Morro Araçatuba com retorno pela Lapinha

O morro Araçatuba (coordenadas 25°54'08"S 48°59'38"W), com seus 1.673 metros de altitude, está localizado no trecho da Serra do Mar conhecido como Serra da Papanduva, em Tijucas do Sul (PR), próximo à Divisa entre PR e SC.
Para acessar essa elevação, partimos de Curitiba em direção a Joinville, pela BR 376, rodando cerca de 65 km nessa estrada.
Após o pedágio, por volta do km 656 (marcação da rodovia), saímos da BR, acessando o bairro de Matulão (placa na lateral direita da estrada). A partir daí, rodamos cerca de 5,7 km em estrada de chão até o estacionamento e ponto de partida para a trilha, nesse caso, o Parque Araçá. A estrada é bem sinalizada até ele. De qualquer forma, a sede do parque fica nas coordenadas 25°53'52" S 49°01'15"W.
Em outubro de 2022, quando fizemos esta trilha, pagamos R$20,00 para deixar o carro estacionado. Para aqueles que pretendem acampar no cume, o valor do estacionamento passa para R$30,00.
O Parque abre às 05:00 hrs e possui boa estrutura para apoio, como ponto de água, banheiro e até uma lanchonete. Existe também a opção de camping no parque, mas é bom agendar com antecedência com o proprietário, Sr Hamilton. O telefone é (41)99202 3334.
No início da trilha, ao lado do estacionamento, existe uma placa apresentando as principais informações, como distância e desnível. No meu caso, decidi subir pela trilha principal, que tem uma distância de 3.800 metros.
Para descer, retornei pela Lapinha, com seus 6.200 metros, mas que proporciona um visual igualmente belo da região, sendo que a maior parte dessa variante não é tão inclinada como na subida, o que poupa um pouco o suor e permite apreciar com mais calma algumas paisagens ao seu lado, como os morros da Baleia, Moréia e Cerrinho.
O desnível, logicamente é o mesmo, pois o estacionamento está a cerca de 900 metros de altitude e o cume a 1.673, como já mencionado.
Na última parte da descida pela Lapinha, ainda é possivel aproveitar alguns pequenos córregos, quedas d'água e até uma pequena piscina natural, com seu acesso indicado por placa.
Um ponto importante a comentar, refere-se aos pontos de água. Na trilha principal existe um ponto logo após a saída da mata e início da trilha nas pedras. Como estava chovendo muito nos últimos dias, até havia outros pontos de água em ravinas na parte mais elevada, mas o seu consumo recomendado apenas em caso de maior necessidade é sempre usando clorin. Na época de seca, normalmente não temos esses pontos na parte mais alta, exigindo que o trilheiro conduza sua água e uma reserva, devido ao desgaste físico da subida. Já a descida pela Lapinha é mais generosa em pontos d'água, pois cruza mais ravinas e córregos.
Ambas as trilhas estão bem marcadas com setas brancas e exigem um preparo físico razoável para não sofrer tanto e curtir o visual. Não há trechos técnicos que exigem um "algo mais" do trilheiro, sendo considerada uma trilha de nível moderado, razão pela qual encontramos todos os tipos de aventureiros, desde corredores de montanha treinando até famílias inteiras que escolhem o lugar para contato com a natureza.
Definitivamente, é uma trilha que recomendo.