Circuito por aldeias da encosta nascente do Marão com subida aos vértices geodésicos da Fraga da Ermida e do Marão

1. A serra do Marão, motivo de inspiração de escritores (Miguel Torga e Teixeira de Pascoais) e de atração de pedestrianistas, ciclistas, caçadores e pescadores, constitui um todo impressionante: as escarpas e fragas agressivas nas vertentes viradas para Vila Real (para lá do Marão); os montes mais arredondados nas vertentes viradas para Amarante e Baião; as vistas arrebatadoras sobre as Serras do Alvão, da Aboboreira e Montemuro; a Ermida de Nossa Senhora da Serra no ponto mais alto da serra; a grande diversidade florestal (giesta, urze, carqueja e tojo nas partes mais altas e árvores de grande porte como os carvalhos, castanheiros, bétulas, freixos, pinheiros e ciprestes nas partes mais baixas dos vales das ribeiras e dos rios); as antigas minas de volfrâmio (Maria Isabel, Teixo e Ramalhoso); a água que corre nos leitos de rios e ribeiras; os corsos, as perdizes e as raposas; o ar puro que se respira; o silêncio que convida ao relaxamento, à contemplação e à descoberta.
Devido a este contexto diversificado são muitas as atividades a que a serra convida: caminhada, escalada, BTT e muitos outros desportos de aventura.
2. O presente percurso, circular e não marcado, desenvolve-se na vertente nascente da serra - isto é, "para lá do Marão", por trilhos e caminhos florestais, a maior parte deles simplesmente espetaculares, abertos entre bosques de carvalhos, castanheiros, bétulas e várias espécies de coníferas. Teve, por razões logísticas, início e fim na aldeia de Cotorinho: Cotorinho -- > Soutelo -- > Póvoa da Serra -- > Ermida -- > refúgio e marco geodésico da Fraga da Ermida --> Marão/Senhora da Serra -- > Minas Maria Isabel -- > Montes -- > Cotorinho). A ligação entre as aldeias é feita por caminhos e trilhos fáceis e muito aprazíveis, diríamos: espetaculares na data em que o realizamos - 1ª quinzena de novembro). A "ascensão" da aldeia da Ermida à Fraga da Ermida, feita a corta-mato, foi complicada sobretudo na primeira parte da subida devido mais à resistência oferecida à progressão pela vegetação (urzes, carqueja e alguns tojos) que cobre por completo os vários "trilhos" que fomos seguindo do que a problemas de natureza técnica ou de risco. A descida para as minas Maria Isabel (cerca de 50/60 metros) é perigosa - todo o cuidado é pouco.
3. Pontos de interesse:
3.1. O Marão/Senhora da Serra pelas vistas panorâmicas deslumbrantes de 360 graus que proporciona (particularmente interessantes são as vistas sobre as aldeias espalhadas pela vertente nascente da serra e sobre o vale da Campeã).
3.2. As minas de Maria Isabel pela dificuldade de acesso (descida complicada, mas desafiante) e pelas vistas fabulosas sobre a vertente nascente da serra e monte/pico do marco geodésico do marão (parcialmente ardido recentemente).
3.3. As fabulosas vistas proporcionadas a partir dos múltiplos miradouros assinalados no traçado do percurso.
3.4. A magia de alguns troços do percurso, nomeadamente entre: Soutelo - Póvoa de Serra; minas Maria Isabel - Montes; Montes - Cotorinho)

Alertas:
1. O percurso é difícil devido essencialmente ao esforço físico e cuidado requeridos em dois troços: i) a subida da aldeia de Ermida até à Fraga da Ermida executada a corta-mato; ii) a descida para as minas de Maria isabel - uma escarpa bastante inclinada e desprotegida que termina numa escada metálica com 4/5 degraus.
2. O troço do percurso "descida para as minas Maria Isabel" pode ser evitado continuando pela estrada alcatroada (ou por um trilho que segue pelo cume da serra) até encontrar um painel informativo - "Portal da Freita". Aí, seguir pelo caminho que desce, à direita, até encontrar o caminho mais largo das minas (este troço perdeu parte do encanto que tinha em virtude da zona por onde passa ter parcialmente ardido no verão de 2022).
3. Em 2018, fizemos a subida da aldeia da Ermida até à Fraga da Ermida (P3 - P4) pelo trajeto assinalado pelas bandeirolas 3. Este trajeto pareceu-nos mais desprotegido mas mais fácil em termos de esforço e circulação (menos mato) e visual e sensorialmente mais estimulante/desafiante do que o que seguimos (ver trilho seguido em 2018: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/soutelo-ermida-marao-31206771).
4. O troço P1 a P2 é pouco interessante - o menos interessante do percurso. Há um caminho/trilho a ligar os dois pontos que tencionávamos seguir mas que não seguimos por distração/inércia. As bandeirolas 1 assinalam este caminho.

OUTROS PERCURSOS NESTA ZONA:
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