Guimarães - São Bento Das Peras - Vizela
near Guimarães, Braga (Portugal)
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Itinerary description
Bento nasceu na pequena cidade de Núrsia (hoje Nórcia), na Itália, no ano de 480, era de uma família de alta nobreza e com uma sólida formação familiar cristã, mas renunciou os estudos superiores, escandalizado com a vida imoral que encontrou em Roma.
Os tempos não eram fáceis. Época de decadência e desagregação, de invasão de povos bárbaros, que tornavam a Itália enfraquecida e desmoralizada. Renunciando aos estudos para buscar só o Deus, Bento viveu como eremita na gruta de Subiaco, a 70 quilómetros de Roma.
Depois de uma dolorosa experiência como abade de uma comunidade de maus monges, voltou a Subiaco, onde, tempos depois, se viu cercado de numerosos discípulos, desejosos de tê-lo como pai e mestre. Começou então a sua vida cenobítica, isto é, a vida em comunidade com irmãos do mesmo ideal, e fundou então doze mosteiros, verdadeiras escolas do serviço do senhor, escolas onde se aprendesse de Deus a ser feliz.
De Subiaco partiu para o Monte Cassino, onde levantou o célebre mosteiro que ainda hoje existe.
No Monte Cassino, escreveu a Regra, notável código de vida monástica, que o consagrou “Pai dos monges do Ocidente”, pois sobrepujou todas as Regras existentes no Ocidente. Duzentos anos após a sua morte a Regra beneditina tinha-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica durante toda a Idade Média. Orar e trabalhar, contemplar e agir, é a síntese da Regra de São Bento.
Bento vive até hoje e ilumina-nos. Mostra-nos o caminho do Reino através desta famosa obra que nos deixou: a Regra beneditina! Desde o século VI, ela tem plasmado uma multidão de cidadãos do reino, que formam o rasto luminoso de Bento.
Aos que são peregrinos em busca de Deus, Bento, através da sua Regram deixou-lhes um verdadeiro roteiro da viagem.
Dotado do carisma dos milagres, do dom da profecia e, sobretudo, da sabedoria, que o introduziu na intimidade de Deus, Bento é um dos grandes Cidadãos do Reino.
Morreu, provavelmente em 547, no Mosteiro do Monte Cassino. Os seus restos mortais repousam, com os de sua irmã Escolástica, na Basílica desse mosteiro, que, após ter sido bombardeado em 1944 (Segunda Guerra Mundial), foi reconstruído e, depois dedicado pelo Papa Paulo VI, em 1964.
Nessa ocasião, o Papa constitui S. Bento Padroeiro da Europa, tributando-lhe assim o reconhecimento da civilização europeia.
MILAGRES DE S. BENTO
O Corvo de S. Bento
Florêncio, um presbítero dos arredores do mosteiro, começou a ter ciúmes do santo zelo de Bento… e a tal ponto se deixou obcecar que um dia lhe enviou de presente um pão envenenado.
Bento aceitou a oferta com mostras de gratidão, embora soubesse o que lá vinha disfarçado.
À hora da refeição costumava vir da floresta vizinha um corvo, habituado a receber pão das mãos de Bento. E nesse dia também não faltou. Então, Bento atirou o pão envenenado para diante dele e ordenou-lhe: “em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo pega neste pão e vai largá-lo num sítio em que ninguém possa encontrá-lo”. E a ave, de bico aberto e a abanar as asas, começou a saltitar à volta do pão, como se quisesse dizer que gostaria de obedecer, mas que lhe era impossível, pelo que Bento teve de insistir várias vezes. Finalmente, o corvo, depois de muito hesitar, agarrou o pão com o bico, levantou voo e desapareceu. Regressou três horas depois e recebeu de Bento o seu naco de pão habitual.
Ao ver, assim, que Florêncio tentava matá-lo, Bento sentiu enorme comoção não por si mas por causa daquele pobre transviado. (Diálogos, II, 8)
Uma taça de cristal quebrada com o sinal da cruz
Havia um mosteiro cujo abade havia falecido, e a comunidade dirigiu-se ao venerável Bento, rogando-lhe todos os monges insistentemente que os dirigisse. Ele negou-se durante muito tempo, dizendo-lhes antemão que seu modo de proceder não se ajustaria ao daqueles irmãos; mas, vencido afinal por suas insistentes súplicas, acabou por consentir.
Impôs então aquele mosteiro a observância da vida regular, não permitindo a ninguém desviar-se ou viver como antes. Os irmãos daquele mosteiro, irritados com tanta severidade, começaram por se recriminar terem-lhe pedido que os governasse, pois sua vida “torta” estava em conflito com aquele modelo de retidão. Dando-se conta de que sob o governo de Bento não mais lhes seriam permitidas coisas ilícitas, e doendo-se por terem que renunciar a seus antigos costumes, parecendo-lhes duro, por outro lado, verem-se obrigados a adoptar costumes novos com seu espírito envelhecido; por tudo isso, e também porque aos depravados a vida dos bons parece algo intolerável, tramaram matá-lo. E depois de decidi-lo em conselho, puseram veneno no seu vinho.
Quando foi apresentada ao abade, ao sentar-se à mesa, a taça de cristal que continha a bebida envenenada para que, segundo o costume do mosteiro, a abençoasse, Bento, levantando a mão, fez o sinal da cruz e com ele se quebrou a taça que ainda estava a certa distância; e de tal modo se rompeu aquela taça de morte que mais parecia que, em lugar da cruz, fora uma pedra que a atingira. Compreendeu logo o homem de Deus que continha uma bebida de morte a taça que não podia suportar o sinal da vida. Depois disso, relembrou aos monges o que tinha dito a respeito de suas regras severas que não se adaptariam a eles, e deixou este mosteiro.
Benefícios da Medalha de S. Bento
Surgiu por volta do ano de 1647 devido ao seguinte facto:
Conta-se que feiticeiras da Baviera, acusadas de suas maldades contra o povo da região, confessaram ver seus feitiços inteiramente anulados pelo poder da cruz; e que em todos os lugares, onde estivesse a Santa Cruz, seus malefícios nunca tinham efeito. E contaram que, especialmente no Mosteiro de Metten, nunca conseguiram êxito em suas maldades e concluíam que isto se devia ao facto da existência de alguma Cruz naquele lugar.
Por causa disto, as autoridades locais foram consultar os monges da Abadia de Mette sobre o assunto. Depois de muito procurarem, localizaram de facto que o mosteiro era repleto de cruzes gravadas nas paredes e com uma inscrição acima. Era preciso descobrir o porquê e por quem as cruzes foram gravadas. Suas investigações os levaram à biblioteca, a um antigo livro escrito por ordem do Abade Pedro, no ano de 1415. O livro transcrevia antiquíssimos, entre eles vários sobre a Cruz, com inúmeros desenhos a bico de pena realizados por um monge anónimo.
Um destes desenhos era justamente São Bento tendo na mão direita um bastão em forma de Cruz, e acima do bastão estava o texto: CRUX SACRA SIT MIHI LUX NO DRACO SIT MIHI DUX, e da outra mão saía uma flâmula com as frases: VADE RETRO SÁTANA NUMQUAM SUADE MIHI VANA, SUNT MALA QUAE LIBAS IPSE VENENA BIBAS (A cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia. Retira-te, Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos).
Acredita-se que a medalha ajuda no combate directo a Satanás, às tentações, contra doenças e picadas de animais como cobras e na protecção de automóveis.
Os tempos não eram fáceis. Época de decadência e desagregação, de invasão de povos bárbaros, que tornavam a Itália enfraquecida e desmoralizada. Renunciando aos estudos para buscar só o Deus, Bento viveu como eremita na gruta de Subiaco, a 70 quilómetros de Roma.
Depois de uma dolorosa experiência como abade de uma comunidade de maus monges, voltou a Subiaco, onde, tempos depois, se viu cercado de numerosos discípulos, desejosos de tê-lo como pai e mestre. Começou então a sua vida cenobítica, isto é, a vida em comunidade com irmãos do mesmo ideal, e fundou então doze mosteiros, verdadeiras escolas do serviço do senhor, escolas onde se aprendesse de Deus a ser feliz.
De Subiaco partiu para o Monte Cassino, onde levantou o célebre mosteiro que ainda hoje existe.
No Monte Cassino, escreveu a Regra, notável código de vida monástica, que o consagrou “Pai dos monges do Ocidente”, pois sobrepujou todas as Regras existentes no Ocidente. Duzentos anos após a sua morte a Regra beneditina tinha-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica durante toda a Idade Média. Orar e trabalhar, contemplar e agir, é a síntese da Regra de São Bento.
Bento vive até hoje e ilumina-nos. Mostra-nos o caminho do Reino através desta famosa obra que nos deixou: a Regra beneditina! Desde o século VI, ela tem plasmado uma multidão de cidadãos do reino, que formam o rasto luminoso de Bento.
Aos que são peregrinos em busca de Deus, Bento, através da sua Regram deixou-lhes um verdadeiro roteiro da viagem.
Dotado do carisma dos milagres, do dom da profecia e, sobretudo, da sabedoria, que o introduziu na intimidade de Deus, Bento é um dos grandes Cidadãos do Reino.
Morreu, provavelmente em 547, no Mosteiro do Monte Cassino. Os seus restos mortais repousam, com os de sua irmã Escolástica, na Basílica desse mosteiro, que, após ter sido bombardeado em 1944 (Segunda Guerra Mundial), foi reconstruído e, depois dedicado pelo Papa Paulo VI, em 1964.
Nessa ocasião, o Papa constitui S. Bento Padroeiro da Europa, tributando-lhe assim o reconhecimento da civilização europeia.
MILAGRES DE S. BENTO
O Corvo de S. Bento
Florêncio, um presbítero dos arredores do mosteiro, começou a ter ciúmes do santo zelo de Bento… e a tal ponto se deixou obcecar que um dia lhe enviou de presente um pão envenenado.
Bento aceitou a oferta com mostras de gratidão, embora soubesse o que lá vinha disfarçado.
À hora da refeição costumava vir da floresta vizinha um corvo, habituado a receber pão das mãos de Bento. E nesse dia também não faltou. Então, Bento atirou o pão envenenado para diante dele e ordenou-lhe: “em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo pega neste pão e vai largá-lo num sítio em que ninguém possa encontrá-lo”. E a ave, de bico aberto e a abanar as asas, começou a saltitar à volta do pão, como se quisesse dizer que gostaria de obedecer, mas que lhe era impossível, pelo que Bento teve de insistir várias vezes. Finalmente, o corvo, depois de muito hesitar, agarrou o pão com o bico, levantou voo e desapareceu. Regressou três horas depois e recebeu de Bento o seu naco de pão habitual.
Ao ver, assim, que Florêncio tentava matá-lo, Bento sentiu enorme comoção não por si mas por causa daquele pobre transviado. (Diálogos, II, 8)
Uma taça de cristal quebrada com o sinal da cruz
Havia um mosteiro cujo abade havia falecido, e a comunidade dirigiu-se ao venerável Bento, rogando-lhe todos os monges insistentemente que os dirigisse. Ele negou-se durante muito tempo, dizendo-lhes antemão que seu modo de proceder não se ajustaria ao daqueles irmãos; mas, vencido afinal por suas insistentes súplicas, acabou por consentir.
Impôs então aquele mosteiro a observância da vida regular, não permitindo a ninguém desviar-se ou viver como antes. Os irmãos daquele mosteiro, irritados com tanta severidade, começaram por se recriminar terem-lhe pedido que os governasse, pois sua vida “torta” estava em conflito com aquele modelo de retidão. Dando-se conta de que sob o governo de Bento não mais lhes seriam permitidas coisas ilícitas, e doendo-se por terem que renunciar a seus antigos costumes, parecendo-lhes duro, por outro lado, verem-se obrigados a adoptar costumes novos com seu espírito envelhecido; por tudo isso, e também porque aos depravados a vida dos bons parece algo intolerável, tramaram matá-lo. E depois de decidi-lo em conselho, puseram veneno no seu vinho.
Quando foi apresentada ao abade, ao sentar-se à mesa, a taça de cristal que continha a bebida envenenada para que, segundo o costume do mosteiro, a abençoasse, Bento, levantando a mão, fez o sinal da cruz e com ele se quebrou a taça que ainda estava a certa distância; e de tal modo se rompeu aquela taça de morte que mais parecia que, em lugar da cruz, fora uma pedra que a atingira. Compreendeu logo o homem de Deus que continha uma bebida de morte a taça que não podia suportar o sinal da vida. Depois disso, relembrou aos monges o que tinha dito a respeito de suas regras severas que não se adaptariam a eles, e deixou este mosteiro.
Benefícios da Medalha de S. Bento
Surgiu por volta do ano de 1647 devido ao seguinte facto:
Conta-se que feiticeiras da Baviera, acusadas de suas maldades contra o povo da região, confessaram ver seus feitiços inteiramente anulados pelo poder da cruz; e que em todos os lugares, onde estivesse a Santa Cruz, seus malefícios nunca tinham efeito. E contaram que, especialmente no Mosteiro de Metten, nunca conseguiram êxito em suas maldades e concluíam que isto se devia ao facto da existência de alguma Cruz naquele lugar.
Por causa disto, as autoridades locais foram consultar os monges da Abadia de Mette sobre o assunto. Depois de muito procurarem, localizaram de facto que o mosteiro era repleto de cruzes gravadas nas paredes e com uma inscrição acima. Era preciso descobrir o porquê e por quem as cruzes foram gravadas. Suas investigações os levaram à biblioteca, a um antigo livro escrito por ordem do Abade Pedro, no ano de 1415. O livro transcrevia antiquíssimos, entre eles vários sobre a Cruz, com inúmeros desenhos a bico de pena realizados por um monge anónimo.
Um destes desenhos era justamente São Bento tendo na mão direita um bastão em forma de Cruz, e acima do bastão estava o texto: CRUX SACRA SIT MIHI LUX NO DRACO SIT MIHI DUX, e da outra mão saía uma flâmula com as frases: VADE RETRO SÁTANA NUMQUAM SUADE MIHI VANA, SUNT MALA QUAE LIBAS IPSE VENENA BIBAS (A cruz sagrada seja minha luz, não seja o dragão meu guia. Retira-te, Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos).
Acredita-se que a medalha ajuda no combate directo a Satanás, às tentações, contra doenças e picadas de animais como cobras e na protecção de automóveis.
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