Cotovia - Sesimbra - Escola Secundária Sampaio e do Castelo
near Cotovia, Setúbal (Portugal)
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Sobreiro- Quercus suber
O sobreiro é, juntamente com o pinheiro-bravo, uma das espécies de árvores mais predominante em Portugal, sendo mais comum no Alentejo litoral e serras algarvias. Graças à cortiça, o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A extração da cortiça não é (em termos gerais) prejudicial à árvore, uma vez que esta volta a produzir nova camada de "casca" (súber) com idêntica espessura a cada 9 anos, período após o qual é submetida a novo descortiçamento. Recentemente, têm-se desenvolvido processos mais mecanizados e seguros para se proceder a esta operação, como o caso da máquina que corta a cortiça, evitando lesões prejudiciais à vida do sobreiro e que facilita o trabalho dos tiradores, sem os substituir, aumentando assim a produtividade. Pode ter até 20 m, mas normalmente terá 15 m. Curiosidades Esta árvore da família dos carvalhos, fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da ação do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do género Quercus. O sobreiro é uma arvore extremamente bem adaptada ao clima mediterrânico: tem raízes profundas para captar água em profundidade, folhas com cutícula para impedir o excesso de transpiração, perdendo assim menos água pela superfície e uma casca espessa e esponjosa que a protege dos incêndios. Devido à cortiça, o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. No século V a.C. já há uma referência da cortiça como vedante (ânforas gregas tapadas com tampas de cortiça). Nos séculos XVII e XVIII vulgariza-se o uso de rolhas de cortiça para tapar garrafas de vidro. A estrutura celular dos seres vivos foi descoberta através da observação da cortiça pelo naturalista inglês R. Hooke, em 1667. Em 21 de dezembro de 2011 a Assembleia da República aprovou um projeto de resolução que declarou o sobreiro como “árvore nacional”.
Cistus salvifolius - Estevinha - saganho-mouro, sanganho-manso, sargaço-mouro e sargaço-manso.
Pertence à família Cistaceae, que inclui sete géneros e 175 espécies. O género Cistus compreende pelo menos 18 espécies identificadas, das quais cerca de uma dezena surgem espontaneamente em Portugal e são vulgarmente conhecidas como esteva, estevinha, estevão, sanganho, sargaço, etc. A estevinha é uma espécie nativa da região mediterrânica e da Macaronésia. Em Portugal distribui-se um pouco por todo território, sendo mais rara nas terras altas do Norte e Centro. É uma espécie bastante resistente à seca, à exposição marítima e às geadas intensas. Adaptada a uma vasta gama de temperaturas, pode sobreviver em temperaturas negativas baixas (até aos -12ºC) e a temperaturas elevadas. No entanto, não tolera solos encharcados ou condições de alagamento constante. Esta planta, assim como todas as espécies pertencentes à família das Cistaceae, tem muito interesse ornamental. Isto deve-se à sua grande resistência e por ter flores grandes, bonitas e delicadas, que contrastam com o verde-escuro das suas folhas e que podem ser mantidas em vasos ou como arbustos isolados em jardins e noutros espaços verdes. As flores são muito atrativas e muito procuradas pelas abelhas, dando origem a um mel de qualidade. A estevinha é uma espécie pioneira e um bom indicador biológico da degradação dos solos. É uma das primeiras plantas que surgem em áreas sujeitas a sobrepastoreio intenso, onde a competição com outras herbáceas e arbustos foi eliminada. É também das primeiras a aparecer após a passagem de um incêndio, pois as altas temperaturas quebram a dormência das suas sementes. A estevinha é uma planta aromática, embora o seu aroma seja menos intenso do que o de outras espécies do género. Possui propriedades medicinais antissépticas, anti-inflamatórias e antitússicas. A infusão ou decocção de folhas e raminhos são utilizadas para tratar infeções urinárias, contusões, bronquite, doenças renais. Está muito associada a locais degradados e de baixa fertilidade e está adaptada a sobreviver em locais contaminados. Também é uma excelente opção para combater a erosão. Por tudo isto e associado ao facto de também possuir uma baixa exigência nutricional, esta espécie pode facilmente colonizar áreas degradadas, contribuindo para a recuperação das características dos solos, favorecendo a presença de espécies mais exigentes e contribuindo para a biodiversidade do ecossistema. A estevinha é mais uma espécie nativa com um papel fundamental no reequilíbrio dos nossos ecossistemas.
Daphne gnidium - Erva-de-joão-pires, gorreiro, lauréola-macha, mezereão-menor, trovisco, trovisco-fêmea ou trovisqueira.
Distribuição geográfica: Sul da Europa, região mediterrânica e Macaronésia. Em Portugal ocorre em praticamente todo o território. Caducidade: persistente Altura: até 2m Porte: arbusto de ramos delgados, patentes Ritidoma: acastanhado, quase liso Folhas: coriáceas, lineares a obovado-oblongas até 5cm, acuminadas, atenuadas na base, glabras. Estrutura reprodutiva: flores hermafroditas, aromáticas, agrupadas em cachos terminais paniculados ou corimbosos; cálice inserto sobre o receptáculo; hipanto (até 0,5cm) caduco; 4 sépalas petalóides de cor branco-creme de até 2,5mm, ovadas, obtusas, pubérulas; pétalas escamiformes; fruto, drupa ovóide, atenuada no ápice, vermelha. Floração: fim da primavera e verão Maturação dos frutos: verão Habitat e ecologia: Matos secos. Prospera em solos pobres, rochosos, bem drenados, tanto básicos como ácidos e prefere locais com muita luz. Ocorre em locais de altitude não muito elevada, tolerando temperaturas até -5ºC. Usos e costumes: planta muito tóxica, ainda ilegalmente usada para pescar nos rios, envenenando os peixes. Modos de propagação: Por semente: geralmente esta germina melhor se for colhida verde (quando já se desenvolveu totalmente, mas antes de secar na planta) e plantada imediatamente. A germinação deverá ocorrer na primavera, mas por vezes demora mais um ano. Com sementes armazenadas é mais problemática. As sementes devem ser estratificadas a 20ºC por 8-12 semanas, seguido de 12-14 semanas a 3ºC. Ainda assim, pode demorar mais 12 meses a germinar a 15ºC. Se quiser proteger as plantas do frio pode mudá-las para o exterior após o primeiro inverno. Por estaca: cortes de madeira semi-madura, em julho/agosto. Por cortes de raíz, em dezembro. Os últimos métodos revelam-se difíceis. As plantas ressentem-se se perturbadas nas raízes. Informações adicionais: na Serra de Sintra ocorre, certamente escapada de cultura, a D. laureola que se distingue de D. gnidium por ter folhas até 12cm, flores amareladas de até 1,2 cm, com hipanto de até 0,9 mm e drupa negra. Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental. Em termos de naturalidade é nativa da região atrás indicada. Protecção Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.
Pistacia lentiscus-Aroeira
Casca utilizada como chá para reumatismo, febre e infecções urinárias.Com a sua resina - mastique produz-se medicamentos, cosméticos, alimentos e outros fins.Planta dióica Os frutos são comestíveis
Lavandula stoechas + Rosmaninho
Planta que é utilizada como combustível nos santos populares.Ornamentava as procissões e para fins medicinais apesar de ser tóxica devido a presença de cumarinas.
Erva das sete sangrias
Tem duas subespécies: A Glandula prostrata lusitanica que é característica da região centro e sul é endémica da península Ibérica. Segundo alguns estudos etnobotânicos esta planta é muito conhecida pelas várias propriedades medicinais, desde propriedades depurativas, antipiréticas e analgésicas. O nome comum de erva-das-setes sangrias é consequência do efeito depurativo desta planta. Também é utilizada como hipotensora e redutora dos níveis de colesterol, no tratamento de doenças das viais urinárias, no tratamento de infecções e inflamações da pele e tem ação nos vasos sanguíneos. Tem efeitos abortivos e em caso de grandes doses pode causar a morte.
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