Estrada Real - São Brás do Suaçuí x Entre Rios de Minas - 16/07/22 - Relato
near São Brás do Suaçuí, Minas Gerais (Brazil)
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Itinerary description
Travessia entre as cidades de São Brás do Suaçuí e Entre Rios de Minas, utilizando o trecho da Estrada Real (Caminho Velho) que liga estes dois municípios. Por se tratar de uma travessia, vou deixar toda a descrição no formato de relato.
Obs: a primeira parte do relato (entre Congonhas e São Brás do Suaçuí) eu já postei aqui também.
Sábado – 16/07/22
A noite fez um tremendo frio. Não dormi bem e quando acordei tinha uma espessa neblina pela janela cobrindo toda a cidade. Fiquei enrolando, levantei, tomei o café da manhã no hotelzinho mesmo, arrumei minhas coisas e finalmente saí. Tirei mais algumas fotos da cidade e fui andando em busca da rota que eu deveria fazer.
O caminho começa dentro da cidade mesmo indo em direção à rodovia. Ao chegar na mesma, deve-se caminhar um pouco para a direita, atravessar e entrar na estradinha que tem a esquerda. Bem fácil de se localizar. Essa estradinha vai descendo e passa por um riacho para, depois da subida, encontrar um trecho da ferrovia da MRS. Após atravessar a ferrovia, entra num trecho de plantações de milho em uma área bem grande. Contornei o milharal a fui seguindo pelas estradinhas rurais da região. Todo o trecho é bem tranquilo e praticamente não tem movimento. O caminho vai passando pelos morrotes que formam o domínio morfoclimático conhecido como Mares de Morros, presente na região. Entre os morrotes há sempre algum curso d’água. Uma informação histórica: como a região de Ouro Preto atraiu muitas pessoas em busca de ouro, poucos se dedicavam à agricultura. Assim, no final do século XVII houve uma escassez de gêneros alimentícios na região. Nisso, iniciou-se o cultivo de mais alimentos para suprir a demanda da região das minas. Um dos pontos que se dedicou ao cultivo de alimentos é exatamente este trecho por onde o caminho velho. Por isso, é comum achar fazendas centenárias na região. É possível encontrar algumas pelo caminho. São bem bonitas.
Após o milharal, há uma área de mata e após ela comecei a encontrar algumas casas isoladas. Há um trecho que o caminho da uma guinada à esquerda, passa por uma cascata e entra em uma área de pasto. Há MUITO gado nessa parte. Exatamente onde se chega a uma fazenda, havia vários e eu tinha que passar (tenho trauma de gado Nelori...). Por sorte, o peão da fazenda passava na hora e tocou todo o gado antes de eu passar. A partir dessa fazenda, o caminho se torna uma estrada de terra com um certo movimento de veículos. É a parte mais chata do caminho. Há um trecho que todo o caminho irá margear o rio Paraopeba. Aproveitei para parar nele um pouco e descansar em uma pedra. Saindo dele, há uma ponte e depois uma bica com água potável (a única água potável do caminho). Após a bica, há mais pastos que, na verdade, foram até bons pois preferi andar neles, margeando a estrada, ao invés de andar na estrada em si.
O caminho ficou um pouco monótono neste trecho. São uns 4 kms onde o único atrativo é o rio Camapuã. O caminho se desenvolve até chegar a um bairro afastado de Entre Rio de Minas. Passei por ele, alcancei o asfalto e segui procurando o Centro da cidade, que fica na parte mais alta de lá. Eu já conhecia a cidade de passagem, já que havia passado por ela em 2009, mas nem desci do carro no dia, de forma que, tecnicamente, eu não conhecia a cidade ainda.
Chegando ao Centro, havia umas barraquinhas na praça principal. Aproveitei e parei para tomar uma cerveja e conversei com algumas pessoas que vieram me perguntar se eu estava caminhando pela região. Nessas conversas, descobri que haveria uma festa junina à noite na cidade. Aí fiquei duas latinhas de cerveja pensando se eu voltaria para BH no sábado mesmo (já que meu objetivo estava cumprido) ou se ficaria na cidade, já que eu não teria nada pra fazer na capital mesmo. A ideia da festa junina me animou a ficar! Saí das barraquinhas e fui procurar um lugar para ficar. Me indicaram a Pousada das Pedras mas não havia ninguém na recepção quando cheguei e estava tudo fechado.... Votei e achei um lugar chamado Hotel dos Viajantes e acabei ficando por lá mesmo. Paguei 60 reais sem café da manhã. O quarto era super organizado e limpinho. O Robson que administra o hotel é bem gente boa. Valeu a pena ficar lá. E foi isso. A noite fui na festa junina da cidade e.... que festa... Estou pensando seriamente em voltar lá em 2023 só pra ir na festa de novo... Se eu tivesse que caminhar no dia seguinte não iria aguentar já que fiquei na festa até tarde. Estava boa mesmo!!!
Basicamente, é isso. Espero que este relato ajude aqueles que irão passar por este caminho nos próximos meses. Valeu!!
Obs: a primeira parte do relato (entre Congonhas e São Brás do Suaçuí) eu já postei aqui também.
Sábado – 16/07/22
A noite fez um tremendo frio. Não dormi bem e quando acordei tinha uma espessa neblina pela janela cobrindo toda a cidade. Fiquei enrolando, levantei, tomei o café da manhã no hotelzinho mesmo, arrumei minhas coisas e finalmente saí. Tirei mais algumas fotos da cidade e fui andando em busca da rota que eu deveria fazer.
O caminho começa dentro da cidade mesmo indo em direção à rodovia. Ao chegar na mesma, deve-se caminhar um pouco para a direita, atravessar e entrar na estradinha que tem a esquerda. Bem fácil de se localizar. Essa estradinha vai descendo e passa por um riacho para, depois da subida, encontrar um trecho da ferrovia da MRS. Após atravessar a ferrovia, entra num trecho de plantações de milho em uma área bem grande. Contornei o milharal a fui seguindo pelas estradinhas rurais da região. Todo o trecho é bem tranquilo e praticamente não tem movimento. O caminho vai passando pelos morrotes que formam o domínio morfoclimático conhecido como Mares de Morros, presente na região. Entre os morrotes há sempre algum curso d’água. Uma informação histórica: como a região de Ouro Preto atraiu muitas pessoas em busca de ouro, poucos se dedicavam à agricultura. Assim, no final do século XVII houve uma escassez de gêneros alimentícios na região. Nisso, iniciou-se o cultivo de mais alimentos para suprir a demanda da região das minas. Um dos pontos que se dedicou ao cultivo de alimentos é exatamente este trecho por onde o caminho velho. Por isso, é comum achar fazendas centenárias na região. É possível encontrar algumas pelo caminho. São bem bonitas.
Após o milharal, há uma área de mata e após ela comecei a encontrar algumas casas isoladas. Há um trecho que o caminho da uma guinada à esquerda, passa por uma cascata e entra em uma área de pasto. Há MUITO gado nessa parte. Exatamente onde se chega a uma fazenda, havia vários e eu tinha que passar (tenho trauma de gado Nelori...). Por sorte, o peão da fazenda passava na hora e tocou todo o gado antes de eu passar. A partir dessa fazenda, o caminho se torna uma estrada de terra com um certo movimento de veículos. É a parte mais chata do caminho. Há um trecho que todo o caminho irá margear o rio Paraopeba. Aproveitei para parar nele um pouco e descansar em uma pedra. Saindo dele, há uma ponte e depois uma bica com água potável (a única água potável do caminho). Após a bica, há mais pastos que, na verdade, foram até bons pois preferi andar neles, margeando a estrada, ao invés de andar na estrada em si.
O caminho ficou um pouco monótono neste trecho. São uns 4 kms onde o único atrativo é o rio Camapuã. O caminho se desenvolve até chegar a um bairro afastado de Entre Rio de Minas. Passei por ele, alcancei o asfalto e segui procurando o Centro da cidade, que fica na parte mais alta de lá. Eu já conhecia a cidade de passagem, já que havia passado por ela em 2009, mas nem desci do carro no dia, de forma que, tecnicamente, eu não conhecia a cidade ainda.
Chegando ao Centro, havia umas barraquinhas na praça principal. Aproveitei e parei para tomar uma cerveja e conversei com algumas pessoas que vieram me perguntar se eu estava caminhando pela região. Nessas conversas, descobri que haveria uma festa junina à noite na cidade. Aí fiquei duas latinhas de cerveja pensando se eu voltaria para BH no sábado mesmo (já que meu objetivo estava cumprido) ou se ficaria na cidade, já que eu não teria nada pra fazer na capital mesmo. A ideia da festa junina me animou a ficar! Saí das barraquinhas e fui procurar um lugar para ficar. Me indicaram a Pousada das Pedras mas não havia ninguém na recepção quando cheguei e estava tudo fechado.... Votei e achei um lugar chamado Hotel dos Viajantes e acabei ficando por lá mesmo. Paguei 60 reais sem café da manhã. O quarto era super organizado e limpinho. O Robson que administra o hotel é bem gente boa. Valeu a pena ficar lá. E foi isso. A noite fui na festa junina da cidade e.... que festa... Estou pensando seriamente em voltar lá em 2023 só pra ir na festa de novo... Se eu tivesse que caminhar no dia seguinte não iria aguentar já que fiquei na festa até tarde. Estava boa mesmo!!!
Basicamente, é isso. Espero que este relato ajude aqueles que irão passar por este caminho nos próximos meses. Valeu!!
Waypoints
Waypoint
3,090 ft
043
Marco 773
Waypoint
2,914 ft
044
Marco 772
Waypoint
3,051 ft
038
Marco 778
Waypoint
3,153 ft
045
Marco 771
Waypoint
3,166 ft
046
Marco 770
Waypoint
3,044 ft
047
Marco 769
Waypoint
2,881 ft
040
Marco 776
Waypoint
3,107 ft
042
Marco 774
Waypoint
2,952 ft
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Marco 768
Waypoint
3,181 ft
050
Marco 767
Waypoint
3,198 ft
051
Marco 766
Waypoint
3,197 ft
052
Marco 765
Waypoint
2,918 ft
033
Marco 783
Waypoint
3,208 ft
053
São Brás do Suaçui (Igreja Matriz)
Waypoint
2,873 ft
030
Marco 786
Waypoint
2,869 ft
032
Marco 784
Waypoint
2,816 ft
036
Marco 780
Waypoint
3,104 ft
041
Marco 775
Waypoint
2,853 ft
037
Marco 779
Waypoint
2,909 ft
029
Marco 787
Waypoint
2,874 ft
031
Marco 785
Waypoint
2,840 ft
034
Marco S/P
Waypoint
2,806 ft
035
Marco 781
Waypoint
3,090 ft
028
Entre Rios de Minas (Hospital Cassiano Campolina)
Waypoint
2,879 ft
039
Marco 777
Waypoint
0 ft
Hotel dos Viajantes
Waypoint
3,176 ft
RESTAURANTE
Waypoint
3,207 ft
IGREJA
Waypoint
3,207 ft
RODOVIA
Waypoint
2,927 ft
RIACHO
Waypoint
3,060 ft
FERROVIA
Waypoint
3,135 ft
MILHARAU
Waypoint
2,847 ft
CASCATA
Waypoint
2,868 ft
PASTO
Waypoint
2,948 ft
GADO
Waypoint
2,786 ft
RIO PARAOPEBA
Waypoint
2,800 ft
PONTE
Waypoint
2,800 ft
PONTE
Waypoint
2,800 ft
BICA
Waypoint
2,801 ft
RIO CAMAPUÃ
Waypoint
3,102 ft
PRACA
Waypoint
3,191 ft
São Brás do Suaçuí - Entre Rios de Minas
São Brás do Suaçuí - Entre Rios de Minas by Leandro Damasceno | |
Walking distance: 14.91 mi. - 24 km. Elevation min: 818 meters max: 973 meters Uphill: 370 meters down: 401 meters Type: One way | |
São Brás do Suaçuí - Entre Rios de Minas | |
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