CAMINHOS DO SOL NASCENTE
near Moldes, Aveiro (Portugal)
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FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
PR3 CAMINHOS DO SOL NASCENTE
O vale de Moldes é de grande beleza visto de qualquer ponto elevado dos montes que o rodeiam, mas é particularmente belo quando contemplado do alto da Sr.ª da Mó. Revestido de oliveiras nas vertentes abrigadas, guardando soutos luxuriantes nas zonas nascente e sul, elevando-se em socalcos, do centro para a periferia, em todas as suas vertentes.
Último refúgio da castanha de Arouca, cava-se numa região de contactos de rochas: granito nas vertentes poente e sul, xistos antigos a norte e nascente. A origem do topónimo Moldes tem sido bastante discutida. Segundo Manuel Rodrigues Simões Júnior e Almeida Fernandes, esta designação resulta da evolução do latim molinos (moinhos). Existem documentos que falam da "villa Ribulo Mollides" e as "Memórias Paroquiais" referem que "o rio de Moldes tem quarenta levadas ... e trinta e oito são de moinhos". Assim, o topónimo vira de rio de Moinhos - rio de Moldes. Vários documentos relatam as vicissitudes por que Moldes passou durante a invasão árabe. Esta região era importantíssima em toda a estratégia militar, tanto muçulmana como cristã, nela tendo ocorrido sucessivas refregas que quase sempre ocasionavam a destruição da Igreja Matriz.
DESCRIÇÃO OFICIAL DO PERCURSO
o PR3 "Caminhos do Sol Nascente" e um percurso pedestre de pequena rota, com cerca de 13 quilómetros, circular, com um pequeno ramal de acesso à Igreja Matriz de Moldes, onde se inicia.
Por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido, mas por a subida de Moldes para Bustelo ser mais suave é por aqui que faremos a sua descrição.
Junto à Igreja de Moldes tomamos a estrada asfaltada na direção de Fuste, e passados 300 metros, depois da bifurcação para Friães, abandonamo-la, tomando à direita um caminho que nos leva à Serra.
Seguindo as marcações amarelas e vermelhas encontramos um caminho antigo que, subindo, nos conduz por um bosque onde predomina o pinheiro, aqui e ali salpicado de castanheiro e carvalho. Alguns eucaliptos também. Continuando por ele e após frondoso bosque de castanheiros e de carvalhos chegamos a Bustelo.
Depois de pequeno descanso para recuperar energias, podem contemplar-se, do coreto, os bem tratados campos em socalcos, após o que se percorre a aldeia pelo seu caminho mais antigo, passando uma rústica, singela e bela fonte de água cristalina e fresca e entrando de novo em caminho de asfalto em direção à antiga escola. Junto desta, retomamos os caminhos antigos e tradicionais.
Depois de atravessarmos o ribeiro de Espinho, tomamos um caminho, à esquerda, que sobe suavemente, sob as ramagens frondosas de outro bosque.
Numa curva apertada, tomamos o caminho da esquerda, um caminho muito antigo, centenário, o caminho que fazia a ligação das aldeias de montanha (Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do concelho. Era por aqui que se faziam os funerais para o cemitério de Moldes.
Seguindo pelo dito caminho, que sobe suavemente, atingimos um moinho ladeado de belos exemplares de azevinho e a seguir umas alminhas. Para montante os campos e a aldeia de Adaúfe.
Aqui podemos admirar as cascatas do lindo ribeiro das Rocas, aproveitando para um pequeno descanso.
Depois de atravessarmos o ribeiro numa pequena ponte de arco seguimos, subindo suavemente, até Espinheiro. Embora o percurso passe ao lado, a arquitetura e a construção tradicional, onde impera o granito e o xisto nas coberturas, merece uma visita.
Atravessada a estrada de asfalto que liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por detrás deste último lugar continuando a subir a Serra. Após atingirmos largo estradão, estamos na quota máxima: 770 metros de altitude. Fizemos um desvio para o reforço da manhã no restaurante “Casa no Campo”.
Daqui temos deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Srª da Mó, a Norte; para Nordeste a Serra do Montemuro, para Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe e de Bustelo. Com frequência ouvimos o piar da águia-de-asa-redonda que, muitas vezes, podemos ver, e com sorte avistaremos esquilos.
Descendo pelo estradão, rapidamente atingimos, no final deste, um grande tanque comunitário de regadio tradicional. Neste local seguimos pelo caminho de asfalto, para a direita, ate Fuste.
Depois de admirarmos alguns motivos interessantes (eiras, espigueiros, ramadas de vinhas ...) seguimos pelo caminho tradicional ate ao núcleo mais antigo da aldeia. Admire-se o moinho agora parado. Depois de passarmos por um "túneI" de ramadas, outra vez a estrada de asfalto que nos leva até à escola.
Imediatamente após esta, tomamos o caminho da esquerda, descendo para Vila Cova e para o Vale de Moldes. Admire-se o frondoso bosque, um dos mais bem conservados de Arouca, e no seu sub-bosque alguns exemplares de azevinho, loureiro e medronheiro, entre outros.
Chegados a Vila Cova, ao asfalto, continuamos por ele, para a esquerda. Observe-se, daqui a forma integrada e harmoniosa dos núcleos habitacionais de Póvoa e de Friães: os bosques circundantes, os cultivos de milho, as ramadas de vinha...
Passados 900 metros deixamos a estrada de asfalto, atravessamos uma pequena ponte de arco e estamos, outra vez, num caminho tradicional. Passamos Póvoa e a seguir Friães e pouco depois estamos de novo na Igreja de Moldes. Destes caminhos ora asfaltados, ora empedrados, estendemos sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar…
FICHA TÉCNICA OFICIAL
Partida e Chegada: Igreja Matriz de Moldes
Âmbito: Desportivo, cultural, ambiental e paisagístico.
Tipo de Percurso: de pequena rota, por caminhos rurais, tradicionais e de montanha.
Distancia a percorrer: 13Km - em circuito,
Duração do Percurso: Cerca de 5 horas
Nível de dificuldade: Baixo/Médio
Desníveis: um desnível ascendente e um descendente, ambos moderados.
Altitudes: Moldes (450m) ••• Bustelo (625m) ••• Espinheiro (730m) ••• Estradão (770m) ••• Fuste(570m) ••• Póvoa (400m)
Época aconselhada: Todo o ano, especialmente no Verão, sendo 70% do percurso feito à sombra.
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A equipa Caminhantes
PR3 CAMINHOS DO SOL NASCENTE
O vale de Moldes é de grande beleza visto de qualquer ponto elevado dos montes que o rodeiam, mas é particularmente belo quando contemplado do alto da Sr.ª da Mó. Revestido de oliveiras nas vertentes abrigadas, guardando soutos luxuriantes nas zonas nascente e sul, elevando-se em socalcos, do centro para a periferia, em todas as suas vertentes.
Último refúgio da castanha de Arouca, cava-se numa região de contactos de rochas: granito nas vertentes poente e sul, xistos antigos a norte e nascente. A origem do topónimo Moldes tem sido bastante discutida. Segundo Manuel Rodrigues Simões Júnior e Almeida Fernandes, esta designação resulta da evolução do latim molinos (moinhos). Existem documentos que falam da "villa Ribulo Mollides" e as "Memórias Paroquiais" referem que "o rio de Moldes tem quarenta levadas ... e trinta e oito são de moinhos". Assim, o topónimo vira de rio de Moinhos - rio de Moldes. Vários documentos relatam as vicissitudes por que Moldes passou durante a invasão árabe. Esta região era importantíssima em toda a estratégia militar, tanto muçulmana como cristã, nela tendo ocorrido sucessivas refregas que quase sempre ocasionavam a destruição da Igreja Matriz.
DESCRIÇÃO OFICIAL DO PERCURSO
o PR3 "Caminhos do Sol Nascente" e um percurso pedestre de pequena rota, com cerca de 13 quilómetros, circular, com um pequeno ramal de acesso à Igreja Matriz de Moldes, onde se inicia.
Por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido, mas por a subida de Moldes para Bustelo ser mais suave é por aqui que faremos a sua descrição.
Junto à Igreja de Moldes tomamos a estrada asfaltada na direção de Fuste, e passados 300 metros, depois da bifurcação para Friães, abandonamo-la, tomando à direita um caminho que nos leva à Serra.
Seguindo as marcações amarelas e vermelhas encontramos um caminho antigo que, subindo, nos conduz por um bosque onde predomina o pinheiro, aqui e ali salpicado de castanheiro e carvalho. Alguns eucaliptos também. Continuando por ele e após frondoso bosque de castanheiros e de carvalhos chegamos a Bustelo.
Depois de pequeno descanso para recuperar energias, podem contemplar-se, do coreto, os bem tratados campos em socalcos, após o que se percorre a aldeia pelo seu caminho mais antigo, passando uma rústica, singela e bela fonte de água cristalina e fresca e entrando de novo em caminho de asfalto em direção à antiga escola. Junto desta, retomamos os caminhos antigos e tradicionais.
Depois de atravessarmos o ribeiro de Espinho, tomamos um caminho, à esquerda, que sobe suavemente, sob as ramagens frondosas de outro bosque.
Numa curva apertada, tomamos o caminho da esquerda, um caminho muito antigo, centenário, o caminho que fazia a ligação das aldeias de montanha (Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do concelho. Era por aqui que se faziam os funerais para o cemitério de Moldes.
Seguindo pelo dito caminho, que sobe suavemente, atingimos um moinho ladeado de belos exemplares de azevinho e a seguir umas alminhas. Para montante os campos e a aldeia de Adaúfe.
Aqui podemos admirar as cascatas do lindo ribeiro das Rocas, aproveitando para um pequeno descanso.
Depois de atravessarmos o ribeiro numa pequena ponte de arco seguimos, subindo suavemente, até Espinheiro. Embora o percurso passe ao lado, a arquitetura e a construção tradicional, onde impera o granito e o xisto nas coberturas, merece uma visita.
Atravessada a estrada de asfalto que liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por detrás deste último lugar continuando a subir a Serra. Após atingirmos largo estradão, estamos na quota máxima: 770 metros de altitude. Fizemos um desvio para o reforço da manhã no restaurante “Casa no Campo”.
Daqui temos deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Srª da Mó, a Norte; para Nordeste a Serra do Montemuro, para Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe e de Bustelo. Com frequência ouvimos o piar da águia-de-asa-redonda que, muitas vezes, podemos ver, e com sorte avistaremos esquilos.
Descendo pelo estradão, rapidamente atingimos, no final deste, um grande tanque comunitário de regadio tradicional. Neste local seguimos pelo caminho de asfalto, para a direita, ate Fuste.
Depois de admirarmos alguns motivos interessantes (eiras, espigueiros, ramadas de vinhas ...) seguimos pelo caminho tradicional ate ao núcleo mais antigo da aldeia. Admire-se o moinho agora parado. Depois de passarmos por um "túneI" de ramadas, outra vez a estrada de asfalto que nos leva até à escola.
Imediatamente após esta, tomamos o caminho da esquerda, descendo para Vila Cova e para o Vale de Moldes. Admire-se o frondoso bosque, um dos mais bem conservados de Arouca, e no seu sub-bosque alguns exemplares de azevinho, loureiro e medronheiro, entre outros.
Chegados a Vila Cova, ao asfalto, continuamos por ele, para a esquerda. Observe-se, daqui a forma integrada e harmoniosa dos núcleos habitacionais de Póvoa e de Friães: os bosques circundantes, os cultivos de milho, as ramadas de vinha...
Passados 900 metros deixamos a estrada de asfalto, atravessamos uma pequena ponte de arco e estamos, outra vez, num caminho tradicional. Passamos Póvoa e a seguir Friães e pouco depois estamos de novo na Igreja de Moldes. Destes caminhos ora asfaltados, ora empedrados, estendemos sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar…
FICHA TÉCNICA OFICIAL
Partida e Chegada: Igreja Matriz de Moldes
Âmbito: Desportivo, cultural, ambiental e paisagístico.
Tipo de Percurso: de pequena rota, por caminhos rurais, tradicionais e de montanha.
Distancia a percorrer: 13Km - em circuito,
Duração do Percurso: Cerca de 5 horas
Nível de dificuldade: Baixo/Médio
Desníveis: um desnível ascendente e um descendente, ambos moderados.
Altitudes: Moldes (450m) ••• Bustelo (625m) ••• Espinheiro (730m) ••• Estradão (770m) ••• Fuste(570m) ••• Póvoa (400m)
Época aconselhada: Todo o ano, especialmente no Verão, sendo 70% do percurso feito à sombra.
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Easy to follow
Scenery
Easy
Pena o dia de chuva, valeu o lanche no coreto da aldeia!
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Scenery
Moderate
Muito bonito!