Açude das Mestras
near Vilar de Ferreiros, Vila Real (Portugal)
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Itinerary description
Açude das Mestras:
Caminhada até ao Açude das Mestras, na confluência entre o Rio Cabrão e o Rio Cabril.
Neste ponto, inicia-se a Levada do Piscaredo, que segue ao longo do Rio Cabril, até Mondim de Basto.
Iniciamos o percurso no Lugar da Pedreira, da Freguesia de Vilar de Ferreiros, seguindo as marcações do PR2- Levada de Piscaredo.
Seguimos um estradão de terra que desce até ao Rio Cabril.
Aí, exploramos o Açude das Mestras e seguimos a Levada do Piscaredo, no início do seu percurso.
Trata-se de uma verda estreita e escorregadia, com uma escarpa sobre o rio, pelo que se aconselha algum cuidado.
O regresso foi feito pelo mesmo caminho.
LEVADA DE PISCAREDO
Nota Histórica:
A construção da Levada de Piscaredo remonta ao século XIII, ainda no reinado de D. Afonso II. Devido à escassez de água, indispensável para a irrigação dos seus campos, os proprietários das terras de Mondim decidiram um dia partir de suas casas rumo às Mestras, confluência dos rios Cabrão com o Cabresto, e só regressaram muitos meses depois, trazendo consigo o precioso líquido. Conta-se a este propósito que outras aldeias disputavam igualmente estas águas, iniciando a levada de baixo para cima. Quando se aperceberam, já os de Mondim traziam a água consigo, conquistando não só o direito às águas, como também um excelente nível para a construção da levada. A Levada primitiva era feita em terra batida, com todos os inconvenientes daí resultantes. Nos anos de 1960/61 foi totalmente reconstruída em lajes de granito, tal como a conhecemos actualmente, através de Concurso Público promovido pelo Estado, que comparticipou a obra, tendo a Associação de Proprietários contraído um empréstimo para o efeito, que foi amortizado ao longo de vinte anos. Ao longo da Levada há cerca de 15 ou 20 nascentes que lhe pertenciam. Hoje, grande parte dessas nascentes já não corre para o rego devido ao desnível resultante das obras efetuadas. O sorteio das andadas, em número de 17 (tantas quantos os proprietários que fizeram a levada), realiza-se a 24 de Junho, dia de S. João, resultando daí o rol que calendariza a utilização das águas, leiloando-se também meio-dia cujo produto reverte a favor das obras de reparação e conservação da levada. A Levada de Piscaredo tinha um “olheiro” que vigiava e repartia as águas pelos regantes e um regulamento próprio, constante das posturas camarárias a partir do século XVIII. Esse regulamento proibia, a título de exemplo, o corte das águas antes dos moinhos de Piscaredo e a obrigatoriedade de deixar correr pelo ribeiro que atravessava Mondim, um caudal de água equivalente à capacidade de uma telha cheia. As referências mais antigas desta Levada denominavam-na de “Levada de Pisqueiredo”. Atualmente parece ter evoluído para “Levada de Piscaredo”, embora as duas versões sejam corretas.
Caminhada até ao Açude das Mestras, na confluência entre o Rio Cabrão e o Rio Cabril.
Neste ponto, inicia-se a Levada do Piscaredo, que segue ao longo do Rio Cabril, até Mondim de Basto.
Iniciamos o percurso no Lugar da Pedreira, da Freguesia de Vilar de Ferreiros, seguindo as marcações do PR2- Levada de Piscaredo.
Seguimos um estradão de terra que desce até ao Rio Cabril.
Aí, exploramos o Açude das Mestras e seguimos a Levada do Piscaredo, no início do seu percurso.
Trata-se de uma verda estreita e escorregadia, com uma escarpa sobre o rio, pelo que se aconselha algum cuidado.
O regresso foi feito pelo mesmo caminho.
LEVADA DE PISCAREDO
Nota Histórica:
A construção da Levada de Piscaredo remonta ao século XIII, ainda no reinado de D. Afonso II. Devido à escassez de água, indispensável para a irrigação dos seus campos, os proprietários das terras de Mondim decidiram um dia partir de suas casas rumo às Mestras, confluência dos rios Cabrão com o Cabresto, e só regressaram muitos meses depois, trazendo consigo o precioso líquido. Conta-se a este propósito que outras aldeias disputavam igualmente estas águas, iniciando a levada de baixo para cima. Quando se aperceberam, já os de Mondim traziam a água consigo, conquistando não só o direito às águas, como também um excelente nível para a construção da levada. A Levada primitiva era feita em terra batida, com todos os inconvenientes daí resultantes. Nos anos de 1960/61 foi totalmente reconstruída em lajes de granito, tal como a conhecemos actualmente, através de Concurso Público promovido pelo Estado, que comparticipou a obra, tendo a Associação de Proprietários contraído um empréstimo para o efeito, que foi amortizado ao longo de vinte anos. Ao longo da Levada há cerca de 15 ou 20 nascentes que lhe pertenciam. Hoje, grande parte dessas nascentes já não corre para o rego devido ao desnível resultante das obras efetuadas. O sorteio das andadas, em número de 17 (tantas quantos os proprietários que fizeram a levada), realiza-se a 24 de Junho, dia de S. João, resultando daí o rol que calendariza a utilização das águas, leiloando-se também meio-dia cujo produto reverte a favor das obras de reparação e conservação da levada. A Levada de Piscaredo tinha um “olheiro” que vigiava e repartia as águas pelos regantes e um regulamento próprio, constante das posturas camarárias a partir do século XVIII. Esse regulamento proibia, a título de exemplo, o corte das águas antes dos moinhos de Piscaredo e a obrigatoriedade de deixar correr pelo ribeiro que atravessava Mondim, um caudal de água equivalente à capacidade de uma telha cheia. As referências mais antigas desta Levada denominavam-na de “Levada de Pisqueiredo”. Atualmente parece ter evoluído para “Levada de Piscaredo”, embora as duas versões sejam corretas.
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