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Etapa 2/7 - São Pedro de Rates - Tamel (Caminho Central Português para Santiago)

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Trail stats

Distance
16.9 mi
Elevation gain
1,598 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,211 ft
Max elevation
606 ft
TrailRank 
63
Min elevation
62 ft
Trail type
One Way
Time
7 hours 5 minutes
Coordinates
2891
Uploaded
October 8, 2018
Recorded
September 2018
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near Rates, Porto (Portugal)

Viewed 2899 times, downloaded 88 times

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Itinerary description



A PURGA (física, emocional, ou outra que queiram escolher) PELA DOR é conhecida e utilizada em diferentes culturas. Resulta. E como resulta! Faz-nos sair do conhecido e testa-nos os limites. Por loucura, estupidez ou simples desafio pessoal arrisquei o Caminho Central Português em 7 etapas e sem treino ou preparação específica. Contando apenas com a experiência dos caminhos anteriores. 250km de terra batida, asfalto, paralelo, ervas, pó. Com frio e calor, com lesões pelo caminho, com 3 desistências em mente.


Fiz o Caminho sozinho e cruzei-me com peregrinos, bicigrinos, turigrinos e até girinos. Recuperei-me em fontes, em rios, em lagos. Até debaixo da ponte do rio Lima estive! Andei às 5h30 em bosques e florestas isolados e sombrios. Também ao sol, com 30°. Enfrentei medos e geri sub-etapa a sub-etapa, etapa a etapa. Aceitei elogios e incentivos. Ultrapassei insultos à minha missão e à minha necessidade de responder ao "E se?". Passei por pontes, igrejas, cafés, caminhos de cabras, galos, cavalos, nascer e pôr do sol. Encontrei companhia de viagem (obrigado André!) entre Labruja e Mós. De resto, sozinho. Focado nos pés, no edema, nas bolhas, nas botas que já me levaram 4 vezes a Santiago.


Com 6kg às costas a uma velocidade média de 4.5 a 5km/h já com paragens. Sem os luxos do costume, a mochila XPTO ficou em casa. Pedi a mochila do meu filho emprestada. A mais simples que pode existir. Sem símbolos de Santiago. Simples. Vi pessoas a peregrinar com mochilas, sem mochilas e até a chegar de táxi aos albergues. Questiono-me sobre os conceitos de peregrinação, pedestrianismo e turismo. Não me pareceu importante perder energia com isso.. Mantive o foco, o ritmo. Cozinhei, comi, lavei e sequei a roupa e segui. Até vi a preparação da receção a um novo pároco e uma desfolhada. Não sei ainda bem o impacto desta viagem. Só sei que cheguei. Está feito.


Agradeço às minhas botas que, até hoje, fizeram 800km até Santiago. Foi a sua última vez. Entram outras em ação. Que experiência! Terminada com a acústica e mantras únicos da Catedral e, a posteriori, com a alegria contagiante da Tuna de Direito da Universidade de Santiago. O Caminho de Santiago continua ainda a ser um Caminho de Humanidade.


Nota prévia:
PORTO a VALENÇA = "CAMINHO DE CABRAS" (Piso duro. Muito granito.)
VALENÇA a SANTIAGO = "ALCATIFA" (Piso muito mais regular. Os espanhóis estão a nivelá-lo tanto que qualquer dia vamos em passadeiras rolantes).



PORTO A SANTIAGO DE COMPOSTELA | 2018 | 7 ETAPAS | 250KM
Etapa 00. Sé do Porto à Igreja do Carvalhido (saída do centro da cidade)
Etapa 01. Porto - São Pedro de Rates
Etapa 02. São Pedro de Rates - Tamel
Etapa 03. Tamel - Ponte de Lima
Etapa 04. Ponte de Lima - Valença
Etapa 05. Valença - Redondela
Etapa 06. Redondela - Caldas de Reis
Etapa 07. Caldas de Reis - Santiago de Compostela


DADOS GPS
Distância: 28.03km
Hora de início: 07:03
Hora de chegada: 14:06
Tempo em andamento: 05:56
Tempo parado: 01:07
Média em andamento: 4,7 km/h
Média geral (com paragens): 4.0 km/h


NOTAS SOBRE A ETAPA
A etapa de São Pedro de Rates até Tamel é uma etapa bonita. No geral, realizada em zona florestal, com alguns cortes de paisagem citadina, principalmente na zona de Barcelos. A distância não é propriamente das mais curtas (28km), mas também não é das mais difíceis. A altimetria é aceitável, com um acumulado de subida/ descida na ordem dos 450m. O piso é relativamente melhor do que na etapa anterior.
No entanto, provavelmente devido ao calor, foi precisamente neste etapa que me surgiu - pela primeira vez! - uma bolha no calcanhar direito. Aproveitei o tempo no albergue para refrigerar os pés num tanque que há no albergue e aproveitei também para hidratar ambos os pés, especialmente a zona da bolha.
Algumas razões para o aparecimento da bolha: piso extremamente duro na etapa anterior; longa distância; sapatilhas longe da capacidade de amortecimento inicial (já com 550km de caminhos similares); calor; ausência de preparação física para uma maluquice destas.
A partir daqui, o objetivo deixou de ser "chegar a Santiago" e passou a ser "chegar até Ponte de Lima".

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Waypoints

PictographWaypoint Altitude 165 ft
Photo ofSaída de São Pedro de Rates - CM1129 Photo ofSaída de São Pedro de Rates - CM1129 Photo ofSaída de São Pedro de Rates - CM1129

Saída de São Pedro de Rates - CM1129

A saída de São Pedro de Rates começou mal, pois enganei-me no percurso logo nos primeiros metros. No cruzeiro, em vez de virar à direita, continuei em frente. Depois, à noite, tive de corrigir a rota. Desta vez, não tinha levado os tracks GPS, pelo que o que me valeu foi ter um companheiro de viagem prevenido, que utilizou o smartphone para nos colocar de volta na rota. Esperava uma etapa de cerca de 25km, sem grandes preocupações. A ideia era ir "nas calmas", pois não se esperavam grandes desafios e a ideia era parar um pouco em Barcelos, para tirar fotografias. Aproveitei assim a companhia de um croata e fui com ele até Barcelos.

PictographWaypoint Altitude 209 ft
Photo ofCM 1129-3 Photo ofCM 1129-3 Photo ofCM 1129-3

CM 1129-3

Continuamos a progressão num piso muito melhor do que o paralelo e o asfalto do dia anterior. No entanto, com muito pó. O terreno estava seco.

Photo ofPlaca de sinalização - Rua Caminho de Santiago Photo ofPlaca de sinalização - Rua Caminho de Santiago Photo ofPlaca de sinalização - Rua Caminho de Santiago

Placa de sinalização - Rua Caminho de Santiago

Photo ofCruzamento da Rua Caminho de Santiago com a rua da Verzaínha Photo ofCruzamento da Rua Caminho de Santiago com a rua da Verzaínha Photo ofCruzamento da Rua Caminho de Santiago com a rua da Verzaínha

Cruzamento da Rua Caminho de Santiago com a rua da Verzaínha

PictographWaypoint Altitude 311 ft
Photo ofRua Caminho de Santiago Photo ofRua Caminho de Santiago Photo ofRua Caminho de Santiago

Rua Caminho de Santiago

PictographWaypoint Altitude 402 ft
Photo of(1) Curva 'apertada' na rua do Ferrado para a Rua Central - (2) Rua do Quintão Photo of(1) Curva 'apertada' na rua do Ferrado para a Rua Central - (2) Rua do Quintão Photo of(1) Curva 'apertada' na rua do Ferrado para a Rua Central - (2) Rua do Quintão

(1) Curva 'apertada' na rua do Ferrado para a Rua Central - (2) Rua do Quintão

Continuamos na Rua Caminho de Santiago, viramos à esquerda para a rua do Ferrado e, uns metros à frente, viramos a uns 120º (parece quase 180º) para a rua Central e depois para a rua do Quintão. Estamos prestes a chegar a Pedra Furada.

PictographWaypoint Altitude 306 ft
Photo ofPedra Furada Photo ofPedra Furada

Pedra Furada

O nome desta localidade está associado a uma lenda segundo a qual Santa Leocádia foi enterrada no povoado, mas lápide ficou com um orifício circular, por onde ela terá saído. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_Furada

PictographReligious site Altitude 342 ft
Photo ofCruzamento na N306 e Igreja de Pedra Furada Photo ofCruzamento na N306 e Igreja de Pedra Furada Photo ofCruzamento na N306 e Igreja de Pedra Furada

Cruzamento na N306 e Igreja de Pedra Furada

Entramos na N306 e cruzamo-nos à frente com a Igreja de Pedra Furada, onde realmente está lá a pedra! O nome desta localidade está associado a uma lenda segundo a qual Santa Leocádia foi enterrada no povoado, mas lápide ficou com um orifício circular, por onde ela terá saído. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_Furada

PictographWaypoint Altitude 406 ft
Photo ofN306 e rua da Fonte Velha Photo ofN306 e rua da Fonte Velha

N306 e rua da Fonte Velha

PictographWaypoint Altitude 486 ft
Photo ofN306 que parece interminável Photo ofN306 que parece interminável Photo ofN306 que parece interminável

N306 que parece interminável

Neste troço, andamos na N306 de uma forma quase que interminável! Descemos depois para a Capela da Nossa Senhora da Guia. "A Capela de Nossa Senhora da Guia no Lugar de Silgueiros, foi mandada construir em 1747 por Manuel Fernandes Braziela, natural de Pereira, Ausente no Brasil. Tem características da Renascença. Começou por ser chamada a Capela da Fonte do Cidral e era dedicada ás almas do porgatório, omo bem o testemunha o artístico retábulo sobre o altar. Em 1959 estava sob administração particular de Lucinda da Silva Fernandes, que a doou á Paroquia. As suas fontes publicas são: as de Entre Devesas, Amingua, Varziela, Silgueiros e Cidral (Esta em forma de chafaris, caindo a água por uma bica em uma taça de pedra)" http://www.pereira.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/historia/

PictographWaypoint Altitude 399 ft
Photo ofAlteração do percurso desde 2017? Photo ofAlteração do percurso desde 2017? Photo ofAlteração do percurso desde 2017?

Alteração do percurso desde 2017?

Descemos até à Capela da Nossa Senhora da Guia e entramos numa zona florestal. É a única alteração que registo, desde a primeira vez que fiz o caminho em 2015. Penso que a alteração já existia nesta data, mas seria mais uma alternativa do que percurso oficial. Agora sim, já está devidamente marcada e evita-nos uns largos metros junto à estrada. Aumenta-nos é o percurso!

PictographWaypoint Altitude 309 ft
Photo of(1) Floresta - (2) N306 - (3) Rua dos Cruzeiros - (4) M555 Photo of(1) Floresta - (2) N306 - (3) Rua dos Cruzeiros - (4) M555 Photo of(1) Floresta - (2) N306 - (3) Rua dos Cruzeiros - (4) M555

(1) Floresta - (2) N306 - (3) Rua dos Cruzeiros - (4) M555

Continuamos por via florestal, até nos cruzarmos novamente com a N306 e iniciarmos o percurso na Rua dos Cruzeiros. Daqui, caminharemos até à M555, onde encontramos um cruzeiro e uma antiga casa senhorial.

PictographWaypoint Altitude 244 ft
Photo ofM555 Photo ofM555 Photo ofM555

M555

PictographWaypoint Altitude 174 ft
Photo ofVista para a Igreja de Carvalhal Photo ofVista para a Igreja de Carvalhal Photo ofVista para a Igreja de Carvalhal

Vista para a Igreja de Carvalhal

PictographReligious site Altitude 159 ft
Photo ofIgreja de Carvalhal - receção ao novo pároco Photo ofIgreja de Carvalhal - receção ao novo pároco Photo ofIgreja de Carvalhal - receção ao novo pároco

Igreja de Carvalhal - receção ao novo pároco

Neste dia, encontrei uma festa para dar as boas-vindas ao novo pároco.

PictographWaypoint Altitude 138 ft
Photo ofRua João Francisco Santos Photo ofRua João Francisco Santos Photo ofRua João Francisco Santos

Rua João Francisco Santos

Nesta fase da caminhada, juntei-me a um grupo de 2 brasileiras e 1 guatemalense. Sigo ainda também com 1 croata com quem saí de São Pedro de Rates.

PictographWaypoint Altitude 105 ft
Photo ofRua da Estrada Real Photo ofRua da Estrada Real

Rua da Estrada Real

PictographReligious site Altitude 126 ft
Photo ofIgreja de Santa Cruz Photo ofIgreja de Santa Cruz Photo ofIgreja de Santa Cruz

Igreja de Santa Cruz

Continuamos pela rua da Estrada Real e entramos na rua de Mereces. Um pouco mais à frente, estaremos a entrar em Barcelinhos.

PictographWaypoint Altitude 123 ft
Photo ofEntrada de Barcelinhos Photo ofEntrada de Barcelinhos

Entrada de Barcelinhos

Nesta altura, o caminho torna-se citadino e indica-nos a aproximação a Barcelinhos e a Barcelos.

PictographWaypoint Altitude 136 ft
Photo ofEntrada de Barcelinhos (2) Photo ofEntrada de Barcelinhos (2) Photo ofEntrada de Barcelinhos (2)

Entrada de Barcelinhos (2)

Túnel sob N103

PictographWaypoint Altitude 131 ft
Photo ofBarcelinhos Photo ofBarcelinhos Photo ofBarcelinhos

Barcelinhos

À entrada de Barcelinhos, já avistamos Barcelos e encontramos um albergue privado, do nosso lado esquerdo.

PictographWaypoint Altitude 97 ft
Photo ofDescida para Barcelos Photo ofDescida para Barcelos Photo ofDescida para Barcelos

Descida para Barcelos

No final da descida, antes da ponte, encontramos um largo do nosso lado esquerdo. Ao fundo, o albergue de peregrinos. Até ao momento, tinham-se percorrido 16,30km, desde a saída de Tamel.

PictographBridge Altitude 69 ft
Photo ofVista de Barcelos e da Ponte Medieval Photo ofVista de Barcelos e da Ponte Medieval Photo ofVista de Barcelos e da Ponte Medieval

Vista de Barcelos e da Ponte Medieval

Entrada em Barcelos, passando na Ponte Medieval

Photo ofCruzeiro do Senhor do Galo e Paço dos Condes de Barcelos Photo ofCruzeiro do Senhor do Galo e Paço dos Condes de Barcelos Photo ofCruzeiro do Senhor do Galo e Paço dos Condes de Barcelos

Cruzeiro do Senhor do Galo e Paço dos Condes de Barcelos

Cruzeiro do Senhor do Galo e Paço dos Condes de Barcelos "A lenda do Galo de Barcelos narra a intervenção milagrosa de um galo morto na prova da inocência de um homem erradamente acusado. Está associada ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico, situado no Paço dos Condes de Barcelos. Segundo a lenda, tinha sido roubado um valioso serviço de mesa de prata, durante uma grande festa em casa do homem mais rico de Barcelos. Os habitantes andavam alarmados com o crime, do qual ainda não se tinha descoberto o ladrão. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento duma promessa. Condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem." O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo, mas quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Alguns anos mais tarde, o galego terá voltado a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos. Este também é representado pelo artesanato minhoto, geralmente de barro, conhecida por galo de Barcelos e é um símbolo de Portugal e foi adotado por Gil Vicente como sua mascote." http://oficinadaformiga.com/a-lenda-do-galo-de-barcelos-•-the-legend-of-the-rooster-of-barcelos/

PictographWaypoint Altitude 121 ft
Photo ofBarcelos Photo ofBarcelos Photo ofBarcelos

Barcelos

PictographReligious site Altitude 132 ft
Photo ofBarcelos - rua António Barroso e Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz (Século XVIII) Photo ofBarcelos - rua António Barroso e Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz (Século XVIII) Photo ofBarcelos - rua António Barroso e Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz (Século XVIII)

Barcelos - rua António Barroso e Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz (Século XVIII)

Entramos em Barcelos, junto ao Teatro Gil Vicente, percorrendo a rua António Barroso até à Torre Medieval e ao Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz. Uma zona muito agradável. A igreja do Senhor da Cruz é um dos principais templos da cidade e aquele que levou a uma reformulação integral dos eixos de circulação, dentro do burgo, e dos próprios caminhos que partiam para Norte. A sua construção original remonta aos inícios do século XVI, na sequência de um milagre ocorrido em 1504. Nesse ano, conta a lenda que apareceu uma cruz, "de terra bem negra, no chão barrento do Campo da Feira, numa sexta-feira de Dezembro" (ALMEIDA, 1990, p.21). A partir deste momento, instituiu-se, em Barcelos, uma das principais devoções do Minho, que chegou até aos nossos dias. Os anos seguintes ao milagre assinalam um enorme crescendo religioso, crença que está na origem de um primitivo cruzeiro aí construído e de uma singela capela. Em boa verdade, a devoção ao Bom Senhor da Cruz é uma das marcas mais importantes do percurso religioso do século XVI, ligado à Devotio Moderna e à influência flamenga do Portugal manuelino. Isto mesmo se testemunha na grandiosa imagem do Senhor da Cruz, actualmente exposta num retábulo barroco do interior, e que data dos inícios do século XVI, sendo uma obra importada do Norte da Europa. O templo que hoje podemos observar nada tem de quinhentista. A sua construção data do século XVIII e é, seguramente, uma obra de referência da arquitectura barroca nacional. Em 1698, deu-se o início do processo, com o envolvimento do arcebispo de Braga, D. João de Sousa. Três anos depois, o projecto do arquitecto João Antunes ganhava este concurso e dava-se início à construção. João Antunes foi o mais prestigiado arquitecto nacional ao seu tempo, a ele se ficando a dever a notável obra da igreja de Santa Engrácia, de Lisboa. A sua acção prolongou-se desde as décadas finais do século XVII até 1512, data em que aparece documentado, pela última vez. O seu trabalho no Minho está intimamente relacionado com a arquidiocese, trabalhando primeiro na Casa do Tesouro, da Sé de Braga, obra que lhe terá valido o concurso para o Senhor da Cruz de Barcelos. Nesta altura, Antunes é um arquitecto prestigiadíssimo, no auge da sua carreira. A sua marca de qualidade está bem patente no projecto que concebeu em Barcelos e de que destacamos três aspectos essenciais. O primeiro relaciona-se com o impacto cenográfico da construção. Beneficiando da localização da antiga capela em relação à vila, junto ao Largo da Porta Nova e ao amplo terreiro da Feira de Barcelos, Antunes pôde desenvolver uma obra desafogada e de enorme carácter cenográfico, tão ao gosto do Barroco. O segundo aspecto a destacar é o eruditismo do projecto, que aqui se alia a uma certa austeridade decorativa. A planta revela uma opção clara pelo plano centralizado, baseado num cículo com dois prolongamentos rectangulares relacionados entre si e ligando axialmente a capela-mor e a entrada principal. No interior, o espaço central, destinado à oração reservada, é protegido das grandes multidões de peregrinos através de um corredor que corre paralelamente às três entradas. A austeridade decorativa tem real expressão no exterior, na sábia alternância de paredes lisas e curvas e na hierarquia das passagens para o interior, com a porta principal sobrepujada por tímpano curvo e as laterais com tímpano triangular. Finalmente, o interior do templo foi concebido à maneira barroca, como obra de arte total. João Antunes não foi apenas o arquitecto do projecto arquitectónico. A ele se ficou a dever, também, os espaços para os retábulos, os mármores e os azulejos, processo de enriquecimento que decorreu já na década de 20, mas com grande probabilidade seguindo as orientações de Antunes. http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73205

PictographReligious site Altitude 140 ft
Photo ofTemplo do Senhor Bom Jesus da Cruz e Jardim da Avenida da Liberdade Photo ofTemplo do Senhor Bom Jesus da Cruz e Jardim da Avenida da Liberdade Photo ofTemplo do Senhor Bom Jesus da Cruz e Jardim da Avenida da Liberdade

Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz e Jardim da Avenida da Liberdade

Continuamos o caminho percorrendo a rua ao lado esquerdo do Templo do Senhor do Bom Jesus da Cruz, entrando no Jardim da Avenida da Liberdade

PictographWaypoint Altitude 166 ft
Photo ofSaída de Barcelos, junto ao McDonald's Photo ofSaída de Barcelos, junto ao McDonald's Photo ofSaída de Barcelos, junto ao McDonald's

Saída de Barcelos, junto ao McDonald's

Saímos de Barcelos, junto ao McDonald's.

PictographWaypoint Altitude 179 ft
Photo ofAvenida Paulo Felisberto Photo ofAvenida Paulo Felisberto Photo ofAvenida Paulo Felisberto

Avenida Paulo Felisberto

Continuamos o caminho pela longa Avenida Paulo Felisberto. Uma zona claramente citadina.

PictographWaypoint Altitude 192 ft
Photo ofAvenida Paulo Felisberto - saída para a rua das Flores Photo ofAvenida Paulo Felisberto - saída para a rua das Flores Photo ofAvenida Paulo Felisberto - saída para a rua das Flores

Avenida Paulo Felisberto - saída para a rua das Flores

Na rotunda, viramos à direita para entrarmos na rua das Flores.

PictographWaypoint Altitude 176 ft
Photo ofRua das Flores e rua de Vermil Photo ofRua das Flores e rua de Vermil

Rua das Flores e rua de Vermil

Continuamos pela rua das Flores e pela rua de Vermil.

PictographWaypoint Altitude 155 ft
Photo of(1) Rua de Vermil - (2) Rua de Raízes - (3) Rua da Ajuda Photo of(1) Rua de Vermil - (2) Rua de Raízes - (3) Rua da Ajuda

(1) Rua de Vermil - (2) Rua de Raízes - (3) Rua da Ajuda

No final de rua de Vermil, iremos virar à direita, passando pela rua das Raízes e pela rua da Ajuda. Na rua da Ajuda, conseguimos ver o Estádio Cidade de Barcelos.

PictographWaypoint Altitude 158 ft
Photo of(1) Rua de Raízes - (2) Rua da Ajuda Photo of(1) Rua de Raízes - (2) Rua da Ajuda Photo of(1) Rua de Raízes - (2) Rua da Ajuda

(1) Rua de Raízes - (2) Rua da Ajuda

Na rua da Ajuda, conseguimos ver o Estádio Cidade de Barcelos.

PictographReligious site Altitude 221 ft
Photo ofIgreja de Vila Boa Photo ofIgreja de Vila Boa Photo ofIgreja de Vila Boa

Igreja de Vila Boa

Passamos pela Igreja de Vila Boa e continuamos pela rua da Igreja - uma reta com subida ligeira (com o acumular dos km, nada é "ligeiro". Tudo pesa). "A Freguesia de Vila Boa era conhecida antigamente por Vila Boa do Tamel e depois por S. João do Tamel, já que se posiciona nesse vale fértil. Em 1220 vem com a designação “De Sancto Johanne de Tamiel, da Terra de Neiva”. Dependia administrativamente daquele acastelado centro e não era Reguenga. Como o topónimo 1 indica, é um povoado bastante antigo, confirmado por outros, tais como Sandim e Vermoil que apontam para alguns presores 2 que por aqui se instalaram nos inícios da Reconquista. Em 1258 aparece nas Inquirições de D. Afonso III, com a designação: " Sancti Johannis de Vila Bona de Tamial". A sua população no século XVII, era de 50 habitantes, tendo crescido para 66, no século XVIII, e 284, no século XIX. Hoje é uma freguesia com 1640 habitantes de acordo com os censos de 2001. Barcelos foi uma das terras que recebeu uma Forca permanente e a freguesia de Vila Boa foi a escolhida para a construção desta. No antigo lugar da Forca Velha foi construída a primitiva forca, antes de ser transferida para a freguesia de Barcelinhos. Actualmente encontra-se no Museu Arqueológico de Barcelos, cercada por um jardim. A igreja Paroquial desta freguesia fica numa planície, donde se disfruta de um lindo panorama. É um edifício baixo, todo em pedra despida de qualquer reboco. Na sua silharia, principalmente na capela-mor, vêem-se algumas siglas e sinais maçónicos dos antigos pedreiros construtores de monumentos. Na sua fachada, encimada por uma cruz e ladeada por duas pirâmides, abre-se uma pequena rosácea por baixo da qual se estende um largo alpendre, parapeiteado de pedra e sustentado por seis colunas. Debaixo desse alpendre, junto à porta principal, vê-se uma sepultura rasa com tampa de pedra em que se lê a seguinte inscrição:« A J. DOMINGOS MANOEL DVARTE PINHEIRO ABBADE QVE FOI DESTA FREGVEZIA N. 13-12-2 F. 22-2-91 ». Ao lado direito da fachada, a facear com esta, eleva-se um pequeno torreão para o sino e atrás, junto a capela-mor, uma pequena sacristia. Dentro esta capela é forrada a madeira pintada e o seu altar é antigo em bela talha estilo renascença. A tribuna é fechada por um lindo painel representando o baptismo de Cristo. O corpo da igreja é igualmente forrado a madeira pintada, tendo dois altares: o do lado do evangelho é moderno e o da epístola é antigo, no mesmo estilo do altar-mor. Tem ainda dois inestéticos oratórios nas paredes, um de cada lado. Tem coro, púlpito e baptistério com pia de granito, antiga.3 A igreja foi restaurada no seu interior, toda a talha e tecto no ano de 1998. O painel do baptismo de Jesus que se encontrava na tribuna foi retirado e colocado em “quadro”, estando hoje na parede direita da Igreja. Também no ano seguinte foi feito o arranjo urbanístico do adro, tirando-se do mesmo o trânsito. Sendo o responsável pela obra o nosso pároco Padre Albino Azevedo Faria." http://www.vilaboa.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/historia/

PictographReligious site Altitude 257 ft
Photo ofRua do Espírito Santo Photo ofRua do Espírito Santo Photo ofRua do Espírito Santo

Rua do Espírito Santo

"Cruzeiro do Espírito Santo Este encontra-se no centro de um pequeno largo, formado por três caminhos ao sul da capela do Espírito Santo. É uma linda peça arquitectónica: base bem trabalhada, tendo na frente, virada à capela, a cabeça de um anjo; na do lado direito a inscrição: «ESTA OBRA MANDOV FAZER FRANCISCO DE GOVVEA A.1568»; na da frente um escudete4 com as armas apagadas, que não se podem ler, e finalmente na do lado esquerdo uma caveira com a fita em que se lê: «ALEMBRA-TE». " http://www.vilaboa.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/historia/

PictographWaypoint Altitude 235 ft
Photo ofSaída da Rua do Espírito Santo

Saída da Rua do Espírito Santo

PictographWaypoint Altitude 197 ft
Photo ofTúnel sob ferrovia. Photo ofTúnel sob ferrovia. Photo ofTúnel sob ferrovia.

Túnel sob ferrovia.

Pode atravessar a linha e corta uns quantos metros. Mas as placas no local são claras: mantenha-se na estrada e não atravesse a linha. Se atravessar, poupa 350m de caminhada.

PictographWaypoint Altitude 213 ft
Photo ofDireção à Quinta de Sendim Photo ofDireção à Quinta de Sendim Photo ofDireção à Quinta de Sendim

Direção à Quinta de Sendim

Continuamos a cmainhada por terra batida, em direção à Quinta de Sendim.

PictographWaypoint Altitude 168 ft
Photo ofQuinta de Sendim Photo ofQuinta de Sendim Photo ofQuinta de Sendim

Quinta de Sendim

PictographWaypoint Altitude 191 ft
Photo ofCapela de São Sebastião Photo ofCapela de São Sebastião Photo ofCapela de São Sebastião

Capela de São Sebastião

PictographReligious site Altitude 181 ft
Photo ofCapela da Santa Cruz e rua dos Caminheiros de Santiago Photo ofCapela da Santa Cruz e rua dos Caminheiros de Santiago Photo ofCapela da Santa Cruz e rua dos Caminheiros de Santiago

Capela da Santa Cruz e rua dos Caminheiros de Santiago

"Capela de Santa Cruz, construída no século XIX, época em que mais se difundiu por esta parte no concelho o milagre do aparecimento da santa cruz desenhada no solo. Junto desta capelinha, um pouco ao sul, erguem-se as paredes de um edifício em parte concluídas até a cornija e pirâmide, o qual ainda incompleto, pelas proporções que apresenta, devia ser grandioso. Dentro vê-se um veio de terra mais escura, em forma de cruz, cujo aparecimento o povo atribuiu a causa milagrosa. Na ultima década do século XIX fizeram-se aí romarias importantíssimas a que os devotos concorriam com grandes donativos, que eram aplicados na construção do projectado templo." http://www.goios.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/historia/

PictographWaypoint Altitude 250 ft
Photo ofRua dos Caminheiro de Santiago Photo ofRua dos Caminheiro de Santiago

Rua dos Caminheiro de Santiago

PictographWaypoint Altitude 238 ft
Photo ofRua dos Caminheiros de Santo Tiago Photo ofRua dos Caminheiros de Santo Tiago Photo ofRua dos Caminheiros de Santo Tiago

Rua dos Caminheiros de Santo Tiago

A caminhada continua por estradas de paralelo e terra batida. Uma zona sossegada e arborizada.

PictographWaypoint Altitude 190 ft
Photo ofSaída da Rua de Santo Tiago e chegada a Tamel (S.Pedro de Fins) Photo ofSaída da Rua de Santo Tiago e chegada a Tamel (S.Pedro de Fins) Photo ofSaída da Rua de Santo Tiago e chegada a Tamel (S.Pedro de Fins)

Saída da Rua de Santo Tiago e chegada a Tamel (S.Pedro de Fins)

Photo ofIndicação do Albergue Photo ofIndicação do Albergue Photo ofIndicação do Albergue

Indicação do Albergue

Continuamos em zona florestal, até chegarmos em asfalto, com a indicação do albergue de Tamel.

PictographWaypoint Altitude 351 ft
Photo ofRua da Cruz Photo ofRua da Cruz

Rua da Cruz

PictographWaypoint Altitude 439 ft
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Rua da Cruz (2)

Subida da rua da Cruz. Esta subida não é propriamente difícil de ser feita. Mas com o acumular dos km, já não é também uma tarefa fácil. Neste dia, particularmente, a temperatura andou na ordem dos 30ºC.

PictographWaypoint Altitude 491 ft
Photo ofEntrada na M543 e subida até ao albergue Photo ofEntrada na M543 e subida até ao albergue Photo ofEntrada na M543 e subida até ao albergue

Entrada na M543 e subida até ao albergue

Entramos na M543, com uma cruz do nosso lado esquerdo e iniciamos a subida até ao albergue. Esta puxou um pouco mais!

PictographWilderness hut Altitude 578 ft
Photo ofAlbergue de Tamel (S.Pedro de Fins) Photo ofAlbergue de Tamel (S.Pedro de Fins) Photo ofAlbergue de Tamel (S.Pedro de Fins)

Albergue de Tamel (S.Pedro de Fins)

Chegada ao albergue. À semelhança do albergue de São Pedro de Rates, é um albergue com muito boas condições, tanto interiores como exteriores. Fica junto à Igreja Paroquial de São Pedro de Fins.

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