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Covelo do Paivô -Regoufe - DRAVE

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Trail stats

Distance
4.74 mi
Elevation gain
2,526 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,699 ft
Max elevation
2,470 ft
TrailRank 
35
Min elevation
1,138 ft
Trail type
One Way
Coordinates
196
Uploaded
November 15, 2009
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near Covelo de Paivô, Aveiro (Portugal)

Viewed 2857 times, downloaded 60 times

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Itinerary description

Estacionar o carro no largo da igreja mas sem estorvar ninguém, que "aquilo não é tudo nosso". Não são nossas também a uvas no início do caminho, mas ninguém se importa que eu leve um cacho (acho eu). Levar água com fartura ou então um filtro, ou pastilhas de iodo. A subida é ingreme. Aos 200 metros mais ou menos, ao atravessar a ponte sobre o ribeiro, olhar para a esquerda. É nessa poça de água cristalina que se pode tomar uma banhoca na volta, se não estiverem lá os lavradores e se houver coragem para entrar na água bem fresquinha. Seguir caminho pelas marcações. É sempre a subir. De vez em quando, no chão, cristais de quartzo, alguns prismas hexagonais quase perfeitos. O caminho rapidamente se transforma num single trek milenar, com lages tão grandes que só quem comia a sopa toda as poderia ali ter colocado. Bravos homens os que fizeram aquilo. Subir. Do lado esquerdo o monte inclinado, do lado direito, o abismo e a paisagem avassaladora. Subir sempre. De vez em quando uns fiozitos de água cristalina, mas é melhor filtrar se for para beber. Ao chegar a uma pequena ponte (que mais não é que uma grande pedra que para ali está há umas boas centenas de anos) já se aproxima Regoufe.
Atravessar Regoufe, passar a ponte e subir os calhaus, que são o caminho possível. Passar pelos castanheiros que viveram mais que Matusalém. Continuar até ao cabeço. Ufa. Já se comia qualquer coisita. Depois do farnel é sempre a descer até Drave. O caminho é escorregadio em alguns pontos (que o digam os meus glúteos amassados). Chegar a Drave, pela primeira vez, é como passar no portal do tempo, para o passado. Só que está ali à frente. Montar tenda debaixo duma ramada, que já não é podada há muito tempo mas ainda dá boa uva americana. Casa e caminha a postos, vamos ao jantarinho. Uva americana de sobremesa :-). O ribeiro de Palhais está a 3 metros da tenda, a cascata está a 5. Cai muita água e faz muito barulho. Adormeço com estas cantorias do regato.
No dia seguinte subida ao monte virado a nascente para ter rede para um telefonema a sossegar o pessoal em casa. C'um caraças, que esta subida ainda é mais íngreme. Em ziz zag, parecem as escadas do panda Kungfu. Drave está na cota dos 600 metros. Eu já devo estar aos 800 e muitos e ainda nada de rede. Vejo uma cascata que deve ser espectacular. Cai muita água do alto dela. Aos 900 metros e picos lá consigo mandar beijocas para casa. Descer, e já cá em baixo fazer o caminho ao longo da ribeira de palhais. Muitas cascatas. Pequenitas mas com umas poças de agua fantásticas. Deixa só vir o verão que já vos digo como é que é. Ao acabar o caminho atravesar o ribeirito para o lado de lá e voltar para a aldeia. A certa altura um medronho. Com frutos maduros. Era o que eu comia em puto. Souberam-me ao mesmo. Mais umas voltas, e banhoca na ribeira. Caraças que era fresquinha. É para curar as carnes. Jantar e cama.
Manhã seguinte, viagem de volta. Como choveu a noite toda e amanheceu com o sol e céu aberto, o caminho de volta pareceu ainda mais esmagador. Profundidade de campo. No final, na tal poça, mais um baptismo refrescante.
Há quem diga que ainda houve tempo para parar em Arouca e devorar uma vitelinha assada, mas não há provas que o confirmem.

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