De Paredes ao Cruzeiro de Baltar
near Madalena, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
- Trilho circular sem marcações, com alguns troços comuns, com início e fim na rua do Ribeiro, Madalena (Paredes);
- Decorre ao longo de calçadas urbanas, caminhos rurais e estradões de terra, entre os arredores da cidade de Paredes e a serra do Muro de Vandoma;
- Trilho com características técnicas fáceis, sem desníveis acentuados e que se realiza num curto espaço de tempo;
- A paisagem rural é muito agradável! E as vistas panorâmicas do alto da serra do Muro permitem vislumbrar toda a região, desde o vale do Sousa até aos maciços do Marão, Montemuro, Parque das Serras do Porto e, a poente, o oceano Atlântico;
- Um bom trilho para se realizar em qualquer altura do ano. Ter em atenção que, com chuva e vento, será sempre desagradável pela sua exposição.
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- PAREDES
Paredes é um concelho da região norte de Portugal, que em 2013 passou a integrar a Área Metropolitana do Porto. O actual concelho de Paredes assenta no antigo concelho de Aguiar de Sousa, que data dos primórdios da Monarquia. O concelho de Aguiar de Sousa surgiu num pacto de povoamento de Vale do Sousa, tendo sido criado pelos meados do século XII. De facto, consta nas inquirições de 1258 mandadas fazer por D. Afonso III, conforme consta no fascículo II, Vol.I, do Corpus Codicum Latinorum. Aqui são referidas, também, algumas das actuais freguesias do concelho de Paredes, pertencentes ao então julgado de Aguiar de Sousa: Estremir, Crestelo, Vilela, Bendoma, Ceti, Gondalães, Veiri e Gandera. Aguiar de Sousa recebeu foral em 1269, confirmado em 1411 por D. João I e reiterado por D. Manuel I em 1513. Sensivelmente na mesma altura, Baltar recebia também a categoria de concelho. Baltar foi elevada a categoria de vila, passando assim a ter enormes direitos, só comparáveis às maiores povoações do reino. D. João V, a 6 de Março de 1723, confirmou esses privilégios. Desde o Século XVI que Paredes se tornou na capital do concelho de Aguiar de Sousa, assumindo deste modo uma posição de destaque em relação à povoação de Aguiar de Sousa. Toda a importância então adquirida vai permitir a formação do concelho de Paredes aquando da reorganização da divisão administrativa promovida por Passos Manuel, em 1836, em que foram extintos 498 concelhos, entre os quais constavam os de Baltar, Louredo e Sobrosa e criado o Concelho de Paredes. (...) Com esta configuração, Paredes passou a vila em 7 de Fevereiro de 1844, data do Alvará Régio de D. Maria II que elevava Paredes a essa categoria, com os correspondentes direitos e deveres por "a mesma povoação possuir os necessários elementos para sustentar com dignidade a categoria de vila". O concelho de Paredes possui uma grande tradição na indústria do mobiliário, assegurando cerca de 30% da produção de mobiliário nacional. Esta tradição de transformação da madeira começou em meados do século XIX, muito associada ao facto de existir uma floresta com diferentes espécies que forneciam a matéria-prima para o desenvolvimento desta atividade. (...) A partir de 20 de Junho de 1991, Paredes ascendeu à categoria de cidade. A 26 de Agosto de 2003, foram elevadas a cidade as freguesias de Lordelo e Rebordosa. Gandra também se tornou cidade com estatuto especial, em virtude de nela se situar um importante pólo universitário. O concelho de Paredes contém, deste modo, quatro cidades, sendo o concelho português com maior número de cidades.
- BALTAR
Baltar é uma freguesia portuguesa do concelho de Paredes. A origem etimológica da palavra Baltar, foi explicada de forma bem diferente, por diversos autores. Segundo Pinho Leal, trata-se da junção de duas palavras célticas - balt (água) e aar (corrente). Para Pedro Ferreira, Baltar deriva de Walter, nome germânico pessoal que também esteve na origem de nomes como Gualter, Balteiro, etc. Segundo "O Archeologo Português", Baltar é um nome geográfico já documentado em 1087. Durante a Idade Média, Baltar pertenceu ao concelho de Aguiar de Sousa. Em 1386, D. João I concedeu-lhe o título de Honra (que manteve até 1834) e doou-a ao seu vassalo João Rodrigues Pereira. Este, por sua vez, trocou esta recém-criada Honra com o seu primo D. Nuno Álvares Pereira. Esta troca aconteceu em 30 de Outubro de 1401. Passou assim Baltar para a posse do Condestável, o qual por sua vez a doou à sua filha e marido, os Condes de Barcelos e primeiros Condes de Bragança. Com Foral próprio, Baltar tinha câmara, com dois vereadores, juiz ordinário, tribunal, cadeia, forca e pelourinho, e estava sujeita à justiça superior de Barcelos. Elevada à categoria de vila, Baltar tinha a partir daqui enormes direitos, só comparáveis às maiores povoações do Reino. D. João VI, a 6 de Março de 1763, confirmou esses privilégios. Até ao século XIX, Baltar pertenceu então à casa de Bragança. Tinha, em 1801, 2 070 habitantes e, em 1834, fruto do prestígio alcançado ao longo dos séculos, formou concelho próprio, que no entanto teria uma curta duração, pois foi extinto em 1837. Deste efémero concelho, faziam parte nove freguesias: Baltar, Cete, Vandoma, Astromil, Gandra, Sobrado, São Martinho do Campo, Rebordosa e Lordelo. À excepção de Sobrado e São Martinho do Campo, todas as outras seriam posteriormente integradas no concelho de Paredes.
Waypoints
Cruzeiro de Baltar
Cruzeiro em pedra numa das faces e com iluminação artificial na outra. Tem cerca de quatro metros de altura e está situado no ponto mais alto da freguesia de Baltar.
Vértice geodésico de Vandoma (serra do Muro)
A Serra do Muro de Vandoma aparece designada em documentos medievais por “mons Benidoma” ou “Bendoma”, sendo uma referência fundamental para o território circundante. Este local, a uma altitude máxima de 519 metros, tem condições naturais de defesa e um domínio visual de grande alcance. O topónimo Serra do Muro advém da existência de uma muralha que a circunda com cerca de 4m largura e 3.927m de perímetro, num circuito contínuo mas irregular. Classificado como Castro do Muro de Vandoma, os vestígios arqueológicos apontam para uma ocupação desde a proto-história até à Idade Média. Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Percurso agradável e acessível, ótimo para esticar as pernas de forma descontraída. As vistas panorâmicas desde o Cruzeiro de Baltar são muito boas. Gostei! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!
Uma boa opção para caminhar na zona de Paredes. Agradável. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!