Cachoeira da Fumacinha - Chapada Diamantina
near Brejão, Bahia (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
Trilha para a Cachoeira da Fumacinha, que na minha opinião é a mais bonita do Brasil.
A trilha inicia-se após passar pela porteira, apresentando-se aberta, salvo pelos 100 m iniciais que apresentam vegetação alta e razoavelmente fechada. Atenção onde pisa, nos deparamos com uma possível jararaca no meio da trilha.
Após percorrer aproximadamente 4 km, cruzando o rio uma vez, chegamos ao Poço da Pedra Lascada. A partir desde momento, a trilha será essencialmente pelo leito do rio, com ocorrência de eventuais trilhas laterais, que devem ser mais evidentes nas épocas de cheia.
Para passar pelo poço da Pedra Lascada existem duas maneiras (pelo menos na época de seca). Pode passar pela direita, sobre a pedra lascada e seguindo por lajes de rocha, que podem apresentar-se submersas em épocas de cheia; pela esquerda, pelo esquema “passar por onde der”.
Nos relatos que encontrei na internet, o pessoal, incluindo os guias, passam pela direita. Mesmo sabendo disto, preferíamos seguir pela esquerda por uma simples questão: a tal pedra lascada apresenta-se “geotecnicamente” instável, um dia cairá e eu não gostaria de estar em cima dela quando este dia chegar.
Seguindo a montante, vamos “pulando pedrinhas” ou por eventuais trilhas laterais até atingir a Cachoeira do Encontro. Neste local existe uma trilha bem marcada a esquerda do poço, só seguir por ela.
Continuando a montante, chegamos ao Poço da Cachorra. Para atingir a parte superior do poço será necessário pegar uma trilha a direita, pouco antes do poço, e escalar uma pequena parede de rocha. Só ter um pouco de cuidado na escalada, que ela ocorrerá sem grandes traumas.
Estando na parte superior do Poço da Cachorra, já é possível avistar o cânion da Cachoeira da Fumacinha. SENSACIONAL! Na entrada do cânion existe um poço, que é transposto pela esquerda, seguindo colado na parede, no esquema “homem aranha”.
Dentro do cânion é só sentar e admirar uma das cachoeiras mais sensacionais, senão a mais top do Brasil!
Na volta, cuidado para não se perder no percurso entre a Pedra Lascada e a primeira travessia do rio. Existem outras trilhas abertas, evidentes apenas no caminho de volta, que te levam a lugar nenhum e te fazem ficar andando em círculos. Se notarem que a trilha termina abruptamente, voltem até a bifurcação e peguem o outro caminho.
Como em qualquer trilha que passa por rio, deve-se ficar atento para trombas d’águas. Até pouco antes da Cachoeira do Encontro, nota-se vários locais com escape lateral. Após a Cachoeira do Encontro, o Cânion afunila, notando-se poucos locais com cota expressivamente superior ao leito do rio. Se você notar o nível d’água aumentando repentinamente, procure um local alto imediatamente. Se possível, converse com moradores de Ibicoara ou do Baixão a respeito de chuvas e se os guias estão fazendo o percurso normalmente.
A recepção do gps, por mais f*d@stic# que o seu seja, será uma m$rd@. Por se tratar de uma trilha dentro de um cânion, o gps não receberá adequadamente os sinais do satélite, o que acarretará em erros expressivos na sua localização e consequentemente no seu caminhamento. Portanto, gps só serve para duas coisas nesta trilha: saber onde cruzar o rio pela primeira vez; para determinar a direção que você está seguindo, caso resolva brincar de cobra seca. Marquei a localização dos três poços a serem transpostos, com base na fotografia aérea do Google Earth, para vocês terem uma ideia da cara e localização exata deles.
A trilha foi realizada por duas mulheres indefesas, em novembro de 2015, na época de seca. A ida em 3h e a volta em 5h (viemos parando nos poços e pegamos uma bifurcação errada na volta, na região compreendida entre a Pedra Lascada e a primeira travessia do rio). Como em qualquer lugar da Chapada Diamantina, os guias detestam encontrar turistas sozinhos nas trilhas, então prepara-se para eventuais caras feias e recomendações que não são pedidas.
A trilha inicia-se após passar pela porteira, apresentando-se aberta, salvo pelos 100 m iniciais que apresentam vegetação alta e razoavelmente fechada. Atenção onde pisa, nos deparamos com uma possível jararaca no meio da trilha.
Após percorrer aproximadamente 4 km, cruzando o rio uma vez, chegamos ao Poço da Pedra Lascada. A partir desde momento, a trilha será essencialmente pelo leito do rio, com ocorrência de eventuais trilhas laterais, que devem ser mais evidentes nas épocas de cheia.
Para passar pelo poço da Pedra Lascada existem duas maneiras (pelo menos na época de seca). Pode passar pela direita, sobre a pedra lascada e seguindo por lajes de rocha, que podem apresentar-se submersas em épocas de cheia; pela esquerda, pelo esquema “passar por onde der”.
Nos relatos que encontrei na internet, o pessoal, incluindo os guias, passam pela direita. Mesmo sabendo disto, preferíamos seguir pela esquerda por uma simples questão: a tal pedra lascada apresenta-se “geotecnicamente” instável, um dia cairá e eu não gostaria de estar em cima dela quando este dia chegar.
Seguindo a montante, vamos “pulando pedrinhas” ou por eventuais trilhas laterais até atingir a Cachoeira do Encontro. Neste local existe uma trilha bem marcada a esquerda do poço, só seguir por ela.
Continuando a montante, chegamos ao Poço da Cachorra. Para atingir a parte superior do poço será necessário pegar uma trilha a direita, pouco antes do poço, e escalar uma pequena parede de rocha. Só ter um pouco de cuidado na escalada, que ela ocorrerá sem grandes traumas.
Estando na parte superior do Poço da Cachorra, já é possível avistar o cânion da Cachoeira da Fumacinha. SENSACIONAL! Na entrada do cânion existe um poço, que é transposto pela esquerda, seguindo colado na parede, no esquema “homem aranha”.
Dentro do cânion é só sentar e admirar uma das cachoeiras mais sensacionais, senão a mais top do Brasil!
Na volta, cuidado para não se perder no percurso entre a Pedra Lascada e a primeira travessia do rio. Existem outras trilhas abertas, evidentes apenas no caminho de volta, que te levam a lugar nenhum e te fazem ficar andando em círculos. Se notarem que a trilha termina abruptamente, voltem até a bifurcação e peguem o outro caminho.
Como em qualquer trilha que passa por rio, deve-se ficar atento para trombas d’águas. Até pouco antes da Cachoeira do Encontro, nota-se vários locais com escape lateral. Após a Cachoeira do Encontro, o Cânion afunila, notando-se poucos locais com cota expressivamente superior ao leito do rio. Se você notar o nível d’água aumentando repentinamente, procure um local alto imediatamente. Se possível, converse com moradores de Ibicoara ou do Baixão a respeito de chuvas e se os guias estão fazendo o percurso normalmente.
A recepção do gps, por mais f*d@stic# que o seu seja, será uma m$rd@. Por se tratar de uma trilha dentro de um cânion, o gps não receberá adequadamente os sinais do satélite, o que acarretará em erros expressivos na sua localização e consequentemente no seu caminhamento. Portanto, gps só serve para duas coisas nesta trilha: saber onde cruzar o rio pela primeira vez; para determinar a direção que você está seguindo, caso resolva brincar de cobra seca. Marquei a localização dos três poços a serem transpostos, com base na fotografia aérea do Google Earth, para vocês terem uma ideia da cara e localização exata deles.
A trilha foi realizada por duas mulheres indefesas, em novembro de 2015, na época de seca. A ida em 3h e a volta em 5h (viemos parando nos poços e pegamos uma bifurcação errada na volta, na região compreendida entre a Pedra Lascada e a primeira travessia do rio). Como em qualquer lugar da Chapada Diamantina, os guias detestam encontrar turistas sozinhos nas trilhas, então prepara-se para eventuais caras feias e recomendações que não são pedidas.
Waypoints
Waypoint
2,351 ft
Porteira
Porteira
Waypoint
0 ft
Estacionamento
Estacionamento
Waypoint
0 ft
Baixão
Baixão
Comments (16)
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Agradeço por compartilhar dos detalhes da trilha paracom esta linda e maravilhosa preciosidade divina.
;) =)
Excelente descrição e trilha! Fiz sem guia, baseado nesse mapa e deu tudo muito certo! Valeu!
Fico feliz que tenha dado tudo certo antenorhs! Abraços!!! ;)
Anotei suas dicas e farei tb! As pessoas "fora da casinha" nunca são bem vistas não tem jeito... <3
Amei e agradeço as dicas
Obrigada pelo o comentário nisabenthon! Se tiver alguma dúvida sobre a trilha, só perguntar!
Abraços
Boa noite, você ajustou os pontos da trilha no trecho final antes de postar?
Obrigado pela contribuição devo ir me guiando pelo seu tracklog.
Olá Dantas 117! Não ajustei a trilha, este é o caminhamento que meu GPS gerou. Abraços
Oi Lu! Queríamos muito fazer a Fumacinha, não vamos contratar guia também... Mas nos falaram que não deixavam entrar sem guia. Como foi pra vocês começarem a trilha? Alguém tentou impedir? Abraço e obrigada pelas dicas :)
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Easy to follow
Scenery
Very difficult
Preferencia de guia
Olá Amanda Oliveira! Mil desculpas pela demora, sua msg se perdeu no meu mail e só ví seu comentário agora.
Respondendo sua pergunta: também escutamos relatos de problemas para iniciar a trilha, entretanto ninguem tentou nos impedir... na verdade não tinha ninguém na porteira do início.
Abraços
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Easy to follow
Scenery
Difficult
A descrição está ótima, ainda assim gostaria de fazer algumas observações:
Fiz a trilha na pior condição possível: rio bem acima do normal e uma chuva fininha de vez em quando. Só é possível fazer com o rio cheio se ele ainda não tiver alagado a trilha nas proximidades do Lagão (área de camping no começo da trilha). Se o rio estiver muito cheio, é muito arriscado fazer a primeira travessia (~2.5km). Fizemos a travessia com água entre o joelho e a cintura.
Depois de entrar no cânion da Fumacinha a trilha desemboca no leito do rio. Neste ponto, que é um lajeado, NÃO cruze o rio. Por mais que pareça ilógico, siga pelo lajeado margeando o paredão à direita, talvez seja necessária caminhar um pouco pelo leito do rio, num trecho raso e com piso regular (laje). Após algumas dezenas de metros, haverá uma matinha à direita, onde pode ser que tenha água caindo pelo paredão. A trilha se inicia um pouco discreta, então é necessário ter bons olhos, mas a medida em que se avança ela fica bem visível. Essa trilha segue pela mata e passa "por cima" do poço da Pedra Lascada, evitando uma passagem complicada. Acima da Pedra Lascada, siga pela direita, passando colado no paredão. Pode ser que seja preciso cruzar pequenos córregos que despencam pela parede do cânion. Depois desse trecho colado no paredão a trilha volta a ser pela mata, seguindo bem demarcada até próximo à Cachoeira do Encontro.
Acertando essa trilha, minimiza-se o pula/trepa-pedra, fazendo com que a caminhada renda mais e seja menos difícil. O trajeto por cima pode poupar até 1h, se comparado com o trajeto por baixo.
Recomendo esta trilha sem guia somente para aquelas pessoas com experiência na atividade. As dificuldades principais: Terreno muito irregular, uma pequena escalada no Poço da Cachorra, passagens estreitas com risco de queda n'água, trechos bem escorregadios.
A parte inicial da trilha foi roçada, então fica mais fácil de ver qualquer surpresa pelo caminho rs. Não há qualquer controle de entrada, além do mais é uma área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, então não há cobrança de entrada nem obrigatoriedade de ir com guia.
Por último, em virtude das distâncias envolvidas e tempo de caminhada, sugiro que a pernoite anterior seja no Baixão ou, no máximo, em Ibicoara. No Baixão tem duas casas que oferecem hospedagem, no esquema do Pati: R$110 por pessoa, com direito a janta e café da manhã.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Descrição bem detalhada, muito obrigado!
Se acorde cedo e se alongue antes de começar a trilha.
Nosso grupo de 7 pessoas com experiência e preparo físico bem variado (tinha barriga de chopp e barriga tanquinho) fez a trilha no começo de Agosto de 2018.
Não há dificuldade no começo da trilha (3 ou 4km), recomendo acelerar o passo.
Para cruzar o rio, se você não for acostumado a pular pedras, talvez seja melhor tirar o tênis e entrar na água para evitar acidentes. Após algum tempo será necessário ficar andando e pulando em cima de pedras e ficar de olho pra encontrar as trilhas laterais.
A parte de escalada é extremamente simples, mas é bom tomar um pouco de cuidado.
Vá seguindo a descrição da trilha e tome cuidado para não cair.
Não encontramos dificuldade em começar a trilha, ninguém tentou nos impedir porque estávamos sem guia (na verdade só encontramos um outro grupo no caminho)
Quando nós fizemos a trilha, as pedras não estavam molhadas, era bem fácil pisar em segurança. Apesar de alguns membros do grupo terem sentido um pouco de dificuldade em certos momentos, eu não avaliaria como muito difícil. Tem de 'escalar'? Tem sim. Tem de pular pedra? Tem sim. Mas tudo de uma maneira simples. EM ÉPOCA DE SECA eu acho que o terror que muitas pessoas fazem é desproporcional.
Porém em caso de chuva eu imagino que a dificuldade se eleve de uma maneira perigosa, de forma que eu só recomendaria a pessoas experientes.
Em termos de beleza, a trilha é um absurdo. Não só a cachoeira em si, como a trilha toda, é muito bonito mesmo, é um lugar único.
Descrição muito boa. Você sabe se há algum ponto pra acampar na trilha?
Olá, excelente relato e comentários. Mas uma questão. Você fala que foi em Novembro e era período de seca? Já li que em Novembro começa estação chuvosa. Como estava o nível da cachoeira? Pois estava planejando ir no início de Novembro e queria, logicamente encontra-la com bom nível de queda d'agua, mas tenho medo de fazer com chuva por causa das pedras. Também não tenho tanta experiência e acho que só iria com guia para me sentir mais seguro.
Ah, outra coisa. Recomendariam o uso de bastões de trekking?