LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: En Beys - Bésines (etapa 3/5)
near Mérens-les-Vals, Occitanie (France)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
PANORÂMICA DO VALLÉE DES BÉSINES
CARLIT 50 ESTANYS: de lago em lago pelos picos mais altos dos Pirenéus Orientais
Os lagos fazem a alegria das paisagens de montanha e, neste percurso, pode-se desfrutar dessa beleza! Tem-se pela frente mais de cinquenta lagos, distribuídos em cinco etapas de alta montanha, na região de Carlit, Puig Peric e Les Bouillouses. Este percurso pedestre circular pretende conhecer este atraente setor dos Pirenéus, sem dificuldades técnicas, com paisagens espetaculares e coroando o pico mais alto dos Pirenéus Orientais: Puig Carlit (2921 m). As etapas passam entre Reservas de Fauna, Parques Naturais regionais e locais com diversos graus de proteção ambiental, devido ao seu alto valor ecológico em flora, fauna e paisagens. Geograficamente percorrerem-se os departamentos franceses dos Pirenéus Orientais e Médios Pirenéus, ou seja, o País Catalão e a Occitânia.
No trekking Carlit 50 Estanys passa-se pelos Departamentos Franceses dos Pirenéus Orientais e de Ariège, ou seja, Países Catalães e Occitânia. O Col de Coma d´Anyell e o Col Terrers constituem a fronteira entre estas duas regiões históricas, desde há muitos séculos, inseridas na orla paisagística formada pelas montanhas.
As águas também se separam de um lado e do outro destas passagens estratégicas: as do lado oriental vão para o Mediterrâneo com os rios Aude e Segre, e as do lado ocidental vão para o Atlântico com o Garonne.
O trekking começa em Les Bouillouses (Capcir, Pirenéus Orientais), a 83 km de Perpignan. A estrada fica fechada durante o verão (das 07:00 às 19:00), mas com a reserva de Carlit 50 Estanys pode-se passar e chegar de carro ao refúgio de onde se parte.
O período operacional da travessia será no verão, entre maio e outubro, embora os dados sejam flexíveis em função da presença de neve na montanha, e do calendário de acomodações. Reservas antes de 15 de maio, usufruem de um desconto de 5%.
As reservas no site oficial incluem: reserva centralizada para todas as acomodações, meia pensão (jantar, noite e café da manhã), mapa topográfico 1: 50.000, guia detalhado e track GPS, t'shirt Carlit 50 Estanys exclusiva, seguro de acidentes (opcional), acompanhamento de guia (opcional) e apoio por telefone 24 horas. As taxas turísticas estão incluídas nos preços.
A travessia do Carlit 50 Estanys decorre entre os 1905 e 2921 m de altitude, em territórios de meia e alta montanha, sujeitos a condições climáticas severas e variáveis.É fundamental respeitar as regras básicas de segurança.
Distância: 71510 km
Duração aproximada: 5 dias
Altitude mínima: 1905 m
Altitude máxima: 2921 m
Elevação ascendente acumulada: 4100 m
Elevação descendente acumulada: 4100 m
PÁGINA OFICIAL
PORMENOR DO PERCURSO (RUISSEAU DE L'ÉTANG)
ETAPA 3/5: EN BEYS - BÉSINES
- Trilho circular pelas regiões do Capcir (Pirenéus Orientais) e Ariège (Países Catalães e Occitânia), dividido em quatro etapas mais uma quinta (opcional), linear, de ascensão ao pico mais alto dos Pirenéus Orientais, o Puig Carlit. À terceira etapa, a mais curta mas também das físicamente mais exigentes, percorreram-se 8,8 kms, entre o Refuge d'En Beys e o Refuge des Bésines;
- Em termos de dificuldade, esta etapa pode ser dividida em duas partes: os primeiros 5,5 kms do trilho são percorridos numa longa ascensão, fisicamente muito exigentes, pois a progressão no terreno faz-se ao longo de um canal, em estreito caminho de pé posto (nem sempre evidente), num constante ultrapassar de obstáculos rochosos que ao fim de algum tempo deixam as pernas num considerável estado de fadiga. É fundamental encontrar-se o ritmo certo para cada um, sem pressas, de forma a chegar-se ao Col de Coume d'Anyell com a resiliência e otimismos em bom estado! A partir desse passo de montanha (portela), os 3,8 kms restantes fazem-se tranquilamente ao longo de uma suave e progressiva descida, pelo Vallée des Bésines, até se chegar ao Refuge des Bésines;
- Ao longo da ascensão até ao Col de Coume d'Anyell (2487 m de altitude), o trilho começa por acompanhar o Ruisseau de L'Étang e vai passando ao lado de vários lagos (alguns sem nome), com destaque para o Étang d'En Beys e o Étang Faury;
- Após passar o limite da Réserve Nationale de Faune ORLU, cruza-se o passo de montanha, Col de Coume d'Anyell, e desce-se pelo Vallée des Bésines, acompanhando agora o Ruisseau de Coume d'Agnel até se chegar ao local de pernoita, o Refuge des Bésines, estratégicamente implantado a meia encosta, oferecendo uma vista soberba sobre o imenso vale e cordilheira montanhosa;
- Este trilho desenvolve-se, essencialmente, por caminhos de pé posto;
- Trilho de montanha, com desníveis acentuados de grande exigência física, no troço compreendido entre o Refuge d'En Beys (1970 m de altitude) e o Col de Coume d'Anyell (2487 m de altitude), o ponto mais elevado da etapa. Daí, e até ao fim, a descida é suave e o trilho não apresenta complicações. No seu todo, do ponto de vista físico, esta será a etapa físicamente mais exigente (excetuando-se, obviamente, a ascensão ao Pic Carlit). Felizmente é também a etapa mais curta, o que permite uma progressão mais lenta, atenta e cuidada;
- Neste percurso, a paisagem continua deslumbrante, com destaque para as vistas panorâmicas que se vão obtendo ao longo da progressão ascendente pelo canal no Vallée do Ruisseau de l'Étang, os incríveis lagos de montanha que se contornam, toda a beleza da Réserve Nationale de Faune ORLU e as fabulosas vistas panorâmicas sobre o Vallée des Bésines, com o impressionante maciço montanhoso a amparar, lateralmente, o enorme Étang des Bésines que se espraia no fundo do vale. Sem dúvida alguma, a varanda do Refuge des Bésines é das mais cénicas e que melhores vistas panorâmicas nos oferece ao longo deste magnífico circuito do Carlit 50 Estanys;
- Em resumo, esta é uma etapa dura mas belíssima pelas paisagens deslumbrantes (que desta vez nos fazem lembrar os Picos de Europa). Os Pireneus são uma enorme caixa de surpresas, pela sua incrível variedade de ecossistemas, pela sua desmesurada dimensão, pelo que nos faz refletir o quanto somos minúsculos perante esta imponência natural.
Uma maravilhosa delícia!
PORMENOR DO PERCURSO (RUISSEAU DE L'ÉTANG)
ETAPAS:
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Les Bouillouses - Camporrells (etapa 1/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Camporrells - En Beys (etapa 2/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Bésines - Les Bouillouses (etapa 4/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Les Bouillouses - Puig Carlit - Les Bouillouses (etapa 5/5)
PERCURSO COMPLETO
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS
ÉTANG FAURY
- ETAPA 3/5 (descrição oficial)
Os estreitos desfiladeiros do curso superior do rio Orièja far-nos-ão descobrir lagoas alongadas e caminhos profundos entre rochas e falésias, até que a paisagem se abre no circo do Estany Faurí, e mais tarde na grande lagoa de Lanós. As panorâmicas alargam-se para nos mostrar o Puig Pedrós de Lanós e o Puig de Coma d'Or, olhando para o Pic Carlit, desafiadoramente, através das águas calmas de Lanós. Vários picos são-nos oferecidos para aumentar o panorama, em torno do Col de Coma d'Anyell, como o Pic de Lanós (2.660 m) ou o Pic de Madides (2.663 m). O vale das Vésines conduz-nos a direito, seguindo os ribeiros por entre lagoas cheias de sedimentos, até ao final da etapa, olhando para as primeiras montanhas de Andorra.
Distância: 8,6 km
Duração aproximada: 5 horas
Altitude mínima: 1905 m
Altitude máxima: 2539 m
Elevação ascendente acumulada: 774 m
Elevação descendente acumulada: 760 m
PANORÂMICA DO PUIG DE LA GRAVA (VALLÉE DU RUISSEAU DE L'ÉTANG)
- PARQUE NACIONAL DOS PIRENÉUS
Os Pirenéus são uma cordilheira no sudoeste da Europa cujas montanhas formam uma fronteira natural entre a França e a Espanha. Separam a Península Ibérica da França, e estendem-se por aproximadamente 430 km, desde o golfo da Biscaia, no oceano Atlântico, até ao cabo de Creus (extremo oriental da Espanha continental), no mar Mediterrâneo.
Na sua maior parte, a crista principal dos Pirenéus forma a fronteira franco-espanhola, com o principado de Andorra incrustado entre os seus dois vizinhos. A principal exceção a esta regra é o vale de Aran, que pertence a Espanha mas que se situa na face norte da cordilheira. Outras anomalias orográficas incluem a Cerdanha (único vale dos Pirenéus no sentido leste-oeste) e o enclave espanhol de Llívia (completamente cercado por território francês).
Os Pirenéus são subdivididos em: Pirenéus Ocidentais ou Atlânticos, Pirenéus Altos ou Centrais e Pirenéus Orientais. O alcance dos Pirenéus Centrais estende-se a oeste de Port de Canfranc até ao vale de Aran a leste. O ponto culminante da cordilheira é o monte Aneto, no maciço da Maladeta, com 3404 m de altitude. Há cerca de duzentos picos acima de 3000 m na cordilheira. As montanhas mais altas estão constantemente cobertas de neve, apesar de ter sido observado, a partir da metade do século XIX, um acentuado degelo. O outrora impressionante glaciar d'Ossoue, em Vignemale, perdeu muito da sua espessura.
Os Pirenéus constituem uma formação mais antiga do que os Alpes: os seus sedimentos começaram a ser depositados em bacias costeiras durante as eras Paleozoica e Mesozoica. Entre 100 e 150 milhões de anos atrás, durante o Cretáceo Inferior, o golfo da Biscaia dilatou-se, de modo a empurrar o que é hoje a Espanha de encontro à França e a pressionar grandes camadas de sedimentos. A pressão intensa e o levantamento tectónico da crosta terrestre afetaram de início a porção oriental e, posteriormente, toda a cordilheira, processo que atingiu o ápice no Eoceno.
A porção oriental desta cordilheira compõe-se principalmente de granito e gneisse, enquanto que na parte ocidental os picos de granito são acompanhados por camadas de calcário. A aparência maciça e conservada da cordilheira é devida à abundância de granito — que é particularmente resistente à erosão — e ao fraco desenvolvimento glaciar.
- OCCITANIA
A Occitânia (Occitània ou Óucitanìo em Occitan) é uma região europeia milenar. É uma terra com língua e história próprias, e um povo que vai surgindo ao longo do tempo graças às contribuições étnicas de celtas, ibéricos, ligurianos, gregos, romanos e visigodos.
Hoje, a Occitânia está politicamente dividida entre os estados espanhol, italiano e francês, onde está localizada a maior parte de seu território e população. Não é internacionalmente reconhecida como entidade política, mas a língua occitana é oficial no Principado da Catalunha e no Vale de Aran, de onde é a sua própria língua.
Para se ter uma ideia da dimensão geográfica e humana da Occitânia, concentremo-nos no território onde o occitano é falado: é uma região com 16 milhões de habitantes espalhados por 190.000 km2. Estende-se do Atlântico ao Mediterrâneo e do maciço de Auvergne à Península Ibérica, abrangendo a parte sudoeste do arco alpino. Também inclui Aquitânia, Limousin, Languedoc, Auvergne e Provence.
- CATALUNHA DO NORTE
Também chamada de Catalunha do Norte, é a parte histórica e culturalmente catalã separada, para o benefício da França, do resto da Catalunha, em virtude do Tratado dos Pirenéus (a 7 de novembro de 1659). A denominação inclui as regiões históricas de Roussillon, Conflent, Vallespir, Capcir e o norte da Cerdanya (que é conhecido como Alta Cerdanya). La Fenolleda, apesar de ser predominantemente occitano, é frequentemente incluída na definição do norte da Catalunha devido às suas relações geográficas e administrativas com Roussillon.
Atualmente, essas regiões constituem o departamento francês dos Pirenéus Orientais, que está incluído na região de Languedoc-Roussillon (Languedoc-Roussillon), que é informalmente conhecida em francês como Catalan Pays.
Os Pirenéus unem e separam ao mesmo tempo essas duas nações cheias de história em comum, e com duas línguas evoluídas do latim muito próximas em todos os sentidos, a tal ponto que alguns estudiosos dizem que se originaram da mesma língua que estava evoluindo de forma diferente ao longo do tempo em ambos os lados dos Pirenéus.
BRINDE E PANORÂMICA SOBRE O VALLÉE DES BÉSINES
PANORÂMICA DO VALLÉE DES BÉSINES
CARLIT 50 ESTANYS: de lago em lago pelos picos mais altos dos Pirenéus Orientais
Os lagos fazem a alegria das paisagens de montanha e, neste percurso, pode-se desfrutar dessa beleza! Tem-se pela frente mais de cinquenta lagos, distribuídos em cinco etapas de alta montanha, na região de Carlit, Puig Peric e Les Bouillouses. Este percurso pedestre circular pretende conhecer este atraente setor dos Pirenéus, sem dificuldades técnicas, com paisagens espetaculares e coroando o pico mais alto dos Pirenéus Orientais: Puig Carlit (2921 m). As etapas passam entre Reservas de Fauna, Parques Naturais regionais e locais com diversos graus de proteção ambiental, devido ao seu alto valor ecológico em flora, fauna e paisagens. Geograficamente percorrerem-se os departamentos franceses dos Pirenéus Orientais e Médios Pirenéus, ou seja, o País Catalão e a Occitânia.
No trekking Carlit 50 Estanys passa-se pelos Departamentos Franceses dos Pirenéus Orientais e de Ariège, ou seja, Países Catalães e Occitânia. O Col de Coma d´Anyell e o Col Terrers constituem a fronteira entre estas duas regiões históricas, desde há muitos séculos, inseridas na orla paisagística formada pelas montanhas.
As águas também se separam de um lado e do outro destas passagens estratégicas: as do lado oriental vão para o Mediterrâneo com os rios Aude e Segre, e as do lado ocidental vão para o Atlântico com o Garonne.
O trekking começa em Les Bouillouses (Capcir, Pirenéus Orientais), a 83 km de Perpignan. A estrada fica fechada durante o verão (das 07:00 às 19:00), mas com a reserva de Carlit 50 Estanys pode-se passar e chegar de carro ao refúgio de onde se parte.
O período operacional da travessia será no verão, entre maio e outubro, embora os dados sejam flexíveis em função da presença de neve na montanha, e do calendário de acomodações. Reservas antes de 15 de maio, usufruem de um desconto de 5%.
As reservas no site oficial incluem: reserva centralizada para todas as acomodações, meia pensão (jantar, noite e café da manhã), mapa topográfico 1: 50.000, guia detalhado e track GPS, t'shirt Carlit 50 Estanys exclusiva, seguro de acidentes (opcional), acompanhamento de guia (opcional) e apoio por telefone 24 horas. As taxas turísticas estão incluídas nos preços.
A travessia do Carlit 50 Estanys decorre entre os 1905 e 2921 m de altitude, em territórios de meia e alta montanha, sujeitos a condições climáticas severas e variáveis.É fundamental respeitar as regras básicas de segurança.
Distância: 71510 km
Duração aproximada: 5 dias
Altitude mínima: 1905 m
Altitude máxima: 2921 m
Elevação ascendente acumulada: 4100 m
Elevação descendente acumulada: 4100 m
PÁGINA OFICIAL
PORMENOR DO PERCURSO (RUISSEAU DE L'ÉTANG)
ETAPA 3/5: EN BEYS - BÉSINES
- Trilho circular pelas regiões do Capcir (Pirenéus Orientais) e Ariège (Países Catalães e Occitânia), dividido em quatro etapas mais uma quinta (opcional), linear, de ascensão ao pico mais alto dos Pirenéus Orientais, o Puig Carlit. À terceira etapa, a mais curta mas também das físicamente mais exigentes, percorreram-se 8,8 kms, entre o Refuge d'En Beys e o Refuge des Bésines;
- Em termos de dificuldade, esta etapa pode ser dividida em duas partes: os primeiros 5,5 kms do trilho são percorridos numa longa ascensão, fisicamente muito exigentes, pois a progressão no terreno faz-se ao longo de um canal, em estreito caminho de pé posto (nem sempre evidente), num constante ultrapassar de obstáculos rochosos que ao fim de algum tempo deixam as pernas num considerável estado de fadiga. É fundamental encontrar-se o ritmo certo para cada um, sem pressas, de forma a chegar-se ao Col de Coume d'Anyell com a resiliência e otimismos em bom estado! A partir desse passo de montanha (portela), os 3,8 kms restantes fazem-se tranquilamente ao longo de uma suave e progressiva descida, pelo Vallée des Bésines, até se chegar ao Refuge des Bésines;
- Ao longo da ascensão até ao Col de Coume d'Anyell (2487 m de altitude), o trilho começa por acompanhar o Ruisseau de L'Étang e vai passando ao lado de vários lagos (alguns sem nome), com destaque para o Étang d'En Beys e o Étang Faury;
- Após passar o limite da Réserve Nationale de Faune ORLU, cruza-se o passo de montanha, Col de Coume d'Anyell, e desce-se pelo Vallée des Bésines, acompanhando agora o Ruisseau de Coume d'Agnel até se chegar ao local de pernoita, o Refuge des Bésines, estratégicamente implantado a meia encosta, oferecendo uma vista soberba sobre o imenso vale e cordilheira montanhosa;
- Este trilho desenvolve-se, essencialmente, por caminhos de pé posto;
- Trilho de montanha, com desníveis acentuados de grande exigência física, no troço compreendido entre o Refuge d'En Beys (1970 m de altitude) e o Col de Coume d'Anyell (2487 m de altitude), o ponto mais elevado da etapa. Daí, e até ao fim, a descida é suave e o trilho não apresenta complicações. No seu todo, do ponto de vista físico, esta será a etapa físicamente mais exigente (excetuando-se, obviamente, a ascensão ao Pic Carlit). Felizmente é também a etapa mais curta, o que permite uma progressão mais lenta, atenta e cuidada;
- Neste percurso, a paisagem continua deslumbrante, com destaque para as vistas panorâmicas que se vão obtendo ao longo da progressão ascendente pelo canal no Vallée do Ruisseau de l'Étang, os incríveis lagos de montanha que se contornam, toda a beleza da Réserve Nationale de Faune ORLU e as fabulosas vistas panorâmicas sobre o Vallée des Bésines, com o impressionante maciço montanhoso a amparar, lateralmente, o enorme Étang des Bésines que se espraia no fundo do vale. Sem dúvida alguma, a varanda do Refuge des Bésines é das mais cénicas e que melhores vistas panorâmicas nos oferece ao longo deste magnífico circuito do Carlit 50 Estanys;
- Em resumo, esta é uma etapa dura mas belíssima pelas paisagens deslumbrantes (que desta vez nos fazem lembrar os Picos de Europa). Os Pireneus são uma enorme caixa de surpresas, pela sua incrível variedade de ecossistemas, pela sua desmesurada dimensão, pelo que nos faz refletir o quanto somos minúsculos perante esta imponência natural.
Uma maravilhosa delícia!
PORMENOR DO PERCURSO (RUISSEAU DE L'ÉTANG)
ETAPAS:
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Les Bouillouses - Camporrells (etapa 1/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Camporrells - En Beys (etapa 2/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Bésines - Les Bouillouses (etapa 4/5)
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS: Les Bouillouses - Puig Carlit - Les Bouillouses (etapa 5/5)
PERCURSO COMPLETO
LE TOUR DU CARLIT 50 ESTANYS
ÉTANG FAURY
- ETAPA 3/5 (descrição oficial)
Os estreitos desfiladeiros do curso superior do rio Orièja far-nos-ão descobrir lagoas alongadas e caminhos profundos entre rochas e falésias, até que a paisagem se abre no circo do Estany Faurí, e mais tarde na grande lagoa de Lanós. As panorâmicas alargam-se para nos mostrar o Puig Pedrós de Lanós e o Puig de Coma d'Or, olhando para o Pic Carlit, desafiadoramente, através das águas calmas de Lanós. Vários picos são-nos oferecidos para aumentar o panorama, em torno do Col de Coma d'Anyell, como o Pic de Lanós (2.660 m) ou o Pic de Madides (2.663 m). O vale das Vésines conduz-nos a direito, seguindo os ribeiros por entre lagoas cheias de sedimentos, até ao final da etapa, olhando para as primeiras montanhas de Andorra.
Distância: 8,6 km
Duração aproximada: 5 horas
Altitude mínima: 1905 m
Altitude máxima: 2539 m
Elevação ascendente acumulada: 774 m
Elevação descendente acumulada: 760 m
PANORÂMICA DO PUIG DE LA GRAVA (VALLÉE DU RUISSEAU DE L'ÉTANG)
- PARQUE NACIONAL DOS PIRENÉUS
Os Pirenéus são uma cordilheira no sudoeste da Europa cujas montanhas formam uma fronteira natural entre a França e a Espanha. Separam a Península Ibérica da França, e estendem-se por aproximadamente 430 km, desde o golfo da Biscaia, no oceano Atlântico, até ao cabo de Creus (extremo oriental da Espanha continental), no mar Mediterrâneo.
Na sua maior parte, a crista principal dos Pirenéus forma a fronteira franco-espanhola, com o principado de Andorra incrustado entre os seus dois vizinhos. A principal exceção a esta regra é o vale de Aran, que pertence a Espanha mas que se situa na face norte da cordilheira. Outras anomalias orográficas incluem a Cerdanha (único vale dos Pirenéus no sentido leste-oeste) e o enclave espanhol de Llívia (completamente cercado por território francês).
Os Pirenéus são subdivididos em: Pirenéus Ocidentais ou Atlânticos, Pirenéus Altos ou Centrais e Pirenéus Orientais. O alcance dos Pirenéus Centrais estende-se a oeste de Port de Canfranc até ao vale de Aran a leste. O ponto culminante da cordilheira é o monte Aneto, no maciço da Maladeta, com 3404 m de altitude. Há cerca de duzentos picos acima de 3000 m na cordilheira. As montanhas mais altas estão constantemente cobertas de neve, apesar de ter sido observado, a partir da metade do século XIX, um acentuado degelo. O outrora impressionante glaciar d'Ossoue, em Vignemale, perdeu muito da sua espessura.
Os Pirenéus constituem uma formação mais antiga do que os Alpes: os seus sedimentos começaram a ser depositados em bacias costeiras durante as eras Paleozoica e Mesozoica. Entre 100 e 150 milhões de anos atrás, durante o Cretáceo Inferior, o golfo da Biscaia dilatou-se, de modo a empurrar o que é hoje a Espanha de encontro à França e a pressionar grandes camadas de sedimentos. A pressão intensa e o levantamento tectónico da crosta terrestre afetaram de início a porção oriental e, posteriormente, toda a cordilheira, processo que atingiu o ápice no Eoceno.
A porção oriental desta cordilheira compõe-se principalmente de granito e gneisse, enquanto que na parte ocidental os picos de granito são acompanhados por camadas de calcário. A aparência maciça e conservada da cordilheira é devida à abundância de granito — que é particularmente resistente à erosão — e ao fraco desenvolvimento glaciar.
- OCCITANIA
A Occitânia (Occitània ou Óucitanìo em Occitan) é uma região europeia milenar. É uma terra com língua e história próprias, e um povo que vai surgindo ao longo do tempo graças às contribuições étnicas de celtas, ibéricos, ligurianos, gregos, romanos e visigodos.
Hoje, a Occitânia está politicamente dividida entre os estados espanhol, italiano e francês, onde está localizada a maior parte de seu território e população. Não é internacionalmente reconhecida como entidade política, mas a língua occitana é oficial no Principado da Catalunha e no Vale de Aran, de onde é a sua própria língua.
Para se ter uma ideia da dimensão geográfica e humana da Occitânia, concentremo-nos no território onde o occitano é falado: é uma região com 16 milhões de habitantes espalhados por 190.000 km2. Estende-se do Atlântico ao Mediterrâneo e do maciço de Auvergne à Península Ibérica, abrangendo a parte sudoeste do arco alpino. Também inclui Aquitânia, Limousin, Languedoc, Auvergne e Provence.
- CATALUNHA DO NORTE
Também chamada de Catalunha do Norte, é a parte histórica e culturalmente catalã separada, para o benefício da França, do resto da Catalunha, em virtude do Tratado dos Pirenéus (a 7 de novembro de 1659). A denominação inclui as regiões históricas de Roussillon, Conflent, Vallespir, Capcir e o norte da Cerdanya (que é conhecido como Alta Cerdanya). La Fenolleda, apesar de ser predominantemente occitano, é frequentemente incluída na definição do norte da Catalunha devido às suas relações geográficas e administrativas com Roussillon.
Atualmente, essas regiões constituem o departamento francês dos Pirenéus Orientais, que está incluído na região de Languedoc-Roussillon (Languedoc-Roussillon), que é informalmente conhecida em francês como Catalan Pays.
Os Pirenéus unem e separam ao mesmo tempo essas duas nações cheias de história em comum, e com duas línguas evoluídas do latim muito próximas em todos os sentidos, a tal ponto que alguns estudiosos dizem que se originaram da mesma língua que estava evoluindo de forma diferente ao longo do tempo em ambos os lados dos Pirenéus.
BRINDE E PANORÂMICA SOBRE O VALLÉE DES BÉSINES
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Comments (4)
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A ascensão até ao Col de Coume d'Anyell torna esta etapa bastante dura. Mas a beleza envolvente deve atenuar todo o esforço que se faça pois os lagos são incríveis. Muito bonito, mesmo!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Foi uma etapa bem dura mas plena de beleza. Abraço!
Os muitos lagos (estanys) por onde todo o Tour passa são mesmo muito bonitos, um paraíso! Cada nova etapa é um desafio belíssimo. Fantástica caminhada! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Grande abraço!