Estrada Real São Sebastião da Vitória - Capela do Saco (22/09/2018)

- São Sebastião da Vitória -
6h, apesar da pousada ser na beira da rodovia, não acordei com barulho dos carros. Levantamos, recolhi minhas roupas penduradas no varal improvisado como sempre, arrumamos a mochila, vaselina nos pés e fomos tomar o café da manhã. Café bem pobrezinho. Café, leite e pão com manteiga.
Compramos pão com queijo e água na primeira padaria que encontramos e seguimos para Caquende.

- Na estrada -
Inicio de caminhada bem prazeroso pois passamos por dentro de um "Eucalipá" ( = plantação de Eucaliptos)😀. Pelo caminho vimos o trem com os vagões de minério e também grandes plantações de café. Antes de chegar em Caquende, temos uma vista linda da represa de Camargos no Rio Grande. Como é bonito uma região com bastante água, dá aquela impressão de fartura, vida...

- Caquende -
Chegamos em Caquende as 12:30h. Justamente na hora de descanso do Seu Luis, o barqueiro que faz a travessia das pessoas, nos 700m de extensão do Rio Grande, levando de Caquende a Capela do Saco. Joaquim estava um pouco temeroso pois disse que não nadava bem. Ainda não sei se não nadava bem ou não sabia nadar. Preciso confirmar isso... 🤔

Essa travessia era realizada por uma balsa onde passavam também carros. A balsa esta parada a 1 ano, sem previsão de retorno. Segundo um morador, a balsa foi interditada pela marinha. Parece que necessitava de manutenção e pessoal concursado para operar a mesma.

Sentamos na beira da represa e estávamos decididos a aguardar até as 13h pelo Seu Luis, quando apareceu um morador de Caquende que tinha barco a motor e foi avisado que tinha clientes para a travessia. Resolvemos seguir com ele e embarcamos. Joaquim segurou fortemente nos dois lados do barco e rapidamente atravessamos. Quase não teve tempo de registrar com uma foto.

- Capela do Saco -
Em Capela do Saco, o barco nos deixa em frente ao "Bar do Pinguinha" que tem um restaurante praticamente em cima da represa. Varias pessoas chegam ali de barco ou até mesmo de carro, por Carrancas ou chegam em Caquende e atravessam de barco, somente para comer e beber com a vista da represa. Muito maneiro o local. Mas precisávamos de conseguir pousada. Minhas anotações era de procurar a Fatinha que tinha um restaurante\pousada. Encontramos a Fatinha a menos de 50m da represa. Ela disse que o restaurante não funcionava mais, porem tinha um apartamento na parte de cima e poderia nos alugar. Que se quiséssemos faria uma janta na casa dela pra gente. Comida caseira. Negocio fechado. Enfim sala, quarto, banheiro e cozinha. Estávamos bem alojados. Tomamos banho, lavei e pendurei as roupas e saímos para comer algo no restaurante na represa. O local estava lotado de turistas que chegaram com a família de barco. Muitas crianças. Notei que Joaquim ficou um pouco preocupado com o movimento das crianças perto da represa. Pedimos uma batatinha frita com mussarela e tomei uma cerveja pra relaxar. Joaquim água...
As 19h, conforme combinado com Fatinha chegamos a sua casa pra jantar. Como eu havia avisado que era vegetariano, ela preparou um ovo frito em substituição ao frango com quiabo. Arroz, feijão, frango com quiabo, macarrão, salada e ovo frito. Comida bem caseira, de seu dia-a-dia. Bem alimentados demos uma voltinha na pracinha onde tinha a igreja e voltamos ao apartamento para dormir. A unica reclamação seria sobre a TV. Tinha tanto chuvisco que parecia que estava assistindo através de uma persiana😀
Como sempre apagamos logo. Estava bem quente e tivemos que dormir com a janela aberta. Sem problemas pois o apartamento era na parte de cima do restaurante.