Mistérios Negros - PR01 TER
near Patameiros, Açores (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Talvez o trilho mais popular da Terceira. A beleza do percurso é extraordinária nos 2,5 primeiros quilómetros. Depois de 1,5 kms percorridos torna-se um trilho de alguma dureza em que todo o cuidado pode não ser suficiente. A partir dos 3 Kms será um trilho de floresta entre Criptomérias cujo grau de dificuldade é baixo. No final tem que se percorrer 1,3 kms por asfalto (que pena!...) para voltar ao ponto de partida. Não me parece apropriado para dias mais húmidos!...Ainda que eu o considere de dificuldade moderada haverá muitos que não estarão de acordo. Uns dirão que é difícil e outros que é fácil. Oficialmente é "moderado" (ver descrição Oficial abaixo).
Agora um pouco de cultura...
《E o que são e como se formaram os Mistérios Negros ?
Os Mistérios Negros têm origem na única erupção vulcânica que ocorreu na ilha Terceira depois do seu povoamento, o que permitiu a existência de registos escritos dos acontecimentos à época em que ocorreram.
Após alterações percetíveis na forma como fumegava o campo fumarólico das Furnas do Enxofre, sinais tidos como premonitórios, ocorreu numa primeira fase tremores de terra de menor intensidade, entre 22 de novembro de 1760 e 14 de abril de 1761. A partir de meados de abril os sismos tornaram-se mais violentos, culminando num fenómeno eruptivo na manhã do dia 17: “rebentou o fogo entre o Pico Gordo e a Serra de Santa Bárbara, com trovões subterrâneos, semelhantes à descarga de artilheria grossa.”
1 “Ardeu com violência dez ou doze dias queimando neles mais de 20 moios de mato, levantou sete picos os quais vi, e uma alagoa chamada do Negro que fica perto, sendo tão grande que diziam ser braço de mar, ficou quase seca com o calor e tais regoas que abriu a terra com os abalos.”
2 Foi esta erupção que deu origem às espessas lavas que formaram os domas traquíticos, ricos em sílica e obsidiana negra, localizados no flanco oriental do Vulcão de Santa Bárbara. Grandes falhas litológicas sob este maciço, com orientação NO-SE, originaram no passado outros alinhamentos de domas e coulées. Alguns desses têm origem pré-histórica, apresentando-se hoje completamente revestidos de vegetação. Aqueles que são conhecidos por Mistérios Negros encontram-se ainda em processo de colonização, estando ainda grande parte do seu manto rochoso exposto, o que deixa observar as grandes fraturas que os atravessam, originadas pelo arrefecimento da lava. Apesar das rochas serem jovens e irregulares, paulatinamente a vida vai-se estendendo por todos os espaços, revestindo-os de colorido. Associado em particular às fendas profundas, começam a surgir comunidades estratificadas com espécies diversificadas.
Uma segunda fase eruptiva ocorreu a cerca de 2 km para leste, com início a 21 de abril, durando pouco mais de uma semana, dando origem ao Pico do Fogo e Pico Vermelho. Foi, no entanto, uma erupção de contornos bastante diferentes daquela que deu origem aos domas traquíticos dos Mistérios Negros.
Esta zona, rica em geo e biodiversidade, integra a Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros e o geossítio da Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros. A quem quer conhecer melhor recomenda-se o percurso pedestre PRC01 Mistérios Negros.》
Paulo Barcelos – CMAH
Descrição Oficial
《O percurs pedestre dos Mistérios Negros desenvolve-se na reserva natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros do Parque Natural da Terceira, também incluído na Zona Especial de Conservação da Serra de Santa Bárbara e Pico Alto da Rede Natura 2000 e no Geossítio Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros.
Esta rota circular tem início junto à lagoa do Negro e casa de apoio da Gruta do Natal.
Inicie o percurso por um caminho de terra flanqueado por Rapa (Calluna vulgaris) e Criptomérias (Cryptomeria japonica). O caminho prossegue até dar entrada num pasto, onde deverá seguir em frente passando por um tanque até o caminho começar a estreitar por entre exemplares de vegetação endémica como a Urze (Erica azorica), o Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), a Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) e o nativo Tamujo (Myrsine retusa).
Prossiga, passando por três pequenas lagoas, conhecidas como Lagoinhas do Vale Fundo. Das três, apenas uma mantém água durante todo o ano, um local importante para algumas aves migratórias que aqui chegam.
Continue o percurso marcado pelos domos traquíticos de cor negra e carência de vegetação, resultante da erupção vulcânica de 1761. Adiante, no ponto mais alto do percurso, é possível observar à volta o Pico Gordo, o maciço central da ilha e o Pico do Gaspar.
Desça ao longo de uma mata de Criptomérias que alterna com pastagens delimitadas por estas árvores de grande porte. Passe pelo marco geodésico do Pico da Cancela até atingir a estrada, onde deverá seguir pela esquerda. Neste caminho, irá encontrar um desvio à direita, opcional, até ao Pico Gaspar, um local muito rico em vegetação endémica.
O trajeto continua pelo caminho florestal até ao ponto inicial, local onde termina o percurso e onde pode aproveitar para visitar a Gruta do Natal, um tubo de lava com 697 metros.》
Agora um pouco de cultura...
《E o que são e como se formaram os Mistérios Negros ?
Os Mistérios Negros têm origem na única erupção vulcânica que ocorreu na ilha Terceira depois do seu povoamento, o que permitiu a existência de registos escritos dos acontecimentos à época em que ocorreram.
Após alterações percetíveis na forma como fumegava o campo fumarólico das Furnas do Enxofre, sinais tidos como premonitórios, ocorreu numa primeira fase tremores de terra de menor intensidade, entre 22 de novembro de 1760 e 14 de abril de 1761. A partir de meados de abril os sismos tornaram-se mais violentos, culminando num fenómeno eruptivo na manhã do dia 17: “rebentou o fogo entre o Pico Gordo e a Serra de Santa Bárbara, com trovões subterrâneos, semelhantes à descarga de artilheria grossa.”
1 “Ardeu com violência dez ou doze dias queimando neles mais de 20 moios de mato, levantou sete picos os quais vi, e uma alagoa chamada do Negro que fica perto, sendo tão grande que diziam ser braço de mar, ficou quase seca com o calor e tais regoas que abriu a terra com os abalos.”
2 Foi esta erupção que deu origem às espessas lavas que formaram os domas traquíticos, ricos em sílica e obsidiana negra, localizados no flanco oriental do Vulcão de Santa Bárbara. Grandes falhas litológicas sob este maciço, com orientação NO-SE, originaram no passado outros alinhamentos de domas e coulées. Alguns desses têm origem pré-histórica, apresentando-se hoje completamente revestidos de vegetação. Aqueles que são conhecidos por Mistérios Negros encontram-se ainda em processo de colonização, estando ainda grande parte do seu manto rochoso exposto, o que deixa observar as grandes fraturas que os atravessam, originadas pelo arrefecimento da lava. Apesar das rochas serem jovens e irregulares, paulatinamente a vida vai-se estendendo por todos os espaços, revestindo-os de colorido. Associado em particular às fendas profundas, começam a surgir comunidades estratificadas com espécies diversificadas.
Uma segunda fase eruptiva ocorreu a cerca de 2 km para leste, com início a 21 de abril, durando pouco mais de uma semana, dando origem ao Pico do Fogo e Pico Vermelho. Foi, no entanto, uma erupção de contornos bastante diferentes daquela que deu origem aos domas traquíticos dos Mistérios Negros.
Esta zona, rica em geo e biodiversidade, integra a Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros e o geossítio da Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros. A quem quer conhecer melhor recomenda-se o percurso pedestre PRC01 Mistérios Negros.》
Paulo Barcelos – CMAH
Descrição Oficial
《O percurs pedestre dos Mistérios Negros desenvolve-se na reserva natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros do Parque Natural da Terceira, também incluído na Zona Especial de Conservação da Serra de Santa Bárbara e Pico Alto da Rede Natura 2000 e no Geossítio Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros.
Esta rota circular tem início junto à lagoa do Negro e casa de apoio da Gruta do Natal.
Inicie o percurso por um caminho de terra flanqueado por Rapa (Calluna vulgaris) e Criptomérias (Cryptomeria japonica). O caminho prossegue até dar entrada num pasto, onde deverá seguir em frente passando por um tanque até o caminho começar a estreitar por entre exemplares de vegetação endémica como a Urze (Erica azorica), o Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), a Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum) e o nativo Tamujo (Myrsine retusa).
Prossiga, passando por três pequenas lagoas, conhecidas como Lagoinhas do Vale Fundo. Das três, apenas uma mantém água durante todo o ano, um local importante para algumas aves migratórias que aqui chegam.
Continue o percurso marcado pelos domos traquíticos de cor negra e carência de vegetação, resultante da erupção vulcânica de 1761. Adiante, no ponto mais alto do percurso, é possível observar à volta o Pico Gordo, o maciço central da ilha e o Pico do Gaspar.
Desça ao longo de uma mata de Criptomérias que alterna com pastagens delimitadas por estas árvores de grande porte. Passe pelo marco geodésico do Pico da Cancela até atingir a estrada, onde deverá seguir pela esquerda. Neste caminho, irá encontrar um desvio à direita, opcional, até ao Pico Gaspar, um local muito rico em vegetação endémica.
O trajeto continua pelo caminho florestal até ao ponto inicial, local onde termina o percurso e onde pode aproveitar para visitar a Gruta do Natal, um tubo de lava com 697 metros.》
Waypoints
Photo
1,875 ft
Um caminho fácil e bem definido com troncos os travessas grossas em zonas de maior humidade
Photo
2,028 ft
Por entre altas Criptomérias, de vez em quando, as paisagens abrem-se aos nossos olhos
Photo
1,954 ft
Pelo bosque de Criptomérias ainda vai entrando alguma luz. Ouve-se o arrulhar dos pombos torcazes.
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👏👏👏😉👍