A subir e a descer da Paz à Tapada Real e regresso pela Murgeira
near Paz, Lisboa (Portugal)
Viewed 53 times, downloaded 0 times
Trail photos
Itinerary description
Claro, com o companheiro e fiel amigo BACO!
Waypoints
O relvado do Modelo, supermercado
Fofa relva para reter os cheiros dos canídeos. Só é pena que muitos donos ainda não saibam o que são sacos para recolher os dejetos
Vale do Rio do Cuco
Vale com bonitos caminhos que convidam ao passeio. Desde que a Rua da Ribeira, a que desce de A-Da-Perra, atinge o Rio do Cuco, até encontrar a estrada de Monte Bom, o caminho tem uma extensão de 4,88Km. Para cada lado, sobem 8 caminhos, de acesso ao Sobreiro e Achada, para Sul e Monte Bom e Póvoa, para Norte. Com todas estas variantes é possível planear múltiplos percursos com diferentes motivos de interesse. As árvores de fruto, em terrenos agrícolas abandonados, vão-nos presenteando com saborosos produtos biológicos: ameixas, nozes, maçãs, nêsperas e limões.
Leito do Rio do Cuco
Agora no leito do Rio Cuco. Completamente seco mas local de passeio de javalis. A vegetação com alguma frescura atrai muitas aves pelas primeiras horas do dia
CRIMA - Estrada Nacional 9
As obras da Cintura Rodoviária Interna de Mafra alteraram os caminhos rurais. Dada a inclinação, a pouca manutenção e o contributo das chuvas, os caminhos rurais paralelos às novas vias rodoviárias, de um modo geral, estão num estado de difícil circulação. Acresce o facto de esta subida ser muito acentuada
A descer para o Sobral da Abelheira
A descer para Sobral da Abelheira depois da travessia da Barreiralva. Trata-se da encosta Norte da linha de alturas que, desde a Tapada Real (Sonivel) até à Lagoa e Ribamar, suportavam a segunda linha de defesa das Linhas de Torres Vedras. Seria esta abrupta encosta que os Franceses teriam que subir se, depois de ultrapassadas as surpresas que o exército luso-britânico, certamente, teria preparadas ao longo do Rio Sobral, nos locais de passagem obrigatória. O Rio Sobral nasce no Vale da Guarda, atravessa a Tapada Real e vai desaguar na praia de São Lourenço, onde já tem a designação de Rio Safarujo (renomeado após a passagem pela Fanga da Fé, na aldeia de Safarujo).
Encosta norte da Barreiralva
Ao longo deste caminho, com a extensão de 2Km, a meia encosta e paralelo ao Rio Sobral, coexistem terrenos cultivados, vinhas e vegetação natural. A cada curva do caminho descobrem-se paisagens bonitas e extensas. Neste mosaico de natureza é pena que as barracas e lixo de construção nos façam lembrar, a cada passo, as agressões humanas ao ambiente
Trilhos
O caminho, por pouca utilização, transforma-se num trilho envolvido pela vegetação. Sobreiros, carvalhos, medronheiros, urze, tojo e muitas silvas. Não fossem alguns eucaliptos e estava inclinado a dizer que, com o abandono da agricultura, esta encosta está a recuperar a floresta original.
A descer
Termina o percurso a meia encosta quando encontramos o caminho que desce da Cachouça.
Rio do Sobral
O Rio do Sobral encontra-se seco na maior parte do seu percurso. Há um local ou outro onde se acumula alguma água, por ser mais baixo e se refugiam os últimos habitantes aquáticos. Neste charco, de água filtrada pelas areias, as rãs e algumas plantas atestam a salubridade. Para o Baco, esta água é mais saborosa que a do cantil!
Subir para a Chanca
A encosta norte do vale do Sobral, porque virada a sul, é mais cultivada e os terrenos são bons. Pomares, vinhas, hortas, estufas e outras culturas distribuem-se da Chanca-Codeçal até ao Sobral
Aproximação ao Codeçal
Depois de subir 50m voltámos a descê-los para retomar a estrada do Codeçal. Na aproximação à estrada o caminho é coberto por frondosa e fresca vegetação.
Codeçal
Depois da travessia do Codeçal temos a Tapada Real à vista. No centro do Codeçal há um pequeno café, Café Ibérico, para matar a sede.
Acesso à Tapada Real
A estrada que liga a Tapada Real à Murgeira e Mafra, N9-2, neste local é muito apertada, nalgumas curvas sem bermas e com os railes de proteção em cima da faixa de rodagem. É preciso muito cuidado neste trajeto. De preferência parar e sair da estrada na aproximação das viaturas. Espreitando para o interior da Tapada, com alguma sorte, é possível observar os gamos. Foi o caso de hoje. O Baco também deve ter farejado porque, insistentemente, queria atravessar a estrada e dirigir-se para a Tapada
Muro da Tapada Real
Depois da curva em gancho à direita, local de muitos despistes quando o rali de Portugal Vinho do Porto decorria nesta estrada, saímos pelo trilho à esquerda que acompanha o muro da Tapada Real. É sempre a subir até à Murgeira. Desde a aldeia do Codeçal até Mafra é este o trajeto oficial do Caminho de Fátima
Subir para a Murgeira
Subida acentuada mas com belas vistas e coberta, a maior parte do trajeto, por grandes carvalhos.
Murgeira
Termina a subida com a vista para o Templo da Igreja Veterocatólica da Murgeira. Para o interior da Tapada é possível ver o muro que separa a Tapada Real da Tapada Conventual, agora sob jurisdição militar. No caminho ao longo do muro da Tapada encontram-se, frequentemente, as marcações dos Caminhos de Fátima (seta azul) e de Santiago (setas amarelas).
Tapada Conventual
Depois da Murgeira o caminho continua a acompanhar o muro da Tapada Conventual. Nalguns locais já reconstruído. Noutros locais, o escoamento das águas, acumuladas na parte baixa dos caminhos, serve agora de trajeto para animais selvagens. Que o diga o Baco que se fartou de farejar a passagem e o trilho de acesso.
Fim à vista
Na descida pra o Rio do Cuco vê-se, no horizonte, a localidade da Paz, o final da caminhada.
Portão da Paz da Tapada Conventual
Na Paz situa-se um dos vários portões de acesso à Tapada Conventual. Como em muitos outros, existia uma casa do Guarda que controlava os acessos à Tapada. Hoje todas elas estão ao abandono, sem utilização, a caminho da ruina. Triste sina a deste país que desperdiça o esforço de outras gerações, que não se impõe rentabilizar o trabalho que outros tiveram.
You can add a comment or review this trail
Comments