GRANDE ROTA DO PARQUE NATURAL DO ALVÃO 2016
near Ermelo, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Percurso circular, com início e fim em Ermelo (Rua Principal), este ano realizado no sentido anti horário. Trilho não sinalizado, com a extensão de aproximadamente 40Kms, inserido no Parque Natural do Alvão que oferece paisagens de rara beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural. O Parque Natural do Alvão é uma área predominantemente natural, com um grande valor paisagístico, para o qual contribui a diversidade e riqueza do seu património natural. Esta área possui encantos naturais de grande valor, com destaque para as cascatas, que se podem encontrar ao longo do rio e numerosas lagoas e ribeiros de água límpida, as formas geológicas resultantes da erosão dos granitos. Ao longo do trilho, podem observar-se paisagens de montanha: baldios rochosos e agrestes utilizados normalmente para pastagens do gado, grandes prados naturais de abundante riqueza florística e faunística, uma paisagem humanizada, onde é possível observar os campos agrícolas utilizados pelo Homem, normalmente localizados próximo das aldeias e linhas de água.
1ºDIA
Iniciamos o percurso na aldeia rural de Ermelo, onde a maioria das suas casas são em granito com telhados de xisto. Como no ano anterior, optamos por este lugar do município de Mondim de Basto por razões de alojamento, planeamos a dormida em Lamas de Olo, na habitual Casa Rural Particular. Partindo da Rua Principal, seguimos em direção à Casa do Povo de Ermelo, seguindo a grande rota em sentido contrário aos ponteiros do relógio. Pouco depois começamos a subir por entre o casario, passamos por um conjunto de cruzes de granito, já no estradão florestal seguimos em direção à N304 que atravessamos continuando por caminho municipal até novo estradão florestal por entre densa vegetação de carvalhos até cruzarmos novamente a M304, junto a uma fonte.
Neste ponto iniciamos a subida às eólicas. Era nosso objetivo melhorar este troço da GR, procuramos uma alternativa à forte inclinação do terreno, serpenteamos a encosta e fomos colocando algumas mariolas para marcar o caminho.
Chegados às eólicas, seguimos pelo caminho de terra batida do parque eólico até ao ponto mais alto do trilho – O Planalto do Vaqueiro. Ponto de magnificas panorâmicas mas que hoje não foi possível contemplar devido ao denso nevoeiro existente. Este percurso atravessa uma vasta zona planáltica onde se encontram, predominantemente, áreas baldias cobertas de urzais (Erica spp.) e carqueijais (Chamaespartum tridentatum) onde rebanhos de cabras bravias encontram o seu alimento e onde, em dias mais frios, poderemos encontrar um bonito e fofo manto de neve… À medida que descemos, é visível o contraste de paisagens, constituídas quer por vertente cobertas de vegetação e outra por afloramentos rochosos.
Deixamos o caminho de terra batida e passando uma cancela seguimos para Galegos da Serra por caminho tradicional junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e para completar esta beleza natural temos a ribeira e os muros cobertos de musgo que é simplesmente espectacular!
Continuando até à aldeia de Galegos da Serra é possível observar a passagem de uma área predominantemente natural para uma área humanizada verificando-se aqui a existência da prática agrícola. Já na aldeia de Galegos da Serra pode-se observar as caraterísticas do povoamento, as construções tradicionais, construídas com matérias existentes na própria zona. As construções concentram-se em terrenos, normalmente com reduzida aptidão para a agricultura.
Atravessamos a aldeia e iniciamos a descida por caminho tradicional até à ponte de pedra junto ao moinho de rodízio horizontal da ribeira de Arnal. Nesta linha de água é possível observar grandes blocos de granito e pequenas marmitas nas rochas, o que evidencia a capacidade erosiva das águas.
Continuamos o percurso ao longo da margem direita da ribeira de Arnal até às suas quedas de água. Depois de contemplar a beleza da cascata da ribeira, seguimos até à aldeia de Arnal, inicialmente por caminho rural e posteriormente por caminho de pé posto até ao refúgio do Clube de Montanhismo de Vila Real, junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e bétulas. Passamos a aldeia, atravessamos a ribeira de Arnal, onde são visíveis os moinhos e espigueiros em granito, marcando a arquitetura tradicional serrana, e começamos a subir a encosta da serra por caminho que provavelmente outrora serviu de ligação a estas povoações e ao pastoreio do gado. Já muito perto do cimo, o caminho vai perdendo definição, mas vamos seguindo as mariolas até ao caminho florestal. Seguindo o percurso à direita, pelo caminho florestal, é nítida a fraturação dos granitos que evidenciam perfeitamente a sua erosão ao longo dos tempos. Aqui, a paisagem é, sem dúvida, influenciada pelas formas do relevo resultante das caraterísticas das rochas granitoides locais. Este caminho leva-nos às barragens do Alvão. A primeira barragem que nos aparece é a Cimeira, de maior dimensão, segue-se a Fundeira, mais pequena, construídas na década de 40, destinadas ao regadio dos campos de cultura. Este local tornou-se, ao longo dos anos, um ponto de atração do Parque Natural do Alvão.
Seguindo pela estrada municipal M313, entramos em Lamas de Olo, onde se pode contemplar algumas construções com arquitetura tradicional que refletem o modo de vida dos seus habitantes, como os moinhos e os espigueiros e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas. Chegados à aldeia, local escolhido para a pernoita, fomos para a casa rural onde preparamos um magnífico jantar para repor as energias gastas e onde prolongamos o convívio com o jogo do UNO.
2ºDIA
Depois de uma noite a retemperar forças, e do pequeno-almoço tomado bem cedo, iniciamos a jornada em direção à aldeia do Barreiro. Atravessamos a aldeia pela antiga M313 e no cruzamento seguimos por caminho de terra para evitar a estrada entre as duas aldeias. A travessia do Rio Olo fez-se pala ponte recém-construída sobre a antiga de pedra em arco e voltamos ao caminho muito mal definido paralelo à estrada que liga ao Barreiro. Ao chegar ao povoamento do Barreiro é possível observar as construções feitas com o material existente neste local (arquitetura serrana tradicional: granito e colmo). As casas concentram-se muito próximas umas das outras e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas.
Seguimos para Fervença, para evitar o alcatrão da estrada M1204 seguimos, inicialmente por caminho rural, depois por estradão, depois por caminho florestal e campos e novamente caminho rural que nos levou à Igreja de Fervença, atravessamos a estrada municipal M1204-1 e novamente por caminho rural seguimos até à levada seguiu-se uma descida por terreno íngreme com folhas soltas até à Ribeira de Fervença. Não há muitos pontos de apoio... mas com cuidado lá chegamos à ribeira. Aqui há que encontrar o melhor local para a atravessar - EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO. Em alternativa à descida e travessia da ribeira, pode-se, em Fervença, cortar à direita e seguir direto para Varzigueto.
Depois de atravessar a ribeira foi sempre a subir por estradão até Varzigueto. A aldeia situa-se na proximidade imediata dos terrenos de cultivo … Logo na entrada da aldeia, fizemos a paragem para almoço na TAVERNA MARTINS, aqui por encomenda podemos comer arroz de cabidela, cabrito, chanfana, cozido... tudo com carnes caseiras. Para os interessados aqui fica o contacto tef. 255382546. Optamos pelo farnel levado de casa, as bebidas e o café foram da taverna… Com o estômago aconchegado continuamos o percurso atravessando a aldeia pela estrada M1206, na ponte que atravessa o rio Olo viramos à esquerda, continuamos caminho por estradão florestal, sempre com o rio Olo como companhia, até ao miradouro da cascata das Fisgas. Trata-se de uma das maiores quedas de água de Portugal. Uma barreira de quartzitos forma um enorme socalco, separando a zona granítica da xistosa, mais vulnerável à erosão. Por isso, o trabalho milenar da água cavou um desnível de quase 200m, através do qual o Rio Olo se despenha numa cascata deslumbrante. Após apreciar a principal curiosidade geológica da região, as Cascata das Fisgas do Ermelo, iniciamos a descida pelas fragas, a descida é acentuada e sinuosa, à nossa esquerda corre o Rio Olo, a paisagem é deslumbrante e neste dia ainda foi mais… na descida demos de frente com um imenso rebanho de cabras que subia as escarpas e mais abaixo presenciamos o nascimento de um cabritinho.
EVITAR A DESCIDA PELAS FRAGAS EM DIAS HUMIDOS, em alternativa, no miradouro seguir pela estrada até à capela e contornar à esquerda pelo estradão corta-fogo até ao Rio Olo.
Já na parte final da descida seguimos caminho de pé posto com muitos ramos secos que dificultam a progressão, sendo necessário andar a contorna-los constantemente. Chegados à margem do Rio Olo seguimos caminho antigo por entre castanheiros e carvalhos até à ponte de madeira que atravessa o rio. Começamos a subir pelo caminho florestal até à aldeia de Ermelo, já na Rua Principal, passamos a igreja e chegamos ao café/restaurante “Sabores do Alvão” local onde terminamos esta Grande Rota do Parque Natural do Alvão de 2016.
FICHA TÉCNICA
Datas de realização: 23 e 24 de Janeiro 2016
Desnível: 2201m positivos; 2201m negativos
Tipo de percurso: Circular
Distancia: 40 km
Etapas: 2 dias
Duração: 13:40 horas (marcha efetiva)
Dia 23 de Janeiro.
Etapa 1: Ermelo-Alto do Vaqueiro-Galegos da Serra-Arnal-Barragem Cimeira-Lamas de Olo
Distancia: 22,9 km
Marcha efetiva: 7:45 horas
Dia 24 de Janeiro.
Etapa 2: Lamas de Olo-Barreiro-Fervença-Varzigueto-Fisgas de Ermelo-Ermelo
Distancia: 17,1 km
Marcha efetiva: 5:55 horas
Alojamento: Casa Particular Lamas de Olo (fica no percurso) Telm. 925 225 254 (3 quartos casal, sala com sofá, cozinha equipada, lareira e aquecimento = 100€)
Jantar: Confecionado na casa pelos participantes
OBSERVAÇÕES:
Percurso NÃO SINALIZADO criado pelos “Caminhantes”, apenas realizado com GPS ou de cartas militares. Em alguns troços estão a ser colocadas mariolas.
Na etapa Ermelo - Lamas de Olo (1ºdia) não se encontra qualquer tipo de abastecimento para além de água.
Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer em dois dias e peso da mochila. Aconselha-se a sua realização no sentido dos ponteiros do relógio, isto é, no sentido contrário ao efetuado.
A TRAVESSIA DO RIO OLO, NA PONTE DE MADEIRA DE ACESSO À CAPELA DE S. JOÃO, PODERÁ ESTAR DESTRUÍDA EM ALGUMAS ALTURAS DO ANO DEVIDO AO CAUDAL DO RIO, TERÁ DE SER ENCONTRADA ALTERNATIVA NO LOCAL.
Para evitar excesso de peso nas costas (caso da autonomia) recomenda-se a estadia em Lamas de Olo (Casa Particular Telm. 925 225 254) ou em Ermelo (Casa Particular Tem. 918519442 | 963763900)
(!)PERIGOS(!)
- PERCURSO DESACONSELHADO EM DIAS DE CHUVA OU NEVE
- DESCIDA DA LEVADA ATÉ RIBEIRA DE FERVENÇA, ÍNGREME E COM MUITAS FOLHAS SECAS
- TRAVESSIA DA RIBEIRA DE FERVENÇA – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- DESCIDA PELAS FRAGAS DESDE O MIRADOURO DAS FISGAS – EVITAR DIAS HÚMIDOS
1ºDIA
Iniciamos o percurso na aldeia rural de Ermelo, onde a maioria das suas casas são em granito com telhados de xisto. Como no ano anterior, optamos por este lugar do município de Mondim de Basto por razões de alojamento, planeamos a dormida em Lamas de Olo, na habitual Casa Rural Particular. Partindo da Rua Principal, seguimos em direção à Casa do Povo de Ermelo, seguindo a grande rota em sentido contrário aos ponteiros do relógio. Pouco depois começamos a subir por entre o casario, passamos por um conjunto de cruzes de granito, já no estradão florestal seguimos em direção à N304 que atravessamos continuando por caminho municipal até novo estradão florestal por entre densa vegetação de carvalhos até cruzarmos novamente a M304, junto a uma fonte.
Neste ponto iniciamos a subida às eólicas. Era nosso objetivo melhorar este troço da GR, procuramos uma alternativa à forte inclinação do terreno, serpenteamos a encosta e fomos colocando algumas mariolas para marcar o caminho.
Chegados às eólicas, seguimos pelo caminho de terra batida do parque eólico até ao ponto mais alto do trilho – O Planalto do Vaqueiro. Ponto de magnificas panorâmicas mas que hoje não foi possível contemplar devido ao denso nevoeiro existente. Este percurso atravessa uma vasta zona planáltica onde se encontram, predominantemente, áreas baldias cobertas de urzais (Erica spp.) e carqueijais (Chamaespartum tridentatum) onde rebanhos de cabras bravias encontram o seu alimento e onde, em dias mais frios, poderemos encontrar um bonito e fofo manto de neve… À medida que descemos, é visível o contraste de paisagens, constituídas quer por vertente cobertas de vegetação e outra por afloramentos rochosos.
Deixamos o caminho de terra batida e passando uma cancela seguimos para Galegos da Serra por caminho tradicional junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e para completar esta beleza natural temos a ribeira e os muros cobertos de musgo que é simplesmente espectacular!
Continuando até à aldeia de Galegos da Serra é possível observar a passagem de uma área predominantemente natural para uma área humanizada verificando-se aqui a existência da prática agrícola. Já na aldeia de Galegos da Serra pode-se observar as caraterísticas do povoamento, as construções tradicionais, construídas com matérias existentes na própria zona. As construções concentram-se em terrenos, normalmente com reduzida aptidão para a agricultura.
Atravessamos a aldeia e iniciamos a descida por caminho tradicional até à ponte de pedra junto ao moinho de rodízio horizontal da ribeira de Arnal. Nesta linha de água é possível observar grandes blocos de granito e pequenas marmitas nas rochas, o que evidencia a capacidade erosiva das águas.
Continuamos o percurso ao longo da margem direita da ribeira de Arnal até às suas quedas de água. Depois de contemplar a beleza da cascata da ribeira, seguimos até à aldeia de Arnal, inicialmente por caminho rural e posteriormente por caminho de pé posto até ao refúgio do Clube de Montanhismo de Vila Real, junto a uma pequena área de vegetação bem desenvolvida, nomeadamente de carvalhos e bétulas. Passamos a aldeia, atravessamos a ribeira de Arnal, onde são visíveis os moinhos e espigueiros em granito, marcando a arquitetura tradicional serrana, e começamos a subir a encosta da serra por caminho que provavelmente outrora serviu de ligação a estas povoações e ao pastoreio do gado. Já muito perto do cimo, o caminho vai perdendo definição, mas vamos seguindo as mariolas até ao caminho florestal. Seguindo o percurso à direita, pelo caminho florestal, é nítida a fraturação dos granitos que evidenciam perfeitamente a sua erosão ao longo dos tempos. Aqui, a paisagem é, sem dúvida, influenciada pelas formas do relevo resultante das caraterísticas das rochas granitoides locais. Este caminho leva-nos às barragens do Alvão. A primeira barragem que nos aparece é a Cimeira, de maior dimensão, segue-se a Fundeira, mais pequena, construídas na década de 40, destinadas ao regadio dos campos de cultura. Este local tornou-se, ao longo dos anos, um ponto de atração do Parque Natural do Alvão.
Seguindo pela estrada municipal M313, entramos em Lamas de Olo, onde se pode contemplar algumas construções com arquitetura tradicional que refletem o modo de vida dos seus habitantes, como os moinhos e os espigueiros e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas. Chegados à aldeia, local escolhido para a pernoita, fomos para a casa rural onde preparamos um magnífico jantar para repor as energias gastas e onde prolongamos o convívio com o jogo do UNO.
2ºDIA
Depois de uma noite a retemperar forças, e do pequeno-almoço tomado bem cedo, iniciamos a jornada em direção à aldeia do Barreiro. Atravessamos a aldeia pela antiga M313 e no cruzamento seguimos por caminho de terra para evitar a estrada entre as duas aldeias. A travessia do Rio Olo fez-se pala ponte recém-construída sobre a antiga de pedra em arco e voltamos ao caminho muito mal definido paralelo à estrada que liga ao Barreiro. Ao chegar ao povoamento do Barreiro é possível observar as construções feitas com o material existente neste local (arquitetura serrana tradicional: granito e colmo). As casas concentram-se muito próximas umas das outras e na área envolvente da aldeia localizam-se os campos agrícolas.
Seguimos para Fervença, para evitar o alcatrão da estrada M1204 seguimos, inicialmente por caminho rural, depois por estradão, depois por caminho florestal e campos e novamente caminho rural que nos levou à Igreja de Fervença, atravessamos a estrada municipal M1204-1 e novamente por caminho rural seguimos até à levada seguiu-se uma descida por terreno íngreme com folhas soltas até à Ribeira de Fervença. Não há muitos pontos de apoio... mas com cuidado lá chegamos à ribeira. Aqui há que encontrar o melhor local para a atravessar - EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO. Em alternativa à descida e travessia da ribeira, pode-se, em Fervença, cortar à direita e seguir direto para Varzigueto.
Depois de atravessar a ribeira foi sempre a subir por estradão até Varzigueto. A aldeia situa-se na proximidade imediata dos terrenos de cultivo … Logo na entrada da aldeia, fizemos a paragem para almoço na TAVERNA MARTINS, aqui por encomenda podemos comer arroz de cabidela, cabrito, chanfana, cozido... tudo com carnes caseiras. Para os interessados aqui fica o contacto tef. 255382546. Optamos pelo farnel levado de casa, as bebidas e o café foram da taverna… Com o estômago aconchegado continuamos o percurso atravessando a aldeia pela estrada M1206, na ponte que atravessa o rio Olo viramos à esquerda, continuamos caminho por estradão florestal, sempre com o rio Olo como companhia, até ao miradouro da cascata das Fisgas. Trata-se de uma das maiores quedas de água de Portugal. Uma barreira de quartzitos forma um enorme socalco, separando a zona granítica da xistosa, mais vulnerável à erosão. Por isso, o trabalho milenar da água cavou um desnível de quase 200m, através do qual o Rio Olo se despenha numa cascata deslumbrante. Após apreciar a principal curiosidade geológica da região, as Cascata das Fisgas do Ermelo, iniciamos a descida pelas fragas, a descida é acentuada e sinuosa, à nossa esquerda corre o Rio Olo, a paisagem é deslumbrante e neste dia ainda foi mais… na descida demos de frente com um imenso rebanho de cabras que subia as escarpas e mais abaixo presenciamos o nascimento de um cabritinho.
EVITAR A DESCIDA PELAS FRAGAS EM DIAS HUMIDOS, em alternativa, no miradouro seguir pela estrada até à capela e contornar à esquerda pelo estradão corta-fogo até ao Rio Olo.
Já na parte final da descida seguimos caminho de pé posto com muitos ramos secos que dificultam a progressão, sendo necessário andar a contorna-los constantemente. Chegados à margem do Rio Olo seguimos caminho antigo por entre castanheiros e carvalhos até à ponte de madeira que atravessa o rio. Começamos a subir pelo caminho florestal até à aldeia de Ermelo, já na Rua Principal, passamos a igreja e chegamos ao café/restaurante “Sabores do Alvão” local onde terminamos esta Grande Rota do Parque Natural do Alvão de 2016.
FICHA TÉCNICA
Datas de realização: 23 e 24 de Janeiro 2016
Desnível: 2201m positivos; 2201m negativos
Tipo de percurso: Circular
Distancia: 40 km
Etapas: 2 dias
Duração: 13:40 horas (marcha efetiva)
Dia 23 de Janeiro.
Etapa 1: Ermelo-Alto do Vaqueiro-Galegos da Serra-Arnal-Barragem Cimeira-Lamas de Olo
Distancia: 22,9 km
Marcha efetiva: 7:45 horas
Dia 24 de Janeiro.
Etapa 2: Lamas de Olo-Barreiro-Fervença-Varzigueto-Fisgas de Ermelo-Ermelo
Distancia: 17,1 km
Marcha efetiva: 5:55 horas
Alojamento: Casa Particular Lamas de Olo (fica no percurso) Telm. 925 225 254 (3 quartos casal, sala com sofá, cozinha equipada, lareira e aquecimento = 100€)
Jantar: Confecionado na casa pelos participantes
OBSERVAÇÕES:
Percurso NÃO SINALIZADO criado pelos “Caminhantes”, apenas realizado com GPS ou de cartas militares. Em alguns troços estão a ser colocadas mariolas.
Na etapa Ermelo - Lamas de Olo (1ºdia) não se encontra qualquer tipo de abastecimento para além de água.
Sem ser complicado é um percurso duro do ponto de vista físico e mental pelas subidas e descidas íngremes, distancia a percorrer em dois dias e peso da mochila. Aconselha-se a sua realização no sentido dos ponteiros do relógio, isto é, no sentido contrário ao efetuado.
A TRAVESSIA DO RIO OLO, NA PONTE DE MADEIRA DE ACESSO À CAPELA DE S. JOÃO, PODERÁ ESTAR DESTRUÍDA EM ALGUMAS ALTURAS DO ANO DEVIDO AO CAUDAL DO RIO, TERÁ DE SER ENCONTRADA ALTERNATIVA NO LOCAL.
Para evitar excesso de peso nas costas (caso da autonomia) recomenda-se a estadia em Lamas de Olo (Casa Particular Telm. 925 225 254) ou em Ermelo (Casa Particular Tem. 918519442 | 963763900)
(!)PERIGOS(!)
- PERCURSO DESACONSELHADO EM DIAS DE CHUVA OU NEVE
- DESCIDA DA LEVADA ATÉ RIBEIRA DE FERVENÇA, ÍNGREME E COM MUITAS FOLHAS SECAS
- TRAVESSIA DA RIBEIRA DE FERVENÇA – EVITAR DIAS DE GRANDE PRECIPITAÇÃO
- DESCIDA PELAS FRAGAS DESDE O MIRADOURO DAS FISGAS – EVITAR DIAS HÚMIDOS
Waypoints
Waypoint
1,821 ft
DESCIDA ENTRE FOLHAS
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Easy to follow
Scenery
Difficult
Foi um fim de semana excelente! Lindas paisagens e fabulosa companhia!
caminhada fantastica
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Easy to follow
Scenery
Difficult
Trilho fisicamente exigente compensado pelos encantos naturais do Parque Natural do Alvão.
Concordo plenamente! :-)
Obrigado pelos comentários!
Trilho muito bonito que é necessário manter, como não é sinalizado, em algumas zonas a vegetação ocupa o caminho...
Boas caminhadas!
Concordo