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Caminho de Ferro Bezerra - 03-NOV-2013 (PR7 PMS - Corredoura) (Porto de Mós - Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros)

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Trail stats

Distance
8.93 mi
Elevation gain
1,440 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,440 ft
Max elevation
1,355 ft
TrailRank 
55 5
Min elevation
674 ft
Trail type
Loop
Time
6 hours 48 minutes
Coordinates
1407
Uploaded
May 11, 2014
Recorded
November 2013
  • Rating

  •   5 1 review
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near Bezerra, Leiria (Portugal)

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Itinerary description

O percurso tem início alguns metros após o campo de futebol da Bezerra e desenvolve-se, predominantemente, ao longo dos trilhos da antiga linha de caminho de ferro que fazia o transporte de carvão das minas da Bezerra para Porto de Mós. É um percurso bastante diversificado e representativo em termos de flora e fauna e, particularmente, em termos geomorfológicos.

A primeira metade do percurso desenvolve-se ao longo da linha superior, durante o qual a olhar é empurrado, inevitavelmente, para o vazio a nascente, até parar nas encostas do Cabeço dos Carvalhos, Cabeço Gordo e Cabeço Vedeiro, onde se inscreve a Cisterna Coletiva de Serro Ventoso - mancha retilínea esbranquiçada da rocha descarnada e o rendilhado geométrico dos muros de pedra.
Para poente, encostada ao trilho, a encosta abrupta da serra da Pevide reveste-se de arbustos onde domina o carrasco (Quercus coccifera), acompanhado por vezes de algumas azinheiras (Quercus rotundifolia), sargaços e exemplares de roselha-grande (Cistus albidus) com as suas bonitas e frágeis folhas rosas.

De repente, o cenário muda por completo: os cortes na rocha para a instalação da linha, definem, a certa altura, corredores sombrios em cujas paredes se podem observar plantas especialmente adaptadas a locais sombreados, frinchas na rocha são, a pouco e pouco, conquistadas por plantas rupícolas (i.e. que surgem em zonas pedregosas). Alguns fetos - a douradinha Ceterach officinarum e o avencão - encontram ali condições vantajosas para se desenvolverem.


No culminar da linha superior, o túnel - a escuridão para chegar de novo à luz do sol. O horizonte cresce para o mar e, mesmo no topo norte da serra dos Candeeiros, os moinhos assinalam a cumeada. Um parque de merendas convida a uma pausa antes de iniciar a descida pela linha inferior.

O percurso atravessa uma mancha de carvalho lusitano que desce da meia encosta até ao vale, com o qual convivem medronheiros (Arbutus unedo) e folhados (Viburnum tinus) de grandes dimensões. Rente ao solo, a pervinca (Vinca spp.) estende tapetes verdes, brilhantes, salpicados de flores lilazes.
No vale, os terrenos agrícolas conquistados ao carvalhal pelas populações, estão, atualmente, ocupados com olivais ou pomares de macieiras. Aqui e ali, junto ao bosque, surgem novelos de madressilvas em parceria momentânea com alguns eucaliptos.

Abandonando a linha, segue-se pelo fundo do vale contornando a imponente Pena Alagada, salpicada de cascalheiras e revestida pelo magnífico carvalhal, até atingirmos a linha superior e o ponto de partida.

Pontos de interesse
Mina de carvão da Bezerra
Minas de Carvão da Bezerra - nesta zona existiu uma importante exploração de carvão, aproveitando níveis linhitosos (i.e. camadas com lenhite - um dos tipos de carvão) do Jurássico superior. Este era aplicado à indústria tendo alimentado a central termoelétrica de Porto de Mós e as empresas cimenteiras da Maceira. Encontram-se atualmente inativas, desaconselhando-se a sua visita, por motivos de segurança.

Caminho de ferro da Bezerra - após o início da exploração de carvão instalou-se esta linha de caminho de ferro (1928), com um trajeto irregular de forma a vencer a serra da Pevide. Foi desmantelada em 1953, ficando unicamente os trilhos que dão acesso a toda esta vasta paisagem.

Vale diapírico de Porto de Mós / Rio Maior - a paisagem ao longo deste percurso é marcada pelo vale diapírico de Porto de Mós / Rio Maior, de sedimentos detrítico/evaporíticos do Hetangiano. Este vale é interrompido pelas elevações de Pena Alagada e Cerro dos Casais.

Unidades geomorfológicas - a dado momento do percurso, consegue-se observar a confluência de três grandes unidades geomorfológicas, nomeadamente a serra dos Candeeiros (onde se encontra), planalto de S. Mamede (NE) e planalto de Santo António (SE). As depressões que fazem a separação destas unidades são o vale diapírico, entre a serra dos Candeeiros e os planaltos, e o alinhamento tectónico Porto de Mós/Moitas Venda a separar os planaltos. O término do planalto de Sto. António é cortado pelo leito do rio Lena onde estão situadas as suas nascentes. Na direção nordeste do vale diapírico destacam-se alguns morros que correspondem a intrusões doleríticas, nomeadamente o Morro do Castelo de Porto de Mós, Morro da Capela de Sto. António e Livramento.

Pedreira das Mós - pedreira de calcários conglomeráticos utilizados antigamente na construção de mós, aproveitando as faces angulosas dos clastos que os constituem para a moagem dos cereais. Atualmente, é explorada como britadeira.

Cascalheiras - depósitos de vertente, estabilizados, resultantes da erosão das escarpas rochosas. São geologicamente recentes – Quaternário.

Cabana do Sítio do Elias –
Cabana particular, construída em madeira, com excelentes condições para parque de merendas.

Outros percursos que fiz na região:
PNSAC - Corredoura (Fevereiro 2004)
Fórnea (PNSAC) - (29-10-2006)
Olhos D'Água do Alviela (PR1-ACN) (15-03-2009)
Algar do Pena - PNSAC (PR1 STR) 29-03-2009
Estrada Romana - Alqueidão da Serra (02-05-2010) (PR9-PMS)
Arco da Memória - Arrimal (PNSAC - PR2 PMS) (27-11-2011)
Percurso Grutas do Almonda (PNSAC) (04-12-2011)
Lapa dos Pocilgões (PR3 PMS) - (29-01-2012)
Percurso S. Bento (PNSAC) (04-Mar-12)
Buracas de Mira de Aire (11-MAR-2012)
Chiqueda - Vale da Ribeira do Mogo (27-05-2012)
Serra de Santo António 21-Setembro-2012
Bezerra (PNSAC) Caminho de Ferro - 28-Out-2012)
Estrada Romana - Alqueidão da Serra (PNSAC) (18-Nov-2012)
Vale da Ribeira do Mogo - Chiqueda (02-Dezembro-2012)
Algar do Pena - Vale da Trave - 9-Dez-2012
Serra da Lua - Arrimal (PNSAC) - 16-Dezembro-2012 (PR1 PMS)
Serra de Santo António 10-02-2013
Serra Galega - 03-03-2013
Chãos - 10-NOV-2013 (PR4 RMR - variante)
Marinhas de Sal (PR1 Rio Maior - PNSAC) (28-09-2014)
Rota dos Frades (Alcanena - PNSAC) (27-09-2015)
ROTA DA ARCADA (PR9 ACN) (29-11-2015)
Rota dos Arrifes - PR6 - Alcanena - 07-FEV-2016
Vale Fojo-Vale das Varjas-Moinhos do Abadio (21-Fevereiro-2016)
Rota dos Algares - 14/05/2017
Portela de Vale de Espinho 28-05-2017
Mendiga pela serra (01-Outubro-2017)
Cabeço das Pombas - Casal de Sto António - Cabeço das Pombas (PR4 PMS, parcial)
Vale da Trave - 21-01-2018
Fórnea (PNSAC) - (04-Março-2018)
Santa Marta à Rota dos Frades - 22-04-2018
Rota dos Moinhos (PR7-ACN) (04-11-2018)
Chãos - Alcobertas (PNSAC) (PR2 RMR) (16-Dez-2018)
Vale de Ventos (PNSAC) (PR1 - ACB)
Bairro / Casal Farto (PNSAC) - 17-Fev-2019
Vale da Fonte Santa (Carris - Alcobaça)
Nascentes do Lena - Fórnea - Penas do Castelo
Castelejo (versão reduzida) + Carvalhal do Orçário
Da Serra dos Candeeiros, ao Vale das Milheiriças
Castelejo - Praia Jurássica - Carvalhal do Orçário (PNSAC)
Nascente do Almonda - Vale Fojo - Aire - Vale Garcia (PNSAC)
Fungalvaz - Baloiço do Talegre - Gruta da Lapa
São Bento e Praia Jurássica, ao por do sol (PNSAC)
Mata Nacional do Vimeiro e Mata do Gaio
Do Buraco Roto à Estrada Romana, pelo Dólmen do Alqueidão e Carvalho do Padre Zé
Lapas, Algares e Lapiás [PR3: Lapa dos Pocilgões + PR4: São Bento (PMS)] PNSAC
Arrimal - Cruto de Cavalarias - Serro dos Casais - Covas Tojeiras - Vale das Milheiriças (PNSAC)
Rota das Pias (Serra de Santo António - PNSAC)

Comments  (2)

  • Photo of Tetititu
    Tetititu Jan 14, 2024

    Bonito e fácil percurso circular, pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Muito boas fotos e explicações. Um abraço forte.

  • Photo of migueleloi
    migueleloi Jan 14, 2024

    Obrigado pela avaliação e comentário Tetititu,
    Um abraço

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