Murça: Trilho dos Porrais, Tinhela e Sobreira

1. Este é um percurso panorâmico/paisagístico, com início e fim na aldeia de Porrais (ou Sobreira) junto à igreja, café e Associação Recreativa e Cultural.
Desenvolve-se por caminhos rurais (muitos deles panorâmicos), abertos pela periferia e no interior de uma extensa e espetacular mancha de vinhas entre as aldeias de Porrais e Sobreira (concelho de Murça).
Foi construído com base na articulação de dois PR existente na zona: PR2 MUR “trilho do Tinhela” (8, 6 km) e PR1 MUR “Trilho da Sobreira” (11 km).
Pode dizer-se que integra 4 troços com caraterísticas muito diferentes.
Troço 1 - de Porrais até à confluência dos rios Tinhela e Tua (cerca de 6 km). Consta de um caminho panorâmico que segue a “meia encosta” pela encosta da margem esquerda do rio Tinhela. As vistas sobre o “canhão” do rio são agrestes, duras e espetaculares. A vegetação é tipicamente transmontana: carrascos, estevas, giestas, oliveiras e alguns sobreiros.
Troço 2 – da confluência dos rios Tinhela e Tua até à aldeia de Sobreira. São cerca de 9 km idílicos (6 ao longo da margem direita do rio Tua). As vistas sobre os espelhos de água do rio e sobre as vinhas das encostas organizadas em serpenteantes socalcos são imperdíveis pela beleza serena que delas emana.
Troço 3 – de Sobreira à Casa da Floresta e desta à EN 314 (cerca de 4,5 km). É um troço típico de montanha com vistas abrangentes e muito interessantes sobre a aldeia e o vale de Sobreira e sobre as encostas da ribeira do Vale do Manhuscal. A vegetação é essencialmente constituída por estevas, giestas, arçãs, carrascos e pinheiros.
Troço 4 – da EN 314 até à aldeia de Porrais (cerca de 4 km). Este é um daqueles troços que não se esquece facilmente: um lindo caminho ao longo da ribeira do Vale do Manhuscal, vinhas e mais vinhas dispostas em ondulantes socalcos, alguns miradouros com vistas que apelam à contemplação e à glorificação da ação humana.
2. Na sua globalidade, este percurso tem como principais pontos de interesse as vistas deslumbrantes sobre os “vales” dos rios Tua (aqui muito aberto e sereno) e Tinhela (muito apertado e agreste) e a "organização/arrumação" das vinhas em serpenteantes socalcos.
A paisagem dos troços 2 e 4 “morre”, diríamos, no inverno para renascer na primavera e atingir o esplendor no outono. Por isso, os meses de junho/julho e de setembro/outubro/novembro (primeira quinzena deste último) são, em nossa opinião, os meses indicados para visitar e conhecer esta interessante zona.
3. Alertas:
• É um percurso relativamente longo, mas fácil: caminhos ótimos com subidas e descidas pouco pronunciadas.
• Está quase todo marcado (Trilhos do Tinhela e da Sobreira). A exceção são os troços de P3 a Sobreira e de Sobreira à Casa da Floresta. Resolvemos continuar o trilho ao longo do rio Tua no primeiro caso e, por conselho de um habitante da aldeia, resolvemos seguir o “caminho da floresta” em vez do “caminho da Sobreira” (este marcado) no segundo caso.
• Ao traçado do percurso que realizamos, acrescentamos 3 alternativas que aparecem referenciadas por bandeirolas:
a. De P1 a P2 – troço comum aos PR: PR2 MUR “trilho do Tinhela” e PR1 MUR “Trilho da Sobreira”. Estes dois trilhos podem ser feitos de forma independente.
b. De P3 a P4. Esta alternativa encurta o percurso em cerca de 3 km.
c. De P5 a P6. É por este caminho que segue o PR1 “Trilho da Sobreira”.

OUTROS PERCURSOS NA ZONA:
• https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/noura-sobredo-murca-rota-das-vinhas-152534918
• https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/murca-rota-das-vinhas-e-dos-olivais-entre-martim-e-porrais-com-passagem-por-candedo-153717394#wp-153717401