A Magia da Caminhada a Drave

Aldeia de Regoufe

Aldeia suspensa na encosta da Serralogo abaixo das Minas de Regoufe, as casas de Regoufe estendem-se até aos campos verdejantes que cobrem o vale e os socalcos que as rodeiam. Existe um café e restaurante na aldeia. Ambos com vistas maravilhosas. Na altura da visita habitavam na aldeia cerca de 20 pessoas tendo o mais novo mais de 60 anos... (dito pela senhora do café). Habitantes super simpáticos. Animais e atividade agrícola no seu expoente máximo de ruralidade.

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O início do percurso é a "pior" parte do mesmo. Está lá para "desencorajar" os caminhantes. Para nós, foi apenas um desafio a vencer com calma e sem stresses. A inclinação é grande e o piso é desafiante pois é constituído por muitas pedras soltas que facilmente resvalam. O caminho é largo.

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Chegar aqui é chegar ao local onde a magia desta caminhada se revela. Daqui a Drave os panoramas deslumbram a cada passo. Na época da urze em flor, com céu limpo e clima agradável, é uma caminhada que permanecerá na memória. Fica a nota de que é muito exposta, sem sombras o percurso inteiro, pelo que se aconselha muito cuidado em dias quentes.

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Sabes quando te sentes a caminhar na crista da montanha? Aquela sensação de que, se abres os braços e corres, consegues mesmo voar? Este é o local...

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Virar à esquerda conforme bem indica a seta montada no chão ;)

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A dureza das pedras que pisas, as plantas que adornam o caminho, os muros de pedra habilmente construídos que serpenteiam encosta abaixo ao encontro das águas do rio. E que seres terão sido estes que rasgaram caminhos ao longo de kms e construiram pontes para darem origem a Drave?

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Se houvesse um waypoint type chamado Lugar Mágico eu teria usado para este local. É a ponte em pedra de xisto encavalitada, é a queda de água que dá origem a uma refrescante (aquele frio retemperante) lagoa de tons azuis, são árvores esplendorosas que emolduram todos os ângulos (um grande salgueiro, por exemplo). Foi aqui, nas margens do Rio da Drave (afluente do Rio Paivô) que fizemos o nosso piquenique e o mais novo se deliciou a brincar nas águas. (Levámos comida, bebida e uma toalha para nos secarmos). Depois foi só despedirmo-nos da magia e voltarmos pelo mesmo percurso à vida real.