Caminho de Santiago - Caminho Nascente - Etapa Évora Monte a Estremoz
near Corredoura, Évora (Portugal)
Viewed 155 times, downloaded 22 times
Trail photos
Itinerary description
Esta é uma etapa solitária onde predomina o montado. Não existe nenhuma povoação entre Évora Monte e Estremoz por isso é provável que encontre poucas pessoas neste trajecto.
Ao longo do percurso vamos vendo no horizonte quer o castelo de Évora Monte, quer o castelo de Estremoz, que surgem altaneiros na planície alentejana.
O percurso indicado no ficheiro GPX tem inicio junto à Igreja de de Nossa Senhora da Conceição na parte "alta" de Évora Monte pois esta zona merece a pena a visita. O caminho assinalado passa apenas na parte "baixa" da povoação, na Praça dos Aviadores. Fica ao critério de cada um onde quer começar a caminhada.
Quando entrar nos campos vai ter uma subida de dificuldade moderada ao longo da parte Oeste da Serra de Ossa até chegar próximo do topo do Monte do Caramelo com os seus 509 metros. A partir deste ponto tudo fica mais fácil.
Já próximo de Estremoz fazemos cerca de 3Km em estrada nova N381 que liga Redondo a Estremoz. Aqui há que ter cuidado com os veículos motorizados.
No final da etapa passamos pela cidadela e castelo de Estremoz o que implica uma nova subida, mas esta bem menor que a primeira.
Waypoints
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Celeiro Comum
O Celeiro Comum foi fundado a 21 de Janeiro de 1642, por alvará de D. João IV, a pedido dos evoramontenses. A função do Celeiro era a de proteger os lavradores que tinham culturas de cereais (trigo, centeio e cevada) contra danos que minassem a sua actividade agrícola, emprestando a crédito os seus cereais. Os lucros e os excedentes de cereais revertiam a favor do município ou da Comarca. A administração e posse do edifício como a instituição Celeiro Comum eram propriedade da Casa de Bragança, nomeando estes os seus administradores. Esta instituição dos Celeiros Comuns foi extinta por alvará passado a 31 de Julho de 1915. Actualmente é uma loja de artesanato sendo a proprietária ela própria uma artesâ, que se dedica entre outras coisas a criação de Bonecos de Estremoz. Pode carimbar aqui a sua credencial de peregrino.
Castelo de Évora Monte
Moldura Coração de Évora Monte
Ermida de São Sebastião
Baloiço de Evora Monte
Café Restaurante O Emigrante
Zona de Montado no Serra de Ossa
Entre os concelhos de Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo, ergue-se majestosamente na paisagem alentejana a Serra d'Ossa, com a altitude máxima de 650 metros.
Altura Máxima - Serra de Ossa
Estamos a 492 metros de altura, perto do pico do Monte do Caramelo com os seus 509 metros.
Ribeira de Tera
A ribeira de Tera nasce na serra de Ossa, passa entre Estremoz e Evoramonte, recebe a ribeira de Canal na margem direita e passa junto a Pavia. A sudeste de Cabeção, no concelho de Mora, conflui com a ribeira de Seda para formar a ribeira da Raia.
Passagem sobre o IP2 por viaduto
Porta de Évora
Nas Guerras da Restauração houve uma necessidade óbvia de defender o Reino da ofensiva espanhola, especialmente em vilas e cidades de fronteira. Não sendo Estremoz exactamente uma vila de fronteira, funcionava como 2ª linha de defesa do território, especialmente em apoio logístico (armazém de armas, mantimentos e tropas). Foi D. João IV (r. 1640-1656), o primeiro dos Braganças a reinar em Portugal que em 1642 ordenou a João Pascácio Cosmander o desenho da futura muralha poligonal abaluartada estremocense. Esta obra protegeria a vila de hipotéticos ataques e avanços das tropas espanholas, sendo que os novos baluartes estavam adaptados para batalhas de artilharia pesada. A porta de Évora é a entrada exterior para o ancestral Bairro de Santiago, tendo como elemento mais relevante uma ponte levadiça, sendo reconstituídos posteriormente os seus elementos funcionais e grossas correntes de ferro.
Porta de Santa Ana ou Arco de Santarém - Entrada na Cidadela
A cerca medieval que delimita a citadela de Estremoz é mandada construir pelo rei D. Afonso III (r. 1245-1279) em 1261 e melhorada pelos seus sucessores, principalmente pelo seu filho D. Dinis (r. 1279-1325). Tem duas portas principais opostas (eixo E-O): a Porta do Sol ou da Frandina e a Porta de Santarém. A Porta de Santarém, aberta para o Bairro de Santiago, tem uma torre cilíndrica e outra quadrangular, denotando uma maior necessidade defensiva, podendo indicar que seria esta, inicialmente, a porta principal da vila medieval.
Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho
O Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho está num edifício do séc. XIII/XIV, onde já funcionou o Hospício de Caridade, a Escola Régia, a Escola Primária Masculina e algumas aulas da Escola Industrial e Comercial. Coleções: Arte Popular (chifre; cortiça; madeira); Bonecos de Estremoz; Olaria de Estremoz; Cerâmicas diversas; Casa Alentejana; Arqueologia; Arte Sacra; Arte Contemporânea (inclui coleção de Desenho dos anos 20 do séc.XX aos anos 10 séc.XXI); Pintura Antiga; Diversos. Pode carimbar a sua credencial de peregrino aqui.
Castelo de Estremoz
No centro da vila medieval surge a Torre de Menagem, uma das mais bem conservadas do país. Com cerca de 27 metros de altura, tem planta quadrangular e é coroada com merlões em forma piramidal. Típica da arquitectura militar portuguesa de finais do século XIII e inícios do século XIV, é o que resta da alcáçova primitiva, juntamente com o edifício trecentista dos Paços do Concelho
Estátua da Rainha Santa Isabel
A Rainha Santa Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de julho de 1336. Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua canonização, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
Igreja de Santa Maria ou Igreja Matriz de Estremoz
Originalmente existia uma igreja no mesmo local, de estilo românico, possivelmente ligada por arcos à Torre de Menagem do Castelo. As obras da actual igreja iniciaram-se em 1560, por ordem do Cardeal D. Henrique, só tendo sido concluídas no século XVII. Francisco Xavier do Rego, em 1730, descreve a igreja como um priorado da Ordem de Avis.
Porta Frandina - Saída da Cidadela
A Porta da Frandina, virada para Nascente, é ladeada por uma torre semicilíndrica. Por cima do arco, à entrada, está colocada uma lápide invocativa da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal, como é habitual no reinado de D. João IV (r. 1640-1656), depois da Restauração.
Centro Interpretativo dos Bonecos de Estremoz
O objectivo principal do Centro Interpretativo passa por se colocar o foco no presente e futuro do Boneco de Estremoz, com uma exposição idealizada para ser dinâmica nos conteúdos e na apresentação do figurado, dando destaque aos produtores, no fundo os grandes protagonistas desta história multisecular. Foi inaugurado em Agosto de 2021.
Igreja dos Congregados - Final da Etapa
O palácio de D. Constantino de Bragança foi construído no século XVI, tendo sido confiscado pela Coroa em 1640, por D. Nuno Álvares Pereira de Melo, Duque de Cadaval, e posteriormente doado para instalação do Convento dos Congregados, o qual começou a ser construído em 1698 por ordem de D. Pedro II.
Igreja de São Francisco
Foi construída no local onde já existia uma ermida dedicada a S. Bento, no reinado de D. Afonso III (1248-1279), cujo brasão figura no fecho do arco da Capela-mor.
Lago do Gadanha
Quando, em 1688, o Rossio de São Brás vê surgir um majestoso lago e fonte que, segundo fontes do século XVIII, era capaz de “saciar a sede de todo o nosso exercito.”, Estremoz não poderia imaginar que este se tornaria um dos seus ex libris. Mandado construir pelo Senado de Estremoz, aproveita uma das mais importantes nascentes da zona baixa da cidade que se encontra no extremo Sudoeste do Rossio Marquês de Pombal, a nascente da Fonte Nova. O imponente lago, de cerca de 40 metros de comprimento, é abastecido por um canal subterrâneo que atravessa todo o Rossio Marquês de Pombal que vem desembocar numa concha em mármor A conhecida estátua do “Gadanha”, da mesma altura do lago, é originária do Convento dos Congregados, tendo sido transposta para o centro do lago só em meados do século XIX. É também desta altura que a estátua muda, subitamente, de significado. Representando, primitivamente, o deus Saturno, símbolo da fartura e da abundância, passa a ser conhecido como o é hoje. E é, de facto, como Gadanha que passa a ser conhecido e reconhecido por todos, simbolizando o efémero e fugacidade da vida, como o comprova a inscrição existente no pedestal. Marca importante do período barroco em Estremoz, apresenta uma irónica e contraditória ambiguidade. O “Gadanha”, que representa a fugacidade e celeridade do Tempo, acaba por ser eterno, permanecendo na Memória colectiva da cidade.
Fonte das Bicas
Antigamente designada de Fonte Redonda, sofreu várias obras que lhe retiraram a feição original. Provavelmente construída no século XVI, tem uma taça enobrecida por oito gárgulas leoninas que jorram água para um tanque octogonal. De destacar também os elementos de mármore brancos e negros no cimo da fonte.
You can add a comment or review this trail
Comments