'Caminhada no Xurês' Torneiros (Espanha) 26/05/206

"Caminhada no Xurês" Torneiros (Espanha) com Restauradores da Granja (Fafe)

Sete horas da matina, 26 de maio de 2016, no feriado do Dia do Corpo de Deus partiam de Fafe, do Marco de Canaveses, da Trofa, de Gondomar, de Santa Maria da Feira, da Maia, de Ponte de Lima, de Matosinhos, para mais uma jornada de caminhada, organizada pelos Restauradores da Granja, em direção ao Parque Internacional Luso-Galaico Gerês/Xurês, criado em 31 de Julho de 1997, integrado na rede mundial das Reservas da Biosfera da Unesco, mais precisamente para o lado do pulmão dos nossos irmãos de Espanha, na área do Xurês, na zona termal de Torneiros (Lobios).
Chegados à fronteira da Portela do Homem, local da concentração, começamos em Espanha e deixando o Gerês, agora no Xurês, a descer para Lobios ladeados pelo curso do Rio Caldo, que seguia connosco na mesma direção a Lobios, primeiro à nossa esquerda e depois à nossa direita.

Um imenso pulmão transfronteiriço, das poucas reservas do mundo com esta característica, considerado pela UNESCO em 2009 como uma Reserva Mundial da Biosfera. Não estávamos, aqui à porta, num local qualquer!

Chegamos a Torneiros dávamos início a caminhada, inicialmente pretendíamos seguir a Rota 6 (Camino Natural del Interior Via Nova Tramo: Portela do Home – Santa Comba) mas dadas as buscas de um português desaparecido a praticar canyoning, desporto de elevado risco, nas quedas de água na Corga da Fecha, do Rio Fecha afluente do Rio Caldo, encontrado neste mesmo dia depois de desaparecido do passado sábado, não podemos seguir a Rota prevista que ia precisamente para a zona do malogrado e mortífero acidente – era um percurso que tinha uma zona de um declive muito acentuado, a subir numa extensão de 1 km e com belas paisagens. Ficará para uma outra ocasião.

Bom… certo é que neste dia conseguimos com a nossa iniciativa por o sol a sorrir…

Não fomos para a direita, fomos para a esquerda, não fomos em direção à Portela do Homem, pelo Rio Caldo acima, fomos em direção à aldeia de Vilameá, passando pelo casario embrenhámo-nos mais pelo Xurês, ao longo do curso do Rio Vilameá para montante, subindo sempre numa extensão que se fôramos até ao fim seriam bem uns 9 km sempre a subir embora com um declive menor que a alternativa sacrificada.

Excelente percurso, na volta tomamos a variante da Ermida da Nosa Señora de Xurês, nunca fomos abandonados pelo nosso simpático guia, que nos recebeu e connosco, desde as Termas de Lobios, incansável este “perro” d’água, ora ia lá frente, ora vinha atrás da fila dos caminheiros ver se estava tudo bem. Uma maravilha de vida no meio de tanta vida – a serra imensa, nós e ele!

Chegados a Lobios, terminada a caminhada, houve quem não deixasse de relaxar o corpo na piscina de água termal, bem… mas bem quente que fica logo ao lado das águas do Rio Caldo e que recebe as águas do Lobios Caldaria Hotel Balneario.

Bem… voltamos arriba para a fronteira, para nossa casa, depois da Portela do Homem, já próximo das Termas do Gerês foi um festim de boa disposição dos caminheiros, onde nada faltou para repor energias queimadas. Não deixámos, entre tudo o mais de ver um veado, cavalos, cavaleiros… e muita, muita boa disposição, convívio e amizade, fora o resto que também foi… muito!

Texto: Horácio Pinto

Foto: José Pinho