Caminhos de Fátima - Caminho do Tejo (5ª jornada)
near Monsanto, Santarém (Portugal)
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Itinerary description
Cedo saímos hoje. O meu olhar vai ficando preso na beleza que nos rodeia. Sem ter saído, já a saudade deste lugar me invade. Sacudo o espírito e subo com gana a ladeira do caminho que nos há de levar a Monsanto. Tento distrair o olhar nas belas paisagens da Serra. Lá em cima, o mutilado moinho guarda saudades de ventos de outrora. Os Amiais passam agora à nossa esquerda. As roselhas florescem nos cistus. Os pássaros chilreiam em bandos nos prados cheios de branco e amarelo florido. A natureza abre os braços à primavera e acolhe-nos neles também.
Descemos já para Monsanto. Diz-se que um santo burro (burro era por natureza animal, santo foi-o depois de dar prova que desfeita a burrice), dizia que por aqui se diz que, no monte, sineira torre havia e que do sino uma corda pendia que o burro, com os dentes, puxou tanto abanando a cabeça que todo o povo despertou e ao monte acorreu. Eis que era pouco burro o gerico que o sino tocava porque, por esse facto, apanhados foram os gatunos que as parcas riquezas do povo haviam gatunado e no burro queriam carregar. Santificou-se o monte (Monte Santo > Monsanto) porque o pobre asno de esperteza só podia ter aquela que o lugar lhe transmitiu por ser lugar santo.
Descansamos o olhar olhando os dois painéis de azulejos que ladeiam a Fonte do Pião. A ruralidade mostrada só lembra a quem ainda a viveu e dúvida gera àqueles, de tenra idade, que usam a tecnofobia de tudo ter na palma da mão (fala o roto do esfarrapado porque mais não faz que não usar a tal tecnologia para estas notas escrevinhar).
Atenção, atenção Joaquim. Aqui decidiste desviar "O Caminho" trocando o duro asfalto pelo cansado caminho que sobe o Cabeço. Quem queira sujeitar-se ao asfalto e a ser atropelado numa estrada sem bermas até chegar ao Covão do Feto, poderá, no caminho apreciar a Igreja Barroca do Espírito Santo que data do início do século XVIII. Quem, como eu, se decidir pelos caminhos rurais e mais belas vistas, ou conhece ou segue o "track" GPS que aqui deixo.
Não tardou muito para sermos aqui arriba chegados. O olhos alongam-se por estes vales fora. Monsanto, ali em baixo, espreguiça-se nesta manhã solarenga. A Torre do Relógio, mandada construir, dizem que por empregador exigente, de nome José Maurício Calado, que, não querendo atrasos na entrada ao serviço dos seus empregados, construiu uma bem alta torre e nela "prantou" um relógio à vista de todos para que desculpas não houvesse. Decerto que o sr. J. Maurício se deliciou com as belas paisagens que do coberto terraço da torre se avistam e lá deve ter deixado passar um ou outro retardatário sem correcção na jorna.
À nossa frente o Moinho do Cabeço. Foi recuperado há pouco mas aparece desfasado e com um apêndice que nos dá logo ideia que moinho já foi.
Com o encantamento das orquídeas selvagens que vamos encontrando pelo caminho e a exuberância das roselhas chegamos à Lagoa da Mureta. O local que era um charco proveniente de um antigo barreiro, está agora arranjadinho à custa do Orçamento Participativo Jovem da CM e foi rebatizado para Lagoa de Monsanto. A requalificação teve honra e pompa de inauguração no passado dia 16. Atrasámo-nos 4 dias, que pena,!... Fechem-me a boca...
Um pouco de asfalto e, cortando à direita, seguimos já em caminho rural entre muros de pedra, tão típicos deste planalto de Santo António. Entre muros e chousos repousa uma tão bela e singela "casina". Pela simplicidade estética e complexidade arquitectónica, note-se que são totalmente feitas de pedra seca e solta com abóbada feita sem recurso a qualquer suporte, merece mais atenção de quem se responsabiliza pela conservação do património. Sugerem tempo e muita paciência, coisas escassas nos tempos de agora.
Chegamos já ao Covão do Feto. Porquê o topónimo se tantos são os covões e mais ainda os fetos que por aqui há?...
Daqui até ao miradouro da Costa de Minde caminha-se subindo por um íngreme e pedregoso carreiro do que mais encantador esta serra tem. Perdoe-me o peregrino cansado, de pés doridos e desejoso do "final deste martírio", mas para mim a terra rude, os carreiros pedregosos e indomáveis, os trilhos estreitos e esta paisagem agreste são sinais da eternidade das coisas. Mas vamos lá subindo. Passamos entre muros e do lado esquerdo um lapiás teimoso obrigou gentes a acumular maroiços para obter uns palmitos de pastagens e terra para plantar oliveiras. Os chousos pequenos dizem-nos que os rebanhos não seriam grandes e as casinas lembram persistência, arte e paciência na edificação e horas de abrigo na invernia da serra.
Chegámos ao Miradouro da Costa de Minde. atravesso, quase correndo, o parque de merendas e a estrada e extasio-me olhando o vale. Já aqui passei horas mas cada momento é de novo vivido como do primeiro se tratasse. A vila de Minde ou Ninhou se, curiosamente, usarmos o minderico, lá em baixo, confundido os térreos telhados com a alvura da maior parte das habitações, recorda-nos tempos áureos industriais em que aqui e em Mira (d'Aire) se produziam as famosas Mantas Açorianas vendidas por feirantes de norte a sul do país que usavam a "piação de charales" (leia-se "calão minderico") para que outros feirantes os não entendessem. Ficaria aqui por mais tempo, pensando nestas coisas, apreciando o imenso Poldje atapetado de verde, mirando a Serra d'Aire, estendo o olhar pelo planalto de S. Mamede estendido até Fátima, perdendo-me na beleza das roselhas floridas e oliveiras que pontilham a costa mas... tenho que continuar caminhando.
Descemos pelo asfalto da Estrada da Serra de Santo António até encontrar um bem sinalizado atalho que nos levará, por carreiro serrano, até à entrada de Ninhou. Paro no adro da Igreja de Nossa Senhora da Assunção enquanto os meus companheiros continuam procurando um sítio onde possam tomar café. Diferentes motivações: eles procurando a "cura" na cafeína, eu procurando alívio para as minhas dores junto do templo. Descalcei a bota e procurei ajeitar a ortótese que me protegia os calos entre dois dedos do pé. Claro que entrei na igreja!... depois de aliviado. Esta igreja, que não sei se alguém sabe de quando data, foi a partir de 1648 várias vezes melhorada. No portal lê-se a data MDCCXXXII, talvez a data em que esta singela cantaria ali foi colocada. Outras, para mim, mais interessantes intervenções teve. Aprecio o altar mor em talha dourada setecentista e os paineis de azulejos, porventura mutilados por aberturas posteriores (?), onde se veem cenas do nascimento de Jesus, da adoração de magos e pastores e da anunciação. Enquanto apreciava a o resto da arta sacra toca o telemovel chamando-me para continuar que os meus companheiros, já cafeínados, têm pressa. Cá vamos...
Atravessamos a vila a passo estugado, pouco olhando para o que nos ladeia. Não fez o mesmo D. Afonso Henriques porque se, por carta régia datada de 1165, decidiu fundar aqui uma albergaria, foi porque teve necessidade de aqui descansar e que outros passantes o fizéssem também. Tudo seria diferente naquele tempo. Fora hoje e faria como nós.
Subimos para o Covão do Coelho (para o covão deveria descer-se e não subir-se) parte em ruas asfaltadas e parte num belo caminho serrano. Paro no Covão para apreciar as alminhas da Senhora das Candeias. Corro depois atrás do tempo que outros podem considerar perdido e alcanço os meus companheiros quando deixavam o asfalto da Rua da Ladeira para entrar numa estrada de terra batida que nos leva a atravessar quase todo o Planalto de S. Mamede. Repetir-me-ia se descrevesse o que me foi atraindo a atenção. apenas digo que coloquei uma pedra de uns 10 Kg no "bloco dos pecados" onde os peregrinos se foram habituando a colocar umas minúsculas pedrinhas. à frente encontrei um curioso letreiro que não tinha visto das outras vezes que aqui passei. Conta a estória das pedras grandes que dali saíram para serem esculpidas para a Basílica de N.ª Sr.ª do Rosário e das oliveiras lentriscas que produziam a azeitona que era apanhada por "rapazes que assobiavam imitando os passarinhos" e que entre esses rapazes e raparigas se contavam alguns familiares dos Santos Videntes.
À frente, numas pedras da serra a jeito de mesas e bancos, parámos e almoçámos as sandochas que levávamos nas mochilas. Breve, breve já estávamos a caminho. O vento nem bulia e menos ainda fazia rodar as élices dos gigantes eólicos do parque por onde seguíamos.
Quase sem me aperceber estávamos no marco dos 5 Kms.
Alto lá, companheiros. Aqui desviamos o nosso caminho. Deixamos o sinalizado para seguir um outro que em tempos explorei e é mais do meu gosto. Porquê?... porque não tenho que fazer tanto percurso em asfalto, porque é mais curto um bocadito, porque tenho maior contato com a natureza pouco "civilizada" caminhando por trilhos rurais e, sobretudo, porque vou entrar em Fátimas percorrendo lugares místicos.
Rapidamente chegamos ao Moimento (por que será tal topónimo?), passamos a rua da Escola, cortamos à direita na rua do Barracão e, um pouco acima, cortamos à esquerda por um carreiro que nos leva a lugares sagrados: 1º a Loca do Cabeço que se pensou ser aquela onde os Pastorinhos se abrigavam e o Anjo de Portugal lhes apareceu, disse Lúcia que não, depois de 40 anos; 2º o Local onde, segundo Lúcia, o anjo apareceu mesmo; 3º o Lugar dos Valinhos onde N.ª Sr.ª apareceu a 19 de Agosto depois de as criancinhas serem presas e impedidas de ir à Cova da Iria no dia 13; finalmente o Caminho de Dor constituído pelas estações da Via Sacra ofertada pelo povo Húngaro.
Caminhos entre velhas oliveiras e azinheiras testemunhas de cenas milagrosas, quisesse Deus que falassem e a história contada seria tão bela.
Pela Rua Francisco Marto (Santo) chegamos ao Santuário. O que sinto sabem-no bem todos quantos aqui têm rumado. O Coração e a Alma enchem-se neste sítio, não é?...
Descemos já para Monsanto. Diz-se que um santo burro (burro era por natureza animal, santo foi-o depois de dar prova que desfeita a burrice), dizia que por aqui se diz que, no monte, sineira torre havia e que do sino uma corda pendia que o burro, com os dentes, puxou tanto abanando a cabeça que todo o povo despertou e ao monte acorreu. Eis que era pouco burro o gerico que o sino tocava porque, por esse facto, apanhados foram os gatunos que as parcas riquezas do povo haviam gatunado e no burro queriam carregar. Santificou-se o monte (Monte Santo > Monsanto) porque o pobre asno de esperteza só podia ter aquela que o lugar lhe transmitiu por ser lugar santo.
Descansamos o olhar olhando os dois painéis de azulejos que ladeiam a Fonte do Pião. A ruralidade mostrada só lembra a quem ainda a viveu e dúvida gera àqueles, de tenra idade, que usam a tecnofobia de tudo ter na palma da mão (fala o roto do esfarrapado porque mais não faz que não usar a tal tecnologia para estas notas escrevinhar).
Atenção, atenção Joaquim. Aqui decidiste desviar "O Caminho" trocando o duro asfalto pelo cansado caminho que sobe o Cabeço. Quem queira sujeitar-se ao asfalto e a ser atropelado numa estrada sem bermas até chegar ao Covão do Feto, poderá, no caminho apreciar a Igreja Barroca do Espírito Santo que data do início do século XVIII. Quem, como eu, se decidir pelos caminhos rurais e mais belas vistas, ou conhece ou segue o "track" GPS que aqui deixo.
Não tardou muito para sermos aqui arriba chegados. O olhos alongam-se por estes vales fora. Monsanto, ali em baixo, espreguiça-se nesta manhã solarenga. A Torre do Relógio, mandada construir, dizem que por empregador exigente, de nome José Maurício Calado, que, não querendo atrasos na entrada ao serviço dos seus empregados, construiu uma bem alta torre e nela "prantou" um relógio à vista de todos para que desculpas não houvesse. Decerto que o sr. J. Maurício se deliciou com as belas paisagens que do coberto terraço da torre se avistam e lá deve ter deixado passar um ou outro retardatário sem correcção na jorna.
À nossa frente o Moinho do Cabeço. Foi recuperado há pouco mas aparece desfasado e com um apêndice que nos dá logo ideia que moinho já foi.
Com o encantamento das orquídeas selvagens que vamos encontrando pelo caminho e a exuberância das roselhas chegamos à Lagoa da Mureta. O local que era um charco proveniente de um antigo barreiro, está agora arranjadinho à custa do Orçamento Participativo Jovem da CM e foi rebatizado para Lagoa de Monsanto. A requalificação teve honra e pompa de inauguração no passado dia 16. Atrasámo-nos 4 dias, que pena,!... Fechem-me a boca...
Um pouco de asfalto e, cortando à direita, seguimos já em caminho rural entre muros de pedra, tão típicos deste planalto de Santo António. Entre muros e chousos repousa uma tão bela e singela "casina". Pela simplicidade estética e complexidade arquitectónica, note-se que são totalmente feitas de pedra seca e solta com abóbada feita sem recurso a qualquer suporte, merece mais atenção de quem se responsabiliza pela conservação do património. Sugerem tempo e muita paciência, coisas escassas nos tempos de agora.
Chegamos já ao Covão do Feto. Porquê o topónimo se tantos são os covões e mais ainda os fetos que por aqui há?...
Daqui até ao miradouro da Costa de Minde caminha-se subindo por um íngreme e pedregoso carreiro do que mais encantador esta serra tem. Perdoe-me o peregrino cansado, de pés doridos e desejoso do "final deste martírio", mas para mim a terra rude, os carreiros pedregosos e indomáveis, os trilhos estreitos e esta paisagem agreste são sinais da eternidade das coisas. Mas vamos lá subindo. Passamos entre muros e do lado esquerdo um lapiás teimoso obrigou gentes a acumular maroiços para obter uns palmitos de pastagens e terra para plantar oliveiras. Os chousos pequenos dizem-nos que os rebanhos não seriam grandes e as casinas lembram persistência, arte e paciência na edificação e horas de abrigo na invernia da serra.
Chegámos ao Miradouro da Costa de Minde. atravesso, quase correndo, o parque de merendas e a estrada e extasio-me olhando o vale. Já aqui passei horas mas cada momento é de novo vivido como do primeiro se tratasse. A vila de Minde ou Ninhou se, curiosamente, usarmos o minderico, lá em baixo, confundido os térreos telhados com a alvura da maior parte das habitações, recorda-nos tempos áureos industriais em que aqui e em Mira (d'Aire) se produziam as famosas Mantas Açorianas vendidas por feirantes de norte a sul do país que usavam a "piação de charales" (leia-se "calão minderico") para que outros feirantes os não entendessem. Ficaria aqui por mais tempo, pensando nestas coisas, apreciando o imenso Poldje atapetado de verde, mirando a Serra d'Aire, estendo o olhar pelo planalto de S. Mamede estendido até Fátima, perdendo-me na beleza das roselhas floridas e oliveiras que pontilham a costa mas... tenho que continuar caminhando.
Descemos pelo asfalto da Estrada da Serra de Santo António até encontrar um bem sinalizado atalho que nos levará, por carreiro serrano, até à entrada de Ninhou. Paro no adro da Igreja de Nossa Senhora da Assunção enquanto os meus companheiros continuam procurando um sítio onde possam tomar café. Diferentes motivações: eles procurando a "cura" na cafeína, eu procurando alívio para as minhas dores junto do templo. Descalcei a bota e procurei ajeitar a ortótese que me protegia os calos entre dois dedos do pé. Claro que entrei na igreja!... depois de aliviado. Esta igreja, que não sei se alguém sabe de quando data, foi a partir de 1648 várias vezes melhorada. No portal lê-se a data MDCCXXXII, talvez a data em que esta singela cantaria ali foi colocada. Outras, para mim, mais interessantes intervenções teve. Aprecio o altar mor em talha dourada setecentista e os paineis de azulejos, porventura mutilados por aberturas posteriores (?), onde se veem cenas do nascimento de Jesus, da adoração de magos e pastores e da anunciação. Enquanto apreciava a o resto da arta sacra toca o telemovel chamando-me para continuar que os meus companheiros, já cafeínados, têm pressa. Cá vamos...
Atravessamos a vila a passo estugado, pouco olhando para o que nos ladeia. Não fez o mesmo D. Afonso Henriques porque se, por carta régia datada de 1165, decidiu fundar aqui uma albergaria, foi porque teve necessidade de aqui descansar e que outros passantes o fizéssem também. Tudo seria diferente naquele tempo. Fora hoje e faria como nós.
Subimos para o Covão do Coelho (para o covão deveria descer-se e não subir-se) parte em ruas asfaltadas e parte num belo caminho serrano. Paro no Covão para apreciar as alminhas da Senhora das Candeias. Corro depois atrás do tempo que outros podem considerar perdido e alcanço os meus companheiros quando deixavam o asfalto da Rua da Ladeira para entrar numa estrada de terra batida que nos leva a atravessar quase todo o Planalto de S. Mamede. Repetir-me-ia se descrevesse o que me foi atraindo a atenção. apenas digo que coloquei uma pedra de uns 10 Kg no "bloco dos pecados" onde os peregrinos se foram habituando a colocar umas minúsculas pedrinhas. à frente encontrei um curioso letreiro que não tinha visto das outras vezes que aqui passei. Conta a estória das pedras grandes que dali saíram para serem esculpidas para a Basílica de N.ª Sr.ª do Rosário e das oliveiras lentriscas que produziam a azeitona que era apanhada por "rapazes que assobiavam imitando os passarinhos" e que entre esses rapazes e raparigas se contavam alguns familiares dos Santos Videntes.
À frente, numas pedras da serra a jeito de mesas e bancos, parámos e almoçámos as sandochas que levávamos nas mochilas. Breve, breve já estávamos a caminho. O vento nem bulia e menos ainda fazia rodar as élices dos gigantes eólicos do parque por onde seguíamos.
Quase sem me aperceber estávamos no marco dos 5 Kms.
Alto lá, companheiros. Aqui desviamos o nosso caminho. Deixamos o sinalizado para seguir um outro que em tempos explorei e é mais do meu gosto. Porquê?... porque não tenho que fazer tanto percurso em asfalto, porque é mais curto um bocadito, porque tenho maior contato com a natureza pouco "civilizada" caminhando por trilhos rurais e, sobretudo, porque vou entrar em Fátimas percorrendo lugares místicos.
Rapidamente chegamos ao Moimento (por que será tal topónimo?), passamos a rua da Escola, cortamos à direita na rua do Barracão e, um pouco acima, cortamos à esquerda por um carreiro que nos leva a lugares sagrados: 1º a Loca do Cabeço que se pensou ser aquela onde os Pastorinhos se abrigavam e o Anjo de Portugal lhes apareceu, disse Lúcia que não, depois de 40 anos; 2º o Local onde, segundo Lúcia, o anjo apareceu mesmo; 3º o Lugar dos Valinhos onde N.ª Sr.ª apareceu a 19 de Agosto depois de as criancinhas serem presas e impedidas de ir à Cova da Iria no dia 13; finalmente o Caminho de Dor constituído pelas estações da Via Sacra ofertada pelo povo Húngaro.
Caminhos entre velhas oliveiras e azinheiras testemunhas de cenas milagrosas, quisesse Deus que falassem e a história contada seria tão bela.
Pela Rua Francisco Marto (Santo) chegamos ao Santuário. O que sinto sabem-no bem todos quantos aqui têm rumado. O Coração e a Alma enchem-se neste sítio, não é?...
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Comments (4)
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Obrigado pela partilha!
Preciosa ruta por la sierra sin asfalto
Prezado Jesus,
Me deliciei aqui com sua forma poética de descrever o caminho. Obrigada por compartilhar seus passos conosco!
Bem haja, Vaniastolze.