Morro Betara, Itaperuçu.

Era para ir no Morro da Glória mas sem sinal do GPS acabei indo no morro que intuitivamente achei que seria o mais alto. Mas depois que analisei acho que não se tratou do Morro da Glória. Só por um momento consegui as coordenadas no GPS (Google maps: https://maps.google.com/maps?q=-25.219092,-49.373385). Me pareceu atraente sua visão amarronzada com 4 arvores solitarias no tempo, próximas ao cume. Na prática as visões eram erros de perspectivas. A montanha vizinha, também imponente, era mais verde e com um número maior de árvores, ainda que também bastante espersas na parte mais elevada. De baixo parecia menor que o Betara, mas no topo deste, parecia mais alta. Ao chegar no seu topo eu iria descobrir que não era topo e tinha um campado verde com partes sem trilha e mato alto a percorrer, depois daquele íngrime trecho de capim seco embora úmido e terra, que lhe dava tom amarronzado. O trajeto que percorremos achei moderado, embora tenha sido possível levar criança. Fui de carro e deixei estacionado em um local de extração e manejo de corte de árvores que estava com pouca ou nenhuma atividade. Ninguem foi encontrado nas redondezas, e somente os raros veículos passando na rua que ficou tão distante, vista do alto. No início logo de cara uma difícil descida brusca em mata fechada até um corregozinho lamacento. Então subida em mata fechada até araucárias bastante regulares em altura e espessura. Surgiram algumas estradas de trator ou caminhão já tomadas pelo mato mas que não levavam ao cume sendo necessário embrenhar na mata fechada novamente, após uma larga estrada bem íngreme. Inusitadamente circundava o topo uma cerca de arame e uma arvore tão sozinha meio ao terreno já pedregoso do alto cume. Na volta tentamos utilizar uma estrada destas e acabamos mais ao sul daquele riacho em uma área bastante pantanosa e atolante. Um verdadeiro plano que vertia água ao todo, que dava filetizinhos de água, contribuindo na alimentação do riacho. Um verdadeiro local que dava à luz, água. Foi uma parte crítica por que neste trecho a mata era extremamente alta e fechada mas já estava próximo da rua. Eu só com bússola saí apenas um pouco acima de onde tinha deixado o carro, apesar do atoleiro e barro. Por não ter tido trilha na maior parte e por sairmos na área alagada em area particular, embora sem atividade ou moradores, foi meio tenso. O que parecia um morrinho mostrou-se um pouco desafiador e por isso mesmo encantador e recomendadissimo, inclusive para acampar com a vantagem de ser morro pouco conhecido, sem ninguém, quando se busca algum isolamento.