cântaro magro/Serra da estrela (volta do Covão da Ametade/torre/covão da Ametade)

Este percurso é estrondosamente lindo em plena invernal. Não aconselho a iniciados ou inadaptados físicos a não ser que estejam integrados em grupo apropriado e experiente. Tirando as alturas de chuva copiosa, em que este tipo de actividade passa a ser quase que um pesadelo, pode ser percorrido em qualquer altura do ano. Eu já o fiz algumas vezes, em treino para montanha e em ambos os sentidos. Parece-me mais bonito como descrevo de seguida, partindo em direcção ao icónico Cântaro Magro, saindo do lindíssimo covão da Ametade, também local de chegada. Esta metade inicial é uma das partes mais difíceis do percurso, já que pressupõe uma ascenção até praticamente à chegada ao planalto central onde está a Torre. Depois vem a saborosa e emblemática descida de regresso, com vistas para o lado do vale de Loriga, com a barragem ea montante e toda a zona de turfal que nos remete para uma tundra nórdica. É absolutamente incrível a mudança orográfica e morfológica do terreno, considerando apenas esta actividade em si. Mostra-se bem a beleza escondida e misteriosa desta parte da Serra da Estrela. Todo este percurso em trilhas antigas e altamente panorâmicas da zona central, mima o montanheiro com paisagem ancestral, núcleos de mata e rocha, planaltos sucessivos de turfa e ao fundo, o vale glaciar do Zêzere. Aconselho como sempre o uso de calçado adequado, já adaptado aos pés, bastões de marcha, protecção da cabeça; depois, de acordo com a estação, uma mochila de transporte sempre com impermeável, água, alguma forma de alimentos que seja do vosso agrado e energética, fogão ligeiro e apetrechos, informação sob forma de literatura, mapas de orientação + bússula. Podem sempre levar GPS, rádios e telefones, para ajudar se as condições agravarem. Pressupõe-se que se integra um grupo e que avisam as autoridades competentes da actividade que se planeia. Depois é só desfrutar. Bons passeios! Não esqueçam as câmaras fotográficas e de filmar. Viegas