Caminhos de Santiago - Caminho Português do Interior (CPI) - Etapa 6 (Bertelo - Vila Real)
near Bertelo, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Como a etapa do dia não se previa que fosse longa, saímos um pouco mais tarde. No entanto, às 8:15h estávamos no caminho. Subimos até à Cumieira, primeiro pelo asfalto da CM1297, depois por um carreteiro sobre os socalcos com vinhas e fomos dizendo adeus ao douro. Ao longe vêem-se já as encostas do Marão. As vistas sobre o vale são maravilhosas apesar do tempo encoberto a ameaçar chuva. Prestes a dizer o último adeus às vinhas que nos acompanharam até aqui desde Lamego, encontramos a primeira cerejeira com frutos maduros. Estão longe, dentro do quintal, para que possamos provar. Adiante o "menino de pedra", pacientemente olha o curto horizonte no jardim da casa: Espera por aquilo que nem ele sabe o quê. Simplesmente espera que aconteça. É o fado deste interior que, não fora existirem vinhas que dão trabalho e não houvesse quem o "inventasse" nada mais haveria que o desse. Mas esta zona não é pobre. Outras passámos que o eram até demais. Deixemo-nos de filosofias e apreciemos a paisagem que nos enche os olhos.
Descemos para os limites de Assento. Em cima a igreja de Santa Eulália mereceria uma visita mas tantas foram as igrejas que encontrámos fechadas que desistimos à partida.
Agora "O Caminho" encontrou dificuldades: o pequeno e simpático carreiro, um pouco sujo no início perdeu a continuação pela queda de um muro que sustinha um socalco. Ficamos sem saber como passar mas alguém nos diz «passem pela vinha. À frente irão encontrar de novo o caminho"». Adivinhando os passos lá fomos por onde nos pareceu melhor. À frente encontrámos de novo escassas setas que nos foram norteando.
Atenção: não fora o GPS e o track previamente nele gravado (bem hajas Henrique) e as coisas no concelho de Santa Marta de Penaguião não teriam sido nada fáceis. Senhores autarcas, por favor zelem por este caminho e faciltem a vida a quem por ele quer peregrinar.
Os campos de flores amarelas vêm colorir o nosso caminhar e fazer esquecer as agruras do caminho. Na Quinta do Valado apreciamos a capela, a paisagem e uma minúscula imagem de Nossa Senhora de Fátima que faz de seu nicho o cruzar de duas pedras na parede. Prestamos-lhe homenagem e a quem tanta devoção tem e seguimos em frente. Vamos descendo e a chuva decidiu-o também. abrigamo-nos sob os ramos de um frondoso castanheiro e vestimos os impermeáveis. à frente despi-los-íamos de novo para mais tarde os vestir de novo. Foi assim o dia.
Agora, no vale, uma velha placa em madeira diz-nos que continuamos no Bom Caminho. 1845 está escrito no marco que antecede a quasse duplamente centenária ponte sobre o rio Sordo mesmo junto à central hidroelétrica.
Recomeçamos a subir por carreiros para só parar no Café Austrália em Relvas. Umas boas cervejas estimulam-nos para continuar. Subimos a rua de Nossa Senhora da Ajuda e passamos em frente à singela capela que, na sua simplicidade, não deixa de merecer a nossa atenção.
Continuamos asfalto acima seguindo a M1246 e pouco depois extasiamos o olhar perante a grandiosidade do Viaduto da A4 sobre o vale do Rio Corgo. Com o seu tabuleiro suspenso de três vãos, num comprimento total de 560 metros e a ponta dos mastros a uma altura de 260m, é a ponte mais alta do país e a segunda suspensa da europa. O comprimento total do viaduto é de 2.796m sendo o comprimento do tabuleiro central, entre os mastros, de 300m. Uma Obra extraordinária.
Um pouco acima mais umas alminhas dedicadas à Senhora de Fátima. Subimos a R. da Avenida até à N2 que iremos descer até à entrada de Vila Real. Em parada de Cunhos uma pequena capela, que a pressa não nos deixa saber o seu porquê.
Entramos em vila Real pela Velha ponte que data 1880 e tem o cunho de "Obra Pública". Seguindo pela Av. Carvalho Araújo passamos em frente ao pelourinho, depois à igreja de S. Domingos e, quando chegamos em frente ao Tribunal e pensávamos dirigir-nos ao Seminário Diocesano, referência que tínhamos para o Albergue em Vila Real, alguém nos chama e informa que temos que nos dirigir aos Bombeiros da Cruz Branca, que são quem atualmente dá guarrida aos peregrinos de Santiago. Quem nos interpelou deu-nos as indicações para lá chegarmos. A chuva que há muito nos ameaçava com uns pinguitos de vez enquando, tornou-se persistente e não deu para podermos apreciar a cidade, já bem minha conhecida mas menos dos outros companheiros de jornada, tão pouco permitiu que providenciasse a ilustração dos lugares por onde passávamos. Sem outro remédio e molhados, lá fomos demandando pelos Bombeiros da Cruz Branca. Já fora da cidade fica o quartel que procurávamos. Um acolhimento muito bom e eficiente, como se impõe aos soldados da paz: homens para um lado, mulheres para o outro. De vez em quando também convém. Boas instalações permitiram-nos o merecido descanso. Bem hajam voluntários dos Bombeiros da Cruz Branca.
Descemos para os limites de Assento. Em cima a igreja de Santa Eulália mereceria uma visita mas tantas foram as igrejas que encontrámos fechadas que desistimos à partida.
Agora "O Caminho" encontrou dificuldades: o pequeno e simpático carreiro, um pouco sujo no início perdeu a continuação pela queda de um muro que sustinha um socalco. Ficamos sem saber como passar mas alguém nos diz «passem pela vinha. À frente irão encontrar de novo o caminho"». Adivinhando os passos lá fomos por onde nos pareceu melhor. À frente encontrámos de novo escassas setas que nos foram norteando.
Atenção: não fora o GPS e o track previamente nele gravado (bem hajas Henrique) e as coisas no concelho de Santa Marta de Penaguião não teriam sido nada fáceis. Senhores autarcas, por favor zelem por este caminho e faciltem a vida a quem por ele quer peregrinar.
Os campos de flores amarelas vêm colorir o nosso caminhar e fazer esquecer as agruras do caminho. Na Quinta do Valado apreciamos a capela, a paisagem e uma minúscula imagem de Nossa Senhora de Fátima que faz de seu nicho o cruzar de duas pedras na parede. Prestamos-lhe homenagem e a quem tanta devoção tem e seguimos em frente. Vamos descendo e a chuva decidiu-o também. abrigamo-nos sob os ramos de um frondoso castanheiro e vestimos os impermeáveis. à frente despi-los-íamos de novo para mais tarde os vestir de novo. Foi assim o dia.
Agora, no vale, uma velha placa em madeira diz-nos que continuamos no Bom Caminho. 1845 está escrito no marco que antecede a quasse duplamente centenária ponte sobre o rio Sordo mesmo junto à central hidroelétrica.
Recomeçamos a subir por carreiros para só parar no Café Austrália em Relvas. Umas boas cervejas estimulam-nos para continuar. Subimos a rua de Nossa Senhora da Ajuda e passamos em frente à singela capela que, na sua simplicidade, não deixa de merecer a nossa atenção.
Continuamos asfalto acima seguindo a M1246 e pouco depois extasiamos o olhar perante a grandiosidade do Viaduto da A4 sobre o vale do Rio Corgo. Com o seu tabuleiro suspenso de três vãos, num comprimento total de 560 metros e a ponta dos mastros a uma altura de 260m, é a ponte mais alta do país e a segunda suspensa da europa. O comprimento total do viaduto é de 2.796m sendo o comprimento do tabuleiro central, entre os mastros, de 300m. Uma Obra extraordinária.
Um pouco acima mais umas alminhas dedicadas à Senhora de Fátima. Subimos a R. da Avenida até à N2 que iremos descer até à entrada de Vila Real. Em parada de Cunhos uma pequena capela, que a pressa não nos deixa saber o seu porquê.
Entramos em vila Real pela Velha ponte que data 1880 e tem o cunho de "Obra Pública". Seguindo pela Av. Carvalho Araújo passamos em frente ao pelourinho, depois à igreja de S. Domingos e, quando chegamos em frente ao Tribunal e pensávamos dirigir-nos ao Seminário Diocesano, referência que tínhamos para o Albergue em Vila Real, alguém nos chama e informa que temos que nos dirigir aos Bombeiros da Cruz Branca, que são quem atualmente dá guarrida aos peregrinos de Santiago. Quem nos interpelou deu-nos as indicações para lá chegarmos. A chuva que há muito nos ameaçava com uns pinguitos de vez enquando, tornou-se persistente e não deu para podermos apreciar a cidade, já bem minha conhecida mas menos dos outros companheiros de jornada, tão pouco permitiu que providenciasse a ilustração dos lugares por onde passávamos. Sem outro remédio e molhados, lá fomos demandando pelos Bombeiros da Cruz Branca. Já fora da cidade fica o quartel que procurávamos. Um acolhimento muito bom e eficiente, como se impõe aos soldados da paz: homens para um lado, mulheres para o outro. De vez em quando também convém. Boas instalações permitiram-nos o merecido descanso. Bem hajam voluntários dos Bombeiros da Cruz Branca.
Waypoints
Comments (4)
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Sempre no Bom Caminho!
Estamos convosco no coração!
Bem Hajam e que Deus vos abençoe!
Obrigada pela partilha, ajudou-nos muito! 5 peregrinas agradecidas 😁
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Obrigada pela partilha, ajudou-nos muito! 5 peregrinas agradecidas 😁
Bem haja Lícinia. Bom Caminho