Joaquina + Campeche + Morro das Pedras - (Mandu) : Florianópolis/SC
near Joaquina, Santa Catarina (Brazil)
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Itinerary description
(DESCRIÇÃO EM CONSTRUÇÃO)
Joaquina. Campeche. Morro das Pedras (MANDU)
A Praia da Joaquina, Praia do Campeche e Praia Morro das Pedras até 1860, as três tinham o mesmo nome: Mandú.
Em princípio, a denominação de Praia do Mandú, se estendia até a Ponta das Garças. O nome mandú, é o de um peixe cação ou cação mangona, abundante nas águas frias da Praia da Armação. Na gíria popular aplica-se o termo mandú para uma pessoa atoleimada ("ts tolo?" ou "me diz...tas mandú?"). Também pode referir-se a um peixe de água doce. A partir de 1830, a Praia do Mandú ficou restrita até a Ponta das Pedras, onde se iniciava a Praia das Areias. Estes são os limites da Praia da Armação, que continuam os mesmos até hoje.
Somente no ano de 1860 que a parte da praia que fica em frente à ilha do Campeche recebeu o mesmo nome da ilha, em referência a ela.
O nome Campeche traz entorno de si uma lenda, ou melhor, uma versão, que encanta a muitos dos seus visitantes. Nesta versão da história do nome da praia diz-se que Antoine de Saint-Exupéry, aquele mesmo que escreveu o Pequeno Príncipe, frequentava muito o local. E, na década de 1920, o correio francês estabeleceu no local uma central de remessas. Sendo o famoso aviador e escritor o responsável por esta rota ele descia sempre para fazer amigos. Acabou apelidando o local de “campo de pesca”, em francês “cham et pêche”, que leva facilmente ao nome “campeche”.
Esta não é a única história do nome, sendo que a outra diz que a ilha em frente, que tem o mesmo nome que a praia, tinha este nome por conta de um insumo vegetal utilizado na tinturaria. Ainda assim, o fato de que Antoine de Saint-Exupéry visitava aquela praia é real, desta forma a avenida principal do bairro tem o nome de Avenida Pequeno Príncipe, em homenagem à sua principal obra.
Praia da Joaquina
Antigamente, a praia era conhecida como Ponta das Garças, por estar sempre habitada por várias aves; Praia do Campeche, quando era tudo a mesma praia; Praia do Mar Grosso, por causa da salinidade do mar; Praia das Dunas, pois antes da especulação imobiliária, o acesso era somente pelas dunas. E a partir de 1975, como Joaquina.
A praia da “Joaca” foi ganhando fama a partir da década de 70, quando suas ondas foram descobertas por surfistas. Vários campeonatos de surfe foram surgindo, destacando grandes personalidades catarinenses e ganhando renome internacional.
A origem do nome Joaquina é envolta a mistérios. Diz a lenda que na Lagoa do século XIX, passou-se uma estória de amor e tragédia envolvendo o jovem casal Joaquina, filha de seo Aparício e dona Aninha, e Alberto, um jovem pescador da Lagoa. Segundo o livro Joaquina – A Garota da Praia, de Ademar C. de Mello, Joaquina pedia ao seu amado que não fosse mais ao alto-mar. Alberto assegurou-lhe então que aquela seria sua última vez. E assim, aconteceu o inesperado. Albertinho não voltou; desaparecendo da vida de Joaquina na mesma ocasião em que perdera Ana, sua mãe e seu avô, restando-lhe somente o pai para cuidar.
Mesmo morando na Lagoa, apesar da recusa do pai, passou a atravessar o areial (dunas) até a praia do mar grosso justificando tirar mariscos das pedras do costão para ajudar no orçamento da casa. Na verdade, estes passeios serviam simplesmente para que, olhando o mar, lembrasse do seu eterno amor. Passados três anos da morte do marido, a moça antes alegre e cheia de vida, demonstrava sinais de mulher sofrida e maltratada pela saudade. Como uma sina que lhe perseguia, numa manhã morre Aparício, em casa, em sua cama, como se entregasse voluntariamente à Deus. Assim, Joaquina deixa a Lagoa para morar na praia do mar grosso, isolando-se numa casa ao pé do costão. Sendo que, ao amanhecer de um dia de setembro sobre as maretas e a areia da praia, Joaquina é encontrada morta. Talvez por não poder mais suportar a falta dos seus entes queridos. A partir daí, a praia do mar grosso passou a ser conhecida como a praia da Joaquina.
Outras crenças conta que o nome teria sido dado em homenagem a Dona Joaquina, moradora das praias do leste da ilha de Santa Catarina, que ensinava as outras mulheres do local a fabricar utensílio domésticos de linhas entrelaçadas, além de alimentar os pescadores que compareciam à sua casa.
Segundo a lenda, ela teria sido tragada pelas ondas do mar da região.
Dizem que aproximadamente em 1850 ela realizava seus trabalhos nas pedras do costão daquela praia deserta e sem nome. Um dia distraida pela magia do lugar não percebeu o tempo passar e nem a maré subir. Ela foi levada pelo mar junto com suas rendas, que a possibilitaram flutuar até sumir.
Esta história é contada pelas rendeiras da região e por um seu descendente, entretanto sem prova documental, que o nome derive de Joaquina Rosa de Oliveira Costa, filha dos 2os. Barões da Laguna, Jesuíno de Lamego Costa e Leonor Auta de Oliveira. O Barão era senador por Santa Catarina no império, e a família tinha terras na área. Joaquina Rosa casou-se com Antonio Gomes de Mattos Jr., falecido em 1893, considerado o patrono da indústria naval brasileira.
A praia do Campeche inicia nas proximidades da Lagoinha Pequena, limite sul da Praia da Joaquina, e finaliza no canto norte do Morro das Pedras, no extremo sul. Por não existir marcos geográficos que separe as três praias, dá para passear à vontade por vários quilômetros de areia.
as praias da Joaquina e do Campeche são ligadas pela mesma faixa de areia. Mas por fator geográfico, a Lagoinha Pequena é oficialmente o marco inicial da praia, que se estende até a Ponta do Retiro. A Joaquina é cercada por muitas dunas, que ficam bem movimentadas na alta temporada.
A Joaquina possui uma extensão de três mil metros e uma faixa de areia entre 8m e 80m. As areias são claras e finas. Possui as mesmas características do mar da Praia Mole; é forte, bravo e traiçoeiro. Aberta para o Oceano Atlântico, a praia é de tombo, ou seja, logo após a zona de varrido a profundidade pode aumentar abruptamente. Isto acontece por que o relevo do fundo possui grande inclinação.
As ondas são fortes e longas, predominantemente do tipo mergulhantes (caixote), podendo levar os banhistas mar adentro ou para o fundo; mesmo estando na parte rasa. Um pouco antes e durante a maré alta (luas nova e cheia), percebe-se bem o repuxo,outra peculiaridade deste tipo de praia e que também deixa o banho de mar ainda mais perigoso.
Joaquina. Campeche. Morro das Pedras (MANDU)
A Praia da Joaquina, Praia do Campeche e Praia Morro das Pedras até 1860, as três tinham o mesmo nome: Mandú.
Em princípio, a denominação de Praia do Mandú, se estendia até a Ponta das Garças. O nome mandú, é o de um peixe cação ou cação mangona, abundante nas águas frias da Praia da Armação. Na gíria popular aplica-se o termo mandú para uma pessoa atoleimada ("ts tolo?" ou "me diz...tas mandú?"). Também pode referir-se a um peixe de água doce. A partir de 1830, a Praia do Mandú ficou restrita até a Ponta das Pedras, onde se iniciava a Praia das Areias. Estes são os limites da Praia da Armação, que continuam os mesmos até hoje.
Somente no ano de 1860 que a parte da praia que fica em frente à ilha do Campeche recebeu o mesmo nome da ilha, em referência a ela.
O nome Campeche traz entorno de si uma lenda, ou melhor, uma versão, que encanta a muitos dos seus visitantes. Nesta versão da história do nome da praia diz-se que Antoine de Saint-Exupéry, aquele mesmo que escreveu o Pequeno Príncipe, frequentava muito o local. E, na década de 1920, o correio francês estabeleceu no local uma central de remessas. Sendo o famoso aviador e escritor o responsável por esta rota ele descia sempre para fazer amigos. Acabou apelidando o local de “campo de pesca”, em francês “cham et pêche”, que leva facilmente ao nome “campeche”.
Esta não é a única história do nome, sendo que a outra diz que a ilha em frente, que tem o mesmo nome que a praia, tinha este nome por conta de um insumo vegetal utilizado na tinturaria. Ainda assim, o fato de que Antoine de Saint-Exupéry visitava aquela praia é real, desta forma a avenida principal do bairro tem o nome de Avenida Pequeno Príncipe, em homenagem à sua principal obra.
Praia da Joaquina
Antigamente, a praia era conhecida como Ponta das Garças, por estar sempre habitada por várias aves; Praia do Campeche, quando era tudo a mesma praia; Praia do Mar Grosso, por causa da salinidade do mar; Praia das Dunas, pois antes da especulação imobiliária, o acesso era somente pelas dunas. E a partir de 1975, como Joaquina.
A praia da “Joaca” foi ganhando fama a partir da década de 70, quando suas ondas foram descobertas por surfistas. Vários campeonatos de surfe foram surgindo, destacando grandes personalidades catarinenses e ganhando renome internacional.
A origem do nome Joaquina é envolta a mistérios. Diz a lenda que na Lagoa do século XIX, passou-se uma estória de amor e tragédia envolvendo o jovem casal Joaquina, filha de seo Aparício e dona Aninha, e Alberto, um jovem pescador da Lagoa. Segundo o livro Joaquina – A Garota da Praia, de Ademar C. de Mello, Joaquina pedia ao seu amado que não fosse mais ao alto-mar. Alberto assegurou-lhe então que aquela seria sua última vez. E assim, aconteceu o inesperado. Albertinho não voltou; desaparecendo da vida de Joaquina na mesma ocasião em que perdera Ana, sua mãe e seu avô, restando-lhe somente o pai para cuidar.
Mesmo morando na Lagoa, apesar da recusa do pai, passou a atravessar o areial (dunas) até a praia do mar grosso justificando tirar mariscos das pedras do costão para ajudar no orçamento da casa. Na verdade, estes passeios serviam simplesmente para que, olhando o mar, lembrasse do seu eterno amor. Passados três anos da morte do marido, a moça antes alegre e cheia de vida, demonstrava sinais de mulher sofrida e maltratada pela saudade. Como uma sina que lhe perseguia, numa manhã morre Aparício, em casa, em sua cama, como se entregasse voluntariamente à Deus. Assim, Joaquina deixa a Lagoa para morar na praia do mar grosso, isolando-se numa casa ao pé do costão. Sendo que, ao amanhecer de um dia de setembro sobre as maretas e a areia da praia, Joaquina é encontrada morta. Talvez por não poder mais suportar a falta dos seus entes queridos. A partir daí, a praia do mar grosso passou a ser conhecida como a praia da Joaquina.
Outras crenças conta que o nome teria sido dado em homenagem a Dona Joaquina, moradora das praias do leste da ilha de Santa Catarina, que ensinava as outras mulheres do local a fabricar utensílio domésticos de linhas entrelaçadas, além de alimentar os pescadores que compareciam à sua casa.
Segundo a lenda, ela teria sido tragada pelas ondas do mar da região.
Dizem que aproximadamente em 1850 ela realizava seus trabalhos nas pedras do costão daquela praia deserta e sem nome. Um dia distraida pela magia do lugar não percebeu o tempo passar e nem a maré subir. Ela foi levada pelo mar junto com suas rendas, que a possibilitaram flutuar até sumir.
Esta história é contada pelas rendeiras da região e por um seu descendente, entretanto sem prova documental, que o nome derive de Joaquina Rosa de Oliveira Costa, filha dos 2os. Barões da Laguna, Jesuíno de Lamego Costa e Leonor Auta de Oliveira. O Barão era senador por Santa Catarina no império, e a família tinha terras na área. Joaquina Rosa casou-se com Antonio Gomes de Mattos Jr., falecido em 1893, considerado o patrono da indústria naval brasileira.
A praia do Campeche inicia nas proximidades da Lagoinha Pequena, limite sul da Praia da Joaquina, e finaliza no canto norte do Morro das Pedras, no extremo sul. Por não existir marcos geográficos que separe as três praias, dá para passear à vontade por vários quilômetros de areia.
as praias da Joaquina e do Campeche são ligadas pela mesma faixa de areia. Mas por fator geográfico, a Lagoinha Pequena é oficialmente o marco inicial da praia, que se estende até a Ponta do Retiro. A Joaquina é cercada por muitas dunas, que ficam bem movimentadas na alta temporada.
A Joaquina possui uma extensão de três mil metros e uma faixa de areia entre 8m e 80m. As areias são claras e finas. Possui as mesmas características do mar da Praia Mole; é forte, bravo e traiçoeiro. Aberta para o Oceano Atlântico, a praia é de tombo, ou seja, logo após a zona de varrido a profundidade pode aumentar abruptamente. Isto acontece por que o relevo do fundo possui grande inclinação.
As ondas são fortes e longas, predominantemente do tipo mergulhantes (caixote), podendo levar os banhistas mar adentro ou para o fundo; mesmo estando na parte rasa. Um pouco antes e durante a maré alta (luas nova e cheia), percebe-se bem o repuxo,outra peculiaridade deste tipo de praia e que também deixa o banho de mar ainda mais perigoso.
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Comments (2)
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Excelente texto. Parabéns!!
Obrigado.
Ainda estou finalizando a descrição.
Abraços.