Douro Vinhateiro: de Provesende ao Pinhão com passagem por São Cristóvão e Casal de Loivos

1. O Alto Douro Vinhateiro combina a natureza monumental do vale do rio Douro ladeado de encostas íngremes e acidentadas com a ação persistente do homem. A relação íntima entre a atividade humana e a natureza permitiu criar nesta região um ecossistema de valor único aproveitado de forma exemplar para o cultivo da vinha e a produção do vinho do Porto.
2. Foi neste mar de vinhas plantadas em ondulantes socalcos, polvilhado de aldeias e quintas, que planeamos e realizamos o presente percurso, circular e "fora de trilho" - isto é, não marcado e, aqui e ali, por caminhos não públicos.
3. Começamos e terminamos na aldeia vinhateira de Provesende (razões logísticas), junto à capela da Senhora das Dores. Descemos por “caminhos” sinuosos desenhados entre vinhedos até à aldeia de São Cristóvão do Douro. Pelo caminho passamos por dois pontos críticos (transição entre caminhos desnivelados) e três miradouros situados na EM 323 (miradouros de São Cristóvão, da Filoxera e do Vale do Pinhão). Atravessamos o rio Pinhão e subimos até à turística aldeia de Casais de Loivos. Visitado o Museu do Azeite D´Origem e fruídas as fabulosas vistas sobre o vale do rio Douro a partir do Miradouro de Loivos, descemos até ao Pinhão por um caminho com panorâmicas espetaculares sobre o vale do rio Douro, o Pinhão e as quintas Da Roêda e das Carvalhas. No cais do Pinhão, recuperamos forças – comemos, bebemos e descansamos. Depois foi o regresso a Provesende por caminhos com vistas de cortar a respiração: primeiro sobre o Pinhão (visto de frente) e as curvas do rio Douro, depois sobre os vinhedos das encostas da ribeira do Pontão e do rio Pinhão.
4. Em síntese, diríamos que se trata de um percurso espetacular que tem, como principal ponto de interesse as belas vistas sobre as encostas dos vales dos rios Pinhão e Douro e os aglomerados populacionais de São Cristóvão do Douro e Pinhão, os socalcos ondulantes cobertos de vinhas multicolores (um quadro imperdível sobretudo nos meses de setembro e outubro) e as aldeias turísticas de Provesende e de Casal de Loivos ambas merecedoras de uma visita demorada.
Alertas:
1. Trata-se de um percurso "fora do trilho": não marcado e com troços em propriedade privada, o que não constitui, tanto quanto nos foi dado constatar, problema para pequenos grupos ("passem à vontade").
2. Ao longo do percurso deparamo-nos com três “pontos críticos” que ultrapassamos com alguma dificuldade e cuidado (devagar para ninguém se magoar):
i) Na transição de P1 para P2 há uma parede bastante alta difícil de transpor – procurar o local de passagem mais conveniente entre os dois pontos ou perto deles.
ii) Em P3, a transição do caminho das vinhas para a estrada pode colocar alguns problemas. Descemos por um ribeiro e saltamos uma rede baixa de proteção da estrada. À esquerda da última curva do caminho de aproximação à estrada há um portão de ligação à estrada que, estando aberto (na altura estava aberto) ou mesmo fechado, facilita a passagem.
iii) Em P4 entramos por um portão aberto – quando fechado, é possível aceder facilmente ao caminho uns metros à frente (não há rede ou muro).
iv) Entre os pontos P5 e P6 fomos a “corta-mato”. Subimos por uma interessante/apelativa escadaria seguida da ultrapassagem de dois barrancos cuja ultrapassagem levantou alguns problemas. Não querendo fazer o corta-mato, é só seguir o caminho indicado pelas bandeirolas 1.

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