece inacabada, faltando-lhe grande parte da cornija e um possível frontão triangular o que permite supor ser parte de um projeto arquitetónico mais vasto. Interiormente, apresenta, contudo o habitual esquema planimétrico básico, composto por nave única e capela-mor, de orientação canónica, iluminação bilateral, cobertura em abóbada de berço (decorada, neste caso, com um medalhão central figurando a entrega do rosário a São Domingos pela Virgem Maria), coro-alto adossado à parede fundeira (aqui sobre a galilé), assente em estrutura de madeira. Púlpito adossado à parede murária do lado do Evangelho, confrontante com porta travessa. Arco triunfal de volta perfeita, ladeado por dois retábulos confrontantes em talha dourada, que chanfram os ângulos da nave. Capela-mor com cobertura em abóbada de berço, ostentando um painel evocativo da lenda fundadora, parede testeira revestida com retábulo de talha dourada, tardo-barroco, de corpo reto e três eixos verticais. [http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2614]
Casa-Mãe do Gradil
A Casa-Mãe do Gradil, tem como missão, acolher, cuidar, desenvolver e capacitar as crianças/jovens, proporcionando-lhes um presente e um futuro melhor. As crianças/jovens são aqui colocadas através dos Organismos oficiais, sendo os problemas que levam ao seu internamento dos mais diversos, desde o alcoolismo, prostituição, maus tratos, abusos sexuais, desorganização familiar, entre outros.
Igreja de S. Silvestre do Gradil
Igreja paroquial rural de construção seiscentista, ostentando, contudo, uma feição essencialmente barroca, resultado da sua reconstrução após o terramoto de 1755. Integra-se no conjunto de edifícios religiosos da denominada região saloia, caracterizados por exterior de tratamento arquitetónico austero, e por interior organizado segundo um esquema planimétrico básico. Apresenta, assim, uma planta poligonal, composta pela articulação a eixo dos corpos da nave única e capela-mor, aos quais se adossam, de ambos os lados, os volumes da sacristia e de outras dependências. Fachada principal barroca, de orientação canónica, composta por três panos separados por pilastras de cantaria, sendo o pano central animado pelo portal, de emolduramento de cantaria recortado, encimado por um janelão retangular com moldura de cantaria e ática contracurvada ostentando insígnias do orago em relevo, e rematado por frontão triangular vazado por óculo elíptico envolvido por decoração em estuque. Lateralmente desenvolvem-se os panos das duas torres sineiras, de cobertura bolbosa e fogaréus nos acrotérios. Interiormente, a igreja de nave única, é espaçosa, uniformemente iluminada através de janelas retilíneas rasgadas ao nível do segundo registo das fachadas laterais e pelo óculo do coro-alto. Este, adossado à parede fundeira, é em madeira sobre pilares, formando três arcos de volta perfeita, que incorpora duas pias de água benta manuelinas. No subcoro localiza-se o acesso ao batistério, onde figura uma pia batismal manuelina, de corpo semiesférico, oitavado, com decoração alusiva ao sacramento do Batismo, com aves e peixes, e inferiormente rematada por corda e faixa ornamental geométrica que precede o apoio simulando a base de uma coluna. No coro-alto merece lugar de destaque, ainda, o órgão de tubos produzido em 1801 por António Xavier Machado e Cerveira. A nave, com cobertura em abóbada abatida e muros percorridos por silhar baixo de azulejo de tapete seiscentista e pintura marmoreada, integra dois púlpitos confrontantes, com base de pedra rosada e avental de madeira. Apresenta, ainda, no lado da Epístola, uma capela lateral, com dois altares de madeira dourada e pintada. Arco triunfal de volta perfeita, ladeado por dois altares de madeira pintada e dourada, onde figuram, no lado do Evangelho, uma Nossa Senhora de Fátima e, no lado da Epístola, uma imagem estofada do "Coração de Jesus". Capela-mor, coberta por abóbada de berço, ostenta retábulo-mor setecentista, de colunas torsas, em talha dourada, centralizado por uma tela com uma cena da vida de São Silvestre Papa. [http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2615]
Comments (2)
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Parabéns pela excelente apresentação gráfica do trilho. Ficámos com imensa vontade de o percorrer.
Obrigado. Boas caminhadas! :-)