Ás voltas por Guimarães...
near Guimarães, Braga (Portugal)
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Waypoints
Igreja e Oratórios de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos ou Igreja de São Gualter.
Porta do Campo da Feira.
À direita,em primeiro plano : Passos da Senhora da Guia Ao fundo : Museu de Alberto Sampaio.
Retábulo D.João I.
O Tríptico da Natividade, também designado de retábulo ou presépio, é uma das peças mais emblemáticas do Museu de Alberto Sampaio. É um tríptico retangular em prata dourada, constituído por um painel central e dois volantes laterais, e encaixado numa estrutura de madeira de cedro. O painel central divide-se em dois níveis: o superior apresenta uma estrutura arquitetónica e o inferior é ocupado com a representação do Nascimento do Menino Jesus. Nos volantes deste tríptico estão representados quatro episódios relacionados com o Nascimento do Menino Jesus: Anunciação à Virgem, Anunciação aos Pastores, Adoração dos Reis Magos e a Apresentação do Menino no Templo. Foi oferecido pelo rei Dom João I a Santa Maria da Oliveira, em sinal de gratidão pela vitória alcançada na Batalha de Aljubarrota. Estamos, assim, perante um histórico e esplendoroso ex-voto. Apesar de dois anjos segurarem o brasão de armas de Dom João I, há duas versões para a origem desta peça: uma diz que o rei Dom João I se pesou, ofereceu o seu peso em prata e mandou fabricar este presépio e outras peças; e a outra defende que o tríptico pertencia ao rei Dom João I de Castela e que lhe foi tomado como um despojo na Batalha de Aljubarrota. Peça muito prezada pelos cónegos, este tríptico era exposto sobre o altar durante a festividade do Natal e estava presente no exterior do templo, nas cerimónias comemorativas de 14 de agosto de 1385. No século XV, foi remido pelo cabido da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, para evitar que fosse tomado e mandado fundir por Afonso V. Esta peça de ourivesaria está classificada como Tesouro Nacional.
Loudel de D.João I.
O loudel é uma das peças mais emblemáticas do Museu de Alberto Sampaio. Terá sido usado por Dom João I na Batalha de Aljubarrota, no dia 14 de agosto de 1385, e oferecido pelo monarca a Santa Maria da Oliveira, em sinal de gratidão pela vitória alcançada nessa real batalha. Trata-se de uma peça de vestuário militar, constituída por uma série de camadas de linho acolchoadas com enchimento de lã e teria sido exteriormente revestida por tecido de lã verde e bordada a fio de seda e ouro. Segundo Fernão Lopes, era semeado com rodas de ramos e escudos de São Jorge. Hoje, são visíveis apenas restos do escudo de Dom João I, nomeadamente das quatro pontas da cruz de Avis. Era um traje leve, que permitia grande mobilidade e era usado sobre a cota de malha. Por cima, podiam ser usadas peças soltas da armadura. Apesar de ser uma peça de vestuário que protegia o corpo (da própria armadura e dos golpes do inimigo), o loudel também servia para identificar quem o vestia. Em Aljubarrota, de acordo com Maria Emília Amaral Teixeira, os portugueses usavam loudéis com o escudo de São Jorge, o seu santo protetor, e os castelhanos loudéis com o escudo de Santiago. Fernão Lopes refere que, depois da batalha ganha pelos portugueses, os castelhanos fugiram e viraram os seus loudéis do avesso para não serem identificados. Também, aquando do encontro entre Dom João I e o duque de Lencastre, Fernão Lopes refere que o rei “…deu a todos que andavam com ele de cote, que seriam até quinhentas lanças, loudeis de fustão branco com cruzes de S. Jorge…”. É uma das mais raras vestes militares do século XIV existentes no mundo. Deste período, conhece-se uma outra que pertenceu ao Black Prince, o filho mais velho do Rei Eduardo III de Inglaterra e tio de Dona Filipa de Lencastre, a esposa de Dom João I. Os portugueses consideram-no uma relíquia e foi classificado como Tesouro Nacional em 2006,
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