Alta Via 2 - Funivia Plose - Rifugio Roseta (Dolomiti)
near Semperbau, Trentino-Alto Adige (Italia)
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Trail photos
Itinerary description
Dia 1
Funivia Plose – Rifugio Genova
Pernoitamos em Bolzano e saímos do hotel as 6:50, pegamos um ônibus até a estação de trem e tomamos o trem para Bressanone Brixen, ali pegaríamos o ônibus 321 no terminal ao lado da estação, depois de esperar algum tempo percebemos que tem várias linhas 321, a que precisávamos pegar era a que ia para Plose. Decidimos pegar um táxi para não perder mais tempo. Chegamos na estação do teleférico pouco antes das 9:00h horário que inicia a venda de bilhetes (€19,00 /pessoa). Descemos do teleférico e paramos no café, comemos uma deliciosa torta de maçã antes de iniciar a trilha as 10 h. Seguimos na direção do rifugio Plose onde se inicia a Altavia 2. Para chegar no Plose são 3 km com desnível positivo de 500 m numa subida constante. Nem paramos no Plose, fomos para a indicação da trilha do rifugio Gênova e continuamos a subida, mais à frente pegamos uma trilha alternativa e tivemos que passar pelo pasto até a trilha certa. A partir desse ponto seguimos a trilha 4 Altavia 2 que está bem sinalizada, mas precisa ficar atento às placas nas bifurcações. A trilha até este ponto alterna entre trilhas e estradinhas. Mais à frente após a linha do teleférico saímos da estradinha e entramos numa trilha mais estreita, mais aspecto de trilha, porém muito bem ajeitada. E assim fomos indo até que chegamos a uma estrada asfaltada que percorremos por 1 km até encontrar a trilha de subida para o Rifugio Genova. No começo a trilha tem uma subida leve, depois que passa a cachoeira se inicia uma subida mais forte e a trilha começa a ter mais pedras dificultando a caminhada, foi nesse ritmo até o final da subida. Estávamos um pouco cansados pela distância e o desnível até ali mas ao chegar no final da subida as montanhas das Dolomitas se mostraram em todo seu esplendor. O cansaço desapareceu e a emoção de ver tanta beleza compensou com sobra o esforço pra chegar ali. Ficamos um tempo fotografando e curtindo o visual antes de continuar o percurso até o Gênova. Faltavam 2 km, quase plano, foi rapidinho pra chegar.
A trilha é bem sinalizada e o percurso não apresenta nenhuma dificuldade técnica somente física com duas subidas longas. Ao longo da trilha tem muitos pontos úmidos e cruzamos vários riachos, o percurso tem abundância de água.
Dia 2
Rifugio Genova – Rifugio Puez
Acordamos cedo deixamos as mochilas arrumadas e as 7:00 h fomos pro café da manhã do Refúgio Genova, excelente café da manhã.
As 8:00 h iniciamos a trilha e a placa indicativa do Rif Puez sugeria um percurso de 3,5 horas. Com tantas montanhas e paisagens bonitas as paradas para fotografar foram muitas pois o cenário muda constantemente. No início a trilha é bem tranquila quase plana porém em alguns trechos a trilha é estreita e possui abismo ao lado, complicado para quem sofre de vertigens.
Após passar um trecho com pedras soltas iniciamos uma subida com desnível de 400 metros e bem cansativa. No topo uma nova paisagem com montanhas lindas nos fez parar para apreciar e descansar um pouco pra encarar a via ferrata logo a frente, tinha umas 20 pessoas subindo e pararam ali, fomos os primeiros a seguir mas não demorou para um pai e seu filho de uns dez anos passarem pela gente. Nos equipamos com cadeirinha e solteira e partimos atrás deles. Mosquetão no cabo de aço e trepa pedras, fomos subindo sem pressa e logo foi chegando outras pessoas sem equipamentos. No Brasil faríamos essa subida sem equipamentos mas aqui um acidente seria muito complicado e o seguro tem cláusula que não cobre “esporte de aventura”, e toca subir todo equipado. Cerca de 30 minutos e já estava no topo, fomos até o mirante e ficamos uns 15 minutos, nesse tempo as pessoas que vinham atrás partiram, nem pararam no mirante, quem faz a Altavia 2 geralmente não pernoita no Puez, seguem até o refúgio Frara que fica 7 km depois do Puez. A partir daqui a trilha é tranquila e com perfil de descida, em pouco tempo não víamos mais ninguém na trilha, seguimos num ritmo muito tranquilo, não queríamos chegar cedo no refugio. Este percurso não tem nenhum trecho sombreado, nem atrás de pedra, encontramos um cantinho bom pra parar e fazer um lanche num campo cheio de florzinha com o visual do Vallelunga ao lado. Voltamos pra trilha e rapidinho chegamos no Puez.
Consideramos esta trilha como difícil pelo trecho de via ferrata, recomendo o uso de equipamento, uma queda ali pode ser fatal.
Dia3
Rifugio Puez - Rifugio Pisciadù
Iniciamos a caminhada as 7:45 h. A trilha se inicia com uma descida suave e vai contornando o vértice do vale com um visual incrível, paramos muitas vezes para fotografar as montanhas e o vale abaixo, sempre vendo Selva di Val Gardena lá embaixo. Vem uma leve subida e na descida do outro lado do morro avistamos um lago, descemos até sua margem para fotografar e conferir a água gelada. Pegamos uma trilha que nos levou à trilha principal e continuamos subindo e no ponto mais alto encontramos uma cerca de madeira com um portãozinho, desse local ainda avistávamos o rifugio Puez à frente outro vale onde a trilha podia ser vista percorrendo o lado esquerdo do vale. Fomos seguindo em descida e antes do final do vale a trilha segue para a esquerda e passa pelo Forcela de Cir para iniciar a descida em direção à estrada Frara. Com a estrada asfaltada lá embaixo a trilha estava muito movimentada e demoramos um pouco pra chegar ao Rifugio Jimmi, onde já estávamos programando parar para um lanchinho. Seguimos em direção ao rifugio Frara e ao lado do refúgio pegamos a trilha para o Pisciadù, a subida é longa e íngrime, ao entrar no desfiladeiro além de íngrime tem muitas pedras que dificultam a caminhada e finalmente chegamos na ferrata, nos paramentamos e iniciamos mais essa aventura, foi um pouco estressante subir com as mochilas pesadas e além disso, haviacmuitas pessoas no sentido contrário. Fomos subindo com muita cautela, a maioria dos que vimos nem usava equipamento de segurança, para eles deve ser normal, para nós não.
Após uma lenta ascensão chegamos ao final da ferrata e lá estava o refúgio Pisciadu a menos de 300 metros.
Dia 4
Rifugio Pisciadù - Rifugio Boe
Iniciamos a caminhada as 7:50 h, a trilha é a mesma que vai para o pico Pisciadù. Passamos ao lado do lago e já iniciou a subida, a trilha nesse trecho é uma subida constante não muito íngrime por um terreno acidentado mas conseguimos um bom ritmo, mais acima uma ferrata com cabos de aço ajudando na segurança na subida, no Brasil teria uma corda velha. Chegamos a uma parte plana e à esquerda a trilha bifurca para o cume do Pisciadu, seguindo o que planejamos, pegamos a trilha para o pico, deixei a mochila próximo a trilha. A trilha é um pouco mais complicada é uma escalaminhada e apesar das marcações nas pedras é possível errar e chegar a local perigoso, neste caso é melhor voltar e procurar o local certo para subir. Demoramos cerca de 40 minutos para chegar ao cume. Uma cruz com o livro de cume marca o ponto mais alto. Fizemos fotos, assinamos o livro e iniciamos a descida. Seguimos nosso percurso para o refúgio Boé, subimos para passar por uma forcela e deixamos de ver o Pisciadu e passamos a ver o pico Boé, agora com a trilha em descida até que chegamos a um patamar onde há um desenho feito com pedras, e mais uma subida para chegar no refúgio Boé. Fizemos o check-in, almoçamos e partimos para a trilha do pico Boé.
Dia 5
Rifugio Boè- Rifugio Castiglioni
Como nos outros dias iniciamos por volta das 8 horas. A trilha segue quase plana em e contornando um vale em direção ao refúgio Forcela Pordoi.
Ao lado do refúgio a forcella Pordoi oferece uma vista incrível do Passo Pordoi lá em baixo. Ao lado do refúgio um funivia para acessar o Passo Pordoi. A trilha segue em zig-zag para vencer os 600 metros de desnível. Quanto mais desviamos o número de pessoas que cruzávamos aumentava, já quase no Passo o fluxo subindo era tanto que nossa descida empacava. Finalmente chegamos no Passo Pordoi e rapidamente fomos na direção da trilha para o refúgio Castiglione. Após passar a capela se inicia uma subida de um km a trilha segue um patamar na encosta da montanha com pouca variação de altimetria por 5 km, do outro lado do vale o Marmolada, vista incrível dessa montanha imponente. A descida em direção ao lago artificial Fedara. Na descida a trilha possui trechos com erosão que nos obriga s diminuir o ritmo. Faltando pouco para chegar ao refúgio o lago mostra toda sua grandeza, para completar a paisagem artificial uma rodovia num túnel artificial margeia o lago. Agora o refúgio está a vista. Chegamos na rodovia, o refúgio do outro lado e o lago à esquerda, apesar das artificialidades a paisagem é bonita.
Hoje foi um dia de trilha fácil, com pouca subidas e muita descida.
Depois do checkin no refúgio fomos caminhar na estradinha sobre o paredão da represa, a altura desse paredão impressiona.
Fomos até o início da trilha da Punta Penia, encontramos dois rapazes saindo da trilha exaustos, disseram que gastaram 10 horas para subir e descer.
Dia 6
Rifugio Castiglioni - Rifugio Contrin
O plano original era seguir a trilha passando pelo Marmolada, conversando com montanhistas que conhecem a trilha fomos aconselhados a não seguir esse trajeto pois existe um pequeno glaciar que necessita de crampons.
Decidimos seguir a trilha alternativa contornando o Marmolada.
Saindo do refúgio seguimos uma trilha que desce ao lado do paredão da represa do Lago di Fedaia e seguimos pela trilha 605 em direção a Penia - Alba. A trilha segue a margem direita do rio Avisio como o vale é muito profundo não víamos o rio, mas em alguns locais podíamos ouvir o barulho da água. Passamos por uma capela e em seguida iniciaram os oratórios
de uma via sacra. Mais abaixo pudemos ver o rio com sua água límpida e gelada, no Albergo Villetta Maria a trilha segue por uma estradinha florestal até chegar à rodovia, seguimos um pequeno trecho ao lado da rodovia e atravessamos para continuar a trilha do outro lado. Foi um trecho curto até encontrar a rodovia novamente, e seguirmos outro trecho pequeno por ela. Próximo à ponte sobre o rio Avisio uma linda cachoeira, desviamos um pouco do caminho para fotografar. Atravessamos a rodovia e continuamos na trilha, sempre margeando o rio até chegar em Penia. Aqui mudamos para a trilha 602 que margeia o rio Contrin e o perfil da trilha que até aqui era de descida passa a ser uma subida íngrime em zig zag até chegar a Lícia di Contrin. Agora a paisagem muda dos bosques de pinheiros para campos de pastagem e vai assim até Baita Cianci onde se inicia outra subida íngrime entre bosques de pinheiros até chegar ao Refúgio Cotrin.
Parte da trilha é por estradinhas florestais e rurais e nos trechos de bosque a trilha não possui muitos obstáculos, pedras ou erosão. Resumindo é uma trilha fácil.
Dia 7
Passo San Pellegrino - Rifugio Contrin
Por um contratempo de saúde ontem viemos do Contrin para Passo Pellegrino utilizando transporte púbico. Hoje com uma significativa melhora decidimos fazer o percurso no sentido contrário indo de San Pellegrino para o Contrin, descendo até Alba-Penia e pegar o ônibus para Pellegrino.
Iniciamos no Hotel Monzoni às 7:50 h e seguimos em direção ao Refúgio Miralago para pegar a trilha.
Andamos uns 100 metros e fomos surpreendidos por um rebanho de ovelhas sendo conduzido por tres pastores e dois cães, tinha pra mais de mil ovelhas. O trânsito parado atrás enquanto o rebanho seguia pela rodovia, uma cena inusitada.
Passamos pelo Miralago e seguimos pela trilha que é uma estradinha rural passando por diversas casinhas de madeira num cenário muito bonito, o último conjunto de casinhas é onde se localiza o Rifugio Fuciade. Passando o Fuciade se inicia a subida mais íngrime, e vai ficando mais íngrime com o aumento da altitude. Começa o trecho de cascalhos e pedras e vamos ganhando altitude em zig zag até que finalmente chegamos ao Passo de le Cirele onde finda a subida. Durante toda a subida o visual é lindo e vai nos distraindo.
Após o passo Cirele começa a descida para o Contrin, a trilha de descida tem menos cascalhos e é mais fácil para caminhar. Mais abaixo encontramos um grupo que desmontava acampamento ao lado da trilha.
Este lado da montanha apresenta o visual que tínhamos visto ontem mas agora com outros ângulos, lá de cima pudemos ver a trilha que fizemos para o passo San Nicolò, um visual muito bonito. Não demorou para chegarmos no Rifugio Contrin onde encerrei a gravação deste track. Almoçamos no Contrin e mais uma vez pegamos a trilha para Alba-Penia para pegar o ônibus e retornar para o Hotel em San Pellegrino.
Foi um dia intenso, chegamos no hotel às 17:40h.
Dia 8
Passo San Pelegrino - Rifugio Mulaz
Hoje saímos do Hotel Monzoni em Passo San Pelegrino às 8 horas sabendo que seria um longo e cansativo dia. Decidimos não utilizar o Funivia e pegamos a trilha, após poucos metros se iniciou a subida um pouco mais íngrime do que estava esperando. Caminhamos uns 500 metros na subida e percebi que minha esposa estava com dificuldades, ela ainda estava muito debilitada.
A única opção foi carregar a mochila dela. Engatei a mochila dela atrás da minha utilizando a barrigueira e assim com o centro de massa deslocado para trás continuei a marcha. No final da subida a trilha se bifurca, uma vai para o lago de Cavia e a outra vai para Passo Valles (658). Fiquei feliz pois sabia que teria um trecho relativamente plano, alegria durou pouco, era só pedreira, sobe pedra-desce pedra e mais pra frente surgiu uma estradinha, a trilha segue por ela em descida até Passo Valles e chegamos ao refúgio Capanna. Já tínhamos planejado almoçar ali. Eram 11:35 h e não tinha nenhum cliente no restaurante, expliquei a situação e perguntei se podiam servir uma sopa, a resposta da senhora foi que só tinha tira gosto. Peguei o cardápio e vi que só tinha porção de salame, presunto, queijo, bacon etc comidas que não eram adequadas ao estado de saúde da minha esposa. Voltei no balcão e fui atendido por um rapaz, expliquei o que se passava e se ele tinha alguma comida mais leve, a resposta foi que meio dia serviam o cardápio do almoço e tinha sopa e me atendeu com muita antipatia. Nuca vi tamanha falta de empatia nas montanhas. Almoçamos e voltamos para a segunda parte do trajeto, que já começava em subida com ganho de altimetria de 250 metros, mais um trecho de trilha ruim, mas superamos, pela altimetria do percurso sabíamos que tinha um trecho plano e logo à frente um trecho em descida. O trecho plano eram pequenas subidas, descidas, cascalho e pedras e o trecho em descida era outra pedreira e chegamos ao primeiro cabo de aço, lugarzinho perigoso mas fácil de passar. Olhava a encosta da montanha a frente tentando descobrir onde estava o trecho final em subida que vai da altitude 2200 m para 2500 m e só via paredões enormes pela frente, até que vimos uma entrada entre os paredões, era ali, eu esperava uma subida em cascalhos como a de ontem. O que surgiu pela frente foi uma subida em rocha por aderência, uma trilha seguindo quase em linha reta, para mim pior que a trilha em cascalhos, e fomos ganhando altitude, chegamos a uma pequena geleira, a trilha segue ao lado dela acompanhando a encosta da montanha e o segundo setor perigoso com cabos de aço para dar segurança, bem mais longo e perigoso e as mochilas pendendo para trás. Foram precisos paciência e concentração para superar esses 300 metros de desnível, nunca demoramos tanto num trecho de dois km de trilha.
Ao chegar no alto a visão do refúgio foi alentadora, faltavam somente 200 metros.
Chegamos na hora limite para escolher o cardápio do jantar.
Após deixar as coisas no quarto conversei com a responsável e consegui estender minha estadia para 2 dias e entrar em contato com o refúgio Roseta para ajustar minha estadia lá. No Mulaz foram muito carinhosos conosco. Ficamos muito agradecidos. Amanhã o dia será de repouso para minha esposa.
Dia 9
Rifugio Mulaz - Rifugio Rosetta
Iniciamos as 7 horas, as nuvens rondavam as montanhas como outros dias. Saindo do Rifugio já começa a subida após a primeira subida tem um trecho com cascalhos e pedras onde a trilha não é bem definida e fica bem confusa, finalmente chegamos à ferrata delle Farangole, nos equipamos e iniciamos a subida, não é uma ferrata difícil mas para alcançar o primeiro lance é necessário trepar uma pedra. Chegamos ao Passo Farangole e a vista é muito bonita, os lances de ferrata continuam na descida e só terminam na escada de aço. A descida continua em cascalhos e com variantes mais íngremes, descemos pela trilha sinalizada com o símbolo da Alta Via 2. Durante a subida passou por nós um grupo de 4 coreanos sem equipamento de ferrata, o que é muito perigoso. Continuamos descendo e observando as nuvens que só aumentavam no céu, o vento frio também deu o ar de sua graça, mantivemos os capacetes para aquecer a cabeça. Se iniciou uma pequena subida e outro lance de ferrata com cabos de aço, a trilha segue pela encosta de um vale profundo, trilha estreita, ao lado o terreno inclinado e mais abaixo o abismo. A chuva que ameaçava começou, primeiro como uma garoa em seguida uma chuva forte desabou sobre nós. Fomos seguindo com cautela e outra ferrata com cabo de aço, agora subindo a encosta, nestas ferratas utilizamos fitas no lugar do equipamento com amortecimento, o cabo de aço em alguns pontos está um pouco distante e a fita mais longa se mostrou mais útil. Fim da subida e passamos na frente de uma cachoeirinha, cruzamos o riacho e seguimos, alguns minutos depois o aguaceiro descia pelo riacho, o fio de água virou um rio. Continuamos em frente e não teve mais ferratas, porém tem trechos que mereciam um cabo de aço para segurança pois a trilha continua estreita e com trechos com pedra inclinada e ao lado o tal abismo, entre a trilha e o abismo o terreno inclinado com relva, um escorregão na pedra molhada pode ser fatal. Com muita cautela e paciência fomos seguindo debaixo de chuva e trovões até chegarmos a uma depressão onde se inicia a última subida, não tendo mais trechos perigosos. No fim da subida uma visão alentadora, o Rifugio Roseta, faltavam apenas 200 metros para o refúgio.
O Refugio Roseta solicitou atendimento do resgate, utilizamos a funivia para descer e uma ambulância nos levou para o hospital de Feltre. O atendimento foi excelente, as 19:30 já estava liberado, com o braço imobilizado por 3 semanas.
O trecho final da Alta Via 2 ficará para a próxima.
Funivia Plose – Rifugio Genova
Pernoitamos em Bolzano e saímos do hotel as 6:50, pegamos um ônibus até a estação de trem e tomamos o trem para Bressanone Brixen, ali pegaríamos o ônibus 321 no terminal ao lado da estação, depois de esperar algum tempo percebemos que tem várias linhas 321, a que precisávamos pegar era a que ia para Plose. Decidimos pegar um táxi para não perder mais tempo. Chegamos na estação do teleférico pouco antes das 9:00h horário que inicia a venda de bilhetes (€19,00 /pessoa). Descemos do teleférico e paramos no café, comemos uma deliciosa torta de maçã antes de iniciar a trilha as 10 h. Seguimos na direção do rifugio Plose onde se inicia a Altavia 2. Para chegar no Plose são 3 km com desnível positivo de 500 m numa subida constante. Nem paramos no Plose, fomos para a indicação da trilha do rifugio Gênova e continuamos a subida, mais à frente pegamos uma trilha alternativa e tivemos que passar pelo pasto até a trilha certa. A partir desse ponto seguimos a trilha 4 Altavia 2 que está bem sinalizada, mas precisa ficar atento às placas nas bifurcações. A trilha até este ponto alterna entre trilhas e estradinhas. Mais à frente após a linha do teleférico saímos da estradinha e entramos numa trilha mais estreita, mais aspecto de trilha, porém muito bem ajeitada. E assim fomos indo até que chegamos a uma estrada asfaltada que percorremos por 1 km até encontrar a trilha de subida para o Rifugio Genova. No começo a trilha tem uma subida leve, depois que passa a cachoeira se inicia uma subida mais forte e a trilha começa a ter mais pedras dificultando a caminhada, foi nesse ritmo até o final da subida. Estávamos um pouco cansados pela distância e o desnível até ali mas ao chegar no final da subida as montanhas das Dolomitas se mostraram em todo seu esplendor. O cansaço desapareceu e a emoção de ver tanta beleza compensou com sobra o esforço pra chegar ali. Ficamos um tempo fotografando e curtindo o visual antes de continuar o percurso até o Gênova. Faltavam 2 km, quase plano, foi rapidinho pra chegar.
A trilha é bem sinalizada e o percurso não apresenta nenhuma dificuldade técnica somente física com duas subidas longas. Ao longo da trilha tem muitos pontos úmidos e cruzamos vários riachos, o percurso tem abundância de água.
Dia 2
Rifugio Genova – Rifugio Puez
Acordamos cedo deixamos as mochilas arrumadas e as 7:00 h fomos pro café da manhã do Refúgio Genova, excelente café da manhã.
As 8:00 h iniciamos a trilha e a placa indicativa do Rif Puez sugeria um percurso de 3,5 horas. Com tantas montanhas e paisagens bonitas as paradas para fotografar foram muitas pois o cenário muda constantemente. No início a trilha é bem tranquila quase plana porém em alguns trechos a trilha é estreita e possui abismo ao lado, complicado para quem sofre de vertigens.
Após passar um trecho com pedras soltas iniciamos uma subida com desnível de 400 metros e bem cansativa. No topo uma nova paisagem com montanhas lindas nos fez parar para apreciar e descansar um pouco pra encarar a via ferrata logo a frente, tinha umas 20 pessoas subindo e pararam ali, fomos os primeiros a seguir mas não demorou para um pai e seu filho de uns dez anos passarem pela gente. Nos equipamos com cadeirinha e solteira e partimos atrás deles. Mosquetão no cabo de aço e trepa pedras, fomos subindo sem pressa e logo foi chegando outras pessoas sem equipamentos. No Brasil faríamos essa subida sem equipamentos mas aqui um acidente seria muito complicado e o seguro tem cláusula que não cobre “esporte de aventura”, e toca subir todo equipado. Cerca de 30 minutos e já estava no topo, fomos até o mirante e ficamos uns 15 minutos, nesse tempo as pessoas que vinham atrás partiram, nem pararam no mirante, quem faz a Altavia 2 geralmente não pernoita no Puez, seguem até o refúgio Frara que fica 7 km depois do Puez. A partir daqui a trilha é tranquila e com perfil de descida, em pouco tempo não víamos mais ninguém na trilha, seguimos num ritmo muito tranquilo, não queríamos chegar cedo no refugio. Este percurso não tem nenhum trecho sombreado, nem atrás de pedra, encontramos um cantinho bom pra parar e fazer um lanche num campo cheio de florzinha com o visual do Vallelunga ao lado. Voltamos pra trilha e rapidinho chegamos no Puez.
Consideramos esta trilha como difícil pelo trecho de via ferrata, recomendo o uso de equipamento, uma queda ali pode ser fatal.
Dia3
Rifugio Puez - Rifugio Pisciadù
Iniciamos a caminhada as 7:45 h. A trilha se inicia com uma descida suave e vai contornando o vértice do vale com um visual incrível, paramos muitas vezes para fotografar as montanhas e o vale abaixo, sempre vendo Selva di Val Gardena lá embaixo. Vem uma leve subida e na descida do outro lado do morro avistamos um lago, descemos até sua margem para fotografar e conferir a água gelada. Pegamos uma trilha que nos levou à trilha principal e continuamos subindo e no ponto mais alto encontramos uma cerca de madeira com um portãozinho, desse local ainda avistávamos o rifugio Puez à frente outro vale onde a trilha podia ser vista percorrendo o lado esquerdo do vale. Fomos seguindo em descida e antes do final do vale a trilha segue para a esquerda e passa pelo Forcela de Cir para iniciar a descida em direção à estrada Frara. Com a estrada asfaltada lá embaixo a trilha estava muito movimentada e demoramos um pouco pra chegar ao Rifugio Jimmi, onde já estávamos programando parar para um lanchinho. Seguimos em direção ao rifugio Frara e ao lado do refúgio pegamos a trilha para o Pisciadù, a subida é longa e íngrime, ao entrar no desfiladeiro além de íngrime tem muitas pedras que dificultam a caminhada e finalmente chegamos na ferrata, nos paramentamos e iniciamos mais essa aventura, foi um pouco estressante subir com as mochilas pesadas e além disso, haviacmuitas pessoas no sentido contrário. Fomos subindo com muita cautela, a maioria dos que vimos nem usava equipamento de segurança, para eles deve ser normal, para nós não.
Após uma lenta ascensão chegamos ao final da ferrata e lá estava o refúgio Pisciadu a menos de 300 metros.
Dia 4
Rifugio Pisciadù - Rifugio Boe
Iniciamos a caminhada as 7:50 h, a trilha é a mesma que vai para o pico Pisciadù. Passamos ao lado do lago e já iniciou a subida, a trilha nesse trecho é uma subida constante não muito íngrime por um terreno acidentado mas conseguimos um bom ritmo, mais acima uma ferrata com cabos de aço ajudando na segurança na subida, no Brasil teria uma corda velha. Chegamos a uma parte plana e à esquerda a trilha bifurca para o cume do Pisciadu, seguindo o que planejamos, pegamos a trilha para o pico, deixei a mochila próximo a trilha. A trilha é um pouco mais complicada é uma escalaminhada e apesar das marcações nas pedras é possível errar e chegar a local perigoso, neste caso é melhor voltar e procurar o local certo para subir. Demoramos cerca de 40 minutos para chegar ao cume. Uma cruz com o livro de cume marca o ponto mais alto. Fizemos fotos, assinamos o livro e iniciamos a descida. Seguimos nosso percurso para o refúgio Boé, subimos para passar por uma forcela e deixamos de ver o Pisciadu e passamos a ver o pico Boé, agora com a trilha em descida até que chegamos a um patamar onde há um desenho feito com pedras, e mais uma subida para chegar no refúgio Boé. Fizemos o check-in, almoçamos e partimos para a trilha do pico Boé.
Dia 5
Rifugio Boè- Rifugio Castiglioni
Como nos outros dias iniciamos por volta das 8 horas. A trilha segue quase plana em e contornando um vale em direção ao refúgio Forcela Pordoi.
Ao lado do refúgio a forcella Pordoi oferece uma vista incrível do Passo Pordoi lá em baixo. Ao lado do refúgio um funivia para acessar o Passo Pordoi. A trilha segue em zig-zag para vencer os 600 metros de desnível. Quanto mais desviamos o número de pessoas que cruzávamos aumentava, já quase no Passo o fluxo subindo era tanto que nossa descida empacava. Finalmente chegamos no Passo Pordoi e rapidamente fomos na direção da trilha para o refúgio Castiglione. Após passar a capela se inicia uma subida de um km a trilha segue um patamar na encosta da montanha com pouca variação de altimetria por 5 km, do outro lado do vale o Marmolada, vista incrível dessa montanha imponente. A descida em direção ao lago artificial Fedara. Na descida a trilha possui trechos com erosão que nos obriga s diminuir o ritmo. Faltando pouco para chegar ao refúgio o lago mostra toda sua grandeza, para completar a paisagem artificial uma rodovia num túnel artificial margeia o lago. Agora o refúgio está a vista. Chegamos na rodovia, o refúgio do outro lado e o lago à esquerda, apesar das artificialidades a paisagem é bonita.
Hoje foi um dia de trilha fácil, com pouca subidas e muita descida.
Depois do checkin no refúgio fomos caminhar na estradinha sobre o paredão da represa, a altura desse paredão impressiona.
Fomos até o início da trilha da Punta Penia, encontramos dois rapazes saindo da trilha exaustos, disseram que gastaram 10 horas para subir e descer.
Dia 6
Rifugio Castiglioni - Rifugio Contrin
O plano original era seguir a trilha passando pelo Marmolada, conversando com montanhistas que conhecem a trilha fomos aconselhados a não seguir esse trajeto pois existe um pequeno glaciar que necessita de crampons.
Decidimos seguir a trilha alternativa contornando o Marmolada.
Saindo do refúgio seguimos uma trilha que desce ao lado do paredão da represa do Lago di Fedaia e seguimos pela trilha 605 em direção a Penia - Alba. A trilha segue a margem direita do rio Avisio como o vale é muito profundo não víamos o rio, mas em alguns locais podíamos ouvir o barulho da água. Passamos por uma capela e em seguida iniciaram os oratórios
de uma via sacra. Mais abaixo pudemos ver o rio com sua água límpida e gelada, no Albergo Villetta Maria a trilha segue por uma estradinha florestal até chegar à rodovia, seguimos um pequeno trecho ao lado da rodovia e atravessamos para continuar a trilha do outro lado. Foi um trecho curto até encontrar a rodovia novamente, e seguirmos outro trecho pequeno por ela. Próximo à ponte sobre o rio Avisio uma linda cachoeira, desviamos um pouco do caminho para fotografar. Atravessamos a rodovia e continuamos na trilha, sempre margeando o rio até chegar em Penia. Aqui mudamos para a trilha 602 que margeia o rio Contrin e o perfil da trilha que até aqui era de descida passa a ser uma subida íngrime em zig zag até chegar a Lícia di Contrin. Agora a paisagem muda dos bosques de pinheiros para campos de pastagem e vai assim até Baita Cianci onde se inicia outra subida íngrime entre bosques de pinheiros até chegar ao Refúgio Cotrin.
Parte da trilha é por estradinhas florestais e rurais e nos trechos de bosque a trilha não possui muitos obstáculos, pedras ou erosão. Resumindo é uma trilha fácil.
Dia 7
Passo San Pellegrino - Rifugio Contrin
Por um contratempo de saúde ontem viemos do Contrin para Passo Pellegrino utilizando transporte púbico. Hoje com uma significativa melhora decidimos fazer o percurso no sentido contrário indo de San Pellegrino para o Contrin, descendo até Alba-Penia e pegar o ônibus para Pellegrino.
Iniciamos no Hotel Monzoni às 7:50 h e seguimos em direção ao Refúgio Miralago para pegar a trilha.
Andamos uns 100 metros e fomos surpreendidos por um rebanho de ovelhas sendo conduzido por tres pastores e dois cães, tinha pra mais de mil ovelhas. O trânsito parado atrás enquanto o rebanho seguia pela rodovia, uma cena inusitada.
Passamos pelo Miralago e seguimos pela trilha que é uma estradinha rural passando por diversas casinhas de madeira num cenário muito bonito, o último conjunto de casinhas é onde se localiza o Rifugio Fuciade. Passando o Fuciade se inicia a subida mais íngrime, e vai ficando mais íngrime com o aumento da altitude. Começa o trecho de cascalhos e pedras e vamos ganhando altitude em zig zag até que finalmente chegamos ao Passo de le Cirele onde finda a subida. Durante toda a subida o visual é lindo e vai nos distraindo.
Após o passo Cirele começa a descida para o Contrin, a trilha de descida tem menos cascalhos e é mais fácil para caminhar. Mais abaixo encontramos um grupo que desmontava acampamento ao lado da trilha.
Este lado da montanha apresenta o visual que tínhamos visto ontem mas agora com outros ângulos, lá de cima pudemos ver a trilha que fizemos para o passo San Nicolò, um visual muito bonito. Não demorou para chegarmos no Rifugio Contrin onde encerrei a gravação deste track. Almoçamos no Contrin e mais uma vez pegamos a trilha para Alba-Penia para pegar o ônibus e retornar para o Hotel em San Pellegrino.
Foi um dia intenso, chegamos no hotel às 17:40h.
Dia 8
Passo San Pelegrino - Rifugio Mulaz
Hoje saímos do Hotel Monzoni em Passo San Pelegrino às 8 horas sabendo que seria um longo e cansativo dia. Decidimos não utilizar o Funivia e pegamos a trilha, após poucos metros se iniciou a subida um pouco mais íngrime do que estava esperando. Caminhamos uns 500 metros na subida e percebi que minha esposa estava com dificuldades, ela ainda estava muito debilitada.
A única opção foi carregar a mochila dela. Engatei a mochila dela atrás da minha utilizando a barrigueira e assim com o centro de massa deslocado para trás continuei a marcha. No final da subida a trilha se bifurca, uma vai para o lago de Cavia e a outra vai para Passo Valles (658). Fiquei feliz pois sabia que teria um trecho relativamente plano, alegria durou pouco, era só pedreira, sobe pedra-desce pedra e mais pra frente surgiu uma estradinha, a trilha segue por ela em descida até Passo Valles e chegamos ao refúgio Capanna. Já tínhamos planejado almoçar ali. Eram 11:35 h e não tinha nenhum cliente no restaurante, expliquei a situação e perguntei se podiam servir uma sopa, a resposta da senhora foi que só tinha tira gosto. Peguei o cardápio e vi que só tinha porção de salame, presunto, queijo, bacon etc comidas que não eram adequadas ao estado de saúde da minha esposa. Voltei no balcão e fui atendido por um rapaz, expliquei o que se passava e se ele tinha alguma comida mais leve, a resposta foi que meio dia serviam o cardápio do almoço e tinha sopa e me atendeu com muita antipatia. Nuca vi tamanha falta de empatia nas montanhas. Almoçamos e voltamos para a segunda parte do trajeto, que já começava em subida com ganho de altimetria de 250 metros, mais um trecho de trilha ruim, mas superamos, pela altimetria do percurso sabíamos que tinha um trecho plano e logo à frente um trecho em descida. O trecho plano eram pequenas subidas, descidas, cascalho e pedras e o trecho em descida era outra pedreira e chegamos ao primeiro cabo de aço, lugarzinho perigoso mas fácil de passar. Olhava a encosta da montanha a frente tentando descobrir onde estava o trecho final em subida que vai da altitude 2200 m para 2500 m e só via paredões enormes pela frente, até que vimos uma entrada entre os paredões, era ali, eu esperava uma subida em cascalhos como a de ontem. O que surgiu pela frente foi uma subida em rocha por aderência, uma trilha seguindo quase em linha reta, para mim pior que a trilha em cascalhos, e fomos ganhando altitude, chegamos a uma pequena geleira, a trilha segue ao lado dela acompanhando a encosta da montanha e o segundo setor perigoso com cabos de aço para dar segurança, bem mais longo e perigoso e as mochilas pendendo para trás. Foram precisos paciência e concentração para superar esses 300 metros de desnível, nunca demoramos tanto num trecho de dois km de trilha.
Ao chegar no alto a visão do refúgio foi alentadora, faltavam somente 200 metros.
Chegamos na hora limite para escolher o cardápio do jantar.
Após deixar as coisas no quarto conversei com a responsável e consegui estender minha estadia para 2 dias e entrar em contato com o refúgio Roseta para ajustar minha estadia lá. No Mulaz foram muito carinhosos conosco. Ficamos muito agradecidos. Amanhã o dia será de repouso para minha esposa.
Dia 9
Rifugio Mulaz - Rifugio Rosetta
Iniciamos as 7 horas, as nuvens rondavam as montanhas como outros dias. Saindo do Rifugio já começa a subida após a primeira subida tem um trecho com cascalhos e pedras onde a trilha não é bem definida e fica bem confusa, finalmente chegamos à ferrata delle Farangole, nos equipamos e iniciamos a subida, não é uma ferrata difícil mas para alcançar o primeiro lance é necessário trepar uma pedra. Chegamos ao Passo Farangole e a vista é muito bonita, os lances de ferrata continuam na descida e só terminam na escada de aço. A descida continua em cascalhos e com variantes mais íngremes, descemos pela trilha sinalizada com o símbolo da Alta Via 2. Durante a subida passou por nós um grupo de 4 coreanos sem equipamento de ferrata, o que é muito perigoso. Continuamos descendo e observando as nuvens que só aumentavam no céu, o vento frio também deu o ar de sua graça, mantivemos os capacetes para aquecer a cabeça. Se iniciou uma pequena subida e outro lance de ferrata com cabos de aço, a trilha segue pela encosta de um vale profundo, trilha estreita, ao lado o terreno inclinado e mais abaixo o abismo. A chuva que ameaçava começou, primeiro como uma garoa em seguida uma chuva forte desabou sobre nós. Fomos seguindo com cautela e outra ferrata com cabo de aço, agora subindo a encosta, nestas ferratas utilizamos fitas no lugar do equipamento com amortecimento, o cabo de aço em alguns pontos está um pouco distante e a fita mais longa se mostrou mais útil. Fim da subida e passamos na frente de uma cachoeirinha, cruzamos o riacho e seguimos, alguns minutos depois o aguaceiro descia pelo riacho, o fio de água virou um rio. Continuamos em frente e não teve mais ferratas, porém tem trechos que mereciam um cabo de aço para segurança pois a trilha continua estreita e com trechos com pedra inclinada e ao lado o tal abismo, entre a trilha e o abismo o terreno inclinado com relva, um escorregão na pedra molhada pode ser fatal. Com muita cautela e paciência fomos seguindo debaixo de chuva e trovões até chegarmos a uma depressão onde se inicia a última subida, não tendo mais trechos perigosos. No fim da subida uma visão alentadora, o Rifugio Roseta, faltavam apenas 200 metros para o refúgio.
O Refugio Roseta solicitou atendimento do resgate, utilizamos a funivia para descer e uma ambulância nos levou para o hospital de Feltre. O atendimento foi excelente, as 19:30 já estava liberado, com o braço imobilizado por 3 semanas.
O trecho final da Alta Via 2 ficará para a próxima.
Waypoints
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درودبرشما👏👏👏💐💐💐💐