“GARRA” E “ALDEIA MÁGICA” EM CIRCULO (COVELO PAIVÔ-GARRA-GOURIM-DRAVE-REGOUFE-C. PAIVÔ)

Trilho com início e término em Covelo Paivô, junto à Igreja de S. Pedro, com troços de caminho pé posto e algum “corta mato”. Começa-mos por percorrer as estreitas ruas da aldeia até ao Rio Paiva que atravessamos para iniciar a subida da vertente nordeste da Serra da Freita e calcorrear a famosa “GARRA”… designação popular atribuída ao relevo de um sector na vertente nordeste da Serra da Freita, onde as linhas de água encaixadas parecem esculpir os dedos de uma gigantesca garra, que na Primavera parece ficar artisticamente pintada de cores amarelo e rosa, por ação das flores da carqueja e da urze, respetivamente. A beleza cénica da paisagem confere ao local elevado interesse turístico, razão pelo qual este geossítio foi avaliado com elevado interesse local.
Continuando o trilho, caminhamos ao longo da curva de nível, pelo parque eólico de Candal/Coelheira. A partir daqui é sempre um sobe e desce até Drave… Começa-mos a descer até ao Rio Paiva e à aldeia abandonada de Gourim, volta-mos a subir até ao Caminho Municipal e daqui descemos até à “ALDEIA MÁGICA” de Drave, encaixada no fundo do vale. Aqui percebe-se o porquê de “Aldeia Mágica”… Construída na base de uma encosta de xisto, na confluência de três ribeiros, destacam-se a capela caiada de branco e o “Solar dos Martins” tudo o resto se funde com o ambiente envolvente numa harmonia total.
Percorremos a aldeia onde cada pedra carrega certamente a história e o esforço de quem a colocou naquele lugar dando origem a Drave.
Hoje esta aldeia desabitada mas não abandonada, sem qualquer infra-estrutura de água, saneamento, eletricidade, telefone ou mesmo rede móvel, permanece isolada da civilização sendo apenas acessível a pé. Serve como Base Nacional da IV do Corpo Nacional de Escutas que tem vindo a encetar esforços na reconstrução de algumas casas da aldeia e na dinamização da aldeia com as suas atividades ao longo de todo o ano através dos seus elementos.
De volta ao trilho, sai-mos de Drave em direção à aldeia de Regoufe, daqui avistamos o trilho já calcorreado da “Garra”… Chegando à aldeia de Regoufe atravessamo-la em direcção ao café local para reabastecer… De volta ao trilho, um caminho tradicional lajeado leva-nos direitinho até à aldeia de Covelo de Paivô. Durante o caminho pode-mos contemplar o rio Paivô que corre no fundo do vale e os sulcos dos rodados dos carros de bois gravado nas pedras do caminho, fruto de longos anos em que este era o único caminho que ligava as aldeias de Regoufe e Covelo de Paivô.