Activity

Etapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago)

Download

Trail photos

Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago) Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago) Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago)

Author

Trail stats

Distance
15.76 mi
Elevation gain
840 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,414 ft
Max elevation
648 ft
TrailRank 
64
Min elevation
24 ft
Trail type
One Way
Time
6 hours 18 minutes
Coordinates
2588
Uploaded
October 9, 2018
Recorded
September 2018
Share

near Portela, Braga (Portugal)

Viewed 3079 times, downloaded 103 times

Trail photos

Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago) Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago) Photo ofEtapa 3/7 - Tamel - Ponte de Lima (Caminho Central Português para Santiago)

Itinerary description



A PURGA (física, emocional, ou outra que queiram escolher) PELA DOR é conhecida e utilizada em diferentes culturas. Resulta. E como resulta! Faz-nos sair do conhecido e testa-nos os limites. Por loucura, estupidez ou simples desafio pessoal arrisquei o Caminho Central Português em 7 etapas e sem treino ou preparação específica. Contando apenas com a experiência dos caminhos anteriores. 250km de terra batida, asfalto, paralelo, ervas, pó. Com frio e calor, com lesões pelo caminho, com 3 desistências em mente.


Fiz o Caminho sozinho e cruzei-me com peregrinos, bicigrinos, turigrinos e até girinos. Recuperei-me em fontes, em rios, em lagos. Até debaixo da ponte do rio Lima estive! Andei às 5h30 em bosques e florestas isolados e sombrios. Também ao sol, com 30°. Enfrentei medos e geri sub-etapa a sub-etapa, etapa a etapa. Aceitei elogios e incentivos. Ultrapassei insultos à minha missão e à minha necessidade de responder ao "E se?". Passei por pontes, igrejas, cafés, caminhos de cabras, galos, cavalos, nascer e pôr do sol. Encontrei companhia de viagem (obrigado André!) entre Labruja e Mós. De resto, sozinho. Focado nos pés, no edema, nas bolhas, nas botas que já me levaram 4 vezes a Santiago.


Com 6kg às costas a uma velocidade média de 4.5 a 5km/h já com paragens. Sem os luxos do costume, a mochila XPTO ficou em casa. Pedi a mochila do meu filho emprestada. A mais simples que pode existir. Sem símbolos de Santiago. Simples. Vi pessoas a peregrinar com mochilas, sem mochilas e até a chegar de táxi aos albergues. Questiono-me sobre os conceitos de peregrinação, pedestrianismo e turismo. Não me pareceu importante perder energia com isso.. Mantive o foco, o ritmo. Cozinhei, comi, lavei e sequei a roupa e segui. Até vi a preparação da receção a um novo pároco e uma desfolhada. Não sei ainda bem o impacto desta viagem. Só sei que cheguei. Está feito.


Agradeço às minhas botas que, até hoje, fizeram 800km até Santiago. Foi a sua última vez. Entram outras em ação. Que experiência! Terminada com a acústica e mantras únicos da Catedral e, a posteriori, com a alegria contagiante da Tuna de Direito da Universidade de Santiago. O Caminho de Santiago continua ainda a ser um Caminho de Humanidade.


Nota prévia:
PORTO a VALENÇA = "CAMINHO DE CABRAS" (Piso duro. Muito granito.)
VALENÇA a SANTIAGO = "ALCATIFA" (Piso muito mais regular. Os espanhóis estão a nivelá-lo tanto que qualquer dia vamos em passadeiras rolantes).



PORTO A SANTIAGO DE COMPOSTELA | 2018 | 7 ETAPAS | 250KM
Etapa 00. Sé do Porto à Igreja do Carvalhido (saída do centro da cidade)
Etapa 01. Porto - São Pedro de Rates
Etapa 02. São Pedro de Rates - Tamel
Etapa 03. Tamel - Ponte de Lima
Etapa 04. Ponte de Lima - Valença
Etapa 05. Valença - Redondela
Etapa 06. Redondela - Caldas de Reis
Etapa 07. Caldas de Reis - Santiago de Compostela


DADOS GPS
Distância: 26.05km
Hora de início: 06:23
Hora de chegada: 12:42
Tempo em andamento: 05:21
Tempo parado: 00:56:34
Média em andamento: 4,9 km/h
Média geral (com paragens): 4.1 km/h


NOTAS SOBRE A ETAPA
A etapa de Tamel a Ponte de Lima é bonita. No geral, passa por bastantes zonas rurais, sossegadas, com um piso relativamente fácil de caminhar. Alterna entre asfalto, pedras soltas, terra batida e paralelo.
Estranhamento, apesar de ser uma etapa curta, foi uma etapa que me custou bastante. Primeiro, ia com receio que a lesão (bolha) que tinha no calcanhar direito piorasse e me fizesse parar. Consegui manter o ritmo das etapas anteriores, embora tenha deliberadamente abrandado o ritmo. O que se vê na média da etapa, que baixou para 4.1km/h (já com paragens). Ainda assim, um ritmo alto. O sol e o calor não ajudaram e os últimos 8 km custaram-me.

Em Ponte de Lima, fui para debaixo do último arco da ponte medieval e ali estive a almoçar, com os pés em água fria, numa tentativa de acelerar a recuperação para o dia seguinte. Felizmente, aparentemente, a lesão não tinha piorado. Mas as dores estavam lá, principalmente como se sentisse as pedras do caminho em toda a zona plantar. Tal como na etapa anterior, o objetivo não estava em chegar a Santiago, mas sim chegar agora a Valença. A etapa seguinte seria das mais difíceis, que exigiria concentração, controlo emocional e gestão da dor. Para aguentar a Labruja e depois continuar para Valença (em zona mais descoberta e sujeito a levar com o sol e o calor) teria de iniciar a caminhada muito cedo. Caso contrário, o meu corpo não iria aguentar o calor e 38km, com a pior altimetria do Caminho Central Português.

View more external

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 578 ft
Photo ofSaída do Albergue de Peregrinos de Tamel Photo ofSaída do Albergue de Peregrinos de Tamel

Saída do Albergue de Peregrinos de Tamel

Saída do albergue às 06:23. Como não trouxe os tracks GPS, tive alguma dificuldade em encontrar as setas para sair de Tamel. Lá consegui.

PictographWaypoint Altitude 616 ft
Photo ofSaída da N204 e entrada na M549 Photo ofSaída da N204 e entrada na M549 Photo ofSaída da N204 e entrada na M549

Saída da N204 e entrada na M549

Saímos da N204 e entramos na M549

PictographWaypoint Altitude 494 ft
Photo ofIgreja Nossa Senhora de Fátima e rua de São Tiago Photo ofIgreja Nossa Senhora de Fátima e rua de São Tiago Photo ofIgreja Nossa Senhora de Fátima e rua de São Tiago

Igreja Nossa Senhora de Fátima e rua de São Tiago

Passamos pela Igreja da Nossa Senhora de Fátima, descemos uma escadaria que nos leva até a uma passagem de ferrovia e continuamos pela rua de São Tiago.

PictographWaypoint Altitude 338 ft
Photo ofRua de São Tiago Photo ofRua de São Tiago Photo ofRua de São Tiago

Rua de São Tiago

Percorrer a rua de São Tiago, à noite, não foi das tarefas mais interessantes. Algum nevoeiro, pouca luz, lugar isolado. O terreno não muito agradável, com muito piso de pedras soltas e também de algumas ruas em asfalto.

PictographWaypoint Altitude 285 ft
Photo ofM549 e Agomaco - Comercial, SA Photo ofM549 e Agomaco - Comercial, SA Photo ofM549 e Agomaco - Comercial, SA

M549 e Agomaco - Comercial, SA

Continuamos até nos cruzarmos novamente com a M549 e caminhamos até à Agomaco - Comercial, SA.

PictographWaypoint Altitude 221 ft
Photo ofAgomaco - Comercial, SA Photo ofAgomaco - Comercial, SA Photo ofAgomaco - Comercial, SA

Agomaco - Comercial, SA

Fazemos uma curva "apertada" junto à empresa Agomaco - Comercial, SA. Aproximamo-nos da Ponte das Tábuas.

PictographWaypoint Altitude 205 ft
Photo ofLocalidade de Ponte Photo ofLocalidade de Ponte Photo ofLocalidade de Ponte

Localidade de Ponte

Localidade de Ponte Aproximamo-nos da Ponte das Tábuas

PictographBridge Altitude 188 ft
Photo ofPonte das Tábuas Photo ofPonte das Tábuas Photo ofPonte das Tábuas

Ponte das Tábuas

Esta Ponte tem algo de especial, pois foi um oásis aquando da minha primeira viagem a Santiago, pelo Caminho Central. De bicicleta, com calor, a água fria soube muito bem! Aguiar / Balugães Esta ponte em cavalete que faz a travessia do rio Neiva, aparecia já documentada em 1135. Pelo nome, a construção original seria em madeira. A actual construção datará dos meados do século XVI. http://www.7maravilhas.maisbarcelos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=89&Itemid=26

PictographWaypoint Altitude 298 ft
Photo ofCaminho até Quinta da Cancela e Rua 25 de Abril Photo ofCaminho até Quinta da Cancela e Rua 25 de Abril Photo ofCaminho até Quinta da Cancela e Rua 25 de Abril

Caminho até Quinta da Cancela e Rua 25 de Abril

Após a Ponte das Tábuas, continuamos por uma caminho de terra batida e pedras soltas, até à Quinta da Cancela. Aqui, viramos à direita e atravessamos a N308.

PictographReligious site Altitude 323 ft
Photo of(1) Rua 25 de Abril - (2) Rua da Peneda Photo of(1) Rua 25 de Abril - (2) Rua da Peneda Photo of(1) Rua 25 de Abril - (2) Rua da Peneda

(1) Rua 25 de Abril - (2) Rua da Peneda

Após atravessarmos a N308, continuaremos a caminhar até nos cruzarmos com a rua 25 de Abril, onde temos um marco a indicar 180km para Santiago. Continuamos até à rua da Peneda. Nesta altura, andamos tipo "ziguezague" por entre várias ruas, até chegarmos à Igreja de São Martinho de Balugães, onde iniciamos uma descida "valente", virando à esquerda no final da rua. "Igreja Paroquial datada do século XII, construída ao gosto do românico." http://www.cm-barcelos.pt/visitar-barcelos/conheca/concelho

PictographFountain Altitude 271 ft
Photo ofRua do Cambado (e a falta de água nos bebedouros) e entrada em zona florestal Photo ofRua do Cambado (e a falta de água nos bebedouros) e entrada em zona florestal Photo ofRua do Cambado (e a falta de água nos bebedouros) e entrada em zona florestal

Rua do Cambado (e a falta de água nos bebedouros) e entrada em zona florestal

Entramos na rua do Cambado e saímos do distrito de Braga e entramos no distrito de Viana do Castelo. O particular desta rua é que temos, pelo menos, 2 bebedouros. Nenhum funciona! Segundo um local, nunca funcionaram. E eu sem água...! Entramos uns metros abaixo na zona florestal, logo abaixo da placa de informação do Caminho de Santiago.

PictographWaypoint Altitude 255 ft
Photo ofRua do Cambado e atravessar a N204 Photo ofRua do Cambado e atravessar a N204 Photo ofRua do Cambado e atravessar a N204

Rua do Cambado e atravessar a N204

Continuamos na rua do Cambado, até atravessarmos a N204. Temos uma capela do nosso lado direito, com placas a indicar "Barcelos 20km". O caminho aqui é particularmente bonito e silencioso. Pena fazer-se por asfalto. Pelo menos, não é tão agressivo como o paralelo!

PictographWaypoint Altitude 280 ft
Photo ofAproximação ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda Photo ofAproximação ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda Photo ofAproximação ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda

Aproximação ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda

Aproximação ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda Mantemos o asfalto, o silêncio e a boa paisagem.

PictographWilderness hut Altitude 352 ft
Photo of(1) Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda - (2) Estábulo Valinhas Photo of(1) Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda - (2) Estábulo Valinhas Photo of(1) Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda - (2) Estábulo Valinhas

(1) Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda - (2) Estábulo Valinhas

Chegamos ao Albergue de Peregrinos Casa da Fernanda. Temos agora como próximo ponto de referência o Estábulo Valinhas, que nos apresenta uma placa com as diferentes distâncias entre Sé do Porto e Santiago.

PictographWaypoint Altitude 350 ft
Photo ofEstábulo de Valinhas Photo ofEstábulo de Valinhas Photo ofEstábulo de Valinhas

Estábulo de Valinhas

Passamos o Estábulo de Valinhas, com as suas indicações das distâncias à Sé do Porto e à Catedral de Santiago e continuaremos até à Igreja de Vitorino de Piães.

PictographWaypoint Altitude 410 ft
Photo ofCemitério de Piães Photo ofCemitério de Piães Photo ofCemitério de Piães

Cemitério de Piães

Chegamos ao cemitério de Piães, que antecede a Igreja

PictographReligious site Altitude 440 ft
Photo ofIgreja de Vitorino de Piães Photo ofIgreja de Vitorino de Piães Photo ofIgreja de Vitorino de Piães

Igreja de Vitorino de Piães

Após a Igreja de Vitorino de Piães, entramos na localidade Cresto.

PictographWaypoint Altitude 545 ft
Photo ofLugar de Cresto Photo ofLugar de Cresto Photo ofLugar de Cresto

Lugar de Cresto

No lugar de Cresto, encontramos umas "subidas jeitosas" que nos põem a arfar num instante. O piso também não é dos melhores, como se pode ver nas fotos.

PictographWaypoint Altitude 581 ft
Photo ofLugar de Portela e entrada em zona florestal Photo ofLugar de Portela e entrada em zona florestal Photo ofLugar de Portela e entrada em zona florestal

Lugar de Portela e entrada em zona florestal

Saindo de Cresto, chegamos a Portela, onde temos de cruzar a N204, para irmos para um caminho florestal.

PictographWaypoint Altitude 331 ft
Photo ofCaminho florestal até à M1259 Photo ofCaminho florestal até à M1259 Photo ofCaminho florestal até à M1259

Caminho florestal até à M1259

Caminhamos até à M1259

PictographWaypoint Altitude 303 ft
Photo ofCaminhamos até à M1259 Photo ofCaminhamos até à M1259 Photo ofCaminhamos até à M1259

Caminhamos até à M1259

Caminhamos até à M1259

PictographWaypoint Altitude 272 ft
Photo ofM1259 e Caminho Florestal Photo ofM1259 e Caminho Florestal Photo ofM1259 e Caminho Florestal

M1259 e Caminho Florestal

PictographWaypoint Altitude 190 ft
Photo ofCaminho florestal Photo ofCaminho florestal Photo ofCaminho florestal

Caminho florestal

Caminho Florestal Freguesia de Facha

PictographWaypoint Altitude 200 ft
Photo ofSantiago - Freguesia de Facha Photo ofSantiago - Freguesia de Facha Photo ofSantiago - Freguesia de Facha

Santiago - Freguesia de Facha

Freguesia de Facha

PictographWaypoint Altitude 150 ft
Photo ofFreguesia de Facha - Arribão Photo ofFreguesia de Facha - Arribão Photo ofFreguesia de Facha - Arribão

Freguesia de Facha - Arribão

Freguesia de Facha - Local de Arribão Aproximamo-nos de um local "Cantinho do Peregrino" que é um oásis!

PictographFountain Altitude 187 ft
Photo ofCantinho do Peregrino Photo ofCantinho do Peregrino Photo ofCantinho do Peregrino

Cantinho do Peregrino

Cantinho do Peregrino- uns metros após o cruzamento com a rua da Alegria. Local: Borgonha

PictographWaypoint Altitude 180 ft
Photo ofZona rural Photo ofZona rural Photo ofZona rural

Zona rural

Após o Cantinho do Peregrino e antes da N208

PictographWaypoint Altitude 111 ft
Photo ofN208 Photo ofN208

N208

PictographWaypoint Altitude 109 ft
Photo ofRua do Caminho de Santiago Photo ofRua do Caminho de Santiago

Rua do Caminho de Santiago

Rua do Caminho de Santiago

PictographWaypoint Altitude 94 ft
Photo ofRua do Caminho de Santiago (2) Photo ofRua do Caminho de Santiago (2) Photo ofRua do Caminho de Santiago (2)

Rua do Caminho de Santiago (2)

PictographWaypoint Altitude 57 ft
Photo ofRua do Caminho de Santiago (3) Photo ofRua do Caminho de Santiago (3) Photo ofRua do Caminho de Santiago (3)

Rua do Caminho de Santiago (3)

Photo ofPonte de Lima - 1Km (Lugar de Barros) Photo ofPonte de Lima - 1Km (Lugar de Barros) Photo ofPonte de Lima - 1Km (Lugar de Barros)

Ponte de Lima - 1Km (Lugar de Barros)

Placa "Ponte de Lima - 1Km" (Lugar de Barros) Verdadeiramente, para o albergue, faltam cerca de 3km!

PictographBridge Altitude 36 ft
Photo ofPonte e Capela Nossa Senhora das Neves Photo ofPonte e Capela Nossa Senhora das Neves Photo ofPonte e Capela Nossa Senhora das Neves

Ponte e Capela Nossa Senhora das Neves

PictographWaypoint Altitude 43 ft
Photo ofRua do Topo Photo ofRua do Topo Photo ofRua do Topo

Rua do Topo

PictographWaypoint Altitude 27 ft
Photo ofEcovia de Ponte de Lima Photo ofEcovia de Ponte de Lima Photo ofEcovia de Ponte de Lima

Ecovia de Ponte de Lima

PictographWaypoint Altitude 33 ft
Photo ofIgreja da Nossa Senhora da Guia Photo ofIgreja da Nossa Senhora da Guia Photo ofIgreja da Nossa Senhora da Guia

Igreja da Nossa Senhora da Guia

"A igreja de Nossa Senhora da Guia teve origem na confraria com a mesma invocação, que integrava mercadores e clérigos, e que foi instituída na muito remota ermida de São Vicente Mártir, entre o final de Quinhentos e o início do século XVII. O crescimento da confraria conduziu a que, no segundo quartel de Seiscentos, os irmãos sentissem a necessidade de construir uma igreja mais ampla, facto ainda mais imperioso pela ruína que se apoderava da antiga ermida, motivada pela proximidade do rio. Foi assim que, com a aquisição, em 1628, à Misericórdia, do chão e das pedras pertencentes ao antigo Hospital dos Gafos, teve início a construção da igreja de Nossa Senhora da Guia. Cerca de um século mais tarde, em 1746, o templo foi objecto de nova campanha de obras, acrescentando-se então a galilé e a casa anexa. Ao nível das campanhas decorativas, é possível distinguir uma primeira fase de azulejaria de padrão seiscentista, outra de talha proto-barroco, e outra ainda de talha e trabalhos de estuque de influências neoclássicas. A igreja desenvolve-se numa planta longitudinal, com galilé, nave única e capela-mor, encontrando-se do lado direito a sacristia, a casa paroquial e a torre sineira, de planta quadrada. A galilé é aberta em três lados, por arcos de volta perfeita. No alçado principal, com pilastras nos cunhais, exibe ainda uma janela oval e é rematado por nicho central com a imagem de Nossa Senhora da Guia, enquadrada por volutas e fogaréus. O portal, de verga recta, com pilastras e fogaréus, é ladeado por duas janelas. O interior contrasta vivamente com a depuração do exterior, conjugando a qualidade reflectora do azulejo com a talha dourada e os trabalhos de estuque. A nave e a capela-mor são percorridas por um silhar de azulejos de padrão polícromo, identificado por Santos Simões, no âmbito do corpus da azulejaria portuguesa como o P-605, limitado pelo friso F-6 (SIMÕES, 1971, p. 21). A talha proto-barroca extravasa já o âmbito dos retábulos, estendendo-se, ainda que de modo relativamente contido, às sanefas sobre as janelas de iluminação do templo e ao arco triunfal. Na nave, para além dos dois altares, coexistem ainda dois púlpitos e o coro-alto. Por sua vez, a capela-mor, coberta por abóbada de caixotões pintados, exibe também retábulo de talha dourada." http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74694

PictographWaypoint Altitude 35 ft
Photo ofAlameda de Ponte de Lima Photo ofAlameda de Ponte de Lima Photo ofAlameda de Ponte de Lima

Alameda de Ponte de Lima

PictographRiver Altitude 27 ft
Photo ofLenda do Lethes - Rio do Esquecimento Photo ofLenda do Lethes - Rio do Esquecimento Photo ofLenda do Lethes - Rio do Esquecimento

Lenda do Lethes - Rio do Esquecimento

(2009) "No dia em que Ponte de Lima revive a secular tradição da Vaca das Cordas, a câmara municipal inaugura, em ambas as margens do rio Lima, mesmo em frente à vila, um conjunto escultórico, evocativo da lenda do rio Lethes, rio do Esquecimento. As estátuas, com assinatura dos artistas plásticos Salvador Viera e Mário Rocha, pretendem perpetuar a passagem do general romano Decius Junius Brutus, e das suas tropas, por Ponte de Lima, no ano 135 a.C. O episódio chegou aos nossos dias pelas palavras, por exemplo, de Almada Negreiros: "Comandadas por Decius Junius Brutus, as hostes romanas atingiram a margem esquerda do Lima no ano 135 a.C. A beleza do lugar as fez julgarem-se perante o lendário rio Lethes, que apagava todas as lembranças da memória de quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a atravessá-lo. Então, o comandante passou e, da outra margem, chamou a cada soldado pelo seu nome. Assim lhes provou não ser esse o rio do Esquecimento." O monumento que reproduz a figura do comandante romano vai ficar instalado na margem direita do Lima,e o dos soldados no areal da margem esquerda. Ambos são em ferro e granito, e maiores do que o tamanho real." https://www.publico.pt/2009/06/10/jornal/monumento-em-ponte-de-lima-evoca-lenda-do-lethes-309578

Photo ofTorre da Cadeia Velha e Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima Photo ofTorre da Cadeia Velha e Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima Photo ofTorre da Cadeia Velha e Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima

Torre da Cadeia Velha e Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima

Torre da Cadeia Velha "Classificadas como Imóveis de Interesse Público, assim como o pano de muralha que as une, a Torre da Cadeia Velha e a Torre de S. Paulo (que também já teve o nome de Torre da Expectação e de Torre do Postigo) são os testemunhos mais notórios do que resta da velha muralha de Ponte de Lima, a qual, para além da estrutura amuralhada, era composta por torres e portas, conjunto edificado no reinado de D. Pedro I, no século XIV. Conforme a epígrafe que documenta a obra, escrita em letra gótica, colocada em destaque junto à Igreja de Santo António da Torre Velha, onde outrora se erguia a Torre Velha, a britagem da pedra começou a 8 de março e o seu assentamento foi iniciado a 6 de julho de 1359. A Torre da Cadeia Velha, adaptada a prisão no século XVI (D. Manuel I), alberga atualmente a Loja de Turismo e acolhe exposições temporárias. O visitante mais atento, num passeio pelo casco histórico, não deixará de encontrar vestígios das torres e das muralhas e as marcas respetivas, colocadas no pavimento, a evocar a estrutura monumental desaparecida." http://www.visitepontedelima.pt/pt/turismo/torre-da-cadeia-velha-e-torre-s-paulo/
Igreja da Misericórdia de Ponte de Lima "Desde a Idade Média que a vila de Ponte de Lima albergava no espaço intra-muros organismos de assistência, albergarias e hospitais que socorriam sobretudo os peregrinos dos caminhos compostelanos. No entanto, os anos finais do século XV viam chegar a Portugal uma nova forma de assistência, as irmandades de Misericórdia, numa época em que o auxílio social era considerado "como uma virtude cristã e como uma manifestação da misericórdia de Deus" (GRAÇA, Luís, GRAÇA, Joana, 2002). Assim, depois da fundação da Misericórdia de Lisboa em 1498, D. Manuel I iria incentivar o alargamento deste novo organismo a todo o território português. Em Ponte de Lima a Irmandade da Misericórdia foi fundada em 1530, passando a partir de então a "polarizar e coordenar a actividade assistencial" na vila (REIS, A. Matos, 1997, p. 26). Em 1551 eram anexados aos bens da confraria o Hospital dos Gafos e o Hospital da Praça, o único intramuros. Desde logo, este último espaço passou a servir como sede da Misericórdia. Situado junto às muralhas, o hospital possuía na época uma única enfermaria e uma pequena capela, que funcionava no primeiro andar daquele. A primeira obra dos irmãos da Misericórdia naquele espaço foi mudar a capela de localização e ampliá-la, numa obra terminada em 1553 (Idem, ibidem, p. 27), embora actualmente não existam quaisquer vestígios desta reforma. No início do século XVII a capela da irmandade ainda mantinha a estrutura quinhentista de planta rectangular, mas cerca de 1629 o provedor Diogo Ferraz propôs à Misericórdia fazer uma nova capela-mor, a expensas próprias (Idem, ibidem, p. 52). A Mesa aceitou o pedido, e o projecto foi encomendado por Diogo Ferraz e sua mulher Mécia Pereira a um artista desconhecido, possivelmente mestre de uma oficina local. No ano seguinte iniciaram-se as obras, no espaço da antiga capela-mor. Desta grande obra resultou um templo de planta transversal de modelo maneirista, que segue o esquema das igrejas de Misericórdia seiscentistas da região, embora a sua implantação seja a menos comum do distrito. O conjunto, composto pelos volumes da nave e da capela-mor, apresenta a fachada precedida por um pátio onde foram edificados perpendicularmente à nave o antigo hospital e actual Consistório, um grande edifício com estrutura porticada no primeiro piso e loggia toscana no segundo, situado do lado esquerdo e construído entre 1648 e 1651, e a sacristia, no espaço fronteiro. O portal principal, edificado possivelmente na primeira metade do século XVII (Idem, ibidem, p. 53), exibe uma moldura rectangular ladeada por duas colunas toscanas assentes sobre plintos. Sobre a arquitrave foi executado um relevo com a representação da Mater Omnium, enquadrado também por duas colunas toscanas. O portal é flanqueado por duas figuras assentes em mísulas, à esquerda São Roque, à direita Santo Aleixo. O espaço interior, de nave única, é coberto por abóbada de madeira dividida em vários tramos com falsas ogivas de gosto manuelino revivalista, pintadas com motivos de brutesco polícromos, igual à abóbada da Matriz de Ponte da Barca. No programa decorativo do espaço interior destacam-se ainda o retábulo-mor de talha dourada, "uma das mais perfeitas obras do género", executado cerca de 1742 por Miguel Coelho, considerado um dos melhores mestres entalhadores da época (Idem, ibidem, pp. 64-68) e uma representação da Virgem da Misericórdia em madeira, colocada sob o coro, possivelmente talhada para um antigo retábulo do século XVI. " http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74702

PictographBridge Altitude 41 ft
Photo ofPonte Medival sobre o rio Lima Photo ofPonte Medival sobre o rio Lima Photo ofPonte Medival sobre o rio Lima

Ponte Medival sobre o rio Lima

"O ex-libris de Ponte de Lima, que conjuntamente com o rio que banha a vila, deu o nome à localidade, é a sua ponte. Na realidade, é um conjunto formado por duas pontes: um troço medieval, de maior dimensão, que tem início na margem esquerda e se estende até à Igreja de Santo António da Torre Velha e a passa ainda em dois arcos. Depois, o troço que resta da ponte romana. São apenas cinco arcos a partir do grande arco que está em leito seco. Se descer verá também os alicerces da Torre Velha, talvez a primeira do sistema defensivo medieval. A ponte romana data provavelmente do século I, uma vez que foi nessa época que se procedeu à abertura do trajeto de uma das vias militares do antigo "Conventus Bracaraugustanus", que ligava Braga a Astorga, neste caso a Via XIX, mandada abrir pelo Imperador Augusto. No que respeita à parte medieval, pese embora se possa recuar no tempo, pelo menos até aos reinados de D. Pedro I e de D. Fernando, por ligação direta à construção das muralhas e das torres que fortificavam a vila, obra terminada em 1370, ou até de D. Dinis, tendo em conta documentação que refere uma ponte, que também poderia, por aquela altura, ser de madeira, sabemos da sua existência no reinado de D. Manuel I, mais precisamente em 1504, por este monarca ter mandado fazer novo calcetamento e colocar merlões para decoração da ponte, pois já não se justificavam como opção defensiva e militar." http://www.visitepontedelima.pt/pt/turismo/ponte-romana-e-ponte-medieval/

Photo ofIgreja Santo António da Torre Velha e Albergue de Peregrinos Photo ofIgreja Santo António da Torre Velha e Albergue de Peregrinos Photo ofIgreja Santo António da Torre Velha e Albergue de Peregrinos

Igreja Santo António da Torre Velha e Albergue de Peregrinos

Igreja Santo António da Torre Velha e Albergue de Peregrinos de Ponte de Lima

Comments

    You can or this trail