Freita Trekking 2019 (1ª parte)
near Roge, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
- Trilho linear, sem marcações, correspondente à 1ª parte da prova de montanha "Freita Trekking 2019", com início na aldeia de Roge e fim na aldeia de Felgueira. A segunda parte era constituída por mais 15 kms (não realizados por mim);
- Este trilho desenvolve-se por veredas, caminhos rurais e estradões da serra da Freita, passando pela Albufeira Engenheiro Duarte Pacheco, Barreiros de Cepelos, Gatão, Calvela, Pontemieiro, Chão do Carvalho, Mouta Velha e Carvalhal do Chão;
- Trilho de alguma dureza e exigência física, sobretudo pela longa extensão ascendente;
- Muito interessante, do ponto de vista paisagístico, sobretudo na zona da Albufeira Engenheiro Duarte Pacheco (rio Caima), aldeias de Pontemieiro e Chão do Carvalho;
- Embora apresente várias zonas arborizadas e com bastante sombra, também existem troços muito expostos e encaixados entre eucaliptais, que dificultam a progressão em dias muito quentes. No entanto, existem vários pontos de água potável ao longo do trilho;
- Um trilho duro mas excelente para desfrutar das magnificas paisagens rurais e serranas da Freita!
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ROGE
Roge (ou Rôge) é uma freguesia portuguesa do concelho de Vale de Cambra, localizada na margem direita do Rio Caima, dista 5 Km da cidade de Vale de Cambra. A primeira citação escrita encontra-se em documento medieval datado de 924 onde aparece a vila de Soutelo (Vale de Cambra), trata-se de doação feita à Igreja e Mosteiro de São Martinho. Pertenceu a Comarca de Esgueira em 1527, passou a Comarca de Estarreja em 1839, a Comarca de Arouca em 1852, a Comarca de Oliveira de Azeméis em 1874 e atualmente a Comarca de Vale de Cambra em 1980. Pertenceu ao Concelho de Macieira de Cambra a partir de 10/12/1867, ao Concelho de Oliveira de Azeméis 21/11/1885 e desde 31/12/1926 pertence ao Concelho de Vale de Cambra. Pertenceu durante séculos, às Terras de Santa Maria, cuja jurisdição tinha por sede o Castelo de Santa Maria da Feira.
FREITA TREKKING 2019
O Freita Trekking é uma prova desportiva de Montanha, que integra o calendário nacional, com 35 kms de distância, sem qualquer caráter competitivo. Este percurso proporciona aos atletas a passagem por aldeias, zonas agrícolas, florestais e serranas, permitindo-lhe ainda usufruir da frescura dos rios e seus afluentes. O rude e o belo combinam-se neste percurso. Uma particularidade que o torna único no Vale Mágico.
Waypoints
Igreja Matriz e Cruzeiro de Roge
IGREJA MATRIZ DE SÃO SALVADOR - Igreja Matriz de Roge, dedicada a São Salvador, datada do século XVIII, é de traça barroca. A sua fachada é de inspiração joanina e de uma riqueza ornamental. O conjunto religioso Igreja Matriz e Cruzeiro pertencem ao estilo barroco do século XVIII, sendo a construção do templo de uma arquitetura regional. Contudo a fachada deste vai-se inspirar no estilo joanino, em que se nota a demonstração da riqueza de ornamentos denunciando um invulgar arquiteto e artífices que sabiam servir-se do cinzel e de trabalho de cantaria. Dedicada a São Salvador, apresenta uma planta longitudinal formada por uma nave e capela-mor semicircular, com a torre sineira adossada a esta à direita e a sacristia à esquerda. É formada ainda por duas capelas laterais opostas. A fachada é delimitada por pilastras de cunhais e com um friso arquitravado que a separa da empena contracurvada, rematada por pináculos em espiral. O rasgo é feito pelo portal principal de moldura reta ladeado por duas colunas torcidas que servem de sustentação para o entablamento de arquitrave com friso decorado com três querubins e dois tritões-crianças. Sobreposto à arquitrave, uma janela retangular que ilumina o interior do templo está ladeada por dois pináculos em espiral. A fachada é finalizada por um frontão contracurvado de onde emerge uma cruz. CRUZEIRO DE ROGE - O Cruzeiro de Roge está situado no adro da igreja matriz, destacando-se desta. Está datado também do século XVIII e comunga da mesma linguagem barroca que carateriza a fachada do templo. É datado de 1762, segundo as indicações em dois ferros pertencente à estrutura interna do monumento, vistas aquando da recuperação do cruzeiro e consequentemente da cruz. Modelo muito comum e usado no norte do País, simboliza uma das mais importantes vivências religiosas setecentistas. O cruzeiro conjuga motivos vegetalistas com figuras de atlantes e também outros símbolos cristãos, como a cruz bem visível no topo desta estrutura. Ergue-se sobre um soco de graus octogonais, sobre os quais assenta um soco paralepipédico com molduras onde se inscrevem motivos antropomórficos e vegetalistas. Daqui ergue-se a coluna cujo fuste exibe enrolamentos de aves, na parte inferior, sendo o restante composto por losangos dispostas em linhas helicoidais cruzadas. É rematada por um capitel coríntio, terminando com uma cruz assente numa esfera. Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Ponte do Castelo do Mau Vizinho
Ou simplesmente Ponte do Castelo, atravessa o rio Caima ligando a Rôge e a Berbedã. Está situada muito perto da igreja e do cruzeiro, podendo-se ir a pé. Não havendo certezas quanto à sua cronologia, é apontada para uma época medieval mas que corresponde a uma ponte romana, com o tabuleiro em cavalete, caraterística daquele período. Construção em alvenaria de pedra de um só arco, de volta perfeita, em cantaria de granito também irregular. O tabuleiro é em cavalete com guardas de grandes lajes.
Albufeira Engenheiro Duarte Pacheco
A barragem de Burgães ou barragem Engenheiro Duarte Pacheco localiza-se no concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro, Portugal. Situa-se no rio Caima. A barragem foi projectada em 1939 e entrou em funcionamento em 1940. A barragem, construída no Rio Caima, na aldeia de Sandiães entre os anos de 1936 e 1942, teve como projetista a Junta Autónoma das Obras de Hidráulica Agrícola. É uma barragem de gravidade de alvenaria. Possui uma altura de 28 m acima da fundação (20 m acima do terreno natural) e um comprimento de coroamento de 66 m. Possui uma capacidade de descarga máxima de 11 (descarga de fundo) + 312 (descarregador de cheias) m³/s. A albufeira da barragem apresenta uma superfície inundável ao NPA (Nível Pleno de Armazenamento) de 0,05 km² e tem uma capacidade total de 0,408 Mio. m³. A albufeira tem capacidade util para 330.000m³ de água que é utilizada para rega nos tempos de estiagem e possui dique em alvenaria com 24m de altura.
Rio Caima (travessia)
No planalto da Serra da Freita, as águas de vários riachos vão recortando, ao de leve, a paisagem, até confluírem num só. O Rio Caima. Serpenteando por terrenos graníticos, o Caima «explode» na Frecha da Mizarela, ao aproximar-se dos xistos que, ali, começam a surgir. Primeiro, faz correr as suas águas em terrenos com altitudes mais elevadas. Depois, espraia-se por terrenos mais planos, à medida que vai chegando aos concelhos vizinhos de Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis, até desaguar no Rio Vouga.
Ponte do Pizão
A ponte do Pisão localiza-se no limite das freguesias de Rôge e Cepelos, à saída do lugar de Sandiães, no caminho municipal entre Cepelos de Baixo e Sandiães, onde cruza o rio Caima. Datada dos séculos XVII/XVIII, esta é uma ponte de tabuleiro horizontal sobre um único arco de volta plena e construção de alvenaria de granito.
Poço e Moinho do Pizão
O poço do Pisão localiza-se no rio Caima, entre a levada de Santa Cruz e a ponte do Pisão. O rio aqui corre com grande violência no inverno, cavando numerosas marmitas de gigante. Foi outrora o local escolhido para um viveiro de trutas, havendo um canal de desvio no rio que originou uma pequena ilha. O poço do Pisão situa-se num vale encaixado com margens altas e fragas cobertas por densa vegetação, o que dificulta o seu acesso. A configuração original do poço do Pisão faz deste local um sítio de incomparável beleza, onde as águas correntes e a vegetação luxuriante se conjugam numa harmonia sem igual, oferecendo habitat a numerosas espécies da fauna e da flora que aqui encontram refúgio. Hoje já não se encontram trutas neste local, mas podem ser observadas bogas, barbos e bordalos.
Rio Arões (ou rio Amarela)
O rio Arões nasce na freguesia de Junqueira e desagua no rio Vouga. Faz uma parte importante do seu percurso na Freguesia de Arões (que lhe dá o nome), concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro. No seu troço final, depois da Freguesia de Arões o rio é conhecido como rio Lordelo. O açude de Arões encontra-se contruido numa garganta apertada do rio Arões e tem uma estrutura de betão com 17 metros de altura. Apartir deste açude parte uma conduta que abastece uma levada que conduz a àgua até à localidade de Souto Mau.
Praia Fluvial de Pontemieiro
Seguindo pela EN227 Na zona mais alta do Município, em Junqueira, seguindo a sinalética para Junqueira de Baixo e Pontemieiro, numa paisagem verdejante, perto de campos de cultivo e mata natural, a praia fluvial conjuga a natureza com um cuidado enquadramento de zonas de acesso a veículos, acessos para peões, zona de merendas, iluminação pública e sanitários. É uma praia atrativa e com área aquática reservada para os mais pequenos. O rio Amarela serve a esta praia uma magnífica água límpida, refrescante e mineral, pois este atravessa todo um terreno granítico do qual retira os seus minerais. Este rio possui poucos sedimentos no seu leito, dado que o granito é uma rocha de difícil erosão.
Felgueira
A Aldeia de Felgueira é uma das muitas aldeias que integra a rede Aldeias de Portugal, pertence à freguesia de Arões, concelho de Vale de Cambra. Encaixada entre a beleza verde da Serra da Freita e as águas límpidas do Rio Cabrum, em Felgueira poderá observar os campos cultivados e apreciar a traça original da aldeia, que tem vindo a ser recuperada. A agricultura que se faz nesta aldeia, muita dela desenvolvida em socalcos, dá a Felgueira um colorido único, que pode ser facilmente observado nos diversos percursos aqui existentes. Poderá optar por uma caminhada ao longo do PR1 – Varandas da Felgueira. Anualmente, há duas festas religiosas que merecem destaque: a Festa de São Tiago e a dedicada a Nossa Senhora da Liberação. É em Felgueira que existe um dos restaurantes mais recomendados da região, o Mira Freita, com uma gastronomia tipicamente serrana. Aqui poderá saborear vitela assada no forno a lenha, cabrito assado na brasa, ou o famoso “cozido da velha”, entre muitas outras iguarias.
Comments (4)
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Mais um excelente Freita Trekking, duro como sempre, para nos pôr à prova. Muito bom. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!
Um evento de referência! E um trilho duro e belo, como sempre. Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!