GRANDE ROTA DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO 2017
near Ermelo, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
Percurso circular, com início e fim em Ermelo (Rua Principal), trilho não sinalizado, com a extensão de aproximadamente 46Kms, inserido no Parque Natural do Alvão que oferece paisagens de rara beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural. O Parque Natural do Alvão é uma área predominantemente natural, com um grande valor paisagístico, para o qual contribui a diversidade e riqueza do seu património natural. Esta área possui encantos naturais de grande valor, com destaque para as cascatas, que se podem encontrar ao longo do rio e numerosas lagoas e ribeiros de água límpida, as formas geológicas resultantes da erosão dos granitos.
Ao longo do trilho, podem observar-se paisagens de montanha: baldios rochosos e agrestes utilizados normalmente para pastagens do gado, grandes prados naturais de abundante riqueza florística e faunística, uma paisagem humanizada, onde é possível observar os campos agrícolas utilizados pelo Homem, normalmente localizados próximo das aldeias e linhas de água.
1ºDIA
Iniciamos o percurso na aldeia rural de Ermelo, onde a maioria das suas casas são em granito com telhados de xisto. Optamos por este lugar do município de Mondim de Basto por razões de alojamento. Planeamos a dormida em Lamas de Olo, numa Casa Rural Particular. Seguimos o recentemente inaugurado PR3 – Fisgas de Ermelo pela Rua Principal, e depois de percorrer sensivelmente 200m, cortamos à esquerda em direção ao rio Olo, por entre castanheiros e carvalhos chegamos ao rio, a travessia é feita por ponte em madeira - ponte de acesso à Capela de S. João. A partir daqui, o PR acompanha a margem direita do rio Olo, fizemos o desvio para as Piócas de Baixo e fora do PR seguimos até às escarpas de acesso ao miradouro da cascata das Fisgas, a subida é acentuada e sinuosa, que é compensado pela sua beleza. EVITAR A SUBIDA PELAS FRAGAS EM DIAS HUMIDOS, em alternativa continuar pelo PR3 até à capela e seguir pela estrada até ao miradouro. Trata-se de uma das maiores quedas de água de Portugal. Uma barreira de quartzitos forma um enorme socalco, separando a zona granítica da xistosa, mais vulnerável à erosão. Por isso, o trabalho milenar da água cavou um desnível de quase 200m, através do qual o rio Olo se despenha numa cascata deslumbrante. No topo das quedas, a montante, situam-se belas lagoas usadas pelos veraneantes para banhos. Seguimos pelo estradão florestal até perto das Piócas de Cima, aqui atravessamos o Rio Olo, que nesta altura ia sem grande caudal, saltando de pedra em pedra. Já do lado contrario da margem seguimos em direção às Piócas de Cima e daqui descemos ao “Canhão das Fisgas”. Após apreciar a principal curiosidade geológica da região, as Cascata das Fisgas do Ermelo, continuamos caminho por estradão florestal até à aldeia rural de Varzigueto. A aldeia situa-se na proximidade imediata dos terrenos de cultivo, o gado bovino percorre as ruas nas suas lides rurais… Já na aldeia, fizemos a paragem para o almoço na TAVERNA MARTINS. Em conversa na taberna soubemos que por encomenda podemos comer arroz de cabidela, cabrito, chanfana, cozido... tudo com carnes caseiras. Para os interessados aqui fica o contacto tef. 255382546.
Com o estomago aconchegado, com o farnel levado de casa e bebidas e café da taverna, continuamos o percurso saindo da aldeia por caminho de terra, sempre a descer até à ribeira de Fervença, há que encontrar o melhor local para atravessar a ribeira - EVITAR EM DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO, segue-se uma escalada com folhas soltas no acesso à levada. Não há muitos pontos de apoio... mas com cuidado lá chegamos à levada. Em alternativa à travessia da ribeira e acesso à levada, pode-se no caminho de terra cortar à esquerda e seguir direto para Fervença.
Agora o trilho faz-se pela levada, por entre castanheiros e carvalhos, que é simplesmente espectacular chegamos ao caminho rural entre muros que nos levou até à aldeia de Fervença, que atravessamos pela estrada municipal M1204-1, seguimos em direção à Igreja. Para evitar o alcatrão da estrada M1204 seguimos, inicialmente por caminho rural, depois por estradão, depois por campos e caminho florestal e novamente caminho rural que nos levou à aldeia do Barreiro.
Ao chegar ao povoamento do Barreiro é possível observar as construções feitas com o material existente neste local (arquitetura serrana tradicional: granito e colmo). As casas concentram-se muito próximas umas das outras e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas.
Este ano fizemos uma alteração à GR 2015, seguimos por caminho antigo entre muros até à aldeia de Açureira, mas antes tivemos de atravessar novamente o Rio Olo de pedra em pedra… Quando entramos na aldeia já o sol se punha, seguimos já de frontais até à estrada N312-1. Devido ao adiantado da hora a parte final do percurso fez-se por estrada em direção a Lamas de Olo, neste troço são visíveis as manchas de vegetação do estrato arbóreo e herbáceo, sendo também de destacar as grandes manchas de afloramentos rochosos, completamente modelados pelos agentes erosivos. Ao chegar a Lamas de Olo pode contemplar-se algumas construções com arquitetura tradicional que refletem o modo de vida dos seus habitantes, como os moinhos e os espigueiros e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas. Chegados à aldeia, local escolhido para a pernoita, fomos para a casa rural onde preparamos um magnífico jantar para repor as energias gastas e onde prolongamos o convívio entre os participantes.
2ºDIA
Depois de uma noite a retemperar forças, e do pequeno-almoço tomado bem cedo, iniciamos a jornada em direção às barragens do Alvão pela estrada municipal M313. A primeira barragem que nos aparece é a Fundeira, mais pequena, segue-se a Cimeira, de maior dimensão, construídas na década de 40, destinadas ao regadio dos campos de cultura. Este local tornou-se, ao longo dos anos, um ponto de atração do Parque Natural do Alvão. Seguindo o percurso, por caminho florestal, é nítida a fraturação dos granitos que evidenciam perfeitamente a sua erosão ao longo dos tempos. Aqui, a paisagem é, sem dúvida, influenciada pelas formas do relevo resultante das características das rochas granitoides locais. Chegando à zona florestal observa-se uma grande variedade de pinheiros, aqui cortamos à esquerda por caminho de pé posto, muito mal definido, mas marcado com algumas mariolas e começamos a descer para a aldeia rural de Agarez. Há medida que vamos descendo o caminho vai ganhando maior definição. Provavelmente este caminho outrora serviu de ligação a estas povoações e ao pastoreio do gado pelas encostas da serra. Já começamos a ter belas panorâmicas das serras longínquas e do lado direito, no fundo do vale, a aldeia de Arnal.
O acesso a Agarez faz-se por estrada alcatroada, ao chegar à aldeia viramos à direita, por caminho empedrado em direção a Galegos da Serra. Continuamos o percurso ao longo da margem esquerda da ribeira de Arnal até encontrar a ponte em pedra junto ao moinho de rodízio horizontal. Nesta linha de água é possível observar grandes blocos de granito e pequenas marmitas nas rochas, o que evidencia a capacidade erosiva das águas. Continuando até à aldeia de Galegos da Serra é possível observar a passagem de uma área predominantemente natural para uma área humanizada verificando-se aqui a existência da prática agrícola. Depois da subida avista-se a aldeia, já na aldeia de Galegos da Serra pode observar-se as características do povoamento, as construções tradicionais, construídas com matérias existentes na própria zona. As construções, uma vez mais, concentram-se em terrenos, normalmente com reduzida aptidão para a agricultura.
Deixamos a aldeia por caminho tradicional junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e para completar esta beleza natural temos a ribeira e os muros cobertos de musgo que é simplesmente espectacular! No percurso, à medida que nos afastamos de Galegos da Serra, em direção ao Planalto do Vaqueiro e ao Parque Eólico, é visível o contraste de paisagens, constituídas quer por vertente cobertas de vegetação e outra por afloramentos rochosos. No Planalto do Vaqueiro, ponto mais alto do trilho, este percurso atravessa uma vasta zona planáltica onde se encontram, predominantemente, áreas baldias cobertas de urzais (Erica spp.) e carqueijais (Chamaespartum tridentatum) onde rebanhos de cabras bravias encontram o seu alimento e onde, em dias mais frios, poderemos encontrar um bonito e fofo manto de neve…
Seguindo pelo caminho de terra batida do parque eólico e pouco depois do Posto de Transformação, na eólica nº9, iniciamos a descida. Era nosso objetivo melhorar este troço da GR, procuramos uma alternativa à forte inclinação do terreno, serpenteamos a encosta e fomos seguindo algumas mariolas colocados no ano anterior para marcar o caminho.
Já cá em baixo, cruzarmos a estrada municipal N304 e entrarmos num caminho por entre densa vegetação de carvalhos até cruzarmos novamente a M304 já às portas de Ermelo, local onde terminamos esta Grande Rota do Parque Natural do Alvão.
FICHA TÉCNICA
Datas de realização: 21 e 22 de Janeiro 2017
Desnível: 2492m positivos; 2492m negativos
Tipo de percurso: Circular
Distancia: 45,7 km
Etapas: 2 dias
Duração: 17:05 horas (marcha efetiva)
Dia 21 de Janeiro.
Etapa 1: Ermelo-Fisgas de Ermelo-Varzigueto-Fervença-Barreiro-Açureira-Lamas de Olo
Distancia: 22,7 km
Marcha efetiva: 9:40 horas
Alojamento: Casa Particular Lamas de Olo (fica no percurso) Telm. 925 225 254
(3 quartos casal, sala com sofá, cozinha equipada, lareira e aquecimento = 100€)
Jantar: Confecionado na casa pelos participantes
Dia 22 de Janeiro.
Etapa 2: Lamas de Olo-Barragem Cimeira-Agarez-Galegos da Serra-Alto do Vaqueiro-Ermelo
Distancia: 23,0 km
Marcha efetiva: 7:25 horas
OBSERVAÇÕES:
Percurso NÃO SINALIZADO criado pelos “Caminhantes”, apenas realizado com GPS ou de cartas militares.
Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer em dois dias e peso da mochila.
Na etapa Lamas de Olo - Ermelo (2ºdia) não se encontra qualquer tipo de abastecimento para além de água.
A TRAVESSIA DO RIO OLO, NA PONTE DE MADEIRA DE ACESSO À CAPELA DE S. JOÃO, PODERÁ ESTAR DESTRUÍDA EM ALGUMAS ALTURAS DO ANO DEVIDO AO CAUDAL DO RIO, TERÁ DE SER ENCONTRADA ALTERNATIVA NO LOCAL.
Para evitar excesso de peso nas costas (caso da autonomia) recomendo a estadia em Lamas de Olo (Casa Particular Telm. 925 225 254) ou em Ermelo (Casa Particular Tem. 918519442 | 963763900)
(!)PERIGOS(!) - PERCURSO DESACONSELHADO EM DIAS DE CHUVA OU NEVE
- SUBIDA PELAS FRAGAS ATÉ AO MIRADOURO DAS FISGAS – EVITAR DIAS HÚMIDOS
- TRAVESSIA DO RIO OLO – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- TRAVESSIA DA RIBEIRA DE FERVENÇA – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- SUBIDA À LEVADA – ACESSO ÍNGREME E COM MUITAS FOLHAS SECAS
- ACESSO DO PLANALTO DO VAQUEIRO À ESTRADA N304 – DESCIDA MUITO ÍNGREME SEM CAMINHO DEFINIDO
Percurso circular, com início e fim em Ermelo (Rua Principal), trilho não sinalizado, com a extensão de aproximadamente 46Kms, inserido no Parque Natural do Alvão que oferece paisagens de rara beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural. O Parque Natural do Alvão é uma área predominantemente natural, com um grande valor paisagístico, para o qual contribui a diversidade e riqueza do seu património natural. Esta área possui encantos naturais de grande valor, com destaque para as cascatas, que se podem encontrar ao longo do rio e numerosas lagoas e ribeiros de água límpida, as formas geológicas resultantes da erosão dos granitos.
Ao longo do trilho, podem observar-se paisagens de montanha: baldios rochosos e agrestes utilizados normalmente para pastagens do gado, grandes prados naturais de abundante riqueza florística e faunística, uma paisagem humanizada, onde é possível observar os campos agrícolas utilizados pelo Homem, normalmente localizados próximo das aldeias e linhas de água.
1ºDIA
Iniciamos o percurso na aldeia rural de Ermelo, onde a maioria das suas casas são em granito com telhados de xisto. Optamos por este lugar do município de Mondim de Basto por razões de alojamento. Planeamos a dormida em Lamas de Olo, numa Casa Rural Particular. Seguimos o recentemente inaugurado PR3 – Fisgas de Ermelo pela Rua Principal, e depois de percorrer sensivelmente 200m, cortamos à esquerda em direção ao rio Olo, por entre castanheiros e carvalhos chegamos ao rio, a travessia é feita por ponte em madeira - ponte de acesso à Capela de S. João. A partir daqui, o PR acompanha a margem direita do rio Olo, fizemos o desvio para as Piócas de Baixo e fora do PR seguimos até às escarpas de acesso ao miradouro da cascata das Fisgas, a subida é acentuada e sinuosa, que é compensado pela sua beleza. EVITAR A SUBIDA PELAS FRAGAS EM DIAS HUMIDOS, em alternativa continuar pelo PR3 até à capela e seguir pela estrada até ao miradouro. Trata-se de uma das maiores quedas de água de Portugal. Uma barreira de quartzitos forma um enorme socalco, separando a zona granítica da xistosa, mais vulnerável à erosão. Por isso, o trabalho milenar da água cavou um desnível de quase 200m, através do qual o rio Olo se despenha numa cascata deslumbrante. No topo das quedas, a montante, situam-se belas lagoas usadas pelos veraneantes para banhos. Seguimos pelo estradão florestal até perto das Piócas de Cima, aqui atravessamos o Rio Olo, que nesta altura ia sem grande caudal, saltando de pedra em pedra. Já do lado contrario da margem seguimos em direção às Piócas de Cima e daqui descemos ao “Canhão das Fisgas”. Após apreciar a principal curiosidade geológica da região, as Cascata das Fisgas do Ermelo, continuamos caminho por estradão florestal até à aldeia rural de Varzigueto. A aldeia situa-se na proximidade imediata dos terrenos de cultivo, o gado bovino percorre as ruas nas suas lides rurais… Já na aldeia, fizemos a paragem para o almoço na TAVERNA MARTINS. Em conversa na taberna soubemos que por encomenda podemos comer arroz de cabidela, cabrito, chanfana, cozido... tudo com carnes caseiras. Para os interessados aqui fica o contacto tef. 255382546.
Com o estomago aconchegado, com o farnel levado de casa e bebidas e café da taverna, continuamos o percurso saindo da aldeia por caminho de terra, sempre a descer até à ribeira de Fervença, há que encontrar o melhor local para atravessar a ribeira - EVITAR EM DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO, segue-se uma escalada com folhas soltas no acesso à levada. Não há muitos pontos de apoio... mas com cuidado lá chegamos à levada. Em alternativa à travessia da ribeira e acesso à levada, pode-se no caminho de terra cortar à esquerda e seguir direto para Fervença.
Agora o trilho faz-se pela levada, por entre castanheiros e carvalhos, que é simplesmente espectacular chegamos ao caminho rural entre muros que nos levou até à aldeia de Fervença, que atravessamos pela estrada municipal M1204-1, seguimos em direção à Igreja. Para evitar o alcatrão da estrada M1204 seguimos, inicialmente por caminho rural, depois por estradão, depois por campos e caminho florestal e novamente caminho rural que nos levou à aldeia do Barreiro.
Ao chegar ao povoamento do Barreiro é possível observar as construções feitas com o material existente neste local (arquitetura serrana tradicional: granito e colmo). As casas concentram-se muito próximas umas das outras e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas.
Este ano fizemos uma alteração à GR 2015, seguimos por caminho antigo entre muros até à aldeia de Açureira, mas antes tivemos de atravessar novamente o Rio Olo de pedra em pedra… Quando entramos na aldeia já o sol se punha, seguimos já de frontais até à estrada N312-1. Devido ao adiantado da hora a parte final do percurso fez-se por estrada em direção a Lamas de Olo, neste troço são visíveis as manchas de vegetação do estrato arbóreo e herbáceo, sendo também de destacar as grandes manchas de afloramentos rochosos, completamente modelados pelos agentes erosivos. Ao chegar a Lamas de Olo pode contemplar-se algumas construções com arquitetura tradicional que refletem o modo de vida dos seus habitantes, como os moinhos e os espigueiros e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas. Chegados à aldeia, local escolhido para a pernoita, fomos para a casa rural onde preparamos um magnífico jantar para repor as energias gastas e onde prolongamos o convívio entre os participantes.
2ºDIA
Depois de uma noite a retemperar forças, e do pequeno-almoço tomado bem cedo, iniciamos a jornada em direção às barragens do Alvão pela estrada municipal M313. A primeira barragem que nos aparece é a Fundeira, mais pequena, segue-se a Cimeira, de maior dimensão, construídas na década de 40, destinadas ao regadio dos campos de cultura. Este local tornou-se, ao longo dos anos, um ponto de atração do Parque Natural do Alvão. Seguindo o percurso, por caminho florestal, é nítida a fraturação dos granitos que evidenciam perfeitamente a sua erosão ao longo dos tempos. Aqui, a paisagem é, sem dúvida, influenciada pelas formas do relevo resultante das características das rochas granitoides locais. Chegando à zona florestal observa-se uma grande variedade de pinheiros, aqui cortamos à esquerda por caminho de pé posto, muito mal definido, mas marcado com algumas mariolas e começamos a descer para a aldeia rural de Agarez. Há medida que vamos descendo o caminho vai ganhando maior definição. Provavelmente este caminho outrora serviu de ligação a estas povoações e ao pastoreio do gado pelas encostas da serra. Já começamos a ter belas panorâmicas das serras longínquas e do lado direito, no fundo do vale, a aldeia de Arnal.
O acesso a Agarez faz-se por estrada alcatroada, ao chegar à aldeia viramos à direita, por caminho empedrado em direção a Galegos da Serra. Continuamos o percurso ao longo da margem esquerda da ribeira de Arnal até encontrar a ponte em pedra junto ao moinho de rodízio horizontal. Nesta linha de água é possível observar grandes blocos de granito e pequenas marmitas nas rochas, o que evidencia a capacidade erosiva das águas. Continuando até à aldeia de Galegos da Serra é possível observar a passagem de uma área predominantemente natural para uma área humanizada verificando-se aqui a existência da prática agrícola. Depois da subida avista-se a aldeia, já na aldeia de Galegos da Serra pode observar-se as características do povoamento, as construções tradicionais, construídas com matérias existentes na própria zona. As construções, uma vez mais, concentram-se em terrenos, normalmente com reduzida aptidão para a agricultura.
Deixamos a aldeia por caminho tradicional junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e para completar esta beleza natural temos a ribeira e os muros cobertos de musgo que é simplesmente espectacular! No percurso, à medida que nos afastamos de Galegos da Serra, em direção ao Planalto do Vaqueiro e ao Parque Eólico, é visível o contraste de paisagens, constituídas quer por vertente cobertas de vegetação e outra por afloramentos rochosos. No Planalto do Vaqueiro, ponto mais alto do trilho, este percurso atravessa uma vasta zona planáltica onde se encontram, predominantemente, áreas baldias cobertas de urzais (Erica spp.) e carqueijais (Chamaespartum tridentatum) onde rebanhos de cabras bravias encontram o seu alimento e onde, em dias mais frios, poderemos encontrar um bonito e fofo manto de neve…
Seguindo pelo caminho de terra batida do parque eólico e pouco depois do Posto de Transformação, na eólica nº9, iniciamos a descida. Era nosso objetivo melhorar este troço da GR, procuramos uma alternativa à forte inclinação do terreno, serpenteamos a encosta e fomos seguindo algumas mariolas colocados no ano anterior para marcar o caminho.
Já cá em baixo, cruzarmos a estrada municipal N304 e entrarmos num caminho por entre densa vegetação de carvalhos até cruzarmos novamente a M304 já às portas de Ermelo, local onde terminamos esta Grande Rota do Parque Natural do Alvão.
FICHA TÉCNICA
Datas de realização: 21 e 22 de Janeiro 2017
Desnível: 2492m positivos; 2492m negativos
Tipo de percurso: Circular
Distancia: 45,7 km
Etapas: 2 dias
Duração: 17:05 horas (marcha efetiva)
Dia 21 de Janeiro.
Etapa 1: Ermelo-Fisgas de Ermelo-Varzigueto-Fervença-Barreiro-Açureira-Lamas de Olo
Distancia: 22,7 km
Marcha efetiva: 9:40 horas
Alojamento: Casa Particular Lamas de Olo (fica no percurso) Telm. 925 225 254
(3 quartos casal, sala com sofá, cozinha equipada, lareira e aquecimento = 100€)
Jantar: Confecionado na casa pelos participantes
Dia 22 de Janeiro.
Etapa 2: Lamas de Olo-Barragem Cimeira-Agarez-Galegos da Serra-Alto do Vaqueiro-Ermelo
Distancia: 23,0 km
Marcha efetiva: 7:25 horas
OBSERVAÇÕES:
Percurso NÃO SINALIZADO criado pelos “Caminhantes”, apenas realizado com GPS ou de cartas militares.
Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer em dois dias e peso da mochila.
Na etapa Lamas de Olo - Ermelo (2ºdia) não se encontra qualquer tipo de abastecimento para além de água.
A TRAVESSIA DO RIO OLO, NA PONTE DE MADEIRA DE ACESSO À CAPELA DE S. JOÃO, PODERÁ ESTAR DESTRUÍDA EM ALGUMAS ALTURAS DO ANO DEVIDO AO CAUDAL DO RIO, TERÁ DE SER ENCONTRADA ALTERNATIVA NO LOCAL.
Para evitar excesso de peso nas costas (caso da autonomia) recomendo a estadia em Lamas de Olo (Casa Particular Telm. 925 225 254) ou em Ermelo (Casa Particular Tem. 918519442 | 963763900)
(!)PERIGOS(!) - PERCURSO DESACONSELHADO EM DIAS DE CHUVA OU NEVE
- SUBIDA PELAS FRAGAS ATÉ AO MIRADOURO DAS FISGAS – EVITAR DIAS HÚMIDOS
- TRAVESSIA DO RIO OLO – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- TRAVESSIA DA RIBEIRA DE FERVENÇA – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- SUBIDA À LEVADA – ACESSO ÍNGREME E COM MUITAS FOLHAS SECAS
- ACESSO DO PLANALTO DO VAQUEIRO À ESTRADA N304 – DESCIDA MUITO ÍNGREME SEM CAMINHO DEFINIDO
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Comments (7)
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Bom dia caminhantes. Parabéns e obrigado pela partilha desta grande rota, sou vosso seguidor no wikiloc. Estou a pensar fazer esta grande rota em abril, tenho reparado que têm melhorado o percurso de ano para ano, no entanto o que fizeram este ano 2017, foi o mais longo +- 46km, alteraram assim tanto a rota ou são pequenos pormenores de gps. A descida para a EN304 continua sem definição de trilho e perigosa correto?. Obrigado e boas caminhadas.
Bom dia CarlosPinto
Este ano fizemos um acrescimo ao percurso entre a Aldeia do Barreiro e Lamas de Olo, troço ainda a melhorar, mas muito bonito... A descida para a EN304 continua sem trilho definido embora melhor q o ano 2015.
Boas caminhadas.
Ok Obrigado pela ajuda, sendo assim seguirei o trilho de 2017.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Excelente descrição de um trilho magnifico. Muito bom trabalho uma vez mais. Fiz esta GR e recomendo! Obrigado pela partilha.
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Scenery
Difficult
Obrigado pela partilha. Excelente descrição do percurso. A descida do Planalto do Vaqueiro tem bastante mato, muito difícil a progressão.
Olá CarlosPinto!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Saudações.
Boa tarde Caminhantes, quero muito fazer este percurso ainda no decorrer deste mês. Gostaria só de lhe colocar uma pergunta, na possibilidade de fazer o percurso durante 3 dias e 2 noites, qual seria as melhores zonas para pernoitar? Muito obrigado desde já!