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Etapa 10 - Caminho de Santiago, Via Portugal Nascente - Vila Velha de Ródão - Castelo Branco

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Trail stats

Distance
19.04 mi
Elevation gain
1,631 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
617 ft
Max elevation
1,555 ft
TrailRank 
42
Min elevation
453 ft
Trail type
One Way
Moving time
6 hours 9 minutes
Time
6 hours 57 minutes
Coordinates
5339
Uploaded
January 15, 2022
Recorded
January 2022
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near Porto do Tejo, Castelo Branco (Portugal)

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Itinerary description

Etapa 10
Vila Velha de Rodão a Castelo Branco 30,64km
Acumulado 256,76km

Numa manhã de sol, mas com o fresco característico do mês de Janeiro, estamos no local onde terminamos a última etapa após a entrada na Beira Baixa, junto ao rio Tejo em Vila Vela de Rodão. O frio dava um aspecto muito diferente ao rio, até parecia mais sereno. Após as fotos da praxe lá iniciamos o nosso caminho, sabíamos que não ia ser fácil, porque após a passagem de um rio é sempre a subir, com a agravante que desde a ultima etapa que não caminhávamos. Como se tudo isto ainda não fosse suficiente, estávamos em Janeiro, durante o nosso interregno das caminhadas tinha sido o Natal e Ano Novo, épocas propicias ao aumento de peso. Então foi com tudo isto em mente que lá iniciamos o nosso caminho, o objectivo é chegar a Castelo Branco.
Seguimos junto ao rio por um caminho pedonal, com uma ponte para passar o rio Enxarrique que tem ali a sua foz. Nesta zona há uma estação arqueológica onde é possível ter a precessão da vida naquela zona há 30 mil anos atrás. Existia ali uma comunidade humana e não podemos deixar de pensar como seria a Terra nessa época. Muito possivelmente nessa época o rio passava bem mais a baixo, hoje a sua cota é imposta pelas barragens.
A primeira subida do dia leva-nos de volta à Vila, por onde seguimos para a zona industrial, não a industria pesada, que também existe mais ao fundo, mas uma queijaria artesanal muito conhecida pelo seu logotipo. A saída da Vila é por uma recta de alcatrão interminável mas plana, excelente para o aquecimento dos músculos. Há uns anos atrás passei aqui de bike e no final da recta começava o trilho de terra batida, desta vez o alcatrão já está até mais à frente ainda durante a subida. Finalmente termina o alcatrão e começa o estradão juntamente com a subida a sério. Os bolos do Natal e passagem do ano começam a mostrar os estragos que fizeram, felizmente havia umas sombras para nos permitir parar um pouco. À nossa esquerda surge depois a Barragem do Açafal, que nos permitiu mais uma paragem para fazer umas fotos e observar a paisagem. A subida lá continua para mal das nossas pernas até que finalmente chegamos ao planalto e a primeira localidade que nos surge é a atalaia. A sua posição geográfica permite ser vista de bastante longe dando a impressão quando estávamos a caminhar que a íamos circundar, mas na verdade apenas passamos ao lado e o nosso caminho lá continuou. Após a Atalaia surge uma represa, não sabemos se tem algum nome especifico, mas pelo menos deu para uma belas fotos.
Como estávamos desabituados de caminhar o cuidado com os pés é essencial, uma paragem estratégica para colocar vaselina, ver se está tudo bem e o nosso caminho segue em direcção a Sarnadas do Rodão, é quase que um voltar à civilização. Fazemos algumas tentativas de carimbar a credencial nos poucos estabelecimentos que se encontravam abertos mas não conseguimos. Já estamos habituados em Portugal, as pessoas olham desconfiadas, qual cá a gora carimbar aquilo, dizem logo que não têm carimbo. Até já nos perguntaram se éramos da finanças, este povo tem uma imagem muito estranha dos funcionários das finanças.
Chegamos aos Amarelos e estamos mais ou menos a meio da etapa. Da nossa etapa, porque no percurso oficial aqui é o fim de uma etapa, mas caminhar apenas 15km num dia para ficar ali no meio de nenhures não vale a pena, por isso para esta etapa juntamos duas de 15km cada. Mas a meio da etapa sabe sempre bem uma merenda, encontramos uma zona com um banco, muito bem decorada, mesmo a convidar a que se possa comer e descansar um pouco. Entra, em acção as nossas tradicionais sandes mistas de queijo e presunto e uma barrinhas de sobremesa. Somos pessoas simples e com pouco nos contentamos, desde que seja bom e de qualidade.
Novamente pés ao caminho e não estávamos a perceber o traçado, havia ali uma curva estranha, parecia que nos estavam a fazer andar para trás e para a frente só por que sim. Mas tudo tem uma razão de ser, era para ter acesso a uma ponte que passa a linha do ramal da Beira Baixa. Obstáculo superado e lá vamos nós novamente a subir até a um marco geodésico, é sempre um vista muito apetecida, porque se ele se encontra no ponto mais alto, aí a subida terminou. Nós adoramos caminhar pelos campos, ouvir os sons da natureza, nenhum de nós é adepto de levar musica ou qualquer outro som que não aquele que a natureza nos oferece. Mas o caminho leva-nos na direcção da auto-estrada e segue ao seu lado, que barulheira que aquilo faz, quando passamos de carro não temos a noção do ruído que provoca uma auto-estrada. Como se já não fosse suficientemente incomodo o ruído, os caminhos de estradão ao lado das auto-estradas não um sobe e desce constante, não há descanso. Assim continuamos ao longo de 3 km até ao desvio que vai para a localidade das Benquerenças. Aí a coisa piora, passamos por baixo da auto-estrada e caminhamos pena nacional 3. As marcações do percurso tem sido aceitáveis mas de inferior qualidade às que tínhamos no Alentejo, no entanto permitem uma navegação sem ter de recorrer ao GPS. Seguimos até à rotunda e depois por uma estreada secundária durante 4,7km até ao parte industrial de Castelo Branco. Ao entrar no parque as setas amarelas desapareceram de vez e aí sim, tivemos de recorrer ao GPS para encontrar o percurso que devíamos fazer. Continuamos em direcção da cidade e já no seu interior percebemos porque não vemos as marcações. Alguém teve a ideia que dava menos trabalho colocar uns autocolantes com as setas que andar a gastar dinheiro em azulejos ou pintar setas à mão. Claro que os autocolantes com o tempo vão desaparecendo, como sabíamos o caminho, por vezes nos postes dos sinais de transito lá encontrávamos algum já queimado pelo sol. Caminhamos ao longo da estrada do Montalvão que após uma rotunda se transforma na Avenida primeiro de Maio. O nosso albergue era nessa zona. Muito interessante o albergue, tivemos de fazer a marcação e pagamento antecipadamente, depois ao longo do dia recebemos uma mensagem com a localização do albergue e o código da porta. Assim nem é preciso recepcionista ou estalajadeiro, tudo funciona sozinho. Vimos que havia micro ondas então após o banho lá voltamos para o frio de Janeiro em Castelo Branco, a fim de procurar um supermercado. Compramos não só o jantar como também o que iria ser o nosso pequeno almoço e merenda do dia seguinte. Esta é a nossa técnica que já nos acompanha desde o Caminho Primitivo.
Estamos na capital da Beira Baixa, com este caminho conseguimos unir as duas capitais. Iniciamo-lo em Évora, capital do alto Alentejo e chegamos à capital da Beira Baixa. É engraçado este sentimento, que não existe quando caminhamos por terras de Espanha, podemos até saber a importância das cidades, mas estas são as nossas cidades, o sentimento é diferente.
Agora é repousar porque amanhã novo caminho que nos vai deixar bem perto da serra da Gardunha.

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Waypoints

PictographPavement ends Altitude 577 ft
Photo ofFim de alcatrão

Fim de alcatrão

PictographLake Altitude 650 ft
Photo ofBarragem

Barragem

PictographWaypoint Altitude 1,077 ft
Photo ofPonto alto

Ponto alto

PictographWaypoint Altitude 1,210 ft
Photo ofAtalaia, aldeia

Atalaia, aldeia

PictographLake Altitude 1,221 ft
Photo ofRepresa

Represa

PictographWaypoint Altitude 1,422 ft
Photo ofAmarelos

Amarelos

PictographWaypoint Altitude 1,455 ft
Photo ofRamal da Beira Baixa

Ramal da Beira Baixa

PictographWaypoint Altitude 1,498 ft
Photo ofTalefe

Talefe

PictographWaypoint Altitude 1,450 ft
Photo ofA23

A23

PictographLake Altitude 1,462 ft
Photo ofRepresa Photo ofRepresa Photo ofRepresa

Represa

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