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À volta da Murtosa, pela Ria de Aveiro e BioRia

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Trail stats

Distance
14.29 mi
Elevation gain
23 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
23 ft
Max elevation
30 ft
TrailRank 
80 4.7
Min elevation
-12 ft
Trail type
Loop
Time
7 hours 50 minutes
Coordinates
1406
Uploaded
September 2, 2023
Recorded
September 2023
  • Rating

  •   4.7 3 Reviews

near Ribeiro, Aveiro (Portugal)

Viewed 340 times, downloaded 10 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


ESTEIRO DA CAMBEIA (SAPAL)


CAIS DA BÉSTIDA (PORMENOR DO PERCURSO)

- Este percurso foi desenhado de forma a circunscrever a povoação da Murtosa, percorrendo caminhos e carreiros entre a ria de Aveiro e a BioRia;
- Trilho circular sem marcações, com início e fim no Cais do Bico, na Murtosa (opcional);
- Seguindo o percurso no sentido dos ponteiros do relógio, decorre numa primeira parte pela margem junto à ria de Aveiro, percorrendo vários cais e miradouros palafíticos. Posteriormente, o percurso desenvolve-se para o interior por entre terrenos agrícolas até se chegar ao centro da povoação, a qual atravessa na direção da BioRia. A terceira e última parte acompanha vários esteiros, também pela margem, até se chegar de novo ao ponto de partida, o Cais do Bico;
- Ao longo do trilho passa-se por vários pontos de interesse, tais como os cais do Bico, Ribeira de Pardelhas, Mamaparda, Béstida, Ribeira Nova, Cambeia dos Cardosos e Cova do Chegado, vários miradouros palafíticos, a Igreja Matriz de Pardelhas e a Capela do Senhor da Ribeira, o COMUR - Museu Municipal da Murtosa, os Passadiços da Ribeira Nova e as inúmeras vistas panorâmicas sobre a Ria de Aveiro;
- É importante ter em conta que este percurso não está marcado e que existem aqui muitos caminhos que cruzam os terrenos agrícolas, formando um labirinto que facilmente confunde e pode levar a enganos. Por conseguinte, aconselho o uso de GPS;
- Misto de caminhos de terra e arruamentos;
- Trilho com características fáceis, sem declives nem passagens técnicas. No entanto, não sendo um trilho complexo, a distância de 23 kms requer alguma resistência física e prática de pedestrianismo. Outro fator a ter em conta é a enorme exposição solar, pelo que é fundamental levar água, usar protetor solar e chapéu. Se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão acrescidas e estes terrenos ficarão rapidamente enlameados. Botas e bastões são uma boa ajuda;
- Entre os 12 e os 17,7 kms, o percurso atravessa zona urbana em piso de alcatrão, o que lhe confere algum cansaço extra, para além de ser monótono. No entanto, essa foi a melhor solução que se encontrou para chegarmos à BioRia e retomarmos os caminhos de terra junto aos esteiros;
- Por opção, sensivelmente aos 14 kms passamos pelo restaurante "Tasquinha São Lourenço", onde decidimos fazer uma pausa e almoçar. Não conhecíamos e revelou-se um local onde se come excepcionalmente bem, com ótima relação qualidade/preço, pelo que recomendamos esta casa referência na Murtosa;
- Resumindo, este é um trilho muito agradável que percorre uma zona belíssima da Ria de Aveiro, entre a Torreira e a BioRia (Estarreja e Salreu), passando por locais emblemáticos como é o caso dos cais do Bico e da Béstida. Além disso, ao atravessar a povoação (Murtosa), possibilita a oportunidade para se visitar um museu exemplar na preservação de memória de uma atividade símbolo da cultura local, o COMUR - Museu Municipal da Murtosa. Assim, no seu todo, este é um percurso muito bonito, com vistas panorâmicas de enorme beleza sobre a ria de Aveiro e que vale absolutamente a pena ser percorrido!


CAIS PALAFÍTICO NO ESTEIRO DE VEIROS


DUNAS DO BICO

Outros percursos realizados nesta região:
Pateira de Frossos, Albergaria-a-Velha - Aveiro
Volta à Pateira de Fermentelos
Pela Vagueira, entre a ria e o mar
GR57 - Grande Rota da Ria de Aveiro (PERCURSO AZUL) - ETAPA 1: de Aveiro ao Santuário de Nª Srª de Vagos


CAIS DO BICO (PORMENOR DO PERCURSO)


LEITO DA RIA NA BAIXA-MAR (PORMENOR DO PERCURSO)

- ZONA DE PROTEÇÃO ESPECIAL DA RIA DE AVEIRO
A Zona de Proteção Especial (ZPE) da Ria de Aveiro tem uma área de 51.407 ha, com uma área marinha de 20.737 ha. Distribui-se por diversos concelhos da região do Baixo Vouga.
No 8 de julho de 2014 foi aprovada a inclusão da Ria de Aveiro na Lista Nacional de Sítios, pela Resolução do Conselho de Ministros nº45/2014.
O Sítio Ria de Aveiro é ligeiramente inferior em área, mas coincidente na quase totalidade da sua extensão terrestre com a ZPE, diferindo principalmente na sua ocupação marinha. A associação desta área à Diretiva Habitats vem reforçar a relevância deste conjunto de ecossistemas húmidos para a conservação da diversidade biológica, colmatando a insuficiente representação na Rede Natura 2000 de alguns habitats sensíveis, listados no anexo B-I da Diretiva Habitats.
A ZPE / SIC da Ria de Aveiro encontra-se agrupada no conjunto das “Grandes Zonas Húmidas” conjuntamente com os Estuários dos Rios Minho e Coura, Lagoa de Santo André, Ria Formosa e os Sapais de Castro Marim.
É considerada como a zona húmida mais importante do Norte do país, albergando grande diversidade de comunidades vegetais halófilas e sub-halófilas numa extensa área estuarina, representando consequentemente a área mais importante de ocorrência do habitat 1130 (Estuários). Destaca-se também por constituir a área onde o habitat 1330 (Juncais e prados-juncais da aliança Glauco maritimae -Juncion maritimi) apresenta maior expressão no território nacional.
Nesta importante zona húmida destaca-se a existência de extensas áreas de sapal, salinas, áreas significativas de caniço e importantes áreas agrícolas, onde se incluem as abrangidas pelo Aproveitamento Hidro-Agrícola do Vouga. Estes biótopos apresentam-se como locais fundamentais para alimentação e reprodução para diversas espécies de aves, albergando regularmente mais de 20 000 aves aquáticas correspondendo a cerca de 173 espécies, com particular destaque para o elevado número de aves limícolas.
Apenas 4% da ZPE, equivalendo a aproximadamente 7% do SIC, se encontra no Concelho de Águeda. Abrange parcialmente as freguesias de Segadães (apenas uma pequena área), Travassô, Óis da Ribeira, Fermentelos, Espinhel, Recardães, Barrô e Aguada de Baixo, sendo que parte desta área corresponde a áreas alagadas e inundáveis, como, por exemplo, as várzeas dos rios Águeda e Cértima, abrangendo ainda a Pateira de Fermentelos.
O rio Águeda tem um curso de mais de 50 km, desde o Caramulo onde se localiza a sua nascente até a foz, na confluência com o rio Vouga. Parte do seu percurso está incluída na ZPE Ria de Aveiro.
O rio Cértima, tal como o rio Águeda conta com uma profusa rede de afluentes, abrangendo uma área de mais de 500 km2. Na confluência dos rios Cértima e Águeda surge a Pateira de Fermentelos, como um espraiamento do primeiro. Pelo relevo que a Pateira tem a nível local e regional, pela sua riqueza natural, histórica e como zona húmida de singulares caraterísticas, merece particular destaque.
Na Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro destaca-se a existência de extensas áreas de sapal, salinas, áreas significativas de caniço e importantes áreas agrícolas, onde se incluem as abrangidas pelo Aproveitamento Hidro-Agrícola do Vouga. Estes biótopos apresentam-se como importantes locais de alimentação e reprodução para diversas espécies de aves, albergando regularmente mais de 20 000 aves aquáticas, correspondendo a cerca de 173 espécies, com particular destaque para o elevado número de aves limícolas.
Na área de abrangência da ZPE são definidas orientações de gestão para as espécies de aves que ocorrem. São alvo destas orientações o Garçote (Ixobrychus minutus - código A022), a Garça-vermelha (Ardea purpurea – código A029), o olhereiro (Platalea leucorodia - código A034), o Milhafre-preto (Milvus migrans - código A073), a Águia-sapeira (Circus aeruginosus - código A081), a Águia-pesqueira (Pandion haliaetus - código A094), o Perna-longa (Himantopus himantopus - código A131), a Andorinha-do-mar-anã (Sterna albifrons – código A195) e de Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina - código A466), aves marinhas migradoras, passeriformes migradores de matos e bosques e passeriformes migradores de caniçais e galerias ripícolas.
Relativamente a espécies da flora com relevância pelo seu estatuto de proteção, nomeadamente pela sua inclusão nos anexos B-II, B-IV e B-V, encontramos na zpe as seguintes espécies: Arnica Montana (B-V), Cladina ciliata (B-V), Cladina portentosa (B-V), Jasione lusitanica (B-II e B-IV), Myosotis lusitanica (B-II e B-IV), Narcissus bulbocodium (B-V), Ruscus aculeatus (B-V).
A Zona de Proteção Especial encontra-se representada, no concelho, pela Pateira de Fermentelos e os afluentes que a alimentam e lhe dão origem. Uma informação detalhada da fauna e da flora presentes, pode ser consultada no portal da Pateira de Fermentelos.


ESTÁTUA EM JARDIM PARTICULAR (SANTA LUZIA, MURTOSA)


CAMINHO DO ESTEIRO DE CANELA

- BIORIA
O Património Natural de Estarreja, fruto da privilegiada localização geográfica, nem sempre foi reconhecido pela sua riqueza e biodiversidade. O desafio de reavivar a sua identidade perdida no tempo, valorizando este ecossistema natural, foi conseguido através do BioRia, projecto pioneiro de conservação da natureza e biodiversidade da Câmara Municipal de Estarreja, que neste milénio ousou “Virar o Concelho para a Ria”.
Conhecer para aprender a valorizar e conservar foi a política que norteou este Projecto que, através da requalificação de zonas ambientalmente degradadas, permitiu a criação de uma Rede de Percursos Pedestres e Cicláveis em contacto directo com a Natureza. Fisicamente surgiu em 2005, com a implementação do Percurso de Salreu, dotado de painéis informativos e estruturas de apoio que permitem ao visitantes usufruir do local de uma forma cómoda, prática e divertida.
Os horizontes foram alargados com a criação em 2009 de três novos percursos que, de uma forma complementar, constituem um mosaico de habitats diversificados que lhe conferem uma elevada beleza paisagística, oferecendo diariamente aos visitantes um excelente retiro à vida stressante do quotidiano. A expansão da Rede de Percursos Pedestres permitirá a ligação de Norte a Sul das 7 freguesias do Concelho, pelos caminhos da frente lagunar recortada, vencendo os Rios Antuã, Jardim e Gonde, através dos verdes campos de Bocage.
O Centro de Interpretação Ambiental, estrategicamente localizado no início do Percurso de Salreu, é a porta de entrada na Ria de Aveiro, ponto de recepção dos visitantes e um pólo de dinamização de inúmeras actividades de sensibilização ambiental. Venha descobrir este tesouro natural que é de todos nós.


PANORÂMICA DA TORREIRA


ERVA DAS PAMPAS (PLANTA INVASORA)

- MURTOSA
Situado na Costa Atlântica da Região Centro de Portugal, integrado no Distrito de Aveiro e na Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, o Município da Murtosa é constituído por 4 Freguesias – Bunheiro, Monte, Murtosa e Torreira – que se estendem por uma área de cerca de 74 Km2. De acordo com os Censos 2011 a população actual é de 10575 indivíduos, tendo a Murtosa sido o Concelho que mais cresceu no Distrito de Aveiro, em comparação com os resultados de 2001.
Durante muitos anos a população Murtoseira emigrou. Deslocaram-se sobretudo para os Estados Unidos da América do Norte, Brasil e Venezuela. Também se deslocaram dentro do nosso território, nomeadamente para Cascais, Sesimbra, Setúbal, Alcácer do Sal e Olhão e, ainda, pelas praias do Tejo, onde se ocupavam da apanha do Sável. No comércio, a busca de melhores condições de trabalho levou a população a fixar-se no Porto e em Lisboa, onde ainda hoje podemos encontrar inúmeras famílias murtoseiras, como, por exemplo, em Santos-o-Velho.
Este aspecto do êxodo populacional pode ser contemplado através da arquitectura murtoseira. As casas que sucederam à tradicional "casa alpendre", de fachada geralmente virada a sul, caiada, com horta, jardim, poço, alpendre murado com duas colunas e telha mourisca, mostram claramente a grande influência migratória, sobretudo para o estrangeiro.
Em pleno coração da Ria de Aveiro, junto ao Mar, o Território Murtoseiro é dotado de um património natural único, de elevada beleza paisagística e de grande riqueza ambiental. A morfologia plana convida o visitante a longos e tranquilos passeios, a pé ou de bicicleta, à descoberta da fauna e da flora, pelas margens ribeirinhas ou pelo meio dos campos férteis.
Da ancestral relação dos Murtoseiros com a Terra e a Água, persistem aquelas que foram, e continuam a ser, a par do Turismo e da Indústria, as principais actividades económicas do Município: a Agricultura e a Pesca. O expoente máximo desta relação anfíbia é o ex-libris da Ria de Aveiro, o Moliceiro, provavelmente a mais bela embarcação do Mundo. Das águas da Ria, o Moliceiro – nome do barco e do homem que o manobrava - retirava o moliço, que servia, depois, para fertilizar a terra.
Conheça o artesanato – a cestaria, as miniaturas de embarcações ou as cangas – e a gastronomia, onde a Enguia, em caldeirada ou em molho de escabeche, é rainha, a par dos Rojões à Lavrador, da Lampreia, do Sável, do pão de ló do Barquinho e dos pastéis Monte Branco, Âncora e de nata.
Desfrute do imenso areal da Praia de Mar da Torreira ou procure a tranquilidade das praias lagunares: o Monte Branco, na Freguesia da Torreira, ou o Bico, na Freguesia da Murtosa. Venha vivenciar a Romaria de S. Paio da Torreira (semana de 8 de Setembro), indiscutivelmente a mais afamada e concorrida do Região, que atrai, ano após ano, largos milhares de visitantes, vindos de todo o País.
Orgulhoso das suas Tradições e da sua História, o Município da Murtosa está de olhos postos no futuro. O Turismo Ambiental e a aposta nos meios suaves de locomoção, em particular da bicicleta (projectos “Murtosa Ciclável” e “NaturRia”), são dois vectores fundamentais de um desenvolvimento que se quer sustentado e sustentável, tornando o Território mais atractivo e amigo das pessoas, onde é cada vez mais apetecível viver.


PASSADIÇOS DA RIBEIRA NOVA


EMBARCAÇÕES AO LARGO DO CAIS DA MAMAPARDA

Waypoints

PictographPanorama Altitude 3 ft
Photo ofMiradouro palafítico Photo ofMiradouro palafítico Photo ofMiradouro palafítico

Miradouro palafítico

PictographPanorama Altitude -3 ft
Photo ofMiradouro palafítico (observação de flamingos) Photo ofMiradouro palafítico (observação de flamingos) Photo ofMiradouro palafítico (observação de flamingos)

Miradouro palafítico (observação de flamingos)

PictographPanorama Altitude -7 ft
Photo ofPanorâmica da Torreira Photo ofPanorâmica da Torreira Photo ofPanorâmica da Torreira

Panorâmica da Torreira

Photo ofCapela (estrada velha da Leirosa) Photo ofCapela (estrada velha da Leirosa) Photo ofCapela (estrada velha da Leirosa)

Capela (estrada velha da Leirosa)

PictographMuseum Altitude 14 ft
Photo ofCOMUR - Museu Municipal da Murtosa Photo ofCOMUR - Museu Municipal da Murtosa Photo ofCOMUR - Museu Municipal da Murtosa

COMUR - Museu Municipal da Murtosa

A COMUR – MUSEU MUNICIPAL é um espaço museológico que perpetua e valoriza a memória das conservas de enguias da Murtosa, uma das imagens de marca deste Concelho, única na Península Ibérica, ao mesmo tempo que dá a conhecer a relação intrínseca entre a conserveira, o território e a comunidade. O museu ocupa as antigas instalações da “Fábrica de Conservas da Murtosa”, situadas em pleno centro da vila, que ficaram devolutas em 1997 quando a empresa se transferiu para a zona industrial da Murtosa, onde ainda continua a laborar. Em 2010, a Câmara Municipal decidiu adquirir à “Fábrica de Conservas da Murtosa” o imóvel, que se encontrava num estado de elevada degradação, com o intuito de aí vir a instalar um museu. Em 2012, a Autarquia adjudicou ao Arquiteto Murtoseiro Paulo Valente o projeto de reabilitação e adaptação do edifício e, nesse mesmo ano, lançou o concurso para a concretização da obra, que ficou concluída em 2014. Em 21 de fevereiro de 2015, depois da instalação dos conteúdos museológicos, abriu ao público a “COMUR-Museu Municipal”. Neste museu pode-se conhecer a história da fábrica e da comunidade onde ela se insere, vendo o desenvolvimento do processo conserveiro e as suas fases. Aqui aprendendo-se como as características específicas da Murtosa e da Ria deram origem a esta unidade fabril, como trabalhavam os seus operários e qual o processo completo de produção de conservas desde a chegada do peixe até à expedição das conservas. Este é um Museu inovador, multidisciplinar, no qual convivem e dialogam a Murtosa, a Ria, o mar, o trabalho, a indústria, a publicidade e a gastronomia. A investigação histórica, os estudos e levantamentos efetuados e a intervenção arquitetónica realizada pela Câmara Municipal da Murtosa permitiram a salvaguarda de um edifício histórico que serve agora de guardião da memória e das histórias de todos aqueles que trabalharam na “Fábrica das Enguias”. Dotado de uma museografia contemporânea, que alia design, conteúdos de qualidade e interatividade, este espaço distingue-se pela sua capacidade pedagógica de envolver os diversos públicos na história de uma fábrica, dos seus trabalhadores e, no fundo, de toda uma comunidade.

PictographPanorama Altitude -2 ft
Photo ofMiradouro palafítico (Cabo Sobeira) Photo ofMiradouro palafítico (Cabo Sobeira) Photo ofMiradouro palafítico (Cabo Sobeira)

Miradouro palafítico (Cabo Sobeira)

Photo ofCais da Béstida Photo ofCais da Béstida Photo ofCais da Béstida

Cais da Béstida

A poente, do outro lado do espelho de água, vislumbramos a silhueta harmoniosa do núcleo urbano da Torreira. Era do Cais da Béstida que partiam, rumo à Torreira e vice-versa, as embarcações que transportavam as pessoas e as mercadorias, antes da Ponte da Varela vir estabelecer, em 1964, a ligação física entre as margens nascente e poente da Ria. Curioso como na laguna a relação entre territórios se multiplica e replica. Podemos afirmar, com propriedade, que a Béstida está para a Torreira como o “cais da Bruxa”, na Gafanha da Encarnação, está para a Costa Nova. Existe aqui, atualmente, um porto de abrigo para pescadores, construído em 1999, atestando a importância logística deste local referencial da laguna.

Photo ofCais da Cambeia dos Cardosos Photo ofCais da Cambeia dos Cardosos Photo ofCais da Cambeia dos Cardosos

Cais da Cambeia dos Cardosos

A dimensão e a estrutura peculiar, com dois cais paralelos, atestam bem a importância que o Cais da Cambeia dos Cardosos teve no passado. A requalificação recente devolveu o brilho a este local emblemático, donde se avista a ponta nascente do canal da Murtosa da Ria de Aveiro, às portas do Baixo Vouga Lagunar, conhecida popularmente por “Laranjo”. Rodeado por sapal (a leste) e por campos agrícolas (a oeste), coabitam aqui espécies características destes dois habitats. Durante a primavera e verão não é preciso muita sorte para vermos a Andorinha-do-mar-anã (Sternula albifrons) à “pesca” com os seus mergulhos acrobáticos. O intrincado sistema de esteiros que convergem para o cais tornam este local numa apetecível base para os praticantes de SUP.

Photo ofCais da Cova do Chegado Photo ofCais da Cova do Chegado Photo ofCais da Cova do Chegado

Cais da Cova do Chegado

Aproveitando as condições geomorfológicas da área da Cova do Chegado, o Município da Murtosa construiu aqui, em 1999, um moderno porto de abrigo para pescadores, que serve, principalmente, a comunidade piscatória do Outeiro da Maceda.

Photo ofCais da Mamaparda Photo ofCais da Mamaparda Photo ofCais da Mamaparda

Cais da Mamaparda

Localizado entre os Ameirinhos e a Béstida, o cais da Mamaparda é o exemplo perfeito e evidente da dicotomia ancestral terra-água que caracteriza o concelho da Murtosa: de um lado, avista-se a imensidão dos campos agrícolas e do outro lado, a Ria de Aveiro mostra-se em todo o seu esplendor.

Photo ofCais da Ribeira de Pardelhas Photo ofCais da Ribeira de Pardelhas Photo ofCais da Ribeira de Pardelhas

Cais da Ribeira de Pardelhas

No final de um extenso esteiro que serpenteia terra adentro, desde o canal da Murtosa da Ria, a planura da paisagem, encontramos o Cais da Ribeira de Pardelhas. Este foi um dos mais importantes cais mercantis da Murtosa, remetendo-nos para um tempo em que a Ria de Aveiro era a principal via de comunicação, por onde tudo chegava e partia, e o território murtoseiro, pela sua localização geográfica – no coração da laguna –, era uma das mais importantes plataformas comerciais da região. Todo o edificado que ladeia o cais é constituído por antigos armazéns de mercadorias, pois era comum os comerciantes e distribuidores possuírem infraestruturas próprias junto às zonas de atracação e descarga. Na atualidade, este cais continua a ser muito movimentado, graças à atividade da pesca e aos muitos visitantes que, a pé e de bicicleta, desfrutam da tranquilidade e da beleza dos trilhos ribeirinhos. Aqui está localizado o Centro de Educação Ambiental da Ribeira de Pardelhas, o mais importante centro logístico dos projetos “Murtosa Ciclável” e “NaturRia”, que disponibiliza bicicletas, gratuitamente, para a descoberta da extraordinária biodiversidade local, através de visitas guiadas pelos percursos visitáveis da natureza. A envolvente possui, igualmente, um parque de merendas, com mesas e bancos, que convida a desfrutar da sombra das emblemáticas “pinheiras”.

PictographMooring point Altitude 14 ft
Photo ofCais da Ribeira Nova Photo ofCais da Ribeira Nova Photo ofCais da Ribeira Nova

Cais da Ribeira Nova

A elevada densidade de cais e ancoradouros que encontramos no Concelho na Murtosa e em toda a Terra Marinhoa, evidencia a importância deste território como grande plataforma comercial da Ria de Aveiro, remetendo-nos para um tempo em que a laguna era a verdadeira autoestrada da região, por onde tudo partia e chegava: moliço, sal, junco, materiais de construção, madeira, produtos alimentares, peixe e, naturalmente, pessoas. A rota pelos cais e ancoradouros Murtoseiros começa na Ribeira Nova, que, à semelhança do que acontece, a norte, com a Ribeira das Teixugueiras, marca o limite administrativo entre os Concelhos da Murtosa e de Estarreja, cuja linha passa, precisamente, no meio da ribeira. Aqui começa o percurso nascente do NaturRia, que bordeja a laguna.

Photo ofCais do Bico Photo ofCais do Bico Photo ofCais do Bico

Cais do Bico

O Bico apresenta o maior complexo de cais do concelho da Murtosa. Foi outrora um dos mais importantes locais de descarga de moliço, de sal e de materiais de construção, servindo, no início do século XX, como local de ancoragem e descarga a mais de 250 barcos moliceiros. Atualmente, continua a ser a base de um grande número de pescadores murtoseiros. Até meados do século XX funcionou aqui um estaleiro de construção naval, onde foram construídos os lugres “Ligeiro” (1920), “Maria da Conceição” (1922) e “Maria das Flores” (1946), que guarneceram a numerosa frota nacional da pesca longínqua de bacalhau. Frequentemente, é possível observar bandos de Flamingos (Phoenicopterus roseus) durante a maré-baixa, a descansar ou a alimentarem-se. A poente fica a bela e tranquila Praia do Bico.

PictographRiver Altitude 2 ft
Photo ofEsteiro de Canela (Cais do Chegado) Photo ofEsteiro de Canela (Cais do Chegado) Photo ofEsteiro de Canela (Cais do Chegado)

Esteiro de Canela (Cais do Chegado)

Photo ofCapela do Senhor da Ribeira Photo ofCapela do Senhor da Ribeira

Capela do Senhor da Ribeira

Junto ao cais da Ribeira de Veiros, um dos canais da laguna da Ria de Aveiro, é possível encontrar a Capela do Senhor da Ribeira. Afastada do centro da povoação, o local da capela está relacionado com a descoberta de uma imagem em metal de um Nosso Senhor Jesus Cristo, sem cruz, por “Isabel, solteira, sachando num campo de milho”, em 1742, então com 12 anos. Isabel guardou a imagem durante quatro anos, tendo começado a surgir rumores de que essa imagem estaria relacionada com a ocorrência de alguns milagres, nomeadamente a cura de enfermos. Com a afluência de devotos, a imagem foi transladada para uma capela provisória de madeira, 10 anos após o achado. A afluência da população ditou a construção da capela atual, em 1753, à qual foi adicionada a devoção a Santo António, que apenas se deve ao carinho que a população tem pelo santo. Desempenhando a missão de ermitoa até ao final da vida, aos 24 anos Isabel já vestia o hábito de religiosa, servindo a capela existente. Esta, de traça simples, apresenta um frontão triangular, ladeado por fogaréus que encimam os cunhais, e uma cruz ao centro. O seu portal, apresentando um óculo no seu topo, tem um frontão em quartela. O retábulo da capela-mor guarda o Senhor da Ribeira encontrado, incorporado numa cruz que o sustenta num nicho do altar-mor em talha policromada. A capela-mor encontra-se ainda ladeada por dois outros retábulos do mesmo estilo, em que os dourados assentam sobre uma matriz branca, substituída por azul celeste nas colunas coríntias laterais. A este culto foram dedicados vários ex-votos, estando parte destes exemplares de arte popular atualmente em exposição no Museu da Igreja de São Bartolomeu, em Veiros.

PictographWaypoint Altitude 2 ft
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Dunas do Bico

PictographRiver Altitude 3 ft
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Esteiro da Cambeia

PictographRiver Altitude -0 ft
Photo ofEsteiro de Veiros (sapal) Photo ofEsteiro de Veiros (sapal) Photo ofEsteiro de Veiros (sapal)

Esteiro de Veiros (sapal)

Muito próximo deste esteiro fica a localidade de Veiros, cuja história se encontra ligada à da Ria de Aveiro, como acontece com tantas outras desta região. Além do moliço, do linho e do mercado do peixe, Veiros ficou popular pelas suas esteiras de bunho. Ao lado do final do esteiro fica também a Capela do Senhor da Ribeira, construída no século XVIII. Na sua envolvente, o sapal perde-se de vista no horizonte, um habitat de água salobra, influenciado pela subida e descida das marés, e que por isso possui uma comunidade florística específica, adaptada a estas condições particulares. Um aspeto muito interessante de observar, na transição do caminho calcetado para a terra batida, é o das antigas paliçadas de madeira com entrançados de ramos, que serviam de sustentação às margens do esteiro.

Photo ofIgreja Matriz de Pardelhas Photo ofIgreja Matriz de Pardelhas Photo ofIgreja Matriz de Pardelhas

Igreja Matriz de Pardelhas

PictographWaypoint Altitude 19 ft
Photo ofLargo do Municipio da Murtosa Photo ofLargo do Municipio da Murtosa

Largo do Municipio da Murtosa

PictographMonument Altitude 0 ft
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Monumento ao Moliceiro

PictographWaypoint Altitude 7 ft
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Passadiços da Ribeira Nova

PictographBeach Altitude 0 ft
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Praia do Bico

PictographProvisioning Altitude 14 ft
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Tasquinha São Lourenço

Comments  (6)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Oct 5, 2023

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    Mais uma caminhada muito bonita pela ria de Aveiro, sempre com excecionais vistas panorâmicas. O dia esteve perfeito e o almoço foi um "must"! Muito bom para descontrair entre amigos. Abraço!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Oct 5, 2023

    Sem dúvida que foi um dia excelente entre amigos!
    Obrigado pela avaliação, Aiguille du Midi, grande abraço e até breve!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Oct 6, 2023

    Uma zona lindíssima onde já tive o prazer de caminhar várias vezes, sobretudo pela BioRia. Muito bonita! Boa partilha, abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Oct 6, 2023

    Viva, _BIO_RAIA_! Obrigado pela avaliação, abraço!

  • Photo of João Oliveira Sousa
    João Oliveira Sousa May 4, 2024

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    Apesar da chuva intensa, gostei bastante do percurso. As margens da Ria são sempre um percurso agradável. Destaque também para a visita ao Museu Comur.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes May 5, 2024

    Viva, João Oliveira Sousa! Obrigado pela avaliação e comentário ao trilho. A ria de Aveiro é uma zona com uma beleza muito característica, mesmo quando a meteorologia não ajuda. Continuação de ótimas caminhadas.

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