Cascata do Arado e Poço Azul - 19.05.2019
near Ermida, Braga (Portugal)
Viewed 735 times, downloaded 58 times
Trail photos
Itinerary description
Primeira observação: os trilhos de montanha no PNPG - e o Parque Nacional não se confina à zona do Gerês - não são fáceis. Toda a zona, com os seus imensos e profundos vales e altas montanhas rochosas , exigem do pedestrianista boa preparação e atitude positiva. Caso contrário pode ser doloroso e um fracasso. Não se confundam os trilhos de montanha e com orientação por mariolas/carta e GPS, com os trilhos marcados mais "turísticos e andadeiros" também existentes na zona, que alguns sendo moderados. nada têm a ver com trilhos deste género. A Serra Amarela já nos ensinou isso e o de ontem confirmou. E note-se que abordamos estes trilhos com cautela e muita atenção, pois que a vegetação e o mato no espaço de 15 dias podem cobrir os caminhos e carreiros, obrigando-nos a descobrir alternativas nem sempre fáceis ou evidentes. E mesmo assim o que muitas vezes é "cansativo" , é querermos progredir no terreno e, ou por falta de evidências, falta/confusão de mariolas ou ausência de marcação, termos de consultar continuamente o GPS e o mapa.
Este trilho de montanha/alta montanha em plena Serra do Gerês, é de tipologia circular, não sinalizado, mariolado, mas como é habitual no PNPG as mariolas levam para diferentes trilhos, e assim é aconselhável o uso de GPS e mapa.
Com início na Ponte do Arado o percurso começa à esquerda pelos degraus e pelo caminho que nos leva à cascata com o mesmo nome. A Cascata do Arado está situada a uma altitude de cerca de 900 metros, criando uma sucessão de cascatas únicas , cujo caudal, muito mais a jusante irá formar as célebres cascatas da Frecha das Barjas, hoje erradamente baptizadas de Tahiti. Balhamedeuzzz...
Depois de contemplar a queda de água foi seguir por um velho trilho subindo até ao imenso prado do Vale da Teixeira. Este Vale da Teixeira , onde curiosamente os teixos não abundam por aí além, é único em beleza e grandiosidade. Indescritivel e nem as fotografias lhe fazem justiça. Continuamos a subir, passando pela Cabana do Camalhão, até atingir a cota máxima de 1410 metros no nosso altímetro, no Alto do Borrageiro. Atingir o seu cume é um desafio uma vez que só é possível através de um percurso pedestre, quase calhau a calhau e em ziguezague . Mas o esforço compensa. Lá em cima a vista é algo de inesquecível, sem dúvida um dos melhores miradouros naturais do Gerês. Dali, o nosso olhar perde-se pelo vale do Cávado, as serras da Cabreira, de Fafe Basto, Amarela, do Soajo, da Peneda, do Larouco, do Facho, do Barroso. Em dias de boa visibilidade é possível avistar a Serra do Marão, localizada a uns bons 60 quilómetros de distância.
O cume do Borrageiro é planáltico e está ocupado por grandes blocos de granito, encontrando-se aí também um marco geodésico que está parcialmente destruído e uma antena de comunicações, em muito mau estado.
A sua forma ganha destaque entre as montanhas vizinhas sendo, aparentemente, a mais elevada quando a observamos de sul ou oeste, mas é apenas a quarta montanha mais alta do Parque Nacional, sendo a 14.ª mais elevada de Portugal Continental.
A partir daqui é sempre a descer… passando pelo Curral da Rocalva - local óptimo para almoçar - e Vidoeirinho até ao Poço Azul. De notar que a descida mais ingreme se faz por meio de trilho pouco definido e "selvagem", valendo as mariolas para nos orientar.
Chegar ao Poço Azul não é fácil, tem de ser feito a pé no sentido em que o fizemos ou em qualquer outro e nem todas as pessoas que procuram o encontram;no entanto para quem encontra, vai encontrar uma maravilhosa sensação de paz, um cenário de uma Lagoa natural com águas de cor azul, límpidas, transparentes e profundas.
Segue-se um caminho ao longo do Rio Conho, que nos leva à ponte de Servas - novamente por uma descida ingreme coberta de mato - e chegados ao estradão é só continuar até à Ponte do Arado, local de término deste trilho.
OBSERVAÇÕES: - Percurso não sinalizado, existem mariolas mas levam para diferentes trilhos, aconselha-se o uso de mapa e GPS. - É um trilho "moderado +" para os mais acostumados e difícil para os menos habituados devido aos fortes declives; para quem não estiver preparado fisicamente pode ser uma experiência dolorosa. Importa para quem vai, ter uma atitude positiva, pois o que tem de ser feito tem muita força e mais vale abordar o desafio com serenidade e boa disposição. Já a preparação física, depende de cada um.
Este trilho não deve ser feito em dias de chuva ou caso tenha chovido nos dias anteriores, pois é feito sobre muita rocha íngreme que molhada pode constituir um sério risco!
IMPORTANTE: Segundo as regras do PNPG, dada a localização em Área de Proteção Parcial de Tipo I, não é permitido a grupos superiores a 10 pessoas a realização deste trilho sem autorização prévia.
Como nota de reportagem, a Clara ia de serviço às mariolas e eu de serviço no mapa e GPS.
Na subida mais complicada para o Alto do Borragueiro, fomos acompanhados por um solitário, amante da fauna e da flora , pessoa interessante.
Este trilho de montanha/alta montanha em plena Serra do Gerês, é de tipologia circular, não sinalizado, mariolado, mas como é habitual no PNPG as mariolas levam para diferentes trilhos, e assim é aconselhável o uso de GPS e mapa.
Com início na Ponte do Arado o percurso começa à esquerda pelos degraus e pelo caminho que nos leva à cascata com o mesmo nome. A Cascata do Arado está situada a uma altitude de cerca de 900 metros, criando uma sucessão de cascatas únicas , cujo caudal, muito mais a jusante irá formar as célebres cascatas da Frecha das Barjas, hoje erradamente baptizadas de Tahiti. Balhamedeuzzz...
Depois de contemplar a queda de água foi seguir por um velho trilho subindo até ao imenso prado do Vale da Teixeira. Este Vale da Teixeira , onde curiosamente os teixos não abundam por aí além, é único em beleza e grandiosidade. Indescritivel e nem as fotografias lhe fazem justiça. Continuamos a subir, passando pela Cabana do Camalhão, até atingir a cota máxima de 1410 metros no nosso altímetro, no Alto do Borrageiro. Atingir o seu cume é um desafio uma vez que só é possível através de um percurso pedestre, quase calhau a calhau e em ziguezague . Mas o esforço compensa. Lá em cima a vista é algo de inesquecível, sem dúvida um dos melhores miradouros naturais do Gerês. Dali, o nosso olhar perde-se pelo vale do Cávado, as serras da Cabreira, de Fafe Basto, Amarela, do Soajo, da Peneda, do Larouco, do Facho, do Barroso. Em dias de boa visibilidade é possível avistar a Serra do Marão, localizada a uns bons 60 quilómetros de distância.
O cume do Borrageiro é planáltico e está ocupado por grandes blocos de granito, encontrando-se aí também um marco geodésico que está parcialmente destruído e uma antena de comunicações, em muito mau estado.
A sua forma ganha destaque entre as montanhas vizinhas sendo, aparentemente, a mais elevada quando a observamos de sul ou oeste, mas é apenas a quarta montanha mais alta do Parque Nacional, sendo a 14.ª mais elevada de Portugal Continental.
A partir daqui é sempre a descer… passando pelo Curral da Rocalva - local óptimo para almoçar - e Vidoeirinho até ao Poço Azul. De notar que a descida mais ingreme se faz por meio de trilho pouco definido e "selvagem", valendo as mariolas para nos orientar.
Chegar ao Poço Azul não é fácil, tem de ser feito a pé no sentido em que o fizemos ou em qualquer outro e nem todas as pessoas que procuram o encontram;no entanto para quem encontra, vai encontrar uma maravilhosa sensação de paz, um cenário de uma Lagoa natural com águas de cor azul, límpidas, transparentes e profundas.
Segue-se um caminho ao longo do Rio Conho, que nos leva à ponte de Servas - novamente por uma descida ingreme coberta de mato - e chegados ao estradão é só continuar até à Ponte do Arado, local de término deste trilho.
OBSERVAÇÕES: - Percurso não sinalizado, existem mariolas mas levam para diferentes trilhos, aconselha-se o uso de mapa e GPS. - É um trilho "moderado +" para os mais acostumados e difícil para os menos habituados devido aos fortes declives; para quem não estiver preparado fisicamente pode ser uma experiência dolorosa. Importa para quem vai, ter uma atitude positiva, pois o que tem de ser feito tem muita força e mais vale abordar o desafio com serenidade e boa disposição. Já a preparação física, depende de cada um.
Este trilho não deve ser feito em dias de chuva ou caso tenha chovido nos dias anteriores, pois é feito sobre muita rocha íngreme que molhada pode constituir um sério risco!
IMPORTANTE: Segundo as regras do PNPG, dada a localização em Área de Proteção Parcial de Tipo I, não é permitido a grupos superiores a 10 pessoas a realização deste trilho sem autorização prévia.
Como nota de reportagem, a Clara ia de serviço às mariolas e eu de serviço no mapa e GPS.
Na subida mais complicada para o Alto do Borragueiro, fomos acompanhados por um solitário, amante da fauna e da flora , pessoa interessante.
Waypoints
Photo
3,298 ft
Photo
Comments (2)
You can add a comment or review this trail
Trilho bonito mas extremamente difícil de fazer. Percurso quase todo sem indicação de rota e devido aos animais selvagens, pode tornar-se perigoso afastar-se do caminho indicado pelo gps
Caro Edgar, este trilho e muitos outros estão marcados com mariolas, sendo que é imprescindível um mapa e GPS, pois durante o percurso, outros trilhos se cruzam com este e pode dar origem a confusões.
A que animais selvagens se refere?
Um abraco e bons trilhos