Eco-escolas Eco-trilho ESE-IPVC Eco-Luzia
near Montanha de Santa Luzia, Viana do Castelo (Portugal)
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Trail photos
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Itinerary description
Waypoints
![Photo ofEstação 1 - Elevador de Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141860/33318241.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 1 - Elevador de Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141860/33323461.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 1 - Elevador de Santa Luzia](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141860/33323480.400x300.jpg)
Estação 1 - Elevador de Santa Luzia
O Elevador de Viana do Castelo foi inaugurado a 2 de junho de 1923, tendo sido considerado naquela altura, como “a grande obra” pela imprensa local. Atendendo à sua modernidade e pioneirismo o Funicular de Santa Luzia, como é conhecido, tornou-se um equipamento de grande importância para beneficiar o acesso ao monte de Santa Luzia, que na altura já era considerado como local turístico relevante. Em janeiro de 2005, após a Câmara Municipal tomar posse do equipamento, submeteu-o a uma recapacitação com intervenção que incluiu desde a renovação da linha, à instalação de duas carruagens e a construção de um percurso pedonal. Em 2007 o Funicular de Viana do Castelo voltou à sua atividade, fazendo a ligação entre Viana do Castelo e o Monte de Santa Luzia, numa viagem com uma extensão de 650 metros, numa perfeita simbiose do Património Cultural com o Natural. Funicular de Santa Luzia: Distância: 650 metros; Desnível: 160 metros; Inclinação: 25 %; Segurança: Três fontes de energia diferentes (elétrica, gerador e bateria) e quatro sistemas de travagem; Tempo de Viagem: 6 a 7 minutos; Lotação: 24 passageiros, doze sentados e doze em pé.
![Photo ofEstação 2 - Templo-Monumento de Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141861/33318244.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 2 - Templo-Monumento de Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141861/33323551.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 2 - Templo-Monumento de Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141861/33323557.400x300.jpg)
Estação 2 - Templo-Monumento de Santa Luzia
Subir a Santa Luzia é uma experiência obrigatória a quem visita Viana do Castelo. Antes do santuário belíssimo, em granito, que hoje vemos, terá existido uma capela medieval dedicada a Santa Águeda. Em 1713, a confraria da Sr.ª da Abadia, mandou ampliar a capela, ampliando a capela-mor e a sacristia. Nessa reestruturação, ter-se-á adicionado um altar lateral dedicado a Santa Luzia. Com o passar dos anos, o culto a Santa Luzia cresceu, de tal modo que os fiéis, decidiram transferir a imagem de Santa Luzia para o altar-mor; passando a ser a padroeira (“Santuário de Santa Luzia,” n.d.). O templo que hoje vemos, no cimo do monte, começou a ser construído em 1904, projetado pelo arquiteto Miguel Ventura Terra. Em 1925, Miguel Nogueira herdou o projeto do templo, após a morte do seu mestre, Ventura Terra. As obras do exterior terão terminado em 1943, e as do interior em 1959. Contudo, um ano após Miguel Nogueira ficar à frente do projeto, concluiu-se a capela-mor e, nessa altura, ter-se-á aberto ao público. O templo pertencia à Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, até à criação da Confraria de Santa Luzia. Esta, nasceu da fé e devoção de um filho da terra: o Capitão de Cavalaria Luís de Andrade e Sousa. Em 1882, devido a problemas oftalmológicos, que sofria já desde terra idade, Andrade e Sousa vê-se obrigado a abandonar o Exército e a regressar a Viana do Castelo, sua terra natal. Começa a frequentar a capela, percorrendo os trilhos até ao cimo do monte com frequência. A dada altura, nota uma melhoria na sua visão, fazendo com que se dedique, ainda mais, e dinamize a criação de uma confraria - a Confraria de Santa Luzia. Uma da primeiras coisas que a confraria fez foi requerer a capela à junta de freguesia, requisição, essa, que foi imediatamente aprovada (Marques, 2011). Arquitetonicamente falando, o templo é riquíssimo. Funde o estilo neorromânico, das rosáceas e dos arcos de volta perfeita, com o neobizantino, da planta centrada com cruz grega e da cobertura em abóbada perfeita (“Santuário de Santa Luzia,” n.d.). O interior da igreja é iluminado pelas rosáceas de estilo gótico - as maiores da Península Ibérica(Luzia, n.d.). Daqui se veem diferentes zonas: zona costeira com praias (arenosas e rochosas) e ecossistemas dunares, zonas húmidas (estuário do Lima e sapal), veigas agrícolas e floresta. Aos pés de Santa Luzia, correm as águas do Rio Lima, indo desaguar ao Oceano Atlântico. Destas águas vem o peixe (lampreia, sardinha, etc.) que depois é vendido na doca – fazendo de Viana uma cidade piscatória.
![Photo ofEstação 3 - Romeira](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141864/33318276.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 3 - Romeira](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141864/33326336.400x300.jpg)
Estação 3 - Romeira
As peregrinações ao Monte de Santa Luzia terão começado pelo séc. XVII. Contudo, quando, em 1918, Portugal vivia o drama da pandemia da gripe pneumónica (chamada gripe espanhola), e Viana estava aterrorizada com as mortes, os vianenses terão prometido subir anualmente em peregrinação ao monte de Santa Luzia, se mais mortes não houvesse. Verificando-se uma cessação de vítimas da pandemia, em 1920 (quando foi dada autorização), a população começou a subir o monte, em peregrinação, cumprindo o prometido (Luzia, n.d.). Esta peregrinação mantém-se, tendo em 2018 comemorado o seu centenário. Manda a tradição que, no final das cerimónias religiosas, os romeiros almocem, em família, nas imediações do santuário (Lusa, 2018).
![Photo ofCarvalhos](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141867/33318296.400x300.jpg)
![Photo ofCarvalhos](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141867/33327538.400x300.jpg)
![Photo ofCarvalhos](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141867/33327549.400x300.jpg)
Carvalhos
Ao longo do trilho conseguimos observar espécies autóctones como os carvalhos. Uma das espécies observadas foi carvalho-alvarinho (Quercus roble), no entanto, conseguimos observar outras espécies de carvalhos.
![Photo ofLiquidambar orientalis](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141871/33318333.700x525.jpg)
Liquidambar orientalis
O Liquidambar é uma espécie arbórea originária da Ásia, mas tem sido muito cultivada em Portugal pela sua resina fragante e como árvore ornamental. As suas folhas outonais vermelhas embelezam a paisagem. Também podemos encontrar várias destas árvores na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, junto à estrada.
![Photo ofEstação 4- Citânia de Santa luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141872/33318346.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 4- Citânia de Santa luzia](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141872/33326559.400x300.jpg)
Estação 4- Citânia de Santa luzia
A Citânia de Santa Luzia, chamada de “Cidade Velha”, é um dos mais conhecidos povoados da Idade do Ferro e da Romanização do Noroeste Peninsular. O seu espólio demonstra que o local já era habitado desde os inícios da Idade do Ferro. No entanto, o grande desenvolvimento do povoado deu-se nos primórdios da romanização da região. A cidadela apresenta um sistema defensivo formado por três ordens de muralhas, reforçadas com dois fossos intermédios. No interior das fortificações, apresenta uma urbanização formada por ruas retas que se entrecruzam e à face das quais se distribuem habitações de planta circular. De acordo com a brochura “Roteiros Arqueológicos de Viana do Castelo”, produzida pela Câmara Municipal, a posição estratégica da sua localização, no alto do Monte e com um enorme domínio visual sobre a paisagem, foi uma das principais razões do seu grande desenvolvimento.
![Photo ofHerbáceas silvestres](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141875/33318370.400x300.jpg)
![Photo ofHerbáceas silvestres](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141875/33327877.400x300.jpg)
![Photo ofHerbáceas silvestres](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141875/33328290.400x300.jpg)
Herbáceas silvestres
Nesta faixa junto à estrada podemos observar na primavera várias herbáceas floridas. Facilmente se identificam plantas asteraceas como o malmequer, a margarida ou o dente-de-leão, campanulaceas, e plantaginaceas como a Dedaleira (Digitalis purpurea)
![Photo ofEstação 5- Miradouro Reservatório de Água](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141880/33318403.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 5- Miradouro Reservatório de Água](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141880/33326698.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 5- Miradouro Reservatório de Água](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141880/33326715.400x300.jpg)
Estação 5- Miradouro Reservatório de Água
O reservatório de água, pertença da empresa Águas do Alto Minho encontra-se desativado e a precisar de intervenção a nível das infraestruturas e também de limpeza de vegetação. O miradouro encontra-se invadido por plantas exóticas invasoras como a Acacia dealbata, a Acacia longifolia e o Eucalyptus globulus.
![Photo ofPlantas Exóticas](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141885/33318452.400x300.jpg)
![Photo ofPlantas Exóticas](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141885/33326965.400x300.jpg)
![Photo ofPlantas Exóticas](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141885/33327005.400x300.jpg)
Plantas Exóticas
Apesar de a região do Alto Minho ser mais rica em carvalhais que a maioria das restantes regiões portuguesas, ainda assim a maior parte das florestas, como é o caso da Floresta de Santa Luzia, é constituída por monoculturas de produção de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) e eucalipto-comum (Eucalyptus globulus). Desta forma, embora encontremos muitos exemplares autóctones, a floresta de Santa Luzia é também constituída por plantações de eucalipto e matas acácias, que são espécies exóticas, embora se tenham tornado muito comuns, devido ao seu crescimento rápido e à facilidade de adaptação a ambientes difíceis. Também encontramos a Azeda (Oxalis pes-caprae) e a Erva-gosda (Arctotheca calendula).
![Photo ofEstação 6 - Poemas a Santa Luzia](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141890/33318503.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 6 - Poemas a Santa Luzia](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141890/33328834.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 6 - Poemas a Santa Luzia](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141890/33328836.400x300.jpg)
Estação 6 - Poemas a Santa Luzia
Neste local podemos ler alguns poemas sobre Santa Luzia gravados em pedra. Do outro lado da estrada encontra-se um Eco-ponto onde podem colocar os resíduos que recolherem ao longo do trilho.
![Photo ofEstação 7 - Garrano](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141891/33328889.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 7 - Garrano](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141891/33328965.400x300.jpg)
Estação 7 - Garrano
O garrano (Equus caballus) é uma raça de cavalo de pequeno porte, com altura ao garrote até 1,3 m, membros curtos e grossos, crina abundante e pelagem acastanhada. Este animal tem membros e orelhas curtas e o perfil da cabeça é reto ou côncavo. É um animal robusto bem adaptado às baixas temperaturas, às intempéries, à escassez de alimento e rudeza da vida nas montanhas, sendo criado pelas populações locais em quase completa liberdade nos matagais e áreas florestais locais. Os garranos bravios alimentam-se sobretudo de ervas e arbustos que pastam no monte, mas podem também ser observados com frequência nos carvalhais onde se alimentam da folhagem das árvores e das plantas frescas que crescem nestes bosques. Quando criados por humanos, estes animais são alimentados com rolos de palha. O seu centro étnico localiza-se precisamente no noroeste ibérico, que em Portugal abrange todo o Minho e áreas transmontanas adjacentes, sendo por isso a mais antiga raça de pequenos cavalos do norte peninsular ibérico. É uma raça protegida, devido ao risco de extinção, e recentemente foi reconhecida também como Património Nacional. Encontram-se, por isso, poucos espécimes no meio selvagem ou na posse de criadores. Ao longo do trilho, podem encontrar-se vários excrementos de garrano que atestam a sua peresença.
![Photo ofEstação 8 - Jardim das Tílias e Albergue dos Peregrinos](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141894/33318538.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 8 - Jardim das Tílias e Albergue dos Peregrinos](https://s2.wklcdn.com/image_206/6209916/50141894/33329171.400x300.jpg)
![Photo ofEstação 8 - Jardim das Tílias e Albergue dos Peregrinos](https://s1.wklcdn.com/image_206/6209916/50141894/33329179.400x300.jpg)
Estação 8 - Jardim das Tílias e Albergue dos Peregrinos
Nos dias 29 de junho costuma cumprir-se a peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus, que liga a cidade ao cimo do Monte de Santa Luzia. Esta tradição, que remonta ao ano de 1918. Desde essa data que, ano após ano, são aos milhares os peregrinos que a pé e em oração, percorrem o trajeto desde a cidade até ao Templo, para cumprirem as mais variadas promessas. A confraria de Santa Luzia procedeu ao reordenamento urbanístico do Templo de Santa Luzia e seus espaços adjacentes, promovendo, em 2013, a construção de um albergue de peregrinos e de um restaurante panorâmico. No ano 2014, o término da peregrinação ocorreu, pela primeira vez, no novo Anfiteatro do Jardim das Tílias, com capacidade para acolher cerca de 700 pessoas sentadas. O Albergue de Peregrinos é um hostel que se situa no Monte de Santa Luzia em Viana do Castelo. Este novo espaço é ideal para grupos e famílias. O novo anfiteatro do Jardim das Tílias, que fica situado nas traseiras do templo foi inaugurado precisamente no dia 29 de junho desse mesmo ano, por ocasião da peregrinação anual. Em algumas tílias podemos observar musgos e fetos epífitos. Nos locais mais sombrios abundam cogumelos e os muros estão cobertos de heras.
![Photo ofEscadório de Santa Luzia](https://s0.wklcdn.com/image_206/6209916/50141901/33318651.700x525.jpg)
Escadório de Santa Luzia
Mesmo ao lado da entrada para o funicular (ponto de partida e de chegada deste trilho) podemos observar parte do escadório de Santa Luzia.
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