Pico do Jurapê (Joinville, SC)

VEJA O VÍDEO DESTA TRILHA:



Se estiver no celular, abra este link: https://youtu.be/BlChqRJYLGM

A entrada da trilha está numa propriedade privada. Atualmente, a entrada é liberada 24h, sendo necessário apenas abrir a porteira e mantê-la fechada depois.
Ela localiza-se na região do Piraí, na Estrada dos Morros. Há uma pequena área de estacionamento nas coordenadas -26.275757, -48.972777 (cabem de 3 a 5 carros).
Pouco à frente fica a porteira, nas coordenadas -26.275513, -48.973226

O pico do Jurapê é conhecido como um dos morros mais desafiadores de Santa Catarina - em especial da região de Joinville. Também é conhecido pelo relato de Johann Paul Schmalz, imigrante suíço que teria subido pela primeira vez esta montanha em 1886 - poucos anos depois de ele chegar à então Colônia Dona Francisca.

A caminhada começa por uma região de pasto e passa por uma cerca (tem um banquinho para passar pela cerca, pois ela é trancada). Continua por campo aberto até uma bifurcação, em que se vira à esquerda para entrar na floresta (havia um laço vermelho quando fui).

Nos primeiros 2, 3 quilômetros, a caminhada é leve. Aproveite pra ganhar tempo. A partir do 3º km, começa uma subida moderada/intensa, com apoios em galhos e troncos. Há trechos com cordas e um trecho com uma corrente. Para quem já enfrentou subidas com estes apetrechos, não haverá surpresa.

Esta segunda parte também atravessa um rio, bem no trecho da corrente. Aproveite pra recarregar a água. Chegando-se à cota 800, há uma bifurcação: esquerda para o Pico Central, direita para o Jurapê.

Aqui bem a notícia ruim: a trilha começa a descer por 100 metros. É isto mesmo: primeiro você sobe um segundo morro, pra depois descer e subir novamente, desta vez o Jurapê. Há um trecho com corda para apoiar nesta descida, não é difícil.

O que marca a virada da descida para a nova subida é o segundo rio, que será a última fonte de água. A partir daqui a brincadeira começa. Serão perto de 200m em ascensão forte, bastante íngreme, com pedras, troncos e, dependendo da umidade, barro. É lenta e cansativa, a mais difícil que conheço em Santa Catarina - comparável ao Marumbi, embora não tenha grampos.

Nos últimos 100m de ascensão, a caminhada é por uma vala - cheia de barro se tiver chovido recentemente. Este trecho gera ansiedade, parece que o cume vai chegar a qualquer hora, mas não chega...

No topo há uma excelente visão para Joinville e o litoral. A clareira não é muito grande, cabem umas 10 barracas. Existe um conjunto de trilhas a partir dos arbustos que leva a outras clareiras. Numa delas há o livro de registro, dentro de uma caixinha de metal. Se a clareira principal estiver lotada, dá pra acampar aqui. Se esta também estiver lotada, há mais uma caminhando em direção à vista Oeste e, caminhando mais, a última clareira tem vista para Oeste, para o Planalto Norte e diversos marcos do relevo (Monte Crista, Tromba, Castelo dos Bugres, Morro Pelado, Boa Vista em Jaraguá do Sul, etc). Dá pra acampar aqui também, mas não há proteção para vento de Norte ou Noroeste. A clareira principal é bem abrigada do vento Nordeste (o mais comum em SC, é o que estava soprando quando fui e os arbustos formaram um excelente corta-vento) e também do vento Sul.

É perfeitamente possível fazer um bate-volta, ainda mais que no Monte Crista.

Para quem está iniciando, na região de Joinville, sugiro fazer esta escadinha: Castelo dos Bugues, Morro da Tromba, Monte Crista e Jurapê.