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De Vila Boa de Quires ao Parque da Cidade de Penafiel

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Trail stats

Distance
8.46 mi
Elevation gain
1,460 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
1,398 ft
Max elevation
1,635 ft
TrailRank 
85 4.8
Min elevation
640 ft
Trail type
One Way
Time
4 hours 42 minutes
Coordinates
1138
Uploaded
December 18, 2021
Recorded
December 2021
  • Rating

  •   4.8 3 Reviews

near Vila Boa de Quires, Porto (Portugal)

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE E SANTOS PASSOS (IGREJA DO SAMEIRO)

- Trilho linear sem marcações, desenhado para ligar Vila Boa de Quires a Penafiel, com início junto às Obras do Fidalgo (existe zona de estacionamento) e fim no Parque da Cidade de Penafiel;
- Ao longo deste percurso existem vários pontos de referência, com destaque logo no início para as impressionantes Obras do Fidalgo, seguidas da bela igreja românica de Santo André de Vila Boa de Quires. Seguem-se o Alto do Monte do Castro de Quires, o conjunto arqueológico do Dólmen e Necrópole Rupestre da Portela, o Parque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos (Igreja do Sameiro), os vários imóveis históricos da rua Alfredo Pereira, o Largo e Capela de Nossa Sra. da Ajuda, o antigo Caminho de Pussos, a ponte medieval de Pussos sobre o rio Cavalum e o Parque da Cidade de Penafiel;
- Misto de antigos caminhos rurais, estradões florestais, calçadas, caminhos de pé posto e algumas ruas da cidade de Penafiel;
- Trilho com características fáceis e sem declives muito acentuados;
- No Vale do Cavalum, além das suas características rurais, está implantado o Parque da Cidade de Penafiel, um espaço singular, muitíssimo bem projetado e que já mereceu prémios no âmbito da sustentabilidade ambiental;
- A cidade de Penafiel, com os seus 250 anos de existência, está repleta de edifícios e recantos cuja importância histórica é indissociável do seu legado enquanto cidade de referência do Vale do Sousa;
- Como ponto negativo refiro o excesso de eucaliptos ao longo do trilho, assim como a inaceitável constatação de que pelo meio dos eucaliptais encontrei muito lixo espalhado junto aos carreiros e estradões, quer seja entulho da construção civil, quer seja lixo urbano (essencialmente plásticos e electrodomésticos de grande volume). Tais factos são inadmissíveis, pelo que não compreendo o que as autoridades competentes andam a fazer em matéria de fiscalização... já para não falar na galopante falta de civismo que a cada dia que passa atinge níveis intoleráveis. Uma vergonha, infelizmente;
- Este trilho é um percurso acessível e que não exige especial capacidade física. No entanto, se chover, alguns caminhos de terra, tornar-se-ão escorregadios e lamacentos. O ideal, para desfrutar dos vários pontos de interesse, será mesmo um dia seco mas não muito quente;
- No seu todo é um percurso descontraído, acessível e rico em diversidade histórica e cultural. As terras de Arrifana de Sousa, repletas de história e tradição, irão surpreender, com certeza, quem as visite!!


ANTA DE SANTA MARTA OU DÓLMEN DA PORTELA


PORMENOR DO PERCURSO

Outros percursos realizados nesta região:
Rota pelo vale do Sousa: entre Penafiel, Bustelo e Novelas
Pela Rota do Românico: na senda da Beata Mafalda
Rota pelo vale do Sousa: de Penafiel ao Mosteiro de Bustelo
Rota Circular a Penafiel: do Vale do Sousa ao Vale do Cavalum
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 05
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 04
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 03
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 02
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 01
Por terras de Arrifana de Sousa: de Penafiel a Vila Boa de Quires
Arrifana de Sousa (Penafiel)
Penafiel, Rande e Milhundos
Penafiel (Vale do Cavalum)


OBRAS DO FIDALGO (CASA INACABADA DE VILA BOA DE QUIRES)


PANORÂMICA DA SERRA DA BONECA

- A LENDA DA PENA FIEL
Por volta do ano 950, existia como grande senhora da Região, uma respeitável matrona de alta linhagem, com o nome de Mumadona Dias, viúva do honrado Conde Hermenegildo. Junto do Túmulo do seu bem-amado esposo, Mumadona passava os dias, onde se confessava chorando a amargura que lhe inundava a alma, e não se cansava de prantear sua triste sorte. Também junto do túmulo falava dos seus filhos, Nuno e Arriana, dizendo que sem eles a sua vida de nada serviria. Decerto por tudo isso, quando houve a divisão dos bens deixados pelo Conde Hermenegildo, a chorosa viúva escolheu as melhores terras para os seus filhos predilectos- Arriana e Nuno. Mas os filhos recusavam dizendo:
- "Só a morte nos poderá separar de vós!"
Quando Mumadona falava a sua filha em casar ela exclama sempre que nunca iria casar! Passados uns tempos Mumadona recebeu a visita de um vizinho poderoso, D. Mendo de Sousa, senhor de muitas terras em redor. D. Mendo, deu a conhecer então a sua visita:
- "Senhora, conheceis quem sou e quanto valho. Ninguém se me pode comparar em poderio. E assim devereis considerar uma honra, senhora, para vós e para vossa casa, que eu deseje casar com vossa filha Arrifana".
Dona Mumadona, tolhida de espanto só respondeu:
- "Perdão, D. Mendo... minha filha chama-se Arriana... e não Arrifana!"
Então a teimosia começou entre os dois por causa do nome da filha de Mumadona, até que esta disse que quem ia decidir era a Arriana. D. Mendo bem relembrou que quem decidia o noivo/a dos filhos eram os pais, mas Mumadona exclamou:
- "Não, Senhor D. Mendo de Sousa... nem a vossa fortuna, nem o vosso poder me farão mudar de ideias... Quem decide acerca do seu próprio coração é minha filha Arriana!!
Foi então que Arriana foi informada da vontade de D. Mendo de Sousa, que sempre trocava o seu nome por Arrifana. Então, nisto Arriana respondeu:
- "Senhor D. Mendo, sei bem como sois forte e rico... Iria decerto encontrar em vós um esposo ideal... Mas a verdade é que jurei não casar... e não caso, nem mesmo com o poderoso D.Mendo de Sousa!"
Com isto D. Mendo foi embora. Assim tudo voltou à normalidade. Família unida e feliz. Mas como o povo diz: "Não há bem que dure sempre"... Então surgiu um mal pior... Nuno adoeceu com grandes febres e perigosas... Durante dias, noites, semanas, as duas mulheres não largaram a cabeceira do enfermo. Foram chamados os melhores físicos e curandeiros, mas tudo em vão. A vida aos poucos e poucos ia abandonando o corpo de Nuno, que tão vigoroso fora. Ele bem o sentia, elas bem o sentiam. Mas lutavam ainda apesar de tudo. Elas bem o encorajavam, mas Nuno, todavia, compreendeu perfeitamente quando o momento chegou e disse:
- "Não vos quero aflitas... É a minha hora! Quem sabe? Talvez seja o senhor meu pai a chamar-me lá do céu..."
Ele sorrindo debilmente disse:
- "Pois tendes de me perder... ides ficar sem mim, eu vos digo... Sinto que me estou a afastar da terra."
Elas exclamaram em berros aflitivos:
- "Meu filho!"
- "Meu irmão!"
Mas era bem verdade, dolorosamente verdade, Nuno falecera... Conta ainda a lenda que desde então as duas mulheres viveram em pranto chorando a morte de Nuno, e que mal chegavam as trevas da noite, a Viúva Mumadona e sua filha Arriana vagueavam por ali, como doidas, desabafando dores e saudades:
- "Esta será para sempre a terra da nossa Pena Fiel pelo nosso querido Nuno!"
- "Tendes razão filha! Para todo o sempre, esta há-de ficar a ser a terra da nossa Pena Fiel!"
Passados anos, Mumadona e Arriana acabaram por morrer a as terras foram parar às mãos de D. Mendo de Sousa, que embora velho e agastado dizia:
- "Pois Claro! Já que ela não quis casar comigo em vida, ao menos pertencem-me as suas terras, e vou dar-lhes o nome que tanto gostava: serão as terras de Arrifana de Sousa, para que perpetuem o nome dela e o meu apelido."
As terras ficaram então com este nome, até que D. José I que conhecia a história da dor da saudade pelo jovem Nuno, quis também associar-se à tradição e a 3 de Março de 1770, elevou Arrifana de Sousa a Cidade com o Nome de Penafiel.


PANORÂMICA DA CIDADE DE PENAFIEL


PORMENOR DO PERCURSO

Waypoints

PictographSummit Altitude 1,635 ft
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Alto do Monte do Castro de Quires

O Castro de Quires, situado perto do casal de S. Domingos, perto da partilha com o concelho de Penafiel, confirma o povoamento precoce desta freguesia. É um reduto castrejo de grandes dimensões, que manteve até hoje grande parte das suas estruturas habitacionais e três linhas de fortificações. A sua existência é já referida por autores como Pinho Leal, José-Augusto Vieira ou mesmo o Padre Carvalho. Habitado desde o período Calcolítico, o Castro de Quires desenvolve-se num pequeno alto. Na acrópole, ainda é possível ver restos da antiga muralha. À superfície, vêem-se alinhamentos em pedra, respeitantes a construções domésticas. Em termos de espólio, foram recolhidos fragmentos de cerâmica castreja e romana.

Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela

Anta de Santa Marta ou Dólmen da Portela

A Anta de Santa Marta ou Dólmen da Portela ou Forno dos Mouros, é um monumento megalítico português localizado em Santa Marta, Penafiel, no distrito do Porto. Está representado no brasão da freguesia. Os arqueólogos calculam que esta anta, formada por sete esteios e com uma laje superior com cerca de 3,3 metros por 2,1 metros, tenha sido construída no Terceiro milénio a.C.. Possuiu um corredor com cerca de 6 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, do qual só já existem dez esteios. Foi-lhe atribuído o estatuto de Monumento Nacional em 1910 pelo IPPAR.

PictographRiver Altitude 1,004 ft
Photo ofAçude (rio Cavalum) Photo ofAçude (rio Cavalum) Photo ofAçude (rio Cavalum)

Açude (rio Cavalum)

O rio Cavalum é um rio que nasce em Portugal no lugar de Curcil, perto da freguesia de Croca, na localidade de Casais Novos, concelho de Penafiel. Tem cerca de 17 quilómetros, atravessa o Parque da Cidade de Penafiel, é um afluente do rio Sousa e pertence à bacia hidrográfica do Rio Douro. A presa identificada como nascente do rio Cavalum, está envolta em silvados. A partir daí o Cavalum, que mais parece um pequeno rego de água, está encanado, atravessando alguns campos. Curiosamente, não é dos tempos actuais a atitude de encanar o rio Cavalum nas proximidades da sua nascente. Vários troços do rio já foram encanados no passado, atravessando subterraneamente alguns campos através de “minas” feitas totalmente em pedra.

PictographProvisioning Altitude 1,095 ft
Photo ofCafé / Bar Casa do Lago Photo ofCafé / Bar Casa do Lago Photo ofCafé / Bar Casa do Lago

Café / Bar Casa do Lago

PictographWaypoint Altitude 1,241 ft
Photo ofCalçada de Arnova Photo ofCalçada de Arnova Photo ofCalçada de Arnova

Calçada de Arnova

PictographWaypoint Altitude 994 ft
Photo ofCaminho de Pussos Photo ofCaminho de Pussos Photo ofCaminho de Pussos

Caminho de Pussos

Historicamente, foi um dos principais caminhos de acesso à ponte de Pussos, vindo da cidade de Penafiel e era utilizado pelos viajantes que se dirigiam para Sul. Partia do largo de Nossa Senhora da Ajuda, sob um arco situado sob edifícios dos séculos XVII/XVIII, apelidado de carreiro ou caminho de Pussos. Uma parte do seu percurso ainda é ligeiramente mais largo que um carro, havendo sítios onde a medida pouco ultrapassa a de um carro de bois. Na Ponte de Pussos caminhava-se em direção a Duas Igrejas e Entre-os-Rios, passando ao lado da fonte de Pussos, um dos mananciais de água pública de que já no século XVII usufruíam as inúmeras propriedades agrícolas do lugar.

PictographWaypoint Altitude 827 ft
Photo ofCarreiro de Mimosas Photo ofCarreiro de Mimosas Photo ofCarreiro de Mimosas

Carreiro de Mimosas

PictographMonument Altitude 680 ft
Photo ofObras do Fidalgo (Casa inacabada de Vila Boa de Quires) Photo ofObras do Fidalgo (Casa inacabada de Vila Boa de Quires) Photo ofObras do Fidalgo (Casa inacabada de Vila Boa de Quires)

Obras do Fidalgo (Casa inacabada de Vila Boa de Quires)

Apesar de nunca ter sido terminada, e de estar em ruínas, a imponente fachada da casa de Vila Boa de Quires é suficiente para determinar a imponência e monumentalidade do projecto, iniciado por António de Vasconcelos Carvalho e Meneses. Não é certa a data do início da construção, que deverá ser balizada entre 1740 e 1760, muito embora a gramática decorativa do alçado principal, já rocaille, se inscreva na segunda metade da centúria. No contexto da arquitectura civil portuguesa do século XVIII, a Casa de Vila Boa de Quires mantém-se fiel a uma tradição planimétrica, que se pauta pela linearidade e organização em comprimento, ou seja, a denominada casa comprida. Assim, todo o esforço cenográfico e de monumentalização do imóvel é concentrado na fachada, que encerra "uma verdadeira lição sobre a gramática do estilo barroco - aliás, já da época rocaille", cuja filiação poderá radicar na obra de Nicolau Nasoni. De dois pisos, e seccionada por pilastras, onde se destaca, ao centro, o portal principal, a fachada pauta-se pela simetria na abertura dos muitos vãos que a caracterizam. Do lado esquerdo não existe a secção correspondente aos frontões que rematam as janelas do andar superior, apenas observáveis nos dois do lado oposto, junto à secção central. Estes, de moldura interiormente recortada, e terminando num frontão semicircular com decorações no tímpano, deveriam ser janelas de sacada, uma vez que a base coincide com o friso, com volutas na zona inferior. No piso térreo, os vãos apresentam lintel recortado e frontão semicircular mais acentuado. As portas são flanqueadas por volutas. A zona de maior impacto é, todavia, a central, mais avançada, e onde se abre o portal. A sua configuração respeita a orgânica já observada, de dois andares, sendo o primeiro rasgado por dois óculos quadrilobados e de remate em vieira, que ladeiam o portal. Este, de verga também interiormente recortada, apresenta duas colunas com enrolamentos, sobre as quais assenta o entablamento em arco abatido, que acompanha o desenho da porta, e suporta o frontão de volutas, interrompido pelas formas vegetais que preenchem o tímpano e se prolongam até à vieira que encerra o conjunto. As duas janelas do andar nobre respeitam o traçado das restantes, mas os seus remates são bem mais imponentes, com uma espécie de sanefa e o motivo denominado por brincos, a imitar tecido, a que se acrescentam os enrolamentos na zona superior, até à cornija. Ao centro, uma cartela é envolta por elementos vegetalistas, cuidadosamente lavrados. O efeito de monumentalidade criado por este conjunto não invalida a perícia e o pormenor de todos os motivos decorativos que o caracterizam, e que se inscrevem num gosto rocaille de curva e contracurva, de grande dinamismo e cenografia. A própria imitação de tecidos, dispostos um pouco à maneira de bocas de cena, traduz bem a importância dos efeitos ilusórios e cenográficos que se pretendia alcançar. A interrupção a que a obra foi sujeita permanece, ainda hoje, por explicar, muito embora a tradição impute a paragem dos trabalhos à morte do hipotético arquitecto espanhol, responsável pelo projecto. Observando a arquitectura da região, e seguindo ainda a análise de Carlos de Azevedo, este é um dos solares que, juntamente com a Casa do Cabo de São João da Pesqueira, ou o solar de Mateus, se integra numa tradição de monumentalidade na construção setecentista das margens do Douro.

PictographReligious site Altitude 839 ft
Photo ofIgreja Românica de Santo André de Vila Boa de Quires Photo ofIgreja Românica de Santo André de Vila Boa de Quires Photo ofIgreja Românica de Santo André de Vila Boa de Quires

Igreja Românica de Santo André de Vila Boa de Quires

Sobre um território amplo e fértil em que se desvenda o Tâmega, esta Igreja é reveladora da opulência histórica, arquitetónica e social que outrora marcou Vila Boa de Quires. Os documentos históricos remetem para a uma possível fundação no século XI, destacando-se, no ano de 1118, a referência enquanto instituição monástica - o monasterium que dicent Villa Bona de Queiriz -, descrição que aparece pelo menos até ao ano de 1258. Os elementos arquitetónicos desta Igreja, dedicada a Santo André, remetem para o segundo quartel do século XIII. Merece especial atenção a fachada principal, uma das mais elaboradas do Baixo Tâmega, com esquema semelhante à Igreja de Barrô (Resende). O portal, estilisticamente aproximado ao Mosteiro de Paço de Sousa (Penafiel), ostenta capitéis ornamentados com motivos simétricos de sabor vegetalista e mísulas que assumem a forma de cabeças de bovídeos. Em 1853, Vila Boa de Quires pertencia ao concelho e comarca de Penafiel, tinha 393 fogos, era da apresentação da Casa de Bragança e o reitor auferia de côngrua 250 réis. Atualmente integra o conjunto das freguesias que compõem o município do Marco de Canaveses.

PictographReligious site Altitude 997 ft
Photo ofLargo e Capela de Nossa Sra. da Ajuda Photo ofLargo e Capela de Nossa Sra. da Ajuda Photo ofLargo e Capela de Nossa Sra. da Ajuda

Largo e Capela de Nossa Sra. da Ajuda

A Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, situa-se no largo com o mesmo nome, no centro histórico de Penafiel. Este Monumento religioso era no século XVI uma primitiva capela, que mais tarde deu lugar a uma Igreja de dimensão apreciável em 1785, com a ajuda de todos os penafidelenses devotos e com dádivas da Rainha D.Maria I. Esta Igreja contém um espólio bastante rico, não só de beleza mas também pelo seu estado de conservação. Guarda ainda duas imagens muito valiosas que raramente estão expostas, sendo que a última vez que saíram em procissão foi em 2007. Esta igreja está a cargo da Irmandade de Nossa Senhora da Ajuda.

PictographWaypoint Altitude 983 ft
Photo ofMoinho (rio Cavalum) Photo ofMoinho (rio Cavalum)

Moinho (rio Cavalum)

Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepultura 1) Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepultura 1) Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepultura 1)

Necrópole Rupestre da Portela (sepultura 1)

A necrópole de Santa Marta localiza-se junto do dólmen da Portela, no lado oposto da estrada, e é constituída por três sepulturas escavadas na rocha. Esta necrópole, ou cemitério, data da Alta Idade Média e situa-se, cronologicamente entre os séculos XIII a XI, constatando-se assim uma longa tradição funerária para este local, ao qual se associavam antigas vias de comunicação, como indicam o topónimo "Portela" e a presença da vizinha ponte medieval sobre o rio Cavalúm. A sepultura 1 encontra-se junto do muro de divisão de propriedade, e foi aberta no afloramento granítico com uma orientação de NW-SE, por forma a adaptar-se à penedia. De forma sub-trapezoidal, esta sepultura é antropomórfica, com cabeceira em arco de volta perfeita levemente aberto, apresentando-se a linha dos ombros e dos pés bastante suave e arredondada. Na zona da cabeceira possui um rebordo parcial.

Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepulturas 2 e 3) Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepulturas 2 e 3) Photo ofNecrópole Rupestre da Portela (sepulturas 2 e 3)

Necrópole Rupestre da Portela (sepulturas 2 e 3)

A cerca de 10 metros da sepultura 1, encontram-se as sepulturas 2 e 3, muito destruídas e mutiladas, ambas com orientação canónica quase perfeita. São paralelas entre si mas estão desalinhadas, sendo a primeira (sep. 2) antropomórfica, de planta e cabeceira sub-rectangulares e antropomorfismo assimétrico, mais vincado na linha do ombro esquerdo. A segunda sepultura (sep. 3) apresenta uma forma ovalada, sem sinais de antropomorfismo, e possui rebordo lateral já pouco visível, sendo claramente anterior às restantes sepulturas. Cronologicamente, podem datar-se entre os séculos IX - XI, embora a sep. 3 seja, muito provavelmente, de fase anterior.

PictographTree Altitude 717 ft
Photo ofParque da Cidade de Penafiel Photo ofParque da Cidade de Penafiel Photo ofParque da Cidade de Penafiel

Parque da Cidade de Penafiel

Integrado no vale do Rio Cavalum, o Parque da Cidade, inaugurado em 5 de Agosto de 2005, proporciona aos seus visitantes e à comunidade em geral, o usufruto de um espaço privilegiado como área de lazer e de educação ambiental/cultural. Com uma área verde de 70 074m2, consiste num espaço de recreio e lazer para a população. Este espaço verde tentou manter a topografia original do terreno, com a manutenção de alguns muros e socalcos, e integrou algumas estruturas pré-existentes, como um moinho situado na freguesia de Marecos. O Parque da cidade resulta de um projecto a desenvolver em diversas fases dispondo actualmente de um Parque Infantil, Parque de Merendas, Instalações Sanitárias, Parque de Estacionamento, Espelho de Água e Jardim de Plantas Aromáticas.

PictographTree Altitude 1,120 ft
Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Parque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Sobre a Cidade e o Vale do Sousa, foi construído nos finais do século XIX início do século XX, aquando da construção do Santuário da Senhora da Piedade e Santos Passos, o Parque Zeferino de Oliveira mais conhecido por Jardim do Sameiro. O Jardim do Sameiro é um exemplo da escolha perfeita do lugar. A sua construção estratégica tira partido das melhores vistas, revelando a mestria dos nossos antepassados na arte de projetar jardins. O jardim desenvolve-se ao longo de vários patamares, acessível por escadas que conduzem até canteiros bem mantidos, limitados por sebes de buxo topiado. No interior dos canteiros, as plantas anuais dão cor e alegria ao cenário verde do buxo e das sebes em ligustrum que contornam a escadaria principal e uma panóplia de herbáceas e arbustos, tais como rosas, azáleas, rododendros e camélias.

PictographRiver Altitude 706 ft
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Rio Cavalum (ponte)

PictographBridge Altitude 798 ft
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Ponte de Pussos (ou ponte Nova)

A Ponte Nova ou Ponte de Pussos foi construída em 1826 com um arco perfeito e tabuleiro plano, pouco abaixo da Ponte dos Moinhos. Era particular para o serviço de carros e pública para o restante trânsito, tem um só arco mas com a largura e altura que as enchentes maiores já não poderão exceder. Esta ponte é datável do século XVII (Caminhos Antigos e de Peregrinação em Penafiel), e terá substituído uma outra, denominada Ponte Surda pelas Inquirições de 1258, nas quais se refere ainda a existência de uma estrada. A orientação desta passagem sobre o rio Cavalum sugere uma ligação aos lugares de Vilar, Santo António, Ermo, Marecos e até Entre-os-Rios. Todavia, as Memórias Paroquiais de 1758, no rio Cavalum e dentro dos limites da vila de Arrifana de Sousa, apenas referem a existência de uma ponte de pedra, que seria muito baixa e estaria construída no lugar de Cavalum, junto da qual estariam três moinhos.

PictographBridge Altitude 967 ft
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Ponte sobre rio Cavalum

PictographBridge Altitude 994 ft
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Pontelha (rio Cavalum)

PictographWaypoint Altitude 960 ft
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Quinta da Caturra

A antiga Quinta da Caturra irá sofrer profundas alterações num futuro próximo. Neste local vai ser implantado um novo projeto municipal, o Ponto C: uma sala de espetáculos com capacidade para 400 pessoas. Além do grande auditório, será criada uma sala polivalente para eventos de menor dimensão, assim como vários espaços que servirão de ponto de partilha para experiências artísticas. Na área envolvente ao edifício cultural, que vai preservar a imponente moradia da antiga Quinta da Caturra, vai nascer uma grande praça multiusos, com zonas verdes, zonas de lazer e um anfiteatro natural, capaz de acolher diversos eventos culturais e recreativos realizados ao ar livre. A nova praça, que vai permitir a expansão da malha urbana da Cidade de Penafiel, irá ter uma grande varanda sobre a paisagem verdejante do Cavalum.

PictographWaypoint Altitude 922 ft
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Quinta de Pussos

Consta das memórias da cidade de Penafiel que o General Humberto Delgado, aquando da sua visita à cidade em 15 de maio de 1958, terá pernoitado em casa do Dr. Rodrigo de Abreu, proprietário da Quinta de Pussos. Essa casa, localizada para os lados de Milhundos, não teria um grande acesso - pelo que o Dr. Rodrigo de Abreu, pese embora toda a descrição óbvia que a guarida requeria, pediu licença a um amigo para que, nessa ocasião, se fizesse a entrada por terrenos de sua propriedade, localizados junto ao actual Largo de S. Bartolomeu (na ocasião seria conhecido como “Largo das Cebolas”). Com efeito, existia um caminho que ligava o Largo de S. Bartolomeu à casa do Dr. Abreu, na Quinta de Pussos. Mas acontece que parte desse caminho teria que ser percorrido a pé... Pelo que tal facto não permite confirmar se o General terá realmente pernoitado na Quinta de Pussos.

PictographRiver Altitude 711 ft
Photo ofRio Cavalum Photo ofRio Cavalum Photo ofRio Cavalum

Rio Cavalum

O rio Cavalum é um rio que nasce em Portugal no lugar de Curcil, perto da freguesia de Croca, na localidade de Casais Novos, concelho de Penafiel. Tem cerca de 17 quilómetros, atravessa o Parque da Cidade de Penafiel, é um afluente do rio Sousa e pertence à bacia hidrográfica do Rio Douro. A presa identificada como nascente do rio Cavalum, está envolta em silvados. A partir daí o Cavalum, que mais parece um pequeno rego de água, está encanado, atravessando alguns campos. Curiosamente, não é dos tempos actuais a atitude de encanar o rio Cavalum nas proximidades da sua nascente. Vários troços do rio já foram encanados no passado, atravessando subterraneamente alguns campos através de “minas” feitas totalmente em pedra.

PictographWaypoint Altitude 1,020 ft
Photo ofRua Alfredo Pereira (zona histórica) Photo ofRua Alfredo Pereira (zona histórica) Photo ofRua Alfredo Pereira (zona histórica)

Rua Alfredo Pereira (zona histórica)

Alfredo Pereira (Macau, 08-10-1853 / Lisboa, 29-03-1925) foi um ilustre Engenheiro Agrónomo-Silvicultor, mas que teve acção preponderante nos CTT, embora o seu nome esteja “Toponomizado” em Penafiel, não pela sua acção enquanto “Postalista” mas sim, como deputado, representando o Círculo de Penafiel. Foi também secretário, interino, do Ministério das Obras Públicas. Foi condecorado com o Grau de Comendador de Santiago, Comendador da Ordem de Santa Ana, da Rússia, Cavaleiro e Comendador da ordem da Legião de Honra, da França, da Rússia, do Japão, do Luxemburgo e da Roménia.

PictographRuins Altitude 1,066 ft
Photo ofRuínas da Capela de São Bartolomeu Photo ofRuínas da Capela de São Bartolomeu Photo ofRuínas da Capela de São Bartolomeu

Ruínas da Capela de São Bartolomeu

Templo construído na base do Monte Maninho ou do Povo, também chamado de São Bartolomeu, pela transferência do orago da Capela situada no Lugar de Louredo para aqui, por volta de 1758. Em 1775 ainda não se celebrava missa na capela que terá sido desactivada antes de 1791, data em que o santo foi novamente transferido para a Capela de S.Mamede, então situada na atual Praça do Município. Em 1804, a Confraria dos Santos Passos iniciou a construção de um Calvário com as ruínas do antigo edifício, obra que não concluiu. Por iniciativa de um particular, Manuel Barbosa, de apelido o Michaela, o templo foi restaurado e rezada a primeira missa no dia 24 de Agosto de 1819, dia da festa do santo. Também a feira de S.Bartolomeu ou das cebolas, que se realizava em Louredo, foi transferida para o Largo da Devesa, em Cimo de Vila, próximo da capela que, embora descrita como pequena e pobre, dispunha de um terreiro amplo e arborizado e água em abundância para a realização da feira, onde se manteve mesmo depois da demolição definitiva do templo em 1895, tendo a imagem do santo sido recolhida no inacabado Santuário de Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos em 1894. São Bartolomeu tem altar no interior do Santuário de Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos.

PictographReligious site Altitude 1,157 ft
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Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos (Igreja do Sameiro)

Situado no ponto mais alto da bela cidade de Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos, também conhecido por Santuário do Sameiro, é um dos locais mais famosos e visitados da região. O Santuário foi construído em finais do século XIX a par do belo Parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro, num encantador estilo romântico, com a cidade a seus pés. Daqui o panorama é de excelência, desenvolvendo-se o jardim ao longo de vários patamares que enaltecem os materiais da zona e primam pelas belas cores da vegetação nos canteiros, promovendo bonitas e coloridas paisagens, num local de grande paz de espírito.

Comments  (6)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Jan 2, 2022

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    Foi uma caminhada de natal muito divertida! Gostei particularmente de voltar às Obras do Fidalgo, um monumento único e impressionante. E o convívio final no Parque da Cidade de Penafiel foi mesmo fantástico. Muito bom! Grande abraço e continuação de boas caminhadas.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jan 4, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
    Foi uma caminhada natalícia muito divertida, em excelente companhia.
    Boas caminhadas e um excelente 2022!!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Jan 15, 2022

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    Já por aqui andei e gostei muito de percorrer esses caminhos. A Obra do Fidalgo é simplesmente inacreditável! E o Dólmen da Portela é também uma referência de visita obrigatória. Já para não falar no excelente Parque da Cidade de Penafiel. É um bom percurso, mesmo tendo muitos eucaliptos!!!!!! Abraço

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jan 16, 2022

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
    A Obra do Fidalgo é realmente algo único e incrível! Grande abraço e continuação de boas caminhadas.

  • Nuno Alvaro Freire Melo Sep 26, 2022

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    Muito bom

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Sep 26, 2022

    Obrigado, Nuno, pelo comentário e avaliação do trilho.
    É bom saber que esta partilha lhe foi útil e que desfrutou deste percurso.
    Continuação de ótimas caminhadas!

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