Caminhada Castro de Romariz (31-10-2020)
near Gaiata, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Romariz é uma freguesia com uma área de cerca de 12 km2, situa-se a nordeste do concelho de Santa Maria da Feira e a cerca de 10 km desta cidade.
Atualmente a freguesia tem uma população de cerca de 3.650 habitantes residentes, dispersos por treze lugares (Carvalhal, Casal do Monte, Duas Igrejas, Fafião, Goim, Igreja, Monte Calvo, Mouquim, Oliveira, Portela, Reguenga, Romariz e Vila Nova).
Esta terra será comunidade habitada desde o século VI a.C.. Esta data é-nos indicada pelas descobertas posteriores ao achado, no “Monte do Castro”, de um espólio constituído por pequenos objetos de ouro e prata e por uma ânfora com cerca de cem moedas de vários imperadores romanos. Este e outros achados nas escavações que se realizaram posteriormente no “Monte dos Mouros” permitir-nos-ão afirmar que Romariz é terra habitada há mais de 2.500 anos.
História sobre o CASTRO de ROMARIZ
O Castro de Romariz (Santa Maria da Feira)
erguido durante o século VI a.C., o Castro de Romariz, situado na região de Santa Maria da Feira, seria originariamente perfeito de um conjunto de cabanas, no interior das quais existia uma lareira, a única construída com materiais não perecíveis. Com efeito, somente com o advento da romanização se passou a observar a edificação de estruturas perenes, que acabariam por suplantar, em definitivo, a tradição construtiva do Bronze Final que tão longamente caracterizou esta região do actual território português.
A par das estruturas habitacionais, encontrou-se um vasto espólio móvel neste povoado da II Idade do Ferro, que atesta bem os prolongados contactos que a sua população manteve ao longo dos tempos com realidades culturais exógenas, com especial relevo para os derivados do Mediterrâneo Oriental. Dos contactos estabelecidos com estes circuitos, salienta-se um considerável conjunto de materiais cerâmicos, de entre os quais sobressairão algumas ânforas de origem púnica, datáveis do século V a.C., bem como diversas contas de pasta vítrea e um fragmento de cerâmica grega atribuída ao século IV a.C.
Mas, estes foram sempre materiais de excepção num universo clara e compreensivelmente dominado pelos materiais decorrentes de toda uma actividade ancestral de características endógenas. Referimo-nos, em concreto, a um significativo grupo de cerâmicas decoradas com impressões realizadas com matrizes.
Também em relação a este povoado se pondera a provável existência de práticas funerárias levadas a efeito no interior das próprias habitações, posteriormente transpostas para um espaço especialmente seleccionado para o efeito no âmbito do recinto familiar, de características, naturalmente, mais abrangentes. No caso específico do Castro de Romariz, esta religiosidade manifestada ao nível do culto doméstico parece adquirir alguma consistência com a presença de mesas, as quais, na opinião de certos autores, teriam finalidades sacrificiais e litúrgicas, possivelmente conduzidas pelo paterfamilias, enquanto repositório vivo das ancestrais tradições que conferiam a indispensável coesão interna e emocional à comunidade à qual pertencia e servia.
Atualmente a freguesia tem uma população de cerca de 3.650 habitantes residentes, dispersos por treze lugares (Carvalhal, Casal do Monte, Duas Igrejas, Fafião, Goim, Igreja, Monte Calvo, Mouquim, Oliveira, Portela, Reguenga, Romariz e Vila Nova).
Esta terra será comunidade habitada desde o século VI a.C.. Esta data é-nos indicada pelas descobertas posteriores ao achado, no “Monte do Castro”, de um espólio constituído por pequenos objetos de ouro e prata e por uma ânfora com cerca de cem moedas de vários imperadores romanos. Este e outros achados nas escavações que se realizaram posteriormente no “Monte dos Mouros” permitir-nos-ão afirmar que Romariz é terra habitada há mais de 2.500 anos.
História sobre o CASTRO de ROMARIZ
O Castro de Romariz (Santa Maria da Feira)
erguido durante o século VI a.C., o Castro de Romariz, situado na região de Santa Maria da Feira, seria originariamente perfeito de um conjunto de cabanas, no interior das quais existia uma lareira, a única construída com materiais não perecíveis. Com efeito, somente com o advento da romanização se passou a observar a edificação de estruturas perenes, que acabariam por suplantar, em definitivo, a tradição construtiva do Bronze Final que tão longamente caracterizou esta região do actual território português.
A par das estruturas habitacionais, encontrou-se um vasto espólio móvel neste povoado da II Idade do Ferro, que atesta bem os prolongados contactos que a sua população manteve ao longo dos tempos com realidades culturais exógenas, com especial relevo para os derivados do Mediterrâneo Oriental. Dos contactos estabelecidos com estes circuitos, salienta-se um considerável conjunto de materiais cerâmicos, de entre os quais sobressairão algumas ânforas de origem púnica, datáveis do século V a.C., bem como diversas contas de pasta vítrea e um fragmento de cerâmica grega atribuída ao século IV a.C.
Mas, estes foram sempre materiais de excepção num universo clara e compreensivelmente dominado pelos materiais decorrentes de toda uma actividade ancestral de características endógenas. Referimo-nos, em concreto, a um significativo grupo de cerâmicas decoradas com impressões realizadas com matrizes.
Também em relação a este povoado se pondera a provável existência de práticas funerárias levadas a efeito no interior das próprias habitações, posteriormente transpostas para um espaço especialmente seleccionado para o efeito no âmbito do recinto familiar, de características, naturalmente, mais abrangentes. No caso específico do Castro de Romariz, esta religiosidade manifestada ao nível do culto doméstico parece adquirir alguma consistência com a presença de mesas, as quais, na opinião de certos autores, teriam finalidades sacrificiais e litúrgicas, possivelmente conduzidas pelo paterfamilias, enquanto repositório vivo das ancestrais tradições que conferiam a indispensável coesão interna e emocional à comunidade à qual pertencia e servia.
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Não segui o trilho inteiramente porque havia zonas de menor interesse como eucaliptais