Na senda de Inuksuk (Ponte da Lousa / Loures)
near Ponte de Louza, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Por fim, desatou o colar de dentes de castor que trazia ao pescoço, e colocou-o no avô.
Só então olhou em volta. Havia outras ossadas, o ancião falara-lhe desses antepassados. A existência era difícil e curta, os druidas não sabiam curar muitas das doenças e os acidentes e ataques das feras cobravam também muitas vidas. Existências vividas um dia de cada vez, mas eram felizes.
A luz que vinha da pequena entrada projectava a sua sombra, agigantada, nos esteios que sustentavam a pedra da mesa da anta. Sentiu um calafrio, percorreu o corredor e saiu cá para fora da mamoa que cobria o sítio. Com todas as suas forças arrastou a pedra que servia de porta, e foi a uma poça escondida que ele conhecia ali perto, buscar barro para selar a porta, não fossem os espíritos malignos entrar pelas frestas e ir desassossegar os mortos. Olhou em volta, aquele era um santuário rodeado de paz. Mais acima, no alto do cabeço, estava a ara onde os druidas se juntavam quando os dias começavam a ficar maiores que as noites, sacrificavam uma cabra, espetavam na terra umas pedrinhas de forma fálica, e invocavam a Deusa Mãe, representada por uma estatueta da largas ancas, proeminente ventre e enormes seios, que traziam com eles. Assim garantiam que não haveria fome até ao próximo Sol: não faltariam frutos e bagas, as manadas de bisontes passariam lá em baixo no vale em busca de bons pastos, acompanhadas de tenros vitelos...
Tomou o trilho da gruta, ainda era um bocado bom até lá. Pelo caminho foi recordando histórias, o avô era um dos mais velhos do grupo. Há quantos sóis teria ele nascido? Lembrou-se então de que o ancião mantinha num canto secreto da gruta, envolta numa pele de veado, uma colecção de seixos. Desde criança que sempre que o sol se punha lá longe sobre a pedra da ursa, o avô acrescentava um seixo à colecção.
Quando chegou à gruta, Inuksuk foi contar os seixos. De cada vez que perfazia os dedos das duas mãos, gravava um risco no solo. No final tinha tantos riscos quantos os dedos de uma mão!! Incrível! Ele, Inuksuk, não contava os sóis, mas sabia que de certeza bastavam pouco mais que os dedos das duas mãos para contar os que já vira acontecer sobre a Pedra da Ursa.
Mirou depois, na penumbra, a figura do cavalo no tecto da gruta, que avô pintara com ocre amarelo. Uma beleza, parecia que estava vivo, ele era um artista!
Todo o grupo dormia já, encolhido lá ao fundo. Inuksuk sentiu então fome, agarrou numa mão de veado que eles tinham caçado pela manhã, avivou as brasas da fogueira à boca da caverna e esperou. Quando a carne ficou assada, comeu deleitado, saboreando a iguaria.
Ajeitou as brasas que sobravam, deixou-as a rebrilhar no escuro da noite, assim desencorajavam o malvado urso Borjigin, que podia aparecer por ali a rondar. Antes de se chegar ao fundo da gruta para dormir, olhou uma última vez o céu, as estrelas eram tantas que nunca saberia contá-las. Mas conhecia bem o firmamento, até dava nomes a alguns grupos de estrelas, e logo notou que lá bem em cima, na constelação do Auroque, havia uma nova e brilhante estrela azul.
Pronto, devaneios provocados por uma caminhada entre grutas e antas. Mas tinha que me sentir mergulhado nos dias da Pré-História, para melhor poder perceber o que via.
O Percurso
O carro ficou em Ponte de Lousa, ali na estrada velha não há parking mas não faltam espaços onde deixar a viatura.
Passamos logo ao bem restaurado Lavadouro Público (onde também há casa de banho) ao lado do qual há um inesperado relógio de sol, e uns metros a seguir mais outro lavadouro, de 1950, com um belo painel de azulejos.
Mesmo em frente fica a Capela de Ponte de Lousa, que faz parte do Círio da Senhora do Cabo.
Aqui deixamos a civilização, e entramos em terra. Logo adiante uma velha casa senhorial semi-abandonada preside à travessia da Ribeira de Lousa, a qual se faz a pé sem ser necessário descalçar as botas, há lá umas pedras que ajudam. Na outra margem há que trepar, vamos agora subir ganhando altitude pelo trilho de terra vermelha que nos proporciona, atrás, panorâmicas muito bonitas, se a luz estiver a preceito. E subimos até junto de um cabeço deste maciço cársico onde vamos encontrar o primeiro testemunho da pré-história: a anta do Alto da Toupeira. Uns cavalos pastavam pachorrentamente, e tivemos dificuldade em encontrar o monumento, mas está lá, protegido dentro de um tufo de arbustos onde no entanto é fácil entrar sem esfoliação.
Visitado e fotografado o sítio prosseguimos, para pouco depois encontrar outra preciosidade geomorfológica e também pré-histórica deste percurso: a Gruta das Salemas. Acendemos as lanternas e percorremos um bocado da caverna, que começa a estreitar, formando um longo corredor.
Quando saímos lançamos um breve olhar à majestosa escarpa calcária em que a gruta se abre, profundamente erodida por dissolução de materiais, produzindo as caprichosas formas daquela parede.
Prosseguindo fomos passar ao miradouro de Vale de Lousa, ainda em constução, que nos proporciona ampla panorâmica sobre o vale da ribeira. Daí iniciamos a descida que segue por uma estrada municipal, a Rua da Carrasqueira, até Lousa. É possível evitar este troço de asfalto, mas há que fazer corta-mato sem nenhum objectivo digno de nota. Preferimos por isso o asfalto, quase sem trânsito numa manhã de Sábado.
Em Lousa há tudo; mas as nossas mochilas estavam abastecidas, não fizemos paragens e como a igreja paroquial estava fechada também só a vimos de longe.
Logo depois do templo viramos à esquerda, passamos o cemitério e subimos a rua de Casal Travassos para, já em terra, passar ao que resta da Quinta dos Travassos, triste exemplar do património abandonado em Portugal. As feridas que ficam na alma ao contemplarmos estas sítios não saram, mas há que resistir, seguimos viagem, fomos subindo até chegar mesmo junto da Montiqueijo; mas uns metros antes viramos à esquerda, seguindo pela margem de um longo bosque de abetos. E poucos metros andados estamos junto da ruína de uma velha casa rural, onde há no chão lajes de pedra calcária convidativa... foi aí o piquenique.
Tomado o café feito no "Campingaz", retomamos a marcha para uns metros à frente visitarmos a Anta de Carcavelos. Sobram uns esteios, e no chão uns restos que tudo indica serem os pedaços da mesa, já fracturada.
Sai-se da anta para sul, seguindo um trilho de pé-posto pouco visível que nos leva abaixo à estrada municipal, junto de uma casa isolada. São poucos metros por estrada, pois logo adiante saímos à direita pelo Caminho da Missa / Trilho do Carvalho Centenário.
Como o nome o diz, o trilho leva até um carvalho centenário, árvore protegida, que fica já nas proximidades de Fontelas. E o município aproveitou o tema para criar aqui um percurso interpretativo, com 7 cartazes que caracterizam a fauna e flora locais, sendo o primeiro (ou o último, no nosso sentido de marcha) precisamente no local da velha árvore.
A árvore cativa-nos pelas sua dimensão, o local não tem grandes apelativos. mas o percurso é uma beleza, sempre com belas vistas para a zona central de Loures e o vale do Tejo.
Daqui tomamos agora o Trilho do Tufo, que nos vai levar até às imediações de mais uma gruta: lá chegados há que descer à esquerda para seguir uns ss que nos levam à boca da gruta do Tufo. Mais uma em que entramos, aqui nem a luz das lanternas faz muita falta, para explorar a parte mais acessível, pois por certo será possível internarmo-nos mais na montanha, com equipamento adequado.
Depois de mirar a paisagem (a gruta devia de facto constituir um bom abrigo temporário para os homens do Neolítico, com uma ampla janela para a paisagem verdejante e de estrutura cársica revelada no vigor daqueles afloramentos calcáreos logo em frente...) seguimos até Fontelas (que já foi conhecida pelos queijos!), onde de imediato retomamos o caminho ascendente, até chegar a um gerador do parque eólico Sardinha II. Aí tomamos um trilho descendente, o da Banheira do Javali. Um belo troço, ziguezagueando encosta abaixo, até se encontrar lá em baixo com a CM1205. Andamos uns metros e saímos de novo à direita, para atravessar um pequeno curso de água (não é necessário descalçar) que penso ser afluente da ribeira do Tufo que passa no vale abaixo da gruta.
Daqui foi a mais empinada subida do dia, pelo meio de um eucaliptal. A fazer sem parar, para não custar a retomar🙂
Fomos salvos aos 280 metros de altitude, trocando o estradão por um trilho mais nivelado, o Trilho do Pego do Diabo. A paisagem é lindíssima, beneficiada por um céu que já anuncia chuva, filtrando a luz (ainda invernal) de final de tarde. Em breve vamos chegar junto da gruta do Pego do Diabo, ou Loca do Gato, no Penedo do Gato. Uma longa crista calcárea que na sua face norte apresenta uma parede vertical na qual se abrem algumas cavidades cársicas, sendo esta maior e claramente utilizável como abrigo. Foi a que mais gostei, das três, pelo estilo gótico das suas paredes e aberturas.
É pena, mas acabou. A descida até Ponte de Lousa faz-se sem problema, há um último rebuçado para adoçar a nossa gula de história e de passado: uma velha nora quase intacta, mesmo ao chegar à povoação. Atravessamos a Ribeira de Lousa por uma ponte pedonal, e estávamos de volta à viatura, surpreendidos e satisfeitos com um percurso tão interessante a apenas meia hora de carro desde Lisboa.
nota: segui de perto o percurso publicado aqui no Wikiloc pela utilizadora Fabiana Rodrigues (obrigado!)
Anta do Alto da Toupeira
Embora provavelmente identificada pelo arqueólogo português do século XIX, Carlos Ribeiro, só foi estudada e desenhada pela primeira vez em 17 de janeiro de 1944 pelos arqueólogos alemães Georg e Vera Leisner.
Foi ela e O V Ferreira que em Novembro de 1946 fizeram algumas escavações, tendo cocnluído que o dolmen possuía câmara poligonal mas em corredor. As dimensões seriam de aproximadamente 5,5 metros por 5 metros, com uma altura máxima de dois metros. Cinco lajes de calcário do período Cretáceo Superior sobrevivem no local, uma das quais acredita-se ter sido o teto da tumba.
Há dúvidas quanto aos materiais achados: seriam daquela anta, terima vindo de outra próxima descoberta por Vera, ou da caverna? Os itens incluem um ídolo cilíndrico, um machado de anfibólio, um cinzel de cobre, uma ponta de flecha de cobre e um pingente.
Gruta das Salemas
A Gruta de Salemas é um dos geosítios de maior relevância identificados no concelho de Loures. Apesar de não ser única no município é a mais desenvolvida tanto em termos de dimensão e profundidade como ao nível das formas de pormenor que integra, nomeadamente espeleotemas. Esta gruta surge, muitas vezes e erradamente, definida como diaclase de Salemas. Embora a sua entrada se assemelhe a uma diaclase aberta que, por sua vez, corresponde, segundo Rodrigues et al., (2007) a qualquer tipo de fissura ou descontinuidade em rocha carsificável, alargada por processos de dissolução, dando lugar a uma abertura profunda, o geo-sítio de Salemas deverá ser definido como gruta, pois, de acordo com toda a bibliografia consultada, não é confundível com uma diaclase ou diaclase aberta.
...
Aquando da sua descoberta, na década de 50, a Gruta de Salemas continha no seu interior indústrias pré-históricas do Paleolítico superior e ossos de fauna quaternária: ursos (Ursus arctos e Ursus spelaeus), felinos (Felis pardus e Felis pardina), hienas (Hyaena croata spelaea), lobos (Covis lúpus), cavalos (Equus caballus), etc. Segundo Zilhão (1987:27), os instrumentos de pedra trabalhada encontrados no interior desta gruta correspondem a Zagaias típicas da indústria Solutrense. A pobreza dos utensílios encontrados indicará que esta gruta nunca deve ter servido de habitação permanente aos humanos. Inicialmente, no Paleolítico, constituiria um abrigo temporário e, mais tarde, durante o Neolítico, uma Necrópole.
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Apesar da largura da gruta ser relativamente estreita, podem-se distinguir algumas formas cársicas no seu interior que são parte integrante da mesma enquanto geossítio. Em oposição ao carácter predominantemente erosivo da água, tanto à superfície como em profundidade, nas grutas estão patentes alguns aspetos construtivos representados por depósitos de precipitação química (espeleotemas), nomeadamente as formações resultantes da precipitação predominante de calcite no teto – estalactites – ou a partir do solo – estalagmites – que se desenvolvem devido ao gotejar continuo da água proveniente do teto no interior da gruta. Quando as estalactites e as estalagmites se unem, há a formação de colunas ou pilares. Em alguns casos a união de várias colunas pode originar uma parede (Galopim de Carvalho, 1996). Nesta gruta são apenas observáveis algumas estalactites cuja formação recente se faz notar nos sítios mais profundos da gruta, onde a exploração é muito restrita devido ao difícil acesso. Foram ainda identificadas outras geoformas particulares no interior da gruta: uma marmita preenchida por terra rossa, uma pia e uma janela cársica cujos processos de formação se devem, igualmente, como nas estalactites e estalagmites, à dissolução (e posterior precipitação) do carbonato de cálcio.
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(excertos do interessantíssimo Relatório Final de Estágio de Rogério santos, igotul004059_tm)
Igreja Paroquial de Lousa (S. Pedro)
O templo possui planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos: corpo da igreja e capela-mor, resultando numa volumetria articulada sensivelmente paralelepipédica de massa horizontalista, coberta por telhados a 2 águas. Adossada a N torre sineira de planta quadrangular e Sacristia rectangular.
A capela-mor, coberta com abóbada de berço, é iluminada por 2 janelas abertas na parede Sul. O altar-mor, em talha dourada rococó é rodeado por silhares de azulejos setecentistas nas paredes laterias, com figurações do Baptismo de Cristo e do Lava-pés, encimados por telas de temática mariana.
No alçado lateral Sul há um portal manuelino em arco conopial com decoração vegetalista nos pés-direitos e antropomórfica (S. Pedro e S. Paulo) na parte superior. Na face do conopial inscultura de conjunto de 3 chaves (uma posta em pala e duas passadas em aspa). Nas enjuntas do arco, dentro do alfiz, 2 bustos em baixo relevo de figuras masculinas barbadas, de perfil, representando provavelmente S. Pedro (à esq.), tendo como atributo uma chave, e S. Paulo (à dir.), tendo defronte um livro aberto (atributo genérico de Santos, Apóstolos e Evangelistas). As duas figuras ladeiam inscrição epigráfica: FOI FEITO NA ERA DE 1546 ANNOS.
Quinta dos Travassos
Mais um triste triste exemplo do abandono do património em Portugal, que junto aos muitos que recheiam as minha memórias dos trilhos percorridos neste país. Neste caso o crime foi perpetrado pelas mais variadas instituições estatais e portanto não foi sequer um "azar" da História.
Desconheço as origens desta propriedade, também conhecida por Quinta Itália ou Casa de Saúde da Lousa, mas foi comprada em 1948 ao médico Damas Mora pela Junta da Província da Estremadura e em 1955 foi cedida ao Instituto de Apoio aos Inválidos para nele instalar um centro para crianças cegas. Após o 25 de Abril aquela entidade foi extinta e a gestão do equipamento passou para a Segurança Social que, entretanto, abandonou o projeto e as instalações, embora nunca tivesse, formalmente, denunciado o contrato de arrendamento.
Em 1991 o Vice-Governador Civil de Lisboa, à época presidente da Assembleia Distrital de Lisboa (entidade que herdou o património da JPE) tentou rescindir o contrato e chegar a acordo com a SS para venda do património mas consta que a SS não aceitou.
Com a entrada em vigor do DL 5/91, de 8 de janeiro, a propriedade passou a ser gerida pelo Governo Civil de Lisboa que simplesmente se esqueceu que aquele património existia e acabou deixando que a degradação chegasse ao ponto que as fotografias documentam.
Por isso, se há responsáveis pelo que está à vista de todos eles são a Segurança Social e, em particular, o Governo Civil de Lisboa. Como este último foi, entretanto, “extinto”... é mais um crime contra o património que vai ficar por penalizar. (adaptado de Infinitos, metoscano.blogspot.com)
Montiqueijo
A Montiqueijo (Queijos do Montemuro, serra que fica ali logo atrás) é uma empresa de produtos lácteos, especializada na produção de queijos de vaca, fundada em 1963 pelo casal Carlos e Ludovina Duarte, onde a tradição no paladar permanece desde as gerações mais antigas. A família Duarte iniciou a sua atividade com uma pequena queijaria em Lousa, para vender queijo fresco em Lisboa e rapidamente conseguiu impor-se, sendo atualmente umas das principais marcas portuguesas produtoras de queijo fresco, requeijão e queijo curado de vaca.
Reconhecida pela qualidade dos seus queijos frescos e requeijões, a Montiqueijo orgulha-se de ser a única marca em Portugal que produz os seus queijos desde a origem.
Recomendo uma visita ao seu site internet, pois tem uma suculenta secção de receitas!
Anta de Carcavelos
Esta anta do Calcolítico era uma vala comum constituída por uma câmara sepulcral de forma poligonal, acedida por um corredor. Sobram seis lajes de calcário cretáceo originário da área e perto do monumento existem outras lajes de calcário, uma das quais poderia ter sido o teto da câmara. Foi conhecida localmente como Cemitério dos Mouros ou Casa dos Mouros
Baseados na identificação de Mesquita Figueiredo e Carlos Ribeiro (1813-82), os arqueólogos alemães Georg e Vera Leisner visitaram a Anta de Carcavelos em 1944, e produziram desenhos, mas não realizaram nenhuma escavação. Só em 1986 e já após saques de materiais é que foram realizadas escavações, que continuaram de 1991 a 1994, sob a supervisão de Gustavo Marques do município de Loures.
Em1994 muitos ossos foram coletados, de mais de 80 homens e mulheres adultos que se acredita terem sido enterrados lá. Vários objetos também foram encontrados, como pontas de flechas de sílex, cerâmicas lisas e decoradas em forma de sino, pratos, ídolos cilíndricos e objetos de adorno.
A avaliação dos itens sugeriu um provável uso inicial do dólmen como sendo nos últimos séculos do 4º milênio a.C., com intensificação do seu uso entre 3.000 e 2.600 a.C.
A análise microscópica preliminar de ossos humanos indica marcas de corte. Isso sugere (mas requer mais estudo) que os corpos poderiam ter sido desarticulados e/ou descarnados antes do enterro no dólmen, que assim serviu como um ossuário e não como um repositório de corpos.
Gruta do Tufo
Não encontrei informação sobre a gruta; sei que foram realizados trabalhos arqueológicos que demonstram que foi utilizada por gentes da pré-história recente, mas pouco mais.
Loca do Gato
Este geossítio, além da sua importância enquanto geopaisagem , reúne um conjunto de formas cársicas que lhe conferem grande valor científico, tornando-o num dos sítios com maior valor geopatrimonial do concelho de Loures. Tal como acontece no Penedo Mouro e no Penedo da Toupeira, as formas cársicas aqui identificadas desenvolveram-se num afloramento de calcários do Cenomaniano – a Formação da Bica.
Dos elementos com interesse geomorfológico que compõem este geossítio o mais expressivo é a gruta ou Loca do Gato. As grutas são das formas cársicas mais características do carso e às quais se dedica particular atenção. Esta gruta, tal como a Gruta de Salemas anteriormente abordada, resultou de longo processo de carsificação e corresponde a um corredor pouco sinuoso com cerca de 12m de comprimento e 1m de largura média, cuja entrada, aberta na bancada de calcários apinhoados do Cenomaniano superior, é facilmente identificável dada a sua forma e dimensão. A alteração cársica e a erosão neste troço do afloramento resultou num conjunto de passagens e aberturas naturais com largura suficiente para serem exploradas pelos seres humanos, o que as
diferencia de grutas abertas ao longo de diaclases abertas por dissolução.
Apesar de no seu interior não se verificar a presença de espeleotemas ou outras formações cársicas bem desenvolvidas, é possível testemunhar o constante gotejar de água do teto da gruta e a formação pequenos depósitos de precipitação química bem como depósitos de calcite nas paredes da gruta nos sectores mais profundos da mesma
É ainda de referir que esta gruta serviu de abrigo temporário a seres humanos há dezenas de milhares de anos, o que se testemunha, segundo a Carta Arqueológica de Loures, pela fauna abundante aqui encontrada na sequência sedimentar Plistocénica, localizada sob a sedimentação Holocénica, associada a uma indústria rara, onde predomina a utensilagem lamelar atribuível ao Paleolítico Superior.
(excerto do interessantíssimo Relatório Final de Estágio de Rogério santos, igotul004059_tm)
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Waypoints
Anta de Carcavelos
Esta anta do Calcolítico era uma vala comum constituída por uma câmara sepulcral de forma poligonal, acedida por um corredor. Sobram seis lajes de calcário cretáceo originário da área e perto do monumento existem outras lajes de calcário, uma das quais poderia ter sido o teto da câmara. Foi conhecida localmente como Cemitério dos Mouros ou Casa dos Mouros Baseados na identificação de Mesquita Figueiredo e Carlos Ribeiro (1813-82), os arqueólogos alemães Georg e Vera Leisner visitaram a Anta de Carcavelos em 1944, e produziram desenhos, mas não realizaram nenhuma escavação. Só em 1986 e já após saques de materiais é que foram realizadas escavações, que continuaram de 1991 a 1994, sob a supervisão de Gustavo Marques do município de Loures. Em1994 muitos ossos foram coletados, de mais de 80 homens e mulheres adultos que se acredita terem sido enterrados lá. Vários objetos também foram encontrados, como pontas de flechas de sílex, cerâmicas lisas e decoradas em forma de sino, pratos, ídolos cilíndricos e objetos de adorno. A avaliação dos itens sugeriu um provável uso inicial do dólmen como sendo nos últimos séculos do 4º milênio a.C., com intensificação do seu uso entre 3.000 e 2.600 a.C. A análise microscópica preliminar de ossos humanos indica marcas de corte. Isso sugere (mas requer mais estudo) que os corpos poderiam ter sido desarticulados e/ou descarnados antes do enterro no dólmen, que assim serviu como um ossuário e não como um repositório de corpos.
Anta do Alto da Toupeira - Salema
Embora provavelmente identificada pelo arqueólogo português do século XIX, Carlos Ribeiro, só foi estudada e desenhada pela primeira vez em 17 de janeiro de 1944 pelos arqueólogos alemães Georg e Vera Leisner. Foi ela e O V Ferreira que em Novembro de 1946 fizeram algumas escavações, tendo cocnluído que o dolmen possuía câmara poligonal mas em corredor. As dimensões seriam de aproximadamente 5,5 metros por 5 metros, com uma altura máxima de dois metros. Cinco lajes de calcário do período Cretáceo Superior sobrevivem no local, uma das quais acredita-se ter sido o teto da tumba. Há dúvidas quanto aos materiais achados: seriam daquela anta, terima vindo de outra próxima descoberta por Vera, ou da caverna? Os itens incluem um ídolo cilíndrico, um machado de anfibólio, um cinzel de cobre, uma ponta de flecha de cobre e um pingente.
Cemitério Lousa
Entrada no Parque Eólico Sardinha II
Freguesia de Lousa
Gruta das Salemas exterior
A Gruta de Salemas é um dos geosítios de maior relevância identificados no concelho de Loures. Apesar de não ser única no município é a mais desenvolvida tanto em termos de dimensão e profundidade como ao nível das formas de pormenor que integra, nomeadamente espeleotemas. Esta gruta surge, muitas vezes e erradamente, definida como diaclase de Salemas. Embora a sua entrada se assemelhe a uma diaclase aberta que, por sua vez, corresponde, segundo Rodrigues et al., (2007) a qualquer tipo de fissura ou descontinuidade em rocha carsificável, alargada por processos de dissolução, dando lugar a uma abertura profunda, o geo-sítio de Salemas deverá ser definido como gruta, pois, de acordo com toda a bibliografia consultada, não é confundível com uma diaclase ou diaclase aberta. ... Aquando da sua descoberta, na década de 50, a Gruta de Salemas continha no seu interior indústrias pré-históricas do Paleolítico superior e ossos de fauna quaternária: ursos (Ursus arctos e Ursus spelaeus), felinos (Felis pardus e Felis pardina), hienas (Hyaena croata spelaea), lobos (Covis lúpus), cavalos (Equus caballus), etc. Segundo Zilhão (1987:27), os instrumentos de pedra trabalhada encontrados no interior desta gruta correspondem a Zagaias típicas da indústria Solutrense. A pobreza dos utensílios encontrados indicará que esta gruta nunca deve ter servido de habitação permanente aos humanos. Inicialmente, no Paleolítico, constituiria um abrigo temporário e, mais tarde, durante o Neolítico, uma Necrópole. ... Apesar da largura da gruta ser relativamente estreita, podem-se distinguir algumas formas cársicas no seu interior que são parte integrante da mesma enquanto geossítio. Em oposição ao carácter predominantemente erosivo da água, tanto à superfície como em profundidade, nas grutas estão patentes alguns aspetos construtivos representados por depósitos de precipitação química (espeleotemas), nomeadamente as formações resultantes da precipitação predominante de calcite no teto – estalactites – ou a partir do solo – estalagmites – que se desenvolvem devido ao gotejar continuo da água proveniente do teto no interior da gruta. Quando as estalactites e as estalagmites se unem, há a formação de colunas ou pilares. Em alguns casos a união de várias colunas pode originar uma parede (Galopim de Carvalho, 1996). Nesta gruta são apenas observáveis algumas estalactites cuja formação recente se faz notar nos sítios mais profundos da gruta, onde a exploração é muito restrita devido ao difícil acesso. Foram ainda identificadas outras geoformas particulares no interior da gruta: uma marmita preenchida por terra rossa, uma pia e uma janela cársica cujos processos de formação se devem, igualmente, como nas estalactites e estalagmites, à dissolução (e posterior precipitação) do carbonato de cálcio. ... (excertos do interessantíssimo Relatório Final de Estágio de Rogério santos, igotul004059_tm)
Gruta das Salemas interior
A Gruta de Salemas é um dos geosítios de maior relevância identificados no concelho de Loures. Apesar de não ser única no município é a mais desenvolvida tanto em termos de dimensão e profundidade como ao nível das formas de pormenor que integra, nomeadamente espeleotemas. Esta gruta surge, muitas vezes e erradamente, definida como diaclase de Salemas. Embora a sua entrada se assemelhe a uma diaclase aberta que, por sua vez, corresponde, segundo Rodrigues et al., (2007) a qualquer tipo de fissura ou descontinuidade em rocha carsificável, alargada por processos de dissolução, dando lugar a uma abertura profunda, o geo-sítio de Salemas deverá ser definido como gruta, pois, de acordo com toda a bibliografia consultada, não é confundível com uma diaclase ou diaclase aberta. ... Aquando da sua descoberta, na década de 50, a Gruta de Salemas continha no seu interior indústrias pré-históricas do Paleolítico superior e ossos de fauna quaternária: ursos (Ursus arctos e Ursus spelaeus), felinos (Felis pardus e Felis pardina), hienas (Hyaena croata spelaea), lobos (Covis lúpus), cavalos (Equus caballus), etc. Segundo Zilhão (1987:27), os instrumentos de pedra trabalhada encontrados no interior desta gruta correspondem a Zagaias típicas da indústria Solutrense. A pobreza dos utensílios encontrados indicará que esta gruta nunca deve ter servido de habitação permanente aos humanos. Inicialmente, no Paleolítico, constituiria um abrigo temporário e, mais tarde, durante o Neolítico, uma Necrópole. ... Apesar da largura da gruta ser relativamente estreita, podem-se distinguir algumas formas cársicas no seu interior que são parte integrante da mesma enquanto geossítio. Em oposição ao carácter predominantemente erosivo da água, tanto à superfície como em profundidade, nas grutas estão patentes alguns aspetos construtivos representados por depósitos de precipitação química (espeleotemas), nomeadamente as formações resultantes da precipitação predominante de calcite no teto – estalactites – ou a partir do solo – estalagmites – que se desenvolvem devido ao gotejar continuo da água proveniente do teto no interior da gruta. Quando as estalactites e as estalagmites se unem, há a formação de colunas ou pilares. Em alguns casos a união de várias colunas pode originar uma parede (Galopim de Carvalho, 1996). Nesta gruta são apenas observáveis algumas estalactites cuja formação recente se faz notar nos sítios mais profundos da gruta, onde a exploração é muito restrita devido ao difícil acesso. Foram ainda identificadas outras geoformas particulares no interior da gruta: uma marmita preenchida por terra rossa, uma pia e uma janela cársica cujos processos de formação se devem, igualmente, como nas estalactites e estalagmites, à dissolução (e posterior precipitação) do carbonato de cálcio. ... (excertos do interessantíssimo Relatório Final de Estágio de Rogério santos, igotul004059_tm)
Gruta do Penedo do Gato
Este geossítio, além da sua importância enquanto geopaisagem , reúne um conjunto de formas cársicas que lhe conferem grande valor científico, tornando-o num dos sítios com maior valor geopatrimonial do concelho de Loures. Tal como acontece no Penedo Mouro e no Penedo da Toupeira, as formas cársicas aqui identificadas desenvolveram-se num afloramento de calcários do Cenomaniano – a Formação da Bica. Dos elementos com interesse geomorfológico que compõem este geossítio o mais expressivo é a gruta ou Loca do Gato. As grutas são das formas cársicas mais características do carso e às quais se dedica particular atenção. Esta gruta, tal como a Gruta de Salemas anteriormente abordada, resultou de longo processo de carsificação e corresponde a um corredor pouco sinuoso com cerca de 12m de comprimento e 1m de largura média, cuja entrada, aberta na bancada de calcários apinhoados do Cenomaniano superior, é facilmente identificável dada a sua forma e dimensão. A alteração cársica e a erosão neste troço do afloramento resultou num conjunto de passagens e aberturas naturais com largura suficiente para serem exploradas pelos seres humanos, o que as diferencia de grutas abertas ao longo de diaclases abertas por dissolução. Apesar de no seu interior não se verificar a presença de espeleotemas ou outras formações cársicas bem desenvolvidas, é possível testemunhar o constante gotejar de água do teto da gruta e a formação pequenos depósitos de precipitação química bem como depósitos de calcite nas paredes da gruta nos sectores mais profundos da mesma É ainda de referir que esta gruta serviu de abrigo temporário a seres humanos há dezenas de milhares de anos, o que se testemunha, segundo a Carta Arqueológica de Loures, pela fauna abundante aqui encontrada na sequência sedimentar Plistocénica, localizada sob a sedimentação Holocénica, associada a uma indústria rara, onde predomina a utensilagem lamelar atribuível ao Paleolítico Superior. (excerto do interessantíssimo Relatório Final de Estágio de Rogério santos, igotul004059_tm)
Igreja de S. Pedro - Lousa. Cafés, pastelarias, minimercado
O templo possui planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos: corpo da igreja e capela-mor, resultando numa volumetria articulada sensivelmente paralelepipédica de massa horizontalista, coberta por telhados a 2 águas. Adossada a N torre sineira de planta quadrangular e Sacristia rectangular. A capela-mor, coberta com abóbada de berço, é iluminada por 2 janelas abertas na parede Sul. O altar-mor, em talha dourada rococó é rodeado por silhares de azulejos setecentistas nas paredes laterias, com figurações do Baptismo de Cristo e do Lava-pés, encimados por telas de temática mariana. No alçado lateral Sul há um portal manuelino em arco conopial com decoração vegetalista nos pés-direitos e antropomórfica (S. Pedro e S. Paulo) na parte superior. Na face do conopial inscultura de conjunto de 3 chaves (uma posta em pala e duas passadas em aspa). Nas enjuntas do arco, dentro do alfiz, 2 bustos em baixo relevo de figuras masculinas barbadas, de perfil, representando provavelmente S. Pedro (à esq.), tendo como atributo uma chave, e S. Paulo (à dir.), tendo defronte um livro aberto (atributo genérico de Santos, Apóstolos e Evangelistas). As duas figuras ladeiam inscrição epigráfica: FOI FEITO NA ERA DE 1546 ANNOS.
Montiqueijo Queijos do Montemuro
A Montiqueijo (Queijos do Montemuro, serra que fica ali logo atrás) é uma empresa de produtos lácteos, especializada na produção de queijos de vaca, fundada em 1963 pelo casal Carlos e Ludovina Duarte, onde a tradição no paladar permanece desde as gerações mais antigas. A família Duarte iniciou a sua atividade com uma pequena queijaria em Lousa, para vender queijo fresco em Lisboa e rapidamente conseguiu impor-se, sendo atualmente umas das principais marcas portuguesas produtoras de queijo fresco, requeijão e queijo curado de vaca. Reconhecida pela qualidade dos seus queijos frescos e requeijões, a Montiqueijo orgulha-se de ser a única marca em Portugal que produz os seus queijos desde a origem. Recomendo uma visita ao seu site internet, pois tem uma suculenta secção de receitas!
Paragem de autocarro coberta Ponte de Lousa
Ponte - rua da Carrasqueira
Ponte sobre afluente do Lousa
Ponte sobre ribeira do Tufo
Ruina - Quinta dos Travassos
Mais um triste triste exemplo do abandono do património em Portugal, que junto aos muitos que recheiam as minha memórias dos trilhos percorridos neste país. Neste caso o crime foi perpetrado pelas mais variadas instituições estatais e portanto não foi sequer um "azar" da História. Desconheço as origens desta propriedade, também conhecida por Quinta Itália ou Casa de Saúde da Lousa, mas foi comprada em 1948 ao médico Damas Mora pela Junta da Província da Estremadura e em 1955 foi cedida ao Instituto de Apoio aos Inválidos para nele instalar um centro para crianças cegas. Após o 25 de Abril aquela entidade foi extinta e a gestão do equipamento passou para a Segurança Social que, entretanto, abandonou o projeto e as instalações, embora nunca tivesse, formalmente, denunciado o contrato de arrendamento. Em 1991 o Vice-Governador Civil de Lisboa, à época presidente da Assembleia Distrital de Lisboa (entidade que herdou o património da JPE) tentou rescindir o contrato e chegar a acordo com a SS para venda do património mas consta que a SS não aceitou. Com a entrada em vigor do DL 5/91, de 8 de janeiro, a propriedade passou a ser gerida pelo Governo Civil de Lisboa que simplesmente se esqueceu que aquele património existia e acabou deixando que a degradação chegasse ao ponto que as fotografias documentam. Por isso, se há responsáveis pelo que está à vista de todos eles são a Segurança Social e, em particular, o Governo Civil de Lisboa. Como este último foi, entretanto, “extinto”... é mais um crime contra o património que vai ficar por penalizar. (adaptado de Infinitos, metoscano.blogspot.com)
Trilho do Tufo
Comments (17)
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Esta trilha é fantástica. Muito obrigado pela partilha.
Obrigado, pmmfernandes.
Nós adoramos. E acho que um dia destes faço uma v2 com nais uns 5km, para apanhar outros geossitios.
Boas caminhadas!
Bela caminhada. Ficou por fazer a subida/descida final porque entretanto ficou de noite...
Obrigado pela trilha.
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Obrigado pela trilha.
Pena... mas os dias agora são curtos e com a hora de inverno faz-se noite muito cedo...
Obrigado, Joaquim, boas caminhadas!
Obrigado pelo excelente trabalho
Obrigado também, Mário, espero que tenha sido útil!
Foi sem dúvida muito útil e bastante educativo!
Já percorríamos muitos destes trilhos mas agora fazemo-lo de um modo mais atento aos pormenores.
Obrigado!
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Depois de ler estas magníficas notas, e de ter verificado que passei ao lado de alguns destes sítios nelas referidos, vou ter que voltar a fazer esta trilha mas com muito mais atenção.
Obrigado
Numo
Gosto de caminhar, da natureza, mas também do que as pedras tem para nos contar. Boas caminhadas, Nuno!
Obrigado, Falcões de Monsanto, boas caminhadas!
Excelente!
Obrigado, #miguelabreu, bons trilhos!
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Excelente descrição, foi de facto um trilho espetacular, infelizmente a primera etapa para as grutas da salema foram seladas, obrigando nos a seguir pela estrada, de qualquer das maneiras foi muito agradável muito obrigado pela partilha!
Pena, será por ser época de verão, excesso de visitantes...? tem havido muitos danos em sítios destes provocados por afluência menos respeitadora. Boas caminhadas, Duarte Ferreira!
É uma possibilidade sim, nós até pensávamos que aquela area específica poderia nao estar em condições seguras para caminhantes, foi pena mas certamente voltaremos lá, obrigado mais uma vez pela partilha papaleguas e boas caminhadas tudo de bom.