6ª Etapa PORTUGAL TREKKING TOUR: Caldas da Rainha - Alcobaça.(ciclavel MTB)

Levantar às 4 da manhã sair de casa às 5 apanhar autocarro em Alcobaça as 6.20h e chegar as Caldas da Rainha as 7h. Antes de começar a caminhada e enquanto esperava o sol nascer vestia umas calças e um casaco mais quente, estava um frio das Caldas. O inverno vai espreitar e estão a dar mau tempo para o fim do dia. Desta vez vou só eu. Aproveito o intervalo do confinamento e umas tréguas no tempo. Saída da garagem dos rodoviária do Oeste e ponho-me em marcha. Numa zona como esta, de pomares e pequenas herdades com vinhas e animais nunca estamos verdadeiramente sozinhos. Fica sempre um lamento de não partilhar estes recantos tão espectaculares. O tempo esta mesmo fresco, o meu problema com o frio é que eu estou sempre quente. Com o esforço transpiro e com o frio não posso parar muito tempo se não a roupa começa a secar no corpo. Passei por Salir de Matos uma aldeia muito simpática e muito virada para a comunidade. Mais a frente parei para um reforço alimentar já com uns 12k perto de Santana. O sol já dava um ar da sua graça altura ideal para mudar de roupa e ficar em calções. Aproximavam-se umas subidas mais acentuadas e tentava ficar mais ligeiro. Muita gente a trabalhar nos campos mas na rua não se via ninguém. Casas abandonadas por todo o lado das antigas a mais recentes. O percurso em si é um misto de zonas agrárias, pomares e vinhas com pequenos bosques em que as marcas na lama dos javalis são bem visíveis. Depois de passar pela Mata das Mestra veio a subida mais complicada. O peso próprio, a mochila e a vontade de almoçar estavam se aliar. Seguidamente entrei na Mata Nacional do Vimieiro sempre a descer. Lindíssima, com um arvoredo variado a transporta-nos para locais mais a norte. Tem marcação de percurso mas não define qual o PR. Comecei a procura de um lugar para almoçar, requisitos: Virado ao sol, banco, mesa, estendal e sem vento. Parei não sei a onde, sei que foi entre a Mata e o Rio Baça. Uma barraca protegia-me do vento, uma pequena árvore despida fez de estendal e duas caixas da fruta de mesa e cadeira. O almoço estava servido desta vez sem álcool só mesmo um Compal acompanhava o conduto. Não podia perder muito tempo, estava a começar aparecer umas nuvens com mau aspecto do lado do mar. Mais a frente uma matilha de cães ruidosos uns 5 ou 6 de pequeno porte vem ao meu encontro. Eles queriam o que qualquer ser humano gosta, um pouco de afecto.
Caminhando pela berma da estrada que deu para acelerar o passo o meu desejo era um café. Lá apareceu um café no meio daquele isolamento todo, em Acipreste. Colocação da mascara entrei e pedi, parecia o negócio do dia, a senhora com grande satisfação a servi-lo…pois tempos difíceis. Mais a frente já com 26 k começo a ver sinalética azul ( percurso para Fátima) fui sempre a bom ritmo tinham acabado os declives e as inclinações. Até Alcobaça o percurso nos últimos 3 kms vai sempre ao lado do Rio Baça o que torna este final muito agradável. Já na Cidade e de mascara posta um carro da policia estacionado perto do Mosteiro olhava muito sério para os bastões, não serias arpões?... para finalizar pedi a uma transeunte que me tirasse uma foto de chagada, feliz e contente fui a minha vida com o dever comprido. Este percurso é lindíssimo mesmo para fazer de bicicleta e com alguma preparação (MTB). Caldas da Rainha a Alcobaça por caminhos rurais e Matas.Com 30 kms e pouco mais de 1000 mt acumulados faz dela uma excelente etapa um dia bem passado.