Caminho Português do Interior Etapa 09 Parada de Aguiar - Vidago *CPI*
near Parada, Vila Real (Portugal)
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Itinerary description
Um pequeno almoço frugal no albergue foi quanto bastou para fazermos os 4km que nos separavam da pastelaria Celidoce em Vila Pouca de Aguiar. E que bom foi o segundo p.a. aí... e foi também na pastelaria que compramos os salgados e doce de que necessitávamos para o dia.
Saindo, logo voltamos ao asfalto. Primeiro foi a ciclovia, até à rotunda da anta, à entrada de Aguiar, agora era a estrada. Até que chegamos a Cidadelha de Aguiar, onde nos demoramos um pouco junto da singela ponte romana. Logo ao lado o modesto santuário dedicado ao Senhor dos Milagres, e a capela da aldeia, uma melhoria que veio em época mais recente.
O dia tinha começado cinzento, mas agora uma luz diáfana que só esta epoca do ano pode oferecer, lançava magia sobre todo o cenário. O trajecto, desde a ponte romana até às Pedras Salgadas é dos mais belos do CPI em Portugal, maioritariamente em terra, entre muros, muitas vezes construídos com lages que vieram da calçada romana que ainda pisamos aqui a ali, a estrada que afinal temos acompanhado quase desde início da peregrinação.
O caminho segue pelo meio de freixos, carvalhos, castanheiros, nogueiras, todas as caducifólias numa cerrade competição pelo primeiro lugar no concurso da mais feérica vestimenta. Bendito Outono.
Nas Pedras Salgadas, enquanto imaginávamos a agitação nos gloriosos tempos do Hotel Universal, agora em ruína, sentamos numa pedra em frente para comer o nosso almoço. Mais adiante tomamos café no , e fomos carimbar em frente, no posto da GNR, já que o Turismo só abriria às 14:00.
De novo mergulhamos na bela e calma paisagem deste último dia de Setembro em trás-os-montes, até chegar a Sabroso de Aguiar, onde a Rua das Alminhas nos ofereceu belos monumentos religiosos. E, até ao Alto de Reigaz, é a Nacional 2 que toma conta do trajecto delineado pelos engenheiros de Roma. Mas aí, nesse alto, tomamos um trilho de terra à esquerda, primeiro um pouco invadido pelo mato, mas depois um cómodo estradão, que desce sempre até às planuras de Vidago. Desembocamos junto do golfe de Vidago, um projecto meritório ligado ao Vidago Palace, em que todas as árvores centenárias do antigo Parque foram respeitadas.
Pouco adiante entramos na Tasca do Telmo. Finos, azeitonas e moelas. Não vai custar nada esta recta final!
Bela a entrada em Vidago. A avenida ladeada de grandes árvores, a linha férrea desenhada na calçada... e já quase à saida lá estava O Resineiro onde fomos muito bem recebidos e dormimos bem por 35 euros (marcado via Booking, directamente poderá ficar mais barato - 276907312 / 917771375).
Mesmo em frente a pastelaria - padaria Pão Quente da Raposeira abre a horas mais que compatíveis com a vida de peregrino: 7:00, "se precisarem abrimos antes"
O jantar foi numa referência deste Caminho: a Taska do Quim Barbeiro. Uma saladinha de bacalhau, arroz malandro de costelinha, pudim caseiro e um bom tinto. Um dia em beleza.
O CPI
O Caminho Português do Interior é um dos trajectos utilizados pelos peregrinos Portugueses para chegar a Santiago de Compostela. Por ele seguiam os que partiam da zona Centro, em redor de Viseu, e, claro, todos aqueles que viviam no eixo Viseu > Chaves. Também de Coimbra alguns seguiam por esta via, quando queriam evitar o Caminho Central que seguia via Porto > Valença, ou pretendiam juntar-se a outros grupos que partiam do interior.
Os peregrinos da Via da Prata, que segue de Sevilha até Astorga, onde se junta ao grande Caminho Francês, na maior parte das vezes deixavam a via da Prata em Granja de Moreruela onde tomavam a Via Sanabresa; outros saiam antes, em Zamora, entravam em Portugal por Quintanilha e saiam por Vinhais, atingindo depois Verin. Em qualquer caso todos acabavam por se juntar e nomeadamente a partir de Ourense todos seguem o mesmo trajecto até ao Campo de Estrelas - os do Caminho Interior Português e os da Via da Prata.
Foi um dos mais bonitos dos muitos caminhos que já fiz até Santiago, sobretudo na metade portuguesa do percurso. O Outono é mesmo a altura ideal para o fazer, com os dias mais curtos, as temperaturas amenas, os céus calmos. E a paisagem é espectacular, começando logo com os marmeleiros carregados, salpicando de amarelo toda a paisagem em torno de Viseu, o colorido feérico das vinhas que nos acompanha desde Reconcos, próximo de Lamego, até Vila Real, ou a beleza dos castanheiros e carvalhos vestindo-se de tons outonais até Chaves. E a abundância não tem limites: comemos toneladas de marmelos, maçãs, nozes (muitas nozes!), castanhas, amoras (serôdias!), pêras, uvas, medronhos...
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Aqui ficam os links para os registos de cada uma das etapas:
Track Integral 457 km agregador das 21 etapas
Etapa 01 15.82 km Farminhão - Fontelo
Etapa 02 17.79 Km Fontelo - Almargem
Etapa 03 24.56 Km Almargem - Ribolhos
Etapa 04 23.90 Km Ribolhos - Aldeia do Codeçal
Etapa 05 21.02 Km Aldeia do Codeçal - Lamego
Etapa 06 21.06 Km Lamego - Santa Marta de Penaguião
Etapa 07 19.68 Km Santa Marta de Penaguião - Vila Real
Etapa 08 27.50 Km Vila Real - Parada de Aguiar
Etapa 09 23.76 Km Parada de Aguiar - Vidago
Etapa 10 18.99 Km Vidago - Chaves
Etapa 11 29.93 Km Chaves - Verín
Etapa 12 21.39 Km Verín - Viladerrei
Etapa 13 24.48 Km Viladerrei - Sandiás
Etapa 14 14.01 Km Sandiás - Allariz
Etapa 15 24.05 Km Allariz - Ourense
Etapa 16 23.98 Km Ourense - Cea
Etapa 17 21.40 Km Cea - Castro Dozón por Oseira
Etapa 18 25.38 Km Castro Dozón - Lalín - A Laxe
Etapa 19 18.04 Km A Laxe - Bandeira
Etapa 20 25.19 Km Bandeira - Pico Sacro - Lestedo
Etapa 21 14.21 Km Lestedo - Santiago de Compostela
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Mapa geral da Peregrinação:
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Saindo, logo voltamos ao asfalto. Primeiro foi a ciclovia, até à rotunda da anta, à entrada de Aguiar, agora era a estrada. Até que chegamos a Cidadelha de Aguiar, onde nos demoramos um pouco junto da singela ponte romana. Logo ao lado o modesto santuário dedicado ao Senhor dos Milagres, e a capela da aldeia, uma melhoria que veio em época mais recente.
O dia tinha começado cinzento, mas agora uma luz diáfana que só esta epoca do ano pode oferecer, lançava magia sobre todo o cenário. O trajecto, desde a ponte romana até às Pedras Salgadas é dos mais belos do CPI em Portugal, maioritariamente em terra, entre muros, muitas vezes construídos com lages que vieram da calçada romana que ainda pisamos aqui a ali, a estrada que afinal temos acompanhado quase desde início da peregrinação.
O caminho segue pelo meio de freixos, carvalhos, castanheiros, nogueiras, todas as caducifólias numa cerrade competição pelo primeiro lugar no concurso da mais feérica vestimenta. Bendito Outono.
Nas Pedras Salgadas, enquanto imaginávamos a agitação nos gloriosos tempos do Hotel Universal, agora em ruína, sentamos numa pedra em frente para comer o nosso almoço. Mais adiante tomamos café no , e fomos carimbar em frente, no posto da GNR, já que o Turismo só abriria às 14:00.
De novo mergulhamos na bela e calma paisagem deste último dia de Setembro em trás-os-montes, até chegar a Sabroso de Aguiar, onde a Rua das Alminhas nos ofereceu belos monumentos religiosos. E, até ao Alto de Reigaz, é a Nacional 2 que toma conta do trajecto delineado pelos engenheiros de Roma. Mas aí, nesse alto, tomamos um trilho de terra à esquerda, primeiro um pouco invadido pelo mato, mas depois um cómodo estradão, que desce sempre até às planuras de Vidago. Desembocamos junto do golfe de Vidago, um projecto meritório ligado ao Vidago Palace, em que todas as árvores centenárias do antigo Parque foram respeitadas.
Pouco adiante entramos na Tasca do Telmo. Finos, azeitonas e moelas. Não vai custar nada esta recta final!
Bela a entrada em Vidago. A avenida ladeada de grandes árvores, a linha férrea desenhada na calçada... e já quase à saida lá estava O Resineiro onde fomos muito bem recebidos e dormimos bem por 35 euros (marcado via Booking, directamente poderá ficar mais barato - 276907312 / 917771375).
Mesmo em frente a pastelaria - padaria Pão Quente da Raposeira abre a horas mais que compatíveis com a vida de peregrino: 7:00, "se precisarem abrimos antes"
O jantar foi numa referência deste Caminho: a Taska do Quim Barbeiro. Uma saladinha de bacalhau, arroz malandro de costelinha, pudim caseiro e um bom tinto. Um dia em beleza.
O CPI
O Caminho Português do Interior é um dos trajectos utilizados pelos peregrinos Portugueses para chegar a Santiago de Compostela. Por ele seguiam os que partiam da zona Centro, em redor de Viseu, e, claro, todos aqueles que viviam no eixo Viseu > Chaves. Também de Coimbra alguns seguiam por esta via, quando queriam evitar o Caminho Central que seguia via Porto > Valença, ou pretendiam juntar-se a outros grupos que partiam do interior.
Os peregrinos da Via da Prata, que segue de Sevilha até Astorga, onde se junta ao grande Caminho Francês, na maior parte das vezes deixavam a via da Prata em Granja de Moreruela onde tomavam a Via Sanabresa; outros saiam antes, em Zamora, entravam em Portugal por Quintanilha e saiam por Vinhais, atingindo depois Verin. Em qualquer caso todos acabavam por se juntar e nomeadamente a partir de Ourense todos seguem o mesmo trajecto até ao Campo de Estrelas - os do Caminho Interior Português e os da Via da Prata.
Foi um dos mais bonitos dos muitos caminhos que já fiz até Santiago, sobretudo na metade portuguesa do percurso. O Outono é mesmo a altura ideal para o fazer, com os dias mais curtos, as temperaturas amenas, os céus calmos. E a paisagem é espectacular, começando logo com os marmeleiros carregados, salpicando de amarelo toda a paisagem em torno de Viseu, o colorido feérico das vinhas que nos acompanha desde Reconcos, próximo de Lamego, até Vila Real, ou a beleza dos castanheiros e carvalhos vestindo-se de tons outonais até Chaves. E a abundância não tem limites: comemos toneladas de marmelos, maçãs, nozes (muitas nozes!), castanhas, amoras (serôdias!), pêras, uvas, medronhos...
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Aqui ficam os links para os registos de cada uma das etapas:
Track Integral 457 km agregador das 21 etapas
Etapa 01 15.82 km Farminhão - Fontelo
Etapa 02 17.79 Km Fontelo - Almargem
Etapa 03 24.56 Km Almargem - Ribolhos
Etapa 04 23.90 Km Ribolhos - Aldeia do Codeçal
Etapa 05 21.02 Km Aldeia do Codeçal - Lamego
Etapa 06 21.06 Km Lamego - Santa Marta de Penaguião
Etapa 07 19.68 Km Santa Marta de Penaguião - Vila Real
Etapa 08 27.50 Km Vila Real - Parada de Aguiar
Etapa 09 23.76 Km Parada de Aguiar - Vidago
Etapa 10 18.99 Km Vidago - Chaves
Etapa 11 29.93 Km Chaves - Verín
Etapa 12 21.39 Km Verín - Viladerrei
Etapa 13 24.48 Km Viladerrei - Sandiás
Etapa 14 14.01 Km Sandiás - Allariz
Etapa 15 24.05 Km Allariz - Ourense
Etapa 16 23.98 Km Ourense - Cea
Etapa 17 21.40 Km Cea - Castro Dozón por Oseira
Etapa 18 25.38 Km Castro Dozón - Lalín - A Laxe
Etapa 19 18.04 Km A Laxe - Bandeira
Etapa 20 25.19 Km Bandeira - Pico Sacro - Lestedo
Etapa 21 14.21 Km Lestedo - Santiago de Compostela
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Mapa geral da Peregrinação:
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Waypoints
Mountain hut
2,638 ft
Albergue de Santiago
Provisioning
1,883 ft
Café O Emigrante
Provisioning
2,329 ft
Intermarché
Waypoint
2,221 ft
Início ciclovia
Panorama
0 ft
O Caminho em Sabroso
Por aqui se veem ainda engenhos de elevar água em funcionamento. Eu conhecia-os como cegonhas, mas também se chamam, consoante as regiões, picota,trajinha, baldões, picanço, balança, burra, saragonha, varola, zabumba, zangarela, bimbarra, vai e vem.
Provisioning
0 ft
Padaria Pão Quente da Raposeira
Vidago
Waypoint
1,848 ft
Posto da GNR / carimbo
Religious site
1,926 ft
Senhora dos Caminhos
Provisioning
1,883 ft
Supermercado Pôr de Sol
Waypoint
0 ft
Tanque (capela de Parada)
Rua Dr. Abílio Ribeiro and Road and Rua Comendador Francisco J. R. Pedreira
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