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Mineração Córrego Novo a Curimataí

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Trail stats

Distance
19.41 mi
Elevation gain
1,165 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
3,435 ft
Max elevation
4,227 ft
TrailRank 
32
Min elevation
2,020 ft
Trail type
One Way
Coordinates
2490
Uploaded
July 2, 2022
Recorded
July 2022
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near Quartéis, Minas Gerais (Brazil)

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Itinerary description

Trilha na vertente oeste da Cordilheira do Espinhaço, região do Parque Nacional das Sempre Vivas.
Distância total aproximada: 30 km

Realizamos este trekking em duas etapas, percorrendo 10 km no primeiro dia e 20 km no segundo.

ANTES DO TREKKING:

Deslocamos de automóvel de Diamantina até o distrito de São João da Chapada, onde encontramos o condutor que nos levou até a entrada da trilha.

Para acessarmos o início da trilha, saímos de São João da Chapada no sentido do povoado de Macacos. Após cerca de 15 km, viramos à esquerda para acessarmos o povoamento do Rio Pardo, onde um dos responsáveis pela mineração Córrego Novo embarcou conosco (ATENÇÃO: a área da mineração é propriedade privada, com vigilância. A entrada depende de alguém ligado ao empreendimento).

Do Rio Pardo até o alto da mineração Córrego Novo, levamos mais uns 5 km de carro, até que chegamos a um "virador" em que a estrada acaba e começa a trilha.

O objetivo do primeiro dia foi chegar até o ponto de apoio conhecido como Ranchão do Rio Preto, com 10 km de caminhada.

A trilha não tem sinalização, mas estava bem batida e tinha pegadas recentes de outras pessoas, provavelmente os poucos moradores que habitam próximo àquele caminho.

PRIMEIRO DIA (Mineração Córrego Novo -> Rancho do Rio Preto) - 10 km:

A caminhada começou às 08:44 horas.

O início é por uma leve descida com cascalho, passando por alguns recortados de rochas e logo ganhando extensos campos rupestres com afloramentos rochosos. A maior parte da caminhada do primeiro dia é em terreno plano.

Apesar da época seca, as turfeiras garantem a água em pequenos regatos. As sempre-vivas são abundantes no percurso.

Nos primeiros 5 km de percurso, não é incomum encontrar pequenos trechos calçados com pedras.
Após passar por campos e areais, deparamos com um brejo que exige cuidado, pois a vegetação esconde a profundidade na hora de pisar. Ideal é sondar o trecho e passar por um par de pedras que ali há ou contornar o brejo (fizemos a primeira opção).

Transposto o brejo, nos deparamos com dois "jardins" de Paepalanthus, popularmente conhecidas como "chuveirinho" ou "agarradinho", à margem de um córrego que atravessaríamos em seguida.
A chegada ao córrego é em um terreno com areia bem fina. A travessia do córrego é feita ou pela água, ou por uma pequena pinguela. Durante a travessia é importante ter cuidado pois a pinguela é quase completamente solta, podendo causar acidentes. Segundo os locais, durante as cheias é um local de difícil travessia, mesmo em animais de montaria.

Na sequência, há uma pequena cancela de madeira e um terreno diversificado entre subidas curtas, mas que cobram um pouco o ritmo, planos com bastante areia e algumas descidas. Entramos em um capão de mata, com uma subida leve, em seguida descemos até o Rio Preto, que deve ser transposto pelo leito. No local de travessia há pedras escorregadias e a água é bastante translúcida e fria (leia-se renovadora). Curioso é que em um poço a uns dez metros rio acima, o curso d'água faz justiça ao nome.

Após a passagem do Rio Preto, seguimos para a trilha à esquerda, que leva ao rancho, nosso ponto de apoio no primeiro dia. Entre o Rio Preto e o Rancho, cerca de 900 metros.

Chegamos ao Rancho ao meio-dia.

O Rancho foi construído por trilheiros e cavaleiros de Curimataí para abrigar pessoas em passagem (cavalgadas, travessias, trilhas), porém está na propriedade do Sr. Sinval, que é quem cuida da chave do lugar. Ali há dez leitos com colchões simples, fogão a lenha, energia elétrica, banheiro e chuveiro com água quente de jofrego.

Apesar de termos levado barraca, acabamos pousando no rancho.

SEGUNDO DIA (Rancho do Rio Preto -> Curimataí) - 20 km:

Saímos do Rancho às 06:15 horas, retornando cerca de 600 metros na trilha do dia anterior.
Seguimos na trilha da esquerda, tendo o Rio Preto à direita. Como estávamos no contra fluxo do rio, encaramos a principal subida do trajeto (cerca de 3 km, com aproximadamente 200 metros de ganho de elevação). A vegetação da mata ciliar é caracterizada por árvores mais altas e que fazem boa sombra. Ao final da subida abre-se um campo rupestre com uma vista exuberante. Há uma cancela que define o limite do terreno do Sr. Sinval.

No alto do campo há uma série de caminhos. Mantenha-se à esquerda para o caminho mais curto. Acabamos tomando um caminho à frente e andamos uns duzentos metros a mais. A partir de então, começamos a descer a antiga estrada que ligava Curimataí a São João da Chapada. Atualmente está transitável apenas para motocicletas mais apropriadas para trilhas.

O trecho final é quase que totalmente de declives.

Começamos descendo margeando o Córrego do Mocó, por algumas antigas pedreiras calçadas para a estrada. O trecho junto ao Córrego tem bastante sombra, o que ajuda a vencer o calor já com os ares do sertão. Após saltarmos o córrego, vem a única subida relevante no trajeto final. IMPORTANTE: Aproveite para suprir os reservatórios de água, pois até o quilômetro final não há outras fontes de fácil acesso.

Passado o Mocó, iniciamos a passagem pela majestosa Vargem Grande! É um dos trechos mais bonitos da caminhada, mas também é desafiador, pois é uma extensão de campo aberto de pouco mais de dois quilômetros, com terreno muito, muito, muito arenoso. Pela ausência de vegetação de maior porte, o sol é companheiro durante toda a passagem. Ao final, há uma pequena casinha aparentemente desabitada e a recompensa da convidativa sombra de um imenso jatobazeiro.

Seguimos por mais uma hora até que chegamos a um ponto em que se tem uma visão ampla do sertão, do alto do Espinhaço (AQUI PEGA SINAL DE TELEFONIA MÓVEL - VIVO E TIM, PELO MENOS). A partir dali, só descida. Alerto que há uma trilha à direita, que acompanha um pequeno curso d'água aparentemente intermitente, e há a estrada à esquerda, que faz uma grande volta. Seguimos pela trilha, que é mais curta e tem sombra.

A derradeira descida passa pela trilha e por um trecho de estrada. É uma perda de elevação de cerca de 550 metros em cerca de 6 km. Com cargueiras, o calor e a fadiga do final da caminhada, pode ser um martírio para os joelhos (falo com propriedade!).

A trilha tem partes em cascalho mais solto, com risco real de queda, partes calçada de pedras, partes em uma terra mais argilosa bem escavada. A paisagem é sempre fantástica!

Ao final chegamos à estrada de acesso ao Curral de Pedra, ponto local de referência bastante interessante e que vale a pena conhecer. Caminhamos por essa estrada até avistarmos algumas casas, onde seguimos a estrada à direita. Passamos por um córrego que cruza a estrada, no último ponto de água antes de Curimataí. Cerca de 1,5 km adiante, chegamos ao destino final, Curimataí, distrito de Buenópolis, às 13:40 horas.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Em Curimataí há hospedagem em pousada e aluguel (inclusive AirBnB). Na saída para Buenópolis há uma mercearia. Alguns bares servem almoço.

É um local muito charmoso, com pessoas acolhedoras e festeiras. No entanto, é importante manter a cordialidade e boa educação, respeitando os costumes locais.

Existem belas cachoeiras na região, portanto vale a pena ficar um tempinho ali para conhecer. Há um banho de águas termais também, mas o acesso é um pouco mais difícil. Procure mais informações com um morador local ou guia.

A trilha passa em parte do Parque Nacional das Sempre Vivas, por isso é importante não gerar ruído desnecessário, não fazer fogueiras, não deixar lixo para trás. Comunicar à equipe do ParNa também é muito importante.

As cancelas e porteiras que divisam as propriedades devem ser mantidas fechadas.

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