CIRCUITO EN TORNO DEL FRIERO Y SECTOR DE LAS PEÑAS CIFUENTES
near Posada de Valdeón, Castilla y León (España)
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Itinerary description
FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
CIRCULAR EM TORNO DEL FRIERO E SECTOR DE PEÑAS CIFUENTES
O sector mais meridional dos Urrieles é formado por uma larga barreira de cumes que protegem atrás de si o resto do maciço, é o Sector de Las Peñas Cifuentes. Este nome deve-se às várias fontes (cien fuentes) que brotam ao sul da Torre del Hoyo de Liordes.
O trilho circunda o grupo del Friero e sector de Las Peñas Cifuentes (Torre de Hoyochico, Torre Hoyo de Liordes e Torre Salinas) no Maciço Central dos Picos de Europa. Este maciço, também conhecido como Maciço de Urrieles, localiza-se entre os vales escavados pelos rios Cares e Duje, sem dúvida o mais acidentado e vertical dos Picos da Europa. Possui as maiores alturas dos três maciços, já que 38 de seus picos ultrapassam os 2500m, catorze deles (curiosamente o mesmo número de oito mil no planeta) acima de 2600m.
Trata-se de um trilho longo, mas sem grandes dificuldades, que permite entrar no maciço central dos Picos da Europa e desfrutar de sua morfologia única. Optamos por pernoitar no Refugio de Collado Jermoso, nome oficial Refugio Diego Mella, e realizar este circuito em dois dias. A recompensa é ficar num dos lugares mais impressionantes das altas montanhas dos Picos da Europa, uma varanda natural sobre os abismos de calcário dos Picos, localizada na extremidade oeste do Maciço Central, de onde se pode, sem dúvida, desfrutar de um dos melhores vistas do vale de Valdeón e dos picos do Maciço del Cornión. O céu noturno e o pôr do sol são outro dos incentivos para desfrutar da pernoita no Refugio de Collado Jermoso.
Refugio Collado Jermoso (Diego Mella)
1ºDIA
Percurso: Posada de Valdeón - Cordiñanes - Vega de Asotin - Collado Solano - Argayo Congosto - Collado Jermoso - Torre del Llaz - Torre Jermoso - Refúgio Collado Jermoso
Distancia: 10,7 km
Duração: 8h57min
Tempo em movimento: 3h42min
Tempo parado: 5h15min
Movimento médio: 2,88kms/h
Acumulado positivo: 1703m
Acumulado negativo: 567m
Iniciamos o trilho em Posada de Valdeón, seguimos pela Calle del Salvador em direção ao Rio Cares que atravessamos pela “puente de hormigón”. Aqui o caminho bifurca-se, à esquerda conduz até ao Monte Piergua e à direita conduz a Cordiñanes e Cain (Ruta del Cares). Seguimos por esta última, pelo Camiño Bustio até à interseção com a estrada de Cordiñanes, que seguimos até ao Mirador del Tombo. No local há uma cruz de ferro e uma coluna de pedra sobre a qual está localizada a escultura de um rebeco, obra de José Luis Coomonte. Possui uma gravura que enumera todos os picos que podem ser identificados do local, com seu perfil, para facilitar a identificação. Permite desfrutar de uma vista excecional do Vale de Valdeón, do Maciço Central dos Picos da Europa, da área de Pambuches no Maciço Ocidental e do Pueblo de Cordiñanes.
Mirador del Tombo
Depois de desfrutar das magnificas panorâmicas seguimos caminho até Cordiñanes, onde intersetamos o PR-PNPE 16. O percurso PR-PNPE 16 Collado Jermoso, a partir de Cordiñanes, é um dos trilhos mais difíceis e duros do Parque Nacional dos Picos da Europa, sobretudo devido ao enorme desnível que se tem de vencer. A rota que começa na povoação de Cordiñanes, no vale de Valdeón, a uma altitude de 850m, e sobe para 2064m, no Collado Jermoso, em pouco mais de quatro quilômetros, obrigando a um enorme esforço físico, que pode ser ainda mais severo dependendo das condições meteorológicas e da época do ano.
O caminho de Cordiñanes para Collado Jermoso está bem sinalizado com pontos de referência e marcas de tinta. Mesmo assim, se houver nevoeiro, é necessário tomar precauções para evitar possíveis erros. Daqui, seguimos por um amplo caminho de terra por alguns metros, depois tomamos um trilho à direita que entra numa área de grandes rochas de calcário, sempre a subir em direção à La Rienda de Asotin. Parece impossível superar as falésias verticais de calcário que dão lugar ao canal de Asotin. Mas, como tantas vezes acontece, uma coisa é a aparência e outra é a realidade. O caminho segue, para passar sem problemas à vertente de Asotín, às vezes talhado na rocha, até chegar ao Hayedo de Asotín. Ao sair do bosque pode-se ver à direita a Torre Cantodota e à frente, os picos do Llambrión e do Friero. Continuando o caminho de pé posto alcançamos a Vega de Asotín aos 1380 metros.
Na Vega de Asotin o caminho bifurca-se, à esquerda o caminho segue em direção ao Collado Solano, em frente, outro caminho continua ao longo do Canal de Asotín, em direção a Vega de Liordes. Depois de uma breve pausa para o reforço, seguimos pela esquerda, uma ingreme subida leva-nos ao Collado Solano, onde contemplamos as magnificas panorâmicas. Continuamos ganhando altura pouco a pouco pela Traviesa de Congosto, na base das encostas da Torre de Llaz e da Torre Jermosa, nosso objetivo da jornada. No final da travessia, alcançamos o Argayo Congosto, agora o caminho vira à esquerda e acompanha o seu curso, quase sempre à direita. Troço íngreme onde por vezes é necessário usar as mãos para trepar algumas rochas. Já na parte final atravessa-se o Argayo Congosto para a esquerda e segue-se em ziguezague até ao Refugio do Collado Jermoso, localizado a 2064 metros, no sopé do Collado Jermoso, de onde é tirada a sua designação mais conhecida e familiar, o "Refugio Diego Mella" (nome oficial).
Fomos ao refugio deixar algumas coisas e almoçar enquanto contemplávamos as magnificas panorâmicas envolventes e desfrutávamos de uma caneca de cerveja fresquinha. Depois de uma longa e merecida pausa seguimos para os nossos objetivos da jornada, as duas montanhas que dão nome ao local, a Torre de Llaz (2143m) e a Torre Jermoso (2113m).
Saímos do Refúgio, em direção ao Collado Jermoso, alguns metros de ligeira subida. Existem vários caminhos para chegar até aqui, pois é muito próximo e o grande número de visitantes faz desta área um lugar muito movimentado. Pouco depois estávamos no Collado Jermoso, onde as vistas para o Maciço del Cornión são excecionais. Do collado, se olharmos para o Vale de Valdeón e para o Maciço Ocidental dos Picos da Europa, à direita teremos a Torre Llaz e à esquerda a Torre Jermoso.
Primeiro vamos à Torre del Llaz e, finalmente, a Torre Jermoso. O acesso à Torre de Llaz é muito evidente e não tem forma de se perder. seguimos um caminho bem definido até chegar à base da Torre del Llaz. Aqui, recomenda-se algum cuidado, porque há alguns passos em caminho estreito que qualquer queda pode ser fatal. Superados os dois passos, sem complicações, mas com cuidado, chegamos aos primeiros metros rochosos. A subida é muito evidente e só temos que continuar pelas rochas, procurando o melhor caminho. Na primeira parte da subida, superamos uma pequena trepada, sem complicações, com boa rocha e boa aderência. Depois de alguns minutos, chegamos à Torre del Llaz (2143m), uma varanda perfeita com vistas semelhantes às do Collado Jermoso, pois estão a uma curta distância. Uma referência especial à caixa de correio que marca o cume!
Torre del Llaz (2143m)
Após várias fotos do cume e das panorâmicas envolventes, retomamos o trilho pelo mesmo itinerário da subida até ao Collado Jermoso para visitar o segundo cume, a Torre Jermoso. Depois de superar a colina, iniciamos a breve subida, que não tem complicações e é mais do que evidente. Em poucos minutos, através de uma área bem pisada, chegamos à Torre Jermoso (2113m). Outra varanda perfeita para testemunhar um lugar mágico! As vistas da Torre de Llaz são acompanhadas por uma excecional vista panorâmica da Torre del Friero. Referência especial ao famoso pôr do sol, uma das atrações do local. É espetacular ver como o sol se esconde atrás da Peña Santa. Tanto no Collado Jermoso quanto nos cumes mencionados (Torre del Llaz e Torre Jermoso), as vistas são espetaculares e o pôr do sol é mágico. Vale a pena! Contemplamos todo este esplendor de montanhas, ainda construímos uma bela mariola, e após algumas fotos da praxe, descemos para o Refúgio de Collado Jermoso, onde concluímos esta jornada.
Pôr do Sol desde Torre Jermoso (2113m)
2ºDIA
Percurso: Refúgio Collado Jermoso - Las Colladinas - Vega de Liordes - Torre Salinas - Sedo de Remoña - Majada de Remoña - Cabén de Remoña - Collado Peranieve - Posada de Vadeón
Distancia: 14,8 km
Duração: 8h38min
Tempo em movimento: 4h20min
Tempo parado: 4h18min
Movimento médio: 3,41kms/h
Acumulado positivo: 854m
Acumulado negativo: 1985m
Iniciamos este segundo dia no Refugio do Collado Jermoso, local da pernoita. Desde o Refúgio de Collado Jermoso seguimos o PR-PNPE 32 Collado Jermoso-Pandetrave, o caminho das Colladinas onde avançamos claramente, até ao desvio à esquerda para Torre de La Palanca e Torre del Llambrión, que ignoramos, para continuar ao longo da encosta ganhando altura até à primeira colina. O trilho continua superando pequenas colinas até Las Colladinas.
Nas Colladinas (waypoint) descemos ligeiramente à esquerda para logo seguir pela direita, ignorando o caminho que tem marcas vermelhas à esquerda para Collada Ancha. Atenção: neste ponto vemos três caminhos, um mais à esquerda que segue por pedreira para Collada Ancha e outros dois entre relvado mais à direita, destes dois últimos escolhemos o da esquerda, mais direto e com marcas brancas e amarelas.
O trilho continua a perder altitude, deixando o Lago Cimero (agora seco) à esquerda, seguimos pelo Sedo de La Padierna tendo como orientação Vega de Liordes, que se avista bem lá ao fundo. Passamos pela placa de orientação para Colladina de Las Nieves, que ignoramos, para iniciar a íngreme descida para a borda de Vega de Liordes onde encontramos um indicador com vários PR`s. Seguimos a direção de Remoña.
Camiño Remoña - Panorama de Las Colladinas, Hoyo de Los Lagos, Torre Blanca, Torre del Llambrión...
Agora, o caminho deixa a borda de Vega de Liordes e segue a meia encosta em direção ao Alto do Canal de Pedabejo, sempre com magnificas vistas da Vega de Liordes, passamos pelo Collado de Padierna até convergir com o PR-PNPE 25 Vega de Liordes, que sobe da “Vega”. O trilho continua a subir, passamos por uma cancela de madeira e pouco depois estávamos no Alto de La Canal, onde ignoramos o caminho à esquerda, que segue para o Canal de Pedabejo, seguimos pela direita em direção ao Alto del Sedo de Remoña (2020m), de frente para as paredes verticais e polidas do Tiro de Pedejo. Atravessar o Sedo de Remoña é muito mais rápido que contornar por Pedabejo, apesar de ser um caminho aéreo esculpido nos contrafortes rochosos avermelhados (aparentemente inexpugnáveis) não exige nada além da cautela lógica inerente a qualquer passagem aérea e íngreme. O caminho segue, cada vez mais ingreme, por Sedo de Remoña até alcançarmos a Majada de Remoña aos 1810 metros, localizada no sopé das paredes da Torre de Salinas.
Na Majada reabastecemos água na Fuente de Pedabejo (ou Fuente de Las Joyas de Pedejo) e seguimos em direção a Cabén de Remoña, antigo porto que comunicava Valdeón com Liébana ("cabén" significa colina), pode ser alcançado pela trilha que sai de Pandetrave, pelo caminho que sobe de Cañabedo ou de Posada de Valdeón.
Desde Cabén de Remoña seguimos o PR-PNPE 15 Senda del Mercadillo. Esta rota percorre o que era conhecido como caminhos do mercado, estradas usadas pelos moradores de Valdeón para participar em feiras e mercados de gado na região vizinha de Liébana. O percurso tem um enorme valor cénico, pois tem vistas imbatíveis dos vales de Valdeón e Camaleño.
Senda del Mercadillo
A Senda del Mercadillo percorre a zona de Cifuentes, atravessa o Arroyo de Piedras Negras, até alcançar o Collado Peranieve aos 1587 metros de altitude. Vamos perdendo progressivamente altitude, passamos por duas fontes naturais antes de alcançar o Collado de Mata Prada aos 1200 metros. As vistas são magníficas em qualquer ponto do caminho, com destaque para o contraste das formações calcárias dos Picos da Europa com as rochas siliciosas das montanhas da Cantábria.
Por fim, chegamos a Posada de Valdeón, onde finalizamos este trilho.
FICHA TÉCNICA
Data de realização: 4 e 5 julho 20202
Percurso: Posada de Valdeón - Cordiñanes - Vega de Asotin - Collado Solano - Argayo Congosto - Collado Jermoso - Torre del Llaz - Torre Jermoso - Refúgio Collado Jermoso - Las Colladinas - Vega de Liordes - Torre Salinas - Sedo de Remoña - Majada de Remoña - Cabén de Remoña - Collado Peranieve - Posada de Vadeón
Distancia: 23,5 km
Duração: 1dia 7horas 32minutos
Tempo em movimento: 7h09min
Tempo parado: 1dia 0h23min
Movimento médio: 3,28kms/h
Acumulado positivo: 2141m
Acumulado negativo: 2141m
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A equipa Caminhantes
CIRCULAR EM TORNO DEL FRIERO E SECTOR DE PEÑAS CIFUENTES
O sector mais meridional dos Urrieles é formado por uma larga barreira de cumes que protegem atrás de si o resto do maciço, é o Sector de Las Peñas Cifuentes. Este nome deve-se às várias fontes (cien fuentes) que brotam ao sul da Torre del Hoyo de Liordes.
O trilho circunda o grupo del Friero e sector de Las Peñas Cifuentes (Torre de Hoyochico, Torre Hoyo de Liordes e Torre Salinas) no Maciço Central dos Picos de Europa. Este maciço, também conhecido como Maciço de Urrieles, localiza-se entre os vales escavados pelos rios Cares e Duje, sem dúvida o mais acidentado e vertical dos Picos da Europa. Possui as maiores alturas dos três maciços, já que 38 de seus picos ultrapassam os 2500m, catorze deles (curiosamente o mesmo número de oito mil no planeta) acima de 2600m.
Trata-se de um trilho longo, mas sem grandes dificuldades, que permite entrar no maciço central dos Picos da Europa e desfrutar de sua morfologia única. Optamos por pernoitar no Refugio de Collado Jermoso, nome oficial Refugio Diego Mella, e realizar este circuito em dois dias. A recompensa é ficar num dos lugares mais impressionantes das altas montanhas dos Picos da Europa, uma varanda natural sobre os abismos de calcário dos Picos, localizada na extremidade oeste do Maciço Central, de onde se pode, sem dúvida, desfrutar de um dos melhores vistas do vale de Valdeón e dos picos do Maciço del Cornión. O céu noturno e o pôr do sol são outro dos incentivos para desfrutar da pernoita no Refugio de Collado Jermoso.
Refugio Collado Jermoso (Diego Mella)
1ºDIA
Percurso: Posada de Valdeón - Cordiñanes - Vega de Asotin - Collado Solano - Argayo Congosto - Collado Jermoso - Torre del Llaz - Torre Jermoso - Refúgio Collado Jermoso
Distancia: 10,7 km
Duração: 8h57min
Tempo em movimento: 3h42min
Tempo parado: 5h15min
Movimento médio: 2,88kms/h
Acumulado positivo: 1703m
Acumulado negativo: 567m
Iniciamos o trilho em Posada de Valdeón, seguimos pela Calle del Salvador em direção ao Rio Cares que atravessamos pela “puente de hormigón”. Aqui o caminho bifurca-se, à esquerda conduz até ao Monte Piergua e à direita conduz a Cordiñanes e Cain (Ruta del Cares). Seguimos por esta última, pelo Camiño Bustio até à interseção com a estrada de Cordiñanes, que seguimos até ao Mirador del Tombo. No local há uma cruz de ferro e uma coluna de pedra sobre a qual está localizada a escultura de um rebeco, obra de José Luis Coomonte. Possui uma gravura que enumera todos os picos que podem ser identificados do local, com seu perfil, para facilitar a identificação. Permite desfrutar de uma vista excecional do Vale de Valdeón, do Maciço Central dos Picos da Europa, da área de Pambuches no Maciço Ocidental e do Pueblo de Cordiñanes.
Mirador del Tombo
Depois de desfrutar das magnificas panorâmicas seguimos caminho até Cordiñanes, onde intersetamos o PR-PNPE 16. O percurso PR-PNPE 16 Collado Jermoso, a partir de Cordiñanes, é um dos trilhos mais difíceis e duros do Parque Nacional dos Picos da Europa, sobretudo devido ao enorme desnível que se tem de vencer. A rota que começa na povoação de Cordiñanes, no vale de Valdeón, a uma altitude de 850m, e sobe para 2064m, no Collado Jermoso, em pouco mais de quatro quilômetros, obrigando a um enorme esforço físico, que pode ser ainda mais severo dependendo das condições meteorológicas e da época do ano.
O caminho de Cordiñanes para Collado Jermoso está bem sinalizado com pontos de referência e marcas de tinta. Mesmo assim, se houver nevoeiro, é necessário tomar precauções para evitar possíveis erros. Daqui, seguimos por um amplo caminho de terra por alguns metros, depois tomamos um trilho à direita que entra numa área de grandes rochas de calcário, sempre a subir em direção à La Rienda de Asotin. Parece impossível superar as falésias verticais de calcário que dão lugar ao canal de Asotin. Mas, como tantas vezes acontece, uma coisa é a aparência e outra é a realidade. O caminho segue, para passar sem problemas à vertente de Asotín, às vezes talhado na rocha, até chegar ao Hayedo de Asotín. Ao sair do bosque pode-se ver à direita a Torre Cantodota e à frente, os picos do Llambrión e do Friero. Continuando o caminho de pé posto alcançamos a Vega de Asotín aos 1380 metros.
Na Vega de Asotin o caminho bifurca-se, à esquerda o caminho segue em direção ao Collado Solano, em frente, outro caminho continua ao longo do Canal de Asotín, em direção a Vega de Liordes. Depois de uma breve pausa para o reforço, seguimos pela esquerda, uma ingreme subida leva-nos ao Collado Solano, onde contemplamos as magnificas panorâmicas. Continuamos ganhando altura pouco a pouco pela Traviesa de Congosto, na base das encostas da Torre de Llaz e da Torre Jermosa, nosso objetivo da jornada. No final da travessia, alcançamos o Argayo Congosto, agora o caminho vira à esquerda e acompanha o seu curso, quase sempre à direita. Troço íngreme onde por vezes é necessário usar as mãos para trepar algumas rochas. Já na parte final atravessa-se o Argayo Congosto para a esquerda e segue-se em ziguezague até ao Refugio do Collado Jermoso, localizado a 2064 metros, no sopé do Collado Jermoso, de onde é tirada a sua designação mais conhecida e familiar, o "Refugio Diego Mella" (nome oficial).
Fomos ao refugio deixar algumas coisas e almoçar enquanto contemplávamos as magnificas panorâmicas envolventes e desfrutávamos de uma caneca de cerveja fresquinha. Depois de uma longa e merecida pausa seguimos para os nossos objetivos da jornada, as duas montanhas que dão nome ao local, a Torre de Llaz (2143m) e a Torre Jermoso (2113m).
Saímos do Refúgio, em direção ao Collado Jermoso, alguns metros de ligeira subida. Existem vários caminhos para chegar até aqui, pois é muito próximo e o grande número de visitantes faz desta área um lugar muito movimentado. Pouco depois estávamos no Collado Jermoso, onde as vistas para o Maciço del Cornión são excecionais. Do collado, se olharmos para o Vale de Valdeón e para o Maciço Ocidental dos Picos da Europa, à direita teremos a Torre Llaz e à esquerda a Torre Jermoso.
Primeiro vamos à Torre del Llaz e, finalmente, a Torre Jermoso. O acesso à Torre de Llaz é muito evidente e não tem forma de se perder. seguimos um caminho bem definido até chegar à base da Torre del Llaz. Aqui, recomenda-se algum cuidado, porque há alguns passos em caminho estreito que qualquer queda pode ser fatal. Superados os dois passos, sem complicações, mas com cuidado, chegamos aos primeiros metros rochosos. A subida é muito evidente e só temos que continuar pelas rochas, procurando o melhor caminho. Na primeira parte da subida, superamos uma pequena trepada, sem complicações, com boa rocha e boa aderência. Depois de alguns minutos, chegamos à Torre del Llaz (2143m), uma varanda perfeita com vistas semelhantes às do Collado Jermoso, pois estão a uma curta distância. Uma referência especial à caixa de correio que marca o cume!
Torre del Llaz (2143m)
Após várias fotos do cume e das panorâmicas envolventes, retomamos o trilho pelo mesmo itinerário da subida até ao Collado Jermoso para visitar o segundo cume, a Torre Jermoso. Depois de superar a colina, iniciamos a breve subida, que não tem complicações e é mais do que evidente. Em poucos minutos, através de uma área bem pisada, chegamos à Torre Jermoso (2113m). Outra varanda perfeita para testemunhar um lugar mágico! As vistas da Torre de Llaz são acompanhadas por uma excecional vista panorâmica da Torre del Friero. Referência especial ao famoso pôr do sol, uma das atrações do local. É espetacular ver como o sol se esconde atrás da Peña Santa. Tanto no Collado Jermoso quanto nos cumes mencionados (Torre del Llaz e Torre Jermoso), as vistas são espetaculares e o pôr do sol é mágico. Vale a pena! Contemplamos todo este esplendor de montanhas, ainda construímos uma bela mariola, e após algumas fotos da praxe, descemos para o Refúgio de Collado Jermoso, onde concluímos esta jornada.
Pôr do Sol desde Torre Jermoso (2113m)
2ºDIA
Percurso: Refúgio Collado Jermoso - Las Colladinas - Vega de Liordes - Torre Salinas - Sedo de Remoña - Majada de Remoña - Cabén de Remoña - Collado Peranieve - Posada de Vadeón
Distancia: 14,8 km
Duração: 8h38min
Tempo em movimento: 4h20min
Tempo parado: 4h18min
Movimento médio: 3,41kms/h
Acumulado positivo: 854m
Acumulado negativo: 1985m
Iniciamos este segundo dia no Refugio do Collado Jermoso, local da pernoita. Desde o Refúgio de Collado Jermoso seguimos o PR-PNPE 32 Collado Jermoso-Pandetrave, o caminho das Colladinas onde avançamos claramente, até ao desvio à esquerda para Torre de La Palanca e Torre del Llambrión, que ignoramos, para continuar ao longo da encosta ganhando altura até à primeira colina. O trilho continua superando pequenas colinas até Las Colladinas.
Nas Colladinas (waypoint) descemos ligeiramente à esquerda para logo seguir pela direita, ignorando o caminho que tem marcas vermelhas à esquerda para Collada Ancha. Atenção: neste ponto vemos três caminhos, um mais à esquerda que segue por pedreira para Collada Ancha e outros dois entre relvado mais à direita, destes dois últimos escolhemos o da esquerda, mais direto e com marcas brancas e amarelas.
O trilho continua a perder altitude, deixando o Lago Cimero (agora seco) à esquerda, seguimos pelo Sedo de La Padierna tendo como orientação Vega de Liordes, que se avista bem lá ao fundo. Passamos pela placa de orientação para Colladina de Las Nieves, que ignoramos, para iniciar a íngreme descida para a borda de Vega de Liordes onde encontramos um indicador com vários PR`s. Seguimos a direção de Remoña.
Camiño Remoña - Panorama de Las Colladinas, Hoyo de Los Lagos, Torre Blanca, Torre del Llambrión...
Agora, o caminho deixa a borda de Vega de Liordes e segue a meia encosta em direção ao Alto do Canal de Pedabejo, sempre com magnificas vistas da Vega de Liordes, passamos pelo Collado de Padierna até convergir com o PR-PNPE 25 Vega de Liordes, que sobe da “Vega”. O trilho continua a subir, passamos por uma cancela de madeira e pouco depois estávamos no Alto de La Canal, onde ignoramos o caminho à esquerda, que segue para o Canal de Pedabejo, seguimos pela direita em direção ao Alto del Sedo de Remoña (2020m), de frente para as paredes verticais e polidas do Tiro de Pedejo. Atravessar o Sedo de Remoña é muito mais rápido que contornar por Pedabejo, apesar de ser um caminho aéreo esculpido nos contrafortes rochosos avermelhados (aparentemente inexpugnáveis) não exige nada além da cautela lógica inerente a qualquer passagem aérea e íngreme. O caminho segue, cada vez mais ingreme, por Sedo de Remoña até alcançarmos a Majada de Remoña aos 1810 metros, localizada no sopé das paredes da Torre de Salinas.
Na Majada reabastecemos água na Fuente de Pedabejo (ou Fuente de Las Joyas de Pedejo) e seguimos em direção a Cabén de Remoña, antigo porto que comunicava Valdeón com Liébana ("cabén" significa colina), pode ser alcançado pela trilha que sai de Pandetrave, pelo caminho que sobe de Cañabedo ou de Posada de Valdeón.
Desde Cabén de Remoña seguimos o PR-PNPE 15 Senda del Mercadillo. Esta rota percorre o que era conhecido como caminhos do mercado, estradas usadas pelos moradores de Valdeón para participar em feiras e mercados de gado na região vizinha de Liébana. O percurso tem um enorme valor cénico, pois tem vistas imbatíveis dos vales de Valdeón e Camaleño.
Senda del Mercadillo
A Senda del Mercadillo percorre a zona de Cifuentes, atravessa o Arroyo de Piedras Negras, até alcançar o Collado Peranieve aos 1587 metros de altitude. Vamos perdendo progressivamente altitude, passamos por duas fontes naturais antes de alcançar o Collado de Mata Prada aos 1200 metros. As vistas são magníficas em qualquer ponto do caminho, com destaque para o contraste das formações calcárias dos Picos da Europa com as rochas siliciosas das montanhas da Cantábria.
Por fim, chegamos a Posada de Valdeón, onde finalizamos este trilho.
FICHA TÉCNICA
Data de realização: 4 e 5 julho 20202
Percurso: Posada de Valdeón - Cordiñanes - Vega de Asotin - Collado Solano - Argayo Congosto - Collado Jermoso - Torre del Llaz - Torre Jermoso - Refúgio Collado Jermoso - Las Colladinas - Vega de Liordes - Torre Salinas - Sedo de Remoña - Majada de Remoña - Cabén de Remoña - Collado Peranieve - Posada de Vadeón
Distancia: 23,5 km
Duração: 1dia 7horas 32minutos
Tempo em movimento: 7h09min
Tempo parado: 1dia 0h23min
Movimento médio: 3,28kms/h
Acumulado positivo: 2141m
Acumulado negativo: 2141m
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A equipa Caminhantes
Waypoints
Waypoint
8,028 ft
TORRE SALINAS
Waypoint
8,127 ft
TORRE DE LIORDES
Waypoint
7,772 ft
TORRE DE HOYOCHICO
Waypoint
8,022 ft
TORRE DEL FRIERO
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Ruta espectacular... obrigado!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Saudações.